Back to black - A história de uma Black escrita por Anne Lestrange


Capítulo 9
Só um sonho ruim


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é pra explicar um pouquinho da confusão na mente da Andy, ela não vê os sangue ruins como um problema, mas foi criada para vê-los como seres inferiores, ela foi criada para se casar com pessoas de sangue puro, mas ela quer alguém que ela se sinta bem em estar junto.

Espero que vocês gostem e não esqueçam de deixar uma review, nem que seja só um simples "gostei" ou "odiei". Obrigada a todas as minhas leitoras lindas que sempre deixam seus comentários fofos e também as que só leêm a fic mas ficam quietinhas, obrigada! ♥



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Tentei ler o livro, mas minha mente estava agitada demais para se concentrar em qualquer coisa. Revirei na cama tentando pegar no sono. Comecei a usar um feitiço que aprendemos ano passado em transfiguração, eu tirava pedacinhos de pergaminho da minha mochila e apontava para eles fazendo borboletas aparecerem no dormitório. Fiquei assim por muito tempo.

- O que é isso? – Dora perguntou, se debatendo enquanto as borboletas meio que a atacavam. Eu murmurei um feitiço e elas desapareceram. – Bem melhor assim. – Ela veio até a minha cama onde eu estava deitada e se sentou na ponta. – Então vai me contar o que foi aquilo no pátio hoje mais cedo?

- Aquilo o quê? – Eu me fiz de desentendida.

- Aquilo com sangue ruim.

- Não foi nada.

- Sei, sei. Ele te olha como se você fosse uma sangue ruim e você diz que não foi nada. Sou sua melhor amiga. Você não vai me contar o que realmente aconteceu? – Ela me encarou e eu fiquei em silêncio em dúvida se deveria contar ou não o que havia ocorrido, então ela começou a fazer cócegas nos meus pés.

- Isso é jogo sujo. – Eu reclamei entre risos, eu sentia muita cócegas nos pés. – Ok, eu falo, eu falo, mas por favor pare! – Naquele momento eu ria desesperadamente.

Dora parou de fazer cócegas e se jogou do meu lado da cama.

- Pode começar a falar. – Ela exigiu e eu contei tudo, desde do trem até o acontecimento de hoje, quando terminei ela exclamou chocada:

- O SANGUE RUIM TÁ AFIM DE VOCÊ!

- Cala a boca! Quer que a sonserina inteira escute?

- COMO ASSIM TEM UM SANGUE RUIM AFIM DA ANDY? – Narcisa entrou no quarto, a sua expressão estava entre o espanto e o divertimento.

- Por que está todo mundo gritando? – Eu perguntei revoltada. Cissa se sentou na cama e me olhou esperando por explicações. – O que foi?

- Então quem é a criatura? – Ela perguntou empolgada.

- Não tem criatura nenhuma. – Eu ri tentando fazê-la esquecer o assunto, se ela soubesse o que eu acabara de contar a Dora, ela contaria para Bella e a Bella acabaria contando para o Rasbatan e pronto, eles me infernizariam com isso para todo o sempre ou pior infernizariam o Ted. 

- Ah, me conta vai, eu não conto para ninguém. – Cissa fez biquinho. Já disse que minha irmã era linda? Não que eu e Bella não fossemos, mas Cissa tinha algo especial na beleza dela. Aqueles olhinhos brilhantes e os cabelos lisos e loiros eram tão sedosos e perfeitos, ela parecia um anjo.

- Tem um garoto... – Dora começou a falar, mas eu tapei a boca dela com a mão.

- Deixa ela falar Andy, ou você tá apaixonada pelo sangue ruim? – Cissa falou em tom de brincadeira.

- Ai, sua carnívora. – Dora mordeu minha mão. Ela tinha dentes fortes, olhei minha mão e vi a marca de seus dentes da frente.

- Bem feito. – Ela mostrou a língua enquanto ria da minha expressão de dor.

- Estão torturando a Andy e nem me convidaram? – Ana chegou no dormitório e se jogou em cima de mim e de Dora. Uma cama era demais para quatro pessoas.

- Ai sua gorda, estou sufocando. – Eu reclamei fingindo estar sem ar.

- Dramática. – Ela riu, mas não se levantou. - Então quais são as novidades?

- Tem um sangue ruim afim da Andy. – Cissa disse rindo, mas eu sabia que ela não riria se eu estivesse afim dele. Aquilo não passava de provocação.

- Ah o do bumbum bonitinho. - Ana riu.

- Aff, não tem ninguém afim de mim, isso é coisa da cabeça de vocês.

- Não sei quanto ao sangue ruim, mas o Rasbatan ainda está na sua Andy. – Cissa comentou e Dora e Ana concordaram. – Ouvi papai dizendo que vocês iam se casar.

- Tá maluca? Eu iria enlouquecer vivendo com ele.

- Se não quer ele da pra mim. – Dora disse empolgada demais para o meu gosto.

Ficamos esmagadas na minha cama e conversando por um bom tempo, conversamos sobre as aulas, sobre os professores, sobre garotos é claro, ficamos assim até o sono chegar, então cada uma foi para sua cama, Narcisa foi para o seu dormitório e eu fiquei perdida em meus pensamentos até cair no sono. Eu tive sonhos estranhos aquela noite.

Primeiro eu estava em um corredor de uma casa que não era minha, era muito menor e muito mais iluminada, então eu escutei um choro de bebê e sai correndo desesperada em direção ao som, não conseguia entender porque estava tão desesperada. Encontrei o bebê no último quarto do corredor e as cores do cabelo do bebê mudavam a cada segundo, eu peguei o bebê no colo tentando fazer ele parar de chorar, uma voz invadiu meus ouvidos.

- Drômeda, deixa comigo, eu cuido dela! – Eu me virei e encarei Ted Tonks com seu cabelo vermelho. Tudo ficou embasado e de repente eu estava em outro lugar cheio de pessoas, um salão. Era um baile, tinha uma música agitada e as pessoas se vestiam como se estivessem em 1700, a música era muito prega para falar a verdade, então uma jovem veio e se sentou ao meu lado e me perguntou muito empolgada:

- Ô Lizzie, você já viu o Mister Darcy?

– Mister Darcy? - Eu perguntei curiosa. Ela apontou para um homem alguns passos de distancia a nossa frente. Ele estava de costas e conversando com outro jovem. Então eu entendi, eu estava em orgulho e preconceito. A jovem me contou que Mister Darcy era um jovem de uma grande fortuna e solteiro, ela tagarelou por algum tempo mas eu não prestei atenção, ela só parou quando um jovem a chamou para dançar. Comecei então a prestar atenção a conversa de Mister Darcy e o jovem que estavam a minha frente.

— Venha, Darcy — disse o jovem —, você precisa dançar. Incomoda-me vê-lo aí sozinho, de um modo tão estúpido. Seria muito melhor que você dançasse.

— Por coisa alguma deste mundo; bem sabe como eu detesto dançar, a não ser conhecendo intimamente o meu par. Numa festa como esta seria insuportável. Suas irmãs estão ocupadas e não existe outra mulher na sala com quem eu dançaria sem sacrifício.

— Jamais eu seria tão exigente — exclamou o jovem que devia ser Mister Bingley; — palavra de honra, eu nunca encontrei tantas moças interessantes na minha vida... E você está vendo que algumas são excepcionalmente belas!

— Você está dançando com a única moça realmente bonita que existe nesta sala — disse Mister Darcy, olhando para uma jovem do outro lado do salão, ela era loira e tinha traços angelicais, ela se parecia muito com Narcisa.

— Oh, ela é a mais bela moça que já vi na minha vida, mas bem atrás de você está uma das suas irmãs, que é muito bonita e agradável. Deixe-me pedir ao meu par que o apresente a ela?

— Qual? — perguntou ele, voltando-se em minha direção, minha respiração parou quando Mister Darcy se virou, ele não era Mister Darcy, mas sim Ted Tonks, cabelos vermelhos com roupas de 1700, ele deteve o olhar por um momento em mim até que, encontrando os meus olhos, ele desviou os seus e disse, friamente:

É tolerável, mas não tem beleza suficiente para tentar-me. Não estou disposto agora a dar atenção a moças que são desprezadas pelos outros homens. É melhor você voltar ao seu par e se deliciar com os sorrisos dela, pois está perdendo tempo comigo. - Aquilo foi como um soco no estômago. Tudo ficou embasado novamente e eu vi Ted no pátio me dizendo novamente que ele não era um sonserino dedo duro. Uma nuvem embasou minha visão e a marja nupcial estava tocando em algum lugar ali perto, um espelho a minha frente me mostrava que eu estava toda vestida de branco. Meu pai apareceu e segurou meu braço, ele me levou até um jardim onde o som da marja nupcial era alto e claro. Por Merlim! Eu estava em um casamento, no meu casamento. Todos me olhavam, eu vi Narcisa sentada ao lado de Lucius Malfoy, Bella e Rodolphus muito sorridentes, Dora também estava ali sentada ao lado de Ana, minha mãe estava ao lado de Cissa chorando de emoção. Meu pai me conduzia por um caminho cheio de flores brancas que me levava em direção a Rasbatan. Eu queria fugir, mas meu pai me segurava com muita força. Entrei em pânico. Aquilo não podia estar acontecendo.


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Notas finais do capítulo

E então? *-*



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