Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 13
Separação.


Notas iniciais do capítulo

postei mais esse porque odeio ficar acumulando capítulos, hahahaha, aproveitem para chorar pouco nesse porque nos próximos terá mais ;/
boa noite amores. ♥3



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POV Ana.

Eu cheguei em casa correndo, o Matheus me seguiu, assim que botei os pés dentro de casa, minha mãe saiu na porta com o pano de prato enxugando as mãos.

- Mãe? – eu sussurrei não conseguindo mais segurar o choro.

- Ana? – ela soltou o pano de prato e nós corremos uma em direção a outra, nós abraçando, e eu deixei todo o choro contido sair, ela me abraçou com força. – o que aconteceu meu bem? – ela sussurrou me puxando para o sofá, o Matheus nós seguiu.

- Antony. – o Matheus sussurrou, ela me colocou sentada no sofá e eu não parei de chorar.

Não era possível que tudo iria dar errado novamente, não era possível que depois de três anos, um pedido estragaria tudo. Não, eu não podia acreditar.

E as promessas? E a raiva?

Como eu era estúpida.

- Mãe... – eu coloquei as duas mãos no rosto. – eu não aguento mais mãe, eu não quero mais... Eu não suporto mais essa situação. – ela me abraçou com força.

- Meu bem! – ela segurou minhas mãos e me encarou.

Podia ver meu rosto todo borrado, o Matheus estava sentado na poltrona com as duas mãos no rosto, ele estava cansado de me ver nessa situação, eu imaginei.

- Eu não consigo entender. – o Matheus falou. – como você pode deixar ele te afetar desse jeito Ana? – ele me encarou e depois abaixou os olhos.

- Eu fiquei com ele mãe. – eu sussurrei deixando minha cabeça cair no seu colo. – eu me entreguei pra ele, nós... Ele pediu pra casar comigo, eu ia falar com o Augusto, mas agora deu tudo errado... Nós fizemos tudo errado e ele foi embora de novo mãe... Eu... – o Matheus estava do meu lado do momento seguinte, me puxou para um abraço forte.

Ele sabia o quanto seria difícil aquela situação, e sabia tanto quanto eu que o Tony já estava metido em outra e provavelmente com muito ódio de mim.

- Meu Deus! – minha mãe disse baixo. – vou buscar um copo de água pra você. – ela saiu pela porta e o Matheus beijou o alto da minha cabeça.

- Você disse pra mim que queria o Augusto, Ana. – ele sussurrou no meu ouvido. – o que aconteceu? – eu respirei fundo e segurei o choro por alguns minutos para conseguir falar.

- Ele voltou Matheus, todo o sentimento que eu sentia pelo Augusto não chega aos pés do que eu sinto pelo Tony, ele faz com que eu me perca e que só ele me ache... – eu suspirei baixo sentindo o bolo na garganta subir. – quando eu vejo ele é como se eu precisasse dele o tempo todo, como se eu não pudesse viver mais um segundo sem ele, tudo muda, tudo fica branco, tudo é ele. – minha mãe sentou do meu lado. – e isso aconteceu, ele voltou e o sentimento voltou com ele.

- Você consegue viver sem ele. – ele afirmou.

- Mas não quer. – minha mãe afirmou. – para com esse sofrimento Ana! – ela segurou meu rosto. – é ele quem você quer, sempre foi esse garoto minha filha, a quatro anos atrás ainda era ele, porque você ainda está aqui sofrendo por ele?

- E o Augusto? – eu disse caindo no choro de novo.

- Ele tem que entender. – minha mãe afirmou.

- Ou então eu faço ele entender. – a Alanis disse passando pela porta com o Léo.

- Lanis... – eu disse baixo, ela se ajoelhou na minha frente e me abraçou com força. – não chora querida, não chora... – ela me apertou nela.

Estava tudo errado, tudo! Desde o dia em que nós nos conhecemos, o jeito como ele foi parar no capo do meu carro, e depois como ele entrou na minha vida. Estava tudo errado!

Era pra ele ter ficado e nunca ter partido, não era pra eu ter me envolvido com o Augusto porque ele nunca teve realmente uma chance com o meu coração, não era para ele ter cedido ao beijo da Maria e muito menos eu ter dito que não o amava naquela tarde, está tudo errado!

Era pra eu estar sorrindo numa cama em um motelzinho barato com um anel normal que o Tony devia ter comprado pra mim, era para estarmos nos amando e eu acariciando suas tatuagens que o deixam ainda mais bonito do que ele é.

Está tudo errado porque era pra ele estar aqui comigo! Eu não devia estar chorando, ele não devia estar chorando. Está tudo fora dos eixos e só fica em si novamente quando ficamos juntos.

Porque meu Deus? Porque não pode ser fácil uma só vez? Porque não podemos ficar juntos só uma vez? Sem ninguém pra atrapalhar.

E o pior é que ele tinha razão, antes tudo era problema dele, e agora é tudo problema meu. Antes ele estava impedido de todas as formas e agora sou eu. Agora é tudo minha culpa, eu devia ter negado o pedido do Augusto, devia ter sorrido e dito não, mas eu fui covarde demais para dizer algo e agora o homem da minha vida deve estar enrolado nos lençóis de outra e eu nem tinha direito de cobrar nada porque eu era a culpada!

Eu sempre seria a culpada de todos os problemas. Era tudo culpa minha, sempre era.

Primeiro ele ter ido embora, e agora eu estava noiva.

O sol entrou pelo meu quarto anunciando ser pelo menos umas sete horas da manhã  e eu nem devia ter pregado os olhos, me levantei sem acordar a Alanis que dormia do meu lado, coloquei uma calça jeans, uma sapatilha e um moletom velho, escrevi um bilhete dizendo onde eu iria e sai. Precisava fazer isso o quanto mais cedo melhor, precisava resolver aquela situação. Estava tudo errado.

A rua estava gelada, e eu tremi ao sentir o vento bater no meu rosto e depois balançar meus cabelos, mandei uma mensagem para ele avisando onde eu iria e eu saí com o em direção ao nosso lugar favorito com a certeza que onde quer que eu ele estivesse ele iria pra lá também.

Pelo menos eu ansiava por isso.

Estacionei o carro perto da ponta do penhasco e sentei no capo me abraçando, fiquei olhando para o mar batendo lá embaixo e então fechei os olhos, foi quando ouvi o barulho dos pneus amassando as folhas velhas e meu coração acelerou, o cheiro do seu perfume misturado com a forte bebida foi se aproximando de mim e então eu abri os olhos.

Tony estava com as mesmas roupas de ontem, mas estavam um pouco amassadas, seus olhos tinham duas olheiras imensas roxas e ele com as mãos nos bolsos e encara o sol nascendo tranquilamente no horizonte a nossa frente.

- Eu não tenho mais nada pra falar com você. – ele sussurrou baixo, segurando as lágrimas que eu também estava segurando.

- Eu... Eu não queria fazer aquilo. – eu sussurrei descendo do capo do carro.

- Como você não queria? – ele me olhou com os olhos cheios de lágrimas, uma a uma elas foram descendo pelo seu rosto. – a verdade é que você estava confusa entre o certo e incerto, entre o garoto perfeito e o garoto confuso... Você acha que eu não sei? – eu queria protestar e dizer que era mentira, mas não era. Ele tinha razão. – eu não culpo você! – ele colocou a mão no peito. – eu culpo a mim.

Eu queria sufocar, era melhor do que sofrer e fazer ele sofrer.

- Porque eu fui um fraco e eu deixei você ir aquela vez, deixei você se envolver com o meu irmão, e você não tem culpa de ter aceitado casar com ele Ana. – ele sorriu de lado.

- Eu, mas... – ele me interrompeu.

- Deixa eu falar. – ele colocou o dedo na minha boca e eu fiquei em silêncio enquanto ele respirava fundo. – quando saia eu e o meu irmão as garotas sempre ficavam encantadas por mim, e eu achava engraçado porque ela tinham uma tendência medíocre a querer os que as rejeitavam, o Augusto era bom demais para elas, a não ser as que me conheciam e as que conheciam ele... E eu não culpo você por tê-lo preferido...

Não! – meu subconsciente gritou. – VOCÊ NÃO PREFERIU ELE!

- E eu tomei uma decisão. – eu queria chorar, mas as lágrimas não queria descer. Era como se eu tivesse congelado com a hipótese dele estar falando sério. – eu não quero mais que fiquemos juntos, pra mim aqui é o fim.

O QUE? COMO ASSIM? QUE FIM? VOCÊ NÃO ESTÁ FALANDO SÉRIO NÉ? FIM? MESMO? JURA? E A HISTÓRIA DO CASAMENTO? E A NOSSA HISTÓRIA? E TUDO QUE VIVEMOS? COMO ASSIM FIM? QUE FIM? E EU PERGUNTO DE NOVO, QUE FIM?

Ele ficou parado por alguns segundos olhando a minha expressão, mas eu simplesmente não conseguia me mover, eu não conseguia sentir meus pés, era como se o mundo tivesse desabado sobre a minha cabeça, e o peso era enorme demais para que eu conseguisse segura-los.

Meus olhos começaram a marejar novamente, e pela primeira vez eu não senti as minhas pernas cederem, eu senti o mundo ceder a minha volta.

- Você está falando sério? – eu reuni toda a minha força para falar.

- Eu não quero mais ver aquela expressão no seu rosto, eu não quero mais vê-la chorar, não quero mais chorar, e eu percebi que o Augusto é o cara certo por você... – ele riu e virou a cabeça. – meu Deus! – ele colocou as duas mãos na cabeça. – o que eu estou falando? – ele olhou para o céu. – EU QUERO VOCÊ! – ele gritou pra mim e segurou o meu rosto. – eu quero mesmo você, eu quero você mais do que uma pessoa quis outra no mundo, eu mudaria a minha vida toda por sua causa! – ele sorriu e encostou a testa na minha. – mas eu não consigo mais Ana, eu não aguento mais ter que fingir que eu não sinto nada perto da garota que me causa tudo.

As lágrimas do meu olho começaram a cair e cada vez mais forte e quando eu vi já era uma cascata, uma grande e enorme cascata de sofrimento que descia pelas minhas bochechas até o meu pescoço.

Diga pra ele. – meu coração implorou. – não terá outra oportunidade para dizer, então diga agora o que você precisa dizer, não morra com isso entalado na sua garganta, por favor, diga agora!

- Tony... – eu sussurrei abrindo os meus olhos, então ele me beijou com vontade, com desejo, como se aquele fosse nosso último beijo e eu não aguentei continuar, cai no choro no meio do beijo, enlaçando seu pescoço com vontade, minhas mãos entrelaçaram seus cabelos e o puxaram pra perto de mim. Eu podia ouvir o seus soluços baixos, mas não ousei dizer nada.

- Eu amo você muito. – ele me encarou e eu fechei os olhos, segurei seu rosto com força no meu e lhe dei um selinho longo. – e você é a mulher da minha vida Ana.

- Não. – eu sussurrei sentindo o meu peito inflar com mais vontade.

Ele se desvencilhou dos meus braços e saiu andando, eu fiquei estática alguns segundos no mesmo lugar sentindo seu perfume no ar.

- Não! – eu gritei correndo até o carro e parei no capo, ele me encarou de dentro do motorista e ligou o carro. – Não, não, não! – eu gritei. – NÃO! – eu soquei o capo de carro e ele começou a dar ré. – NÃO! – eu gritei de novo.

Meu corpo se recusava a dar mais algum passo, ele me deu uma última olhada e então acelerou, eu senti meus joelhos cederem e por fim eles caíram no chão, o choro saiu alto e compulsivo, coloquei minha mão na barriga e segurei com força a mesma fazendo a todo custo a dor parar, mas era impossível.

- Por favor, eu amo você, por favor. – eu sussurrei na esperança de que ele ouvisse e voltasse, mas era em vão. Ele já estava longe demais e a decisão estava tomada. 


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Notas finais do capítulo

Reviews?
PS: http://www.youtube.com/watch?v=rLLzkLO8Sh4 música do capítulo.