Golpes Da Vida escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 33
Velório


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora! Próxima sexta posto mais!



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Os dois se vestiram o mais rápido que podiam. As gargalhadas de algumas pessoas ficaram mais altas.

— Vamos! – chamou Edward.

— To procurando o meu celular.

— Mais rápido – Edward vestiu o seu casaco.

O som dos passos que rangiam a cerâmica ficava cada vez mais próximos.

— Peguei! – Bella levantou o celular.

— Eii! – um rapaz moreno gritou.

Edward segurou a namorada pela mão e a puxou correndo para longe. Outros 2 garotos se aproximaram daquele que havia visto primeiro o casal.

— Parece que alguém começou uma festinha antes da gente – disse o garoto que pegou o sutiã verde do chão.

Ainda era possível ver Bella e Edward correndo.

— Acha que eles conseguem correr muito? – perguntou um rapaz negro.

— Não com a garota – ele deu uma tragada no cigarro – são uns riquinhos da região. É melhor vê o que eles têm.

Os três garotos saíram correndo em direção aos jovens.

***

Edward segurava firmemente a mão de Bella. A garota apresentava dificuldade em correr em meio a neve que estava do lado de fora do casarão.

— Mais rápido! – gritou Edward.

— Eu não consigo!

A neve tinha dois palmos de altura. Bella tropeçou e caiu. Edward parou para esperar por ela. A estudante tentava se recuperar. Um canivete foi colocado no pescoço do nadador. Os dois não haviam contado que houvesse um quarto integrante naquele grupo.

— Parado aí! – ordenou um adolescente.

Edward imediatamente levantou as mãos. Bella ainda estava parada no chão, o medo a fez paralisar. O rapaz torceu um dos braços do nadador para trás. O adolescente que estava com o canivete era alguns centímetros mais baixo que sua vítima.

— A gente dá o que você quiser... só nos deixe ir – indagou Edward.

— Cala boca!

Bella tentou se levantar.

— Fica parada aí! – o rapaz apontou o canivete para Bella.

Em um segundo Edward se desvencilhou do assaltante lhe uma cotovelada. O rapaz cambaleante tentou revidar atacando o nadador. O corte passou de raspão atrás da orelha do jovem Cullen. Bella aproveitou o momento para jogar neve no ladrão. Ela levantou-se rapidamente. Os dois namorados saíram correndo até o portão central.

Edward conseguiu passar primeiro entre as grades frouxas do portão. Bella se enganchou na hora de sair. O nadador levantou a cabeça por cima da namorada e viu os quatro indivíduos vindo na direção deles. O jovem puxou a garota fazendo com que celular dela caísse no chão.

— O meu celular!

— Não dá tempo de pegar!

Edward segurava a mão de Bella enquanto corria rua acima. A garota estava quase sem fôlego.

***

Edward estava sentado no sofá da sala de estar da casa dos Cullens. Era um ambiente aparentemente neutro, mas estava com um clima carregado.

— Eu não acredito que vocês foram tão irresponsáveis de irem para aquela casa abandonada – Carlisle quase gritou – Principalmente você Edward que já é maior de idade!

O homem de quase meia idade passou as mãos nos cabelos como um gesto para se auto tranquilizar. Bella estava sentada na poltrona a direita um pouco distante de Edward. A estudante apenas olhou para namorado que estava olhando fixo para o pai.

— Eu sinto muito, mas senhor deveria ficar mais preocupado com os assaltantes que estão por aí!

— E você acha que eu não vou fazer nada? Eu já chamei a polícia. Agora o que me preocupa: é saber o risco que vocês correram ao invadir uma casa abandonada. Você não pensou nas consequências?

— Carlisle – chamou Esme – Acho que agora não é um bom momento para ficar bravo com o seu filho.

Por um momento todos ficaram em silêncio. Foi nessa hora que Bella lembrou-se o que aconteceria no dia seguinte.

***

Renée permaneceu calada desde a chegada intempestiva de Edward e Bella na casa. A governanta apenas perguntou o que havia acontecido e na sequência os pais do nadador apareceram após o tumulto dos empregados.

Bella ainda estava suando frio. Ela estava com medo da repreensão que receberia da sua mãe. A jovem sentou-se em sua cama. Renée virou-se para encarar a filha. A expressão em seu rosto era um misto de raiva e decepção. Aquele olhar afetou instantaneamente a estudante.

— Pode dizer que a gente foi irresponsável e poderia ter acontecido algo grave conosco.

— Você se lembra do dia que eu disse que a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco e que nós somos o lado mais fraco?

— Eu não estou entendendo – Bella não fazia a mínima ideia porque sua mãe disse aquelas coisas.

— Você e o Edward são um erro. Não pertencem ao mesmo mundo. Não importa o que aconteça você sempre vai ficar com o fardo maior. Ele sempre vai ter os pais dele para resolver qualquer problema.

— Aonde você quer chegar? – Bella levantou-se da cama.

— Vocês... vocês dois juntos são um imã para problemas. Hoje foi o seu celular amanhã pode ser a sua vida. Entenda que as coisas sempre vão pesar mais para você.

— Eu... eu sei disso... Eu só não estou entendendo o que o Edward tem haver com isso.

— A relação de vocês nunca vai ser da mesma medida. Você é a filha da empregada dos pais dele. Bella, não fantasie com o futuro de conto de fadas.

Os olhos da garota ficaram marejados.

— Dificilmente vocês vão ter um futuro juntos. E quem vai sofrer mais quando tudo isso terminar vai ser você – Renée se aproximou da filha – Esse garoto só te traz problemas.

Renée tocou carinhosamente o rosto de Bella.

— Eu o amo... amo muito!

— Você só tem 16 anos. Ainda tem muita coisa para viver. Esse é só o seu primeiro amor.

— Talvez seja... mas por que está me dizendo isso agora?

— Infelizmente esse mundo não enxerga vocês da mesma forma.

— Você me disse que eu não era inferior a ninguém. Então por que diz que eu e o Edward não somos iguais?

— A vida não é justa. Não somos contados pelo aquilo que somos e sim por aquilo que possuímos.

As lágrimas correram fora de controle pelo rosto de Bella. Renée a abraçou carinhosamente.

***

Grande parte dos empregados da casa dos Cullens havia comparecido. No velório compareceu muitas pessoas e algumas até de renome como o governador e a sua esposa. Bella passou toda a cerimônia afastada de Edward e sua família.

Quando todas as pessoas estavam na mansão dos Cullens. Bella sentiu um enorme vazio. Nos últimos meses de vida de Ava, a matriarca e a estudante estavam bem próximas, mas ninguém sabia daquele fato a não ser as pessoas que conviviam na casa. Todo mundo prestava os pêsames para os familiares. A jovem decidiu sentar-se num canto afastado do salão. O tempo foi passando lentamente ambiente ainda continuava cheio. De repente dois braços pequenos envolveram a adolescente pelas costas.

— Oi, amiga!

Bella instantaneamente sorriu quando percebeu que era Alice. Ela virou-se e devolveu o abraço para amiga.

— É tão bom ver um rosto familiar!

— Como você está? – perguntou Alice.

— Indo! – Bella deu um sorriso fraco.

Rosalie apareceu de surpresa e deu um abraço apertado na amiga.

***

Josh abriu a garrafa de uísque e encheu o seu copo. Ele já parecia entorpecido apesar ter tomado dois copos. Esme se aproximou calmamente. Os dois primeiros botões da sua camisa estavam abertos mesmo usando gravata.

— Acho melhor não tomar mais – a mulher sentou-se ao seu lado.

Josh bufou.

— Sabe... – iniciou o patriarca da família – por muito tempo as coisas dessa família caminharam por uma linha torta. Isso... começou acontecer quando você chegou.

— Você já está bêbado – Esme o impediu de encher o copo novamente.

— As coisas têm sido do seu jeito por muito tempo, mas logo elas irão mudar!


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Notas finais do capítulo

O q vcs acharam?



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