O Baile De Máscaras escrita por Crush Instant


Capítulo 11
Era Uma Vez...


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais cheguei. Bom, se eu não me engano, só mais um capítulo e o epílogo e cabou a fic :( preciso parar de falar essas coisas kkkkkkk
Bom, espero que gostem



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Chegamos em casa e eu peguei a primeira roupa que vi, nem me lembro qual era, e conversei um pouco com a minha mãe sobre hoje. Ela não estava brava comigo por eu ter fugido da festa, na verdade ela já imaginava que eu iria fazer isso, ela não estava brava nem mesmo com o lance do admirador secreto. Ela disse que sempre confiou em mim, e que eu saberia diferenciar um pedófilo de um garoto que gostasse de mim
       Perguntei pra ela do Renato, e ela me disse que o conheceu na festa e gostou muito dele. É gentil, tem três filhas de 10, 8 e 5 anos e é divorciado há 2 anos. Quando a Mari chegou a casa dela gritando que o Arthur foi atropelado e que eu tinha ido com ele pro hospital, o Renato se prontificou para levar a minha mãe, a Mari e o João pra lá.
 - Estraguei o Ano Novo dele – disse minha mãe, depois que ele foi embora
 - Estragou nada! Olha pra ele mãe, ta gamado em você. Foi provavelmente o melhor Ano Novo dele. – respondi, e minha mãe riu.
 - Vai continuar falando da minha via amorosa ou quer ir pro hospital resolver a sua? – ela disse, pegando as chaves do carro.
 - Vamos.

Já eram 4hs da manhã quando voltei para o hospital. Sentei na poltrona super confortável que ficava do lado da cama de Arthur e passei o resto da noite olhando-o. Não sentia sono, mas ás 6hs da manhã, mais ou menos, o cansaço me venceu e então eu adormeci.
            De longe, meio sonolenta ainda, ouvi vozes animadas ao meu redor.
 - Você sabe que ela vai bater na gente por não ter acordado ela quando você acordou, não sabe? – disse a voz da Mari  
 - Sei, mas se foi verdade mesmo o que vocês me contaram, ela precisa dormir. – disse a voz do... Arthur! Esses cachorros não me acordaram?
 - A gente precisa saber o que falar pra ela quando acordar – disse a voz da... Bia?
 - Precisamos apenas falar a verdade – disse a voz do Diego.
 - Diego tem razão. Só vamos contar tudo. Só espero que ela não me mate – disse Arthur. Não aguentava mais ouvir esse povo, resolvi me revelar
 - Que tal pararem de discutir sobre o que vão me contar e me contam de uma vez? E POR QUE NÃO ME ACORDARAM?  - disse, me levantando e colocando as mãos na cintura.
 
- Sabe Manu, não pode gritar no hospital... – começou a Mari
 - Agora eu posso, o doente já acordou – eu disse, apontando para o Arthur.
 - Bem que você disse, Mari – disse ele, e sorriu pra mim, e suas covinhas apareceram. Toda a raiva se esvaiu do meu corpo, e tudo o que eu queria naquele momento era só correr e abraçá-lo, mas tentei me segurar.
 - Agora quero saber de tudo. – eu disse, sentando novamente – eu... eu preciso saber.
 - Ok. Eu acho que todos aqui já sabiam que eu gostava de você – começou Arthur, olhando pra todos que estavam na sala: Mari, João, Bia e Diego. E todos assentiram. Ele então olhou pra mim, e começou:

“Quando a gente se conheceu, aos 10 anos de idade, eu tinha acabado de repetir a 4° série, e todos me achavam burro e um cara mau por ter repetido. Mas você foi a única pessoa que se aproximou de mim, que quis ser minha amiga. Manu, isso me fez tão bem, que daquele momento em diante prometi que ficaria do seu lado pra sempre. Que eu não ia te abandonar.

“O tempo foi passando e eu fui percebendo que eu sentia muito mais que amizade por você, isso foi na 8° série. Você passou o Ensino Médio inteiro tentando encontrar esse seu príncipe encantado, saía com os garotos que só queriam ficar com você, mas você não percebia, por causa dessa sua mania linda de ver o melhor lado das pessoas. Mas isso me machucava, e muito. Por muito tempo me perguntei por que você não olhava ao seu redor, mas depois percebi que não adiantava viver com ciúmes de você, e não parei a minha vida. Eu ficava com algumas garotas, mas nada sério, não conseguia sentir por nenhuma outra garota o que eu sinto por você.

“Eu tentei te conquistar de todos os jeitos que consegui pensar, sem estragar a nossa amizade, mas não conseguia. A Mari mesmo me falava pra não desistir, que um dia você veria, mas a cada mês que passava, eu ficava mais desmotivado. Depois da festa dela, quando fomos à praça e descobrimos o Baile, percebi que era o momento de arriscar tudo, dizer na lata tudo o que eu sentia, mas de um jeito romântico, do jeito que você sempre quis. Queria agir como um verdadeiro príncipe, porque é isso que você merece.

“Comecei a agir quando o Diego chegou, contei meu plano pra ele e então ele me ajudou, me emprestou o celular da Austrália pra que eu pudesse te mandar mensagens sem ser detectado”

Olhei pra ele, e ele apenas deu de ombros, culpado. Arthur continuou:
 - O João arrancava as coisas da Mari sobre você, achei arriscado contar pra ela de cara, mas é esperta demais e descobriu bem rápido que V. era eu. – disse, e sorriu pra Mari.
 - A Bia fingiu ser minha namorada. Você sempre teve essa ilusão de que ela gostava de mim, mas na verdade tentava se aproximar pra conseguir alguma coisa com o Diego. – ele disse, e então olhei pra ela. Bia sorriu pra mim, de um jeito bondoso. Arrependi-me de tudo o que pensei sobre ela.  Diego a abraçou e ela sorriu.
 - Continuando – disse Arthur - Tentei te conquistar e fui ao baile, mascarado, com a absoluta certeza de que você me reconheceria de primeira, mas não. Não me reconheceu. Eu fiquei furioso, falei tudo aquilo que estava guardado no meu coração fazia muito tempo. Naquele momento percebi que foi tudo um erro. Você não se apaixonou por mim, se apaixonou por ELE, pelo V, e eu estava triste e com muita raiva de mim mesmo. Foi ai que eu ouvi você gritando o meu nome, e nessa hora, todo aquele esforço se recompensou. Você tinha descoberto, e ai... bom, você sabe o que aconteceu depois.
            Olhei pra ele, e meus olhos se encheram de lágrimas. Como fui tão burra? Tive que passar por tudo isso pra ver o quanto o amo? Como verdadeiramente o amo? Sentia uma raiva enorme de mim, tudo o que mais queria é voltar no tempo, queria ter percebido tudo isso antes, bem antes.
 - Gente eu... Eu posso falar com ele? Sozinha? – pedi, e os 4 me atenderam. Saíram todos, e a Mari foi a última. Sorriu pra mim, me encorajando, e fechou a porta atrás de si.

            Estávamos sozinhos. 


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Notas finais do capítulo

Muahahahaha!!!! Reviews?



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