Violet Hill [HIATUS INDEFINIDAMENTE] escrita por Black


Capítulo 14
Bloody Mary – Especial Violet


Notas iniciais do capítulo

Olá, por favor não me matem ou abandonem a fanfic antes de eu conseguir me explicar.

Primeiramente eu estava morrendo de saudade daqui, e de vocês também. As leitoras que foram me pressionar por MP, um obrigado. Elas me mostraram o quão idiota eu estava sendo por demorar tanto. Não vou falar do bla bla bla dos meus problemas pessoais, o que posso dizer é que eu larguei os blogs para me dedicar aos estudos e as minhas fanfictions.

O capítulo ficou um lixo, fora que está pequeno. Mas, eu estava fugindo muito do enredo original na estória e a partir do próximo capítulo vocês iram notar algumas mudanças. Peço que não me abandonem, pois mesmo com a demora eu não vou deixar Violet Hill.

Um agradecimento especial a todas que comentaram no capítulo passado



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/387765/chapter/14

Alcançar a glória nunca esteve entre as minhas prioridades, muito longe disso. A glória era a última coisa que eu me preocupava agora. Sabe o problema de se preocupar com a glória? Eu não era um ser divino para alcançá-la e o céu era um dos últimos locais para onde eu iria depois de tudo. Eu não conhecia historinhas bonitinhas onde Deus acolhia desertores e assassinos em sua sagrada terra.

Então a glória que se foda, junto da honra e a esperança. Pessoas não mudam, nunca, elas tentam mudar, mas tentar nunca é o bastante e depois que estarem cansadas de tentar elas simplesmente fogem. Eu não, eu não me encaixo nessas pessoas que fogem.

Por que se eu fosse como elas, eu teria dado no pé de Hove, assim que fui liberada. Meu diagnóstico não era dos melhores, psicopata infanto-juvenil, sem tratamento. Mas, nunca se passou pela minha cabeça fugir. Em lugar nenhum a podridão que me cerca poderia ser escondida.

Sabe por quê? Ora, eu sou Violet Julieta Trent. Acusada de matar a mãe aos quatorze anos, e a melhor parte, ou a pior dependendo do tipo de pessoa que você for, eu não me arrependo. Nunca me arrependi. Talvez seja por isso que eu não tenha salvação, mas quem precisa de salvação, quando a vida é o próprio inferno?

Talvez porque você saiba que existe um meio, um único meio de provar sua inocência Violet. Mas, você sabe que Ian Carter não vai te ajudar. É, poderia até existir um meio, um único meio de expor toda a verdade daquele fático 31 de outubro, mas memórias ruins devem ser enterradas no peito e nunca devem vir à tona.

Meu primeiro erro foi confiar nas pessoas, elas não prestam. Você só pode julgar o verdadeiro valor da humanidade quando depende de alguém, quando precisa de alguém. E depois de tanto tempo sendo culpada, tanto tempo sendo vista como um monstro e aguentando os olhares de piedade que as pessoas lhe lançam, você realmente acredite que o problema é você.

É por isso que Evan Sattle tem que sumir, sumir de perto de mim pelo menos. E eu sei que é isso que ele vai fazer, assim que perceber quem eu realmente sou.

– Você está complicando tudo, Vi – Sky murmurou bêbada, sobre a mesa.

– Defina estar complicando tudo, Sky – pedi colocando os pés para cima.

Sky não era o tipo de amizade que a minha mãe aprovaria, mas eu nunca a aprovei, então. A loira de invejáveis um metro e oitenta, corpo esbelto e olhos verdes não passava de uma ferrada na vida, assim como eu. Uma parte boa de ficar um tempo no reformatório é poder conviver com pessoas, quase do mesmo nível de insanidade que você.

– Evan é um carinha tão bonitinho, e ele vive atrás de você. – balbuciou.

– É por isso mesmo ele tem que parar – resmunguei tragando meu cigarro – Eu sou podre, Sky, literalmente. Evan não, eu nem sei que demônios ele está fazendo nessa droga de Hove, fora que eu não sou a pessoa mais estável para ficar perto de pessoas legais.

– Você se cala, Vi. Sempre.

– Não é essa a questão. Eu só estou cansada de olhares de piedade e medo, cansada de nunca conseguir um emprego legal nessa droga de lugar, cansada de ter sempre um para apontar e dizer: “Olhem, é a garota que matou a mãe e o bebê dela.” – suspirei – Eu nunc a vou poder ser normal e Evan precisa viver entre os parâmetros de normalidade, mesmo que sejam mínimos.

– Ele beijou você não foi? – perguntou de olhos fechados.

– Eu – balancei a cabeça – Só não quero machucar mais ninguém.

O relógio marcava dez para as duas da manhã, e eu sabia que Sky nem conseguiria levantar depois de ter ingerido tanto álcool. Que ela fique com a mesa da cozinha mesmo, subi as escadas para o segundo andar, abri a porta com um chute e arranquei minha blusa do Kick Ass pela cabeça.

Se Evan Sattle não ia manter distância por bem, eu não sei o que mais poderia fazer. Liguei o chuveiro no mais quente possível, esperei que a fumaça embasasse todo o espelho antes de entrar no box. Eu odiava me olhar no espelho, olhar as pequenas marcas nos meus pulsos, pequenos e incontáveis círculos feitos por bitucas de cigarros em noites que ela me culpava.

Você desgraçou a minha vida! Sua vadiazinha! Se eu tive um bom exemplo materno? Não mesmo, Lauren nunca poderia ser comparada a uma boa mãe. Não por mim, pelo menos. Olhei a água ao redor dos meus pés, roxa, melhor violeta, meu primeiro ato de rebeldia. Pintar os cabelos, logo depois vieram os gritos pelos fones e os cigarros.

Encostei a cabeça no azulejo do banheiro e fechei os olhos, eu não posso, eu não quero, eu não devo pensar em Evan Sattle. Repeti isso mentalmente, até que meus dedos do pé se enrugaram e minha pele branca ficou vermelha, pela água quente.

Meu celular apitava sobre a pia de mármore, ignorando as gotas de água que escorriam do meu dedo e a provável certeza de que eu poderia queimar meu único meio de comunicação com o mundo exterior, eu atendi.

– Eu espero que seja importante – disse sem olhar o número no visor.

– Sabe aquela merda que você falou pra mim hoje? – Droga, Evan! – Eu não acredito em uma palavra.

– E por que isso deveria me abalar? – rebati.

– Porra Violet! Eu sou seu amigo, só quero te ajudar. – ele se irritou – Será que dá pra deixar as pessoas cuidarem de você?

– Eu não preciso que ninguém cuide de mim, Evan. Não preciso de um amigo, muito menos de um guarda costas. Eu só preciso de mim e de mais ninguém – brandi.

– Sabe – Evan suspirou pelo celular – Existe um erro no meio disso tudo. Mesmo que você não precise de mim, eu preciso de você. Muito mais do que eu realmente queria e menos que do muitos julgam impossível. – e foi tudo que ele disse, antes de desligar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu vou tentar não demorar mais dois meses com um capítulo. Olhem a capa da fanfic e me digam se está boa sim ?

Temos uma meta para capítulos agora: 15 reviews ou uma recomendação. Eu sei, sou uma puta exploradora.

Estou com duas fanfics novas e agradeceria eternamente quem fosse dar uma olhadinha nelas.
Circus [Hades x Perséfone] http://fanfiction.com.br/historia/514039/Circus/

Incantatem [Albus Potter - HP] http://fanfiction.com.br/historia/516337/Incantatem/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Violet Hill [HIATUS INDEFINIDAMENTE]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.