Briga escrita por Lola


Capítulo 1
Capítulo Único




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– Você tem que parar de brigar com todo mundo.

– São todos uns merdas.


Todos naquele lugar o irritavam. As garotas que o perseguiam, os garotos idiotas, os professores insuportáveis e suas caras de desgosto sempre que viam o garoto.


Roronoa Zoro era o aluno de quem os professores menos gostavam (isso para não dizer que ele era odiado). Talvez sua mania de discutir, de se impor às regras e de não entregar nenhum trabalho tivessem ajudado os professores a formar uma péssima impressão dele. O que mais os irritavam era que Zoro sempre tirava notas altas. Alguns diziam que ele colava.

Podemos dizer que, além de seus amigos, a única pessoa que não conseguia irritá-lo era Nico Robin. Ela era a única garota da escola não o irritava, simplesmente pelo fato de não persegui-lo ou ficar se oferecendo a ele. Ela também era a única razão de Zoro não tirar notas baixas. Encontravam-se todos os dias depois das aulas para estudar. Na verdade, os dois vivam andando juntos, o que fazia todas as garotas odiarem-na, imaginando que os dois namoravam.


Hoje foi um dos raros dias em que Zoro resolveu ir assistir a aula. Na verdade, ficou a aula toda conversando com Robin, que apesar de tentar prestar atenção no que o professor falava, não conseguia parar de conversar com o amigo.


Quando o sinal tocou, todos se levantaram e caminharam em direção à porta. Os dois ficaram na sala, esperando os amigos, como faziam todos os dias.

Esperaram durante cinco minutos que mais parecia uma década. Conversavam a aula toda e sempre nesse horário ficavam sem assunto. Talvez fosse porque perdiam todo o assunto conversando durante a aula, ou porque um tinha uma quedinha pelo outro. Não falavam sobre isso, não só pela vergonha em tocar de tocar no assunto, mas também por se preocuparem com a reação do outro.

Robin não poderia falar algo assim para Zoro, ele a acharia estúpida e a compararia com as outras garotas que são caidinhas por ele. Nesse caso, ela tinha mais vantagem que as outras. Não precisava persegui-lo escondida, podia acompanhá-lo, sem contar que quase todos os dias, os dois de encontravam depois das aulas para estudar ou se divertir.

Já Zoro, não poderia falar nada. Robin era sua melhor amiga, os dois viviam juntos, talvez já fosse até esperado que ele se sentisse assim em relação a ela. De todo jeito, não poderia falar nada. Não só porque não tinha coragem de fazer isso, mas também porque isso parecia um tanto... Clichê.

Quando Nami chegou acompanhada de Luffy, Sanji, Usopp e Chopper. Os garotos nem chegaram a entrar, fizeram a mesma coisa que faziam todos os dias: Ficaram na porta esperando Zoro para poderem ir ao refeitório encontrar algo para comer e voltar para a sala.

Os cinco caminharam calmamente até o refeitório. Usopp, Luffy e Sanji conversavam sobre comida. A comida do refeitório era uma porcaria, os alunos só a comiam se queriam passar mal e assim poder faltar às aulas mais chatas do dia. No caso de Zoro, todas as aulas eram insuportáveis.

– Oe, Zoro! – chamou Chopper se aproximando dele enquanto os outros três conversavam atrás. – Posso te fazer uma pergunta?

– Sim. – respondeu o rapaz de cabelos verdes. – O que foi?

– Você gosta da Robin, né?

– Claro. Ela é minha amiga!

– Não desse jeito...

Zoro ficou corado e parou de andar, levando um empurrão de Luffy, Usopp e Sanji e caindo no chão.

– O que houve? – perguntou Usopp se levantando.

– Marimo! – gritou Sanji se levantando. – Não pare assim no meio do caminho.

– Por que você parou? – perguntou Luffy se levantando com um pulo. – Não quer mais comer?

– Não é nada! – respondeu Zoro. – Vamos continuar andando, desculpe.

Voltaram a caminhar como se nada tivesse acontecido. Chegaram ao refeitório.


– Qual foi o motivo da briga, Roronoa?


– Robin, quer mesmo saber?

– Quer mesmo que eu chame a Nami?


– OE, RORONOA! – todo o refeitório ficou em silêncio. Um garoto apareceu.


– Eu já o vi em algum lugar. – Zoro ouviu Chopper sussurrar.

– Quem é ele? – perguntou Usopp.

– O que foi? – perguntou Zoro. Luffy se aproximou e ficou ao seu lado. Sanji fez a mesma coisa. Sim, eles pretendiam dar uma surra no cara caso ele tentasse algo.

– Soube que está andando com a esquisita! – disse o garoto. – Nico Robin o nome dela, certo?

– A Robin não é esquisita. – disse Luffy.

– E você está andando com a garota dos peitões! – ele disse. – E você, sobrancelha enrolada? Anda com homens ou mulheres?

Zoro caminhou até o garoto. Usopp e Chopper saíram correndo do refeitório.

– Do que chamou as minhas amigas? – perguntou.

– Esquisita e peituda. – respondeu o garoto sorrindo. – A não ser que elas tenham outros nomes, apesar de que prefiro esses.

Não deu tempo de nada. Zoro deu um soco no garoto, que caiu no chão com o nariz sangrando. Mas não foi só o soco. Logo começou o barulho. Ele e o garoto trocavam chutes e socos enquanto Sanji e Luffy tentavam separá-los.

Quando finalmente conseguiram separa-los, o barulho parou. Zoro estava com o rosto sujo de sangue, mas quem olhava duvidava que todo o sangue era dele. O garoto estava pior, tinha um olho roxo, o nariz parecia estar quebrado e a boca sangrava.

Ele caminhou até Robin e Nami, que tinham aparecido na porta do refeitório no meio da briga acompanhadas de Usopp e Chopper. Ele olhou para Zoro, que ainda parecia não entender nada.

– Desculpa. – ele disse às duas garotas e saiu correndo.

– O que houve aqui? – perguntou Nami.

Zoro passou por elas sem dar nenhuma palavra. Robin foi atrás.


A garota estava surpresa. Zoro vivia se metendo em brigas, mas sempre eram por motivos bobos. Apesar de ter ficado agradecida, ainda achava que essa briga aconteceu por um motivo estúpido. Não se importava em ser chamada de estranha. “Ora, sou estranha mesmo!” pensou ela. Resolveu continuar fazendo os curativos de Zoro.


– Obrigado. – ele respondeu quando ela terminou.

– Sabia que pode ser expulso? – perguntou a garota.

– Tsc... Isso não importa. –ele respondeu.

– Você brigou por um motivo tão... Bobo.

– Você não é um motivo bobo.

Ela sorriu. Aproximou-se do garoto e selou seus lábios nos dele. Ele segurou sua nuca aprofundando o beijo. Suas línguas brigavam por espaço.

Finalmente se separaram por falta de ar. Robin o ajudou a se levantar e o abraçou.

– Obrigada. – ela disse.

– Gostaria de matar aula comigo hoje? – ele perguntou. Ela o soltou e sorriu.

– Adoraria.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews ou ficou muito ruim?