Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 16
Grávida.


Notas iniciais do capítulo

Caraaaaaa, esse capítulo tá muito FODA. Sério, tomara que vocês gostem dele tanto quanto eu. Percebi que a Ana e o Tony são um caso sério coitados, enfim, não vou falar mais nada se não vou acabar falando besteira a aí já era a curiosidade do capítulo de vocês... Os próximos serão mais ou menos assim, mas prometo coisas legais para os que virão e também coisas tristes, enfimmmmm, é só isso amores, tomara que vocês gostem e comentem bastante.
Boa leitura e até mais ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/387778/chapter/16

POV Tony.

Uma semana depois.

Olhei minha mala mais uma vez para ter certeza que não estava faltando nada, minhas roupas estavam todas certas, como o cartão de crédito e o resto das coisas.

Eu estava tão feliz, acho que mais feliz do que eu estava só se fosse dois de mim.

Quando eu peguei o telefone para interfonar para o porteiro, a campainha tocou e eu fui atender, era a Alexia.

Ela estava com um rosto completamente atordoado, e pela sua maquiagem tinha sinais que ela havia chorado muito.

- O que aconteceu? – perguntei surpreso a puxando para entrar, ela andou até o sofá e sentou no mesmo, com o rosto entre as mãos.

Ela chorava muito e aquilo fez com meu coração diminuísse.

Há dois segundos eu estava muito feliz, e agora a felicidade toda foi embora.

- Alexia, o que diabos aconteceu com você? – eu perguntei me ajoelhando na sua frente.

- Tony... Eu... Eu... – ela abaixou a cabeça e começou a chorar novamente.

- O que Alexia? O que aconteceu? – ela levantou o rosto, tomou folego e falou.

- Eu estou grávida. – eu continuei a olhando. E ela suspirou mais alto ainda e então segurou o choro. – de um filho seu.

Eu precisei piscar duas vezes para absorver as palavras, meu corpo caiu para trás e eu cai de bunda no chão. Minhas pernas ficaram moles de uma hora para a outra.

Um filho? UM FILHO? Um filho meu?

- O que? – perguntei baixo.

Aquela típica pergunta de quando a pessoa fala e você não acredita em merda nenhuma que ela está dizendo.

- Eu não sei como aconteceu Tony, de repente estávamos no quarto, estávamos... – eu coloquei as duas mãos no rosto e fechei os olhos.

- Eu sei como se faz um filho. – eu sussurrei pra ela.

Ela ficou em silêncio por um tempo e eu também.

Podia sentir o peso de duas passagens no meus bolsos de trás, o peso de uma vida toda que eu deveria ter com a Ana e que agora estava tão distante.

Caralho.

Eu me levantei e sentei do seu lado, ambos quietos, absorvendo a situação.

- Você pensou no vai fazer? – eu perguntei suspirando.

- Quero que você assuma. – ela disse ainda mais baixo.

- É claro. – eu afirmei.

Ela ficou em silêncio de novo e eu queria chorar.

- Eu pensei em...

- Não. – eu disse baixo e ela ficou em silêncio de novo.

Um filho ia mudar toda minha vida.

- Eu sinto muito. – ela disse caindo no choro de novo, e eu fiquei com dó.

Dó dela, dó de mim, dó daquela criança que estava dentro dela, dó da Ana, de daquela porra toda.

Na verdade eu nem sabia o que ia fazer, porque pela minha mãe, eu ainda era uma criança! Na verdade éramos duas crianças sem total noção do que um filho aplicava na vida de cada um.

Eu passei meus braços pelo ombro da Alexia e a puxei para mim, ela chorava cada vez mais alto e eu aproveitei para deixar algumas lágrimas caírem também.

- Eu vou te apoiar. – eu sussurrei para ela.

- Obrigado. – ela sussurrou de volta.

Aquela situação era tão filha da puta. Na verdade, eu acho que minha vida toda era filha da puta, toda vez que eu ia ficar com a Ana ou que alguma coisa começava a dar certo, a vida vinha e me dava uma porra só para deixar claro que eu não mandava em porra nenhuma, que tudo ia sempre ser uma droga e eu tinha que tomar no cu.

Porra.

A campainha começou a tocar e a Alexia se desencostou do meu braço, limpando as lágrimas, olhei para o relógio do celular e ela era.

Estava na hora de irmos. RÁ!

Eu me arrastei até a porta e vi a Ana me olhando com aquele mesmo sorriso lindo que foi ficando cada vez maior a medida que ela ia se aproximando de mim, eu puxei seu corpo pro meu com a certeza que aquele seria o último abraço que ela me daria.

- Amor, porque você não foi me pegar? – ela disse entrando no apartamento e parando de andar quando viu a Alexia de pé no meio da copa. – Alexia? – ela perguntou surpresa.

Eu fechei a porta e ela se virou pra mim.

- Nós precisamos conversa Ana. – eu abaixei a cabeça e tentei segurar o choro.

Andamos os três até o sofá e eu me sentei na poltrona enquanto ela sentou ao lado da Alexia, ela nós encarava curiosa e eu precisei reunir todas as minhas forças para dizer aquilo em voz alta.

- O que está acontecendo aqui? – ela disse nos olhando.

A Alexia me olhou como se perguntando quem ia começar o discurso. Eu abaixei os olhos e ela então começou a falar.

- Teve um dia que o Tony apareceu no bar... – ela pigarreou antes de começar a chorar. – no dia que você ficou noiva do irmão dele...

- Hum? – a Ana não tirava os olhos de mim e eu tentava não encara-la.

- E... – ela não conseguiu continuar.

Então eu tomei as rédeas da conversa, levantei o olhar, encarei a Ana.

- E nós transamos. – eu disse sério. – e ela tá grávida. Eu não sei como aconteceu, não me lembro de não ter usado camisinha, na verdade eu não me lembro de quase nada daquela noite.

A Ana estava séria, suas expressão estava a mesma que a minha alguns minutos antes, e eu sabia que logo viria sua explosão, gritos, raiva e até tapas.

- Alexia. – a Ana pigarreou. – você podia dar licença para eu falar com o Antony? – eu abaixei a cabeça e a Alexia se levantou saindo dali, quando eu ouvi a porta bater, eu levantei o olhar, a Ana me encarava com os olhos marejados.

- Pode me bater, me xingar, me humilhar. – eu sorri de lado. – eu mereço mesmo.

- Diz que isso não está acontecendo Tony. – ela disse baixo. – por favor, diz que o filho que ela tá esperando não é seu! – eu podia ouvir sua voz ficando embargada a cada palavra.

- O que você quer ouvir, eu não posso dizer. – eu levantei o olhar para encara-la.

Ela levantou e me encarou.

- ELA ESTÁ GRÁVIDA DE UM FILHO TEU! – ela berrou, eu me levantei. – MEU DEUS! – ela começou a chorar.

Eu não conseguia nem falar.

- UM FILHO QUE ERA PRA ESTAR DENTRO DE MIM! – ela berrou apontando para sua barriga. – É UMA PARTE DE VOCÊ QUE DEVIA ESTAR DENTRO DE MIM, COMO SEMPRE SONHAMOS! VOCÊ... – ela empurrou o abajur da mesinha no chão. – é seu filho. – ela sentou na poltrona. – e não nosso filho.

Eu queria ir até lá e abraça-la, mas minhas pernas estavam congeladas no mesmo lugar.

- Você vai embora né? – eu sussurrei forçando minha voz a sair.

- Você achou que eu iria ficar? – ela se levantou e andou até a minha frente.

- Por um segundo sim. – eu disse levantando uma mão até o seu rosto, ela empurrou minha mão para baixo.

- Por um segundo eu achei que nós íamos casar mesmo Tony. – ela sorriu. – ter os nossos filhos, ter nossa casa, que nós íamos ficar juntos... Por um segundo eu achei que poderia ser eu e você pra sempre, até ficarmos velhinhos... – eu abaixei a cabeça sem controlar o choro e deixei que ele saísse alto e claro para que ela visse que aquela situação estava sendo tão difícil quanto que para ela.

- Por favor. – eu disse tentando controlar a voz entre a respiração. – não fala mais nada.

- Sua vida é com ela agora. – ela disse se afastando.

- Não vou casar com ela. – eu disse sentando na poltrona de novo.

- Eu sei. – ela disse pegando sua bolsa. – mas vai ter um filho com ela Tony, sua responsabilidade é do lado dela agora. – ela me olhou de longe e então se aproximou de mim de novo se ajoelhando na minha frente.

- Eu te amo. – sussurrei colocando a mão na sua nuca. – eu nunca vou amar outra pessoa como eu amo você Ana, você é a mulher da minha vida. – ela abaixou a cabeça e começou a chorar.

- Nem eu. – ela me abraçou com força e a puxei pra mim, puxei seu rosto para o meu e a beijei com aquele gostinho de despedida.

Paramos o beijo quando as lágrimas se transformaram em soluços altos de desespero.

- Por favor. – eu disse segurando seu rosto perto do meu. – fica comigo, a gente dá um jeito Ana. Você sabe, a gente dá um jeito. – ela se afastou.

- Não posso. – ela disse se afastando e limpando as lágrimas. – um filho é demais para mim.

Eu senti o bolo da garganta se formando de novo e então abaixei a cabeça.

- Amo você. – eu sussurrei enquanto sentia seu salto atravessar a sala.

- Eu amo você mais. – ela disse saindo pela porta e batendo a mesma.

Encostei a cabeça na poltrona e deixei o choro sair alto.

Levantei da poltrona e joguei ela em cima da mesinha, jogando a outra na parede e parei olhando para a sala.

- Vida filha da puta! – eu sussurrei deixando as lágrimas caírem.

Eu ia ter um filho com a Alexia. Isso era irremediável. Era pra sempre, estaria gravado em mim como o amor que eu sentia pela Ana.

Não podia existir situação pior que aquela, estar tão perto de conseguir algo e depois ele fluir pelo seus dedos como o ar que estava inalcançável para você naquele momento.

Eu estava me sentindo um merda, eu era como um merda.

Minha vida toda estava ligada naquele grande circo, eu tinha a Ana, depois eu fazia alguma besteira, eu ia embora, ela voltava, ficamos juntos, ela fazia alguma besteira e eu ia embora, eu voltava, ficávamos juntos, eu fazia alguma besteira e depois ela ia embora.

Agora seria pra sempre. Ela não voltaria, e eu não pediria para ela ficar. Não naquelas condições, naquele estado e ainda mais participando de um erro que ela não tinha nada haver. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?