Golpes Da Vida escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 10
Dias Ruins são Necessários


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal atrasei um pouquinho esse cap. deu muuuito trabalho. Esse cap. é especial, faz tempo q queria escrevê-lo. Gostaria q vcs lessem acompanho dessa música http://www.youtube.com/watch?v=SEUqsz3B3QU ... gente foi o DESTINO rs escutem mesmo e leiam o cap até o final, tem muita coisa.
ATENÇÃO!!! Nenhuma cena será sonho ou imaginação.
Enjoy e obrigada a todos os meus leitores.



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MÚSICA P ACOMPANHAR http://www.youtube.com/watch?v=SEUqsz3B3QU

Os dois batem na barra ao mesmo tempo, só alguns milésimos de segundo decidiriam quem seria o ganhador. Edward expulsou todo o ar dos pulmões. Tirou os óculos e olhou a tabela do placar.

“Eu perdi. Tá tudo acabado”.

Edward olhou para o lado e viu Carter completamente eufórico dando soquinhos na água. Uma parte da plateia comemorava aplaudindo e dando vivas com entusiasmo, enquanto a outra, a dos alunos do Orion, permanecia em um silêncio incomum para qualquer multidão. Era difícil acreditar que tinham perdido mais uma vez para o seu principal adversário.

Que competição fantástica! E Carter Blunt vence. Mais uma vitória para os Waterlions – disse o locutor com uma ponta de desanimo – Cullen fica em segundo lugar e Willms em terceiro.

– Não pode ser. Não pode – em choque, Bella repetia incapaz de acreditar no que seus olhos viam – Não pode ser. Não.

Por três milésimos de segundos, o colégio Fênix leva, mais uma vez, o título de campeão estadual intercolegial.

Os holofotes focalizavam Carter Blunt. Como sempre, todas as atenções estavam voltadas para o vencedor. É a ordem natural das coisas. As pessoas não costumam se preocupar com quem perde.

Exausto, Edward reuniu todas as suas forças para sair da piscina, quando olhou para a arquibancada e, a poucos metros de distância, avistou seus pais. Carlisle permanecia sério ao lado de Esme, a essa altura ele já se dera conta da mentira que o filho lhe contara. Provavelmente tinham assistido toda a prova. O atleta não quis encará-lo. Não agora. Então, examinando a sua volta, enxergou o olheiro da universidade. Para sua decepção, ele estava conversando com o treinador dos Waterlions que possivelmente ofereceria uma bolsa a Carter. Seu esforço não servira de nada.

De cabeça baixa e mancando mais do que quando chegara, ele ouviu vaias de uns poucos adolescentes que estavam por perto. Em meio a tudo, isso não fazia a mínima diferença. O garoto simplesmente continuou o seu caminho até o vestiário.

***

– CALEM A BOCA SEUS IDIOTAS! – gritou Roseli com um grupo que estava próximo – Mais que idiotas. Ele deu o melhor de si.

– Ele deve estar se sentido péssimo agora – falou Alice. – Tadinho. Deve está arrasado.

Quando Alice olhou para o lado viu Bella levantando-se da arquibancada passando pelos bancos e saindo em direção às piscinas onde ainda estava seu amigo.

– Bell o quê você está fazendo? – indagou Alice observando a atitude da colega – Aonde você vai? Você sabe que não é permitido invadir a área de concentração. Bella... – mas ela continuou.

– Espera por mim. Eu vou com você – Emmet foi seguindo logo atrás da moça que já se adiantava a frente.

***

Edward entrou no vestiário e ficou diante do espelho. Tudo que conseguia ver era a derrota estampada no reflexo de seu rosto pálido. Era como se seu mundo tivesse desmoronado por milésimos de segundos. O mesmo tempo que dura um piscar de olhos era o mesmo que separava o sucesso do fracasso. Ele teria que cumprir o trato com o pai e desistir de seu sonho, mas o pior, era o sentimento de fracasso que o consumia.

– Garoto, você foi muito bem na prova – uma voz tranquilizadora penetrou no ambiente como um calmante. O técnico Udson estava parado de pé ao lado de um dos armários. Ele era um homem baixinho, no final da meia idade e com um biótipo que nem de longe lembraria qualquer atleta, entretanto, mesmo com seu jeito birrento, não deixava de ser um excelente treinador – O olheiro gostou de você. Disse que você também foi ótimo.

– O que adianta ele gostar de mim se é o ganhador que ele vai escolher – Edward virou-se para encará-lo em tom de rebeldia típico da adolescência. Comum em quem sente raiva – Eu não me importo mais com o que ele pensa.

– Quem disse que só porque o outro ganhou a prova você não é um vencedor?

– E não é isso?

– Filho – Udson chegou mais próximo do rapaz e, com toda a sabedoria que seus cabelos brancos tinham lhe dado, continuou – Você nunca mudará o que aconteceu, não fique se castigando por isso. Na vida nem sempre se ganha, nem sempre se perde. Você ainda tem um caminho longo a seguir, apenas tente não se preocupar. Dias ruins são necessários.

– Eu quero... Ficar sozinho.

– Ok. Eu entendo – o técnico tocou no ombro do garoto, ele nunca escondeu o quanto admirava aquele menino. Era o filho que ele não tinha tido – Os outros garotos estão lá fora e você pode ficar aqui o tempo que precisar. Mas daqui a pouco devem chamá-lo para a entrega das medalhas. Eu já vou então – despediu-se – Mas, se precisar é só chamar.

– Sr. Udson.

– Hum?

– Eu quero dizer que... Obrigado. – fez uma pequena pausa – Pelas... Pelas palavras.

– Não tem de quê.

***

– Bella, Para! – pediu Emmet segurando o braço da amiga que já estava entrando no vestiário dos atletas – Me deixa falar com ele primeiro.

– Mas... – hesitou a garota pensando em contestar – Eu...

– Por favor – implorou novamente o rapaz – Eu também preciso ver como ele está. Sei que você deve estar preocupada, mas você sabe como ele é orgulhoso. Deixa eu ir primeiro. Enquanto isso você espera aqui fora.

A moça deu um leve suspiro e então cedeu.

– Tudo bem. Eu espero.

***

– Edward? – indagou o estudante adentrando no vestiário à procura do irmão caçula.

Emmet ouviu um barulho vindo de um dos boxes e dirigiu-se a sua origem. Quando se aproximou, para sua surpresa, viu Edward ainda vestido com o short da natação e ajoelhado diante da privada. Ele vomitava e o rapaz, ao ver a cena, agachou-se ao seu lado.

– Edward, o que está acontecendo? O que você tem cara?

– Não sei. Acho que... – ele sentiu o bolo chegando à garganta e abaixou a cabeça para mais uma vez vomitar. Quando terminou prosseguiu – Talvez seja algum efeito colateral do remédio. Isso aconteceu hoje de manhã também.

– Você é maluco. Por acaso não pensa nas consequências? Por que não me falou nada?

– Por isso – Edward apoiou-se na parede do box e usou o pulso para limpar a boca suja de vômito – Você não ia querer me deixar competir.

– E com razão.

Emmet ficou em silêncio apenas observando o caçula. Os dois ficaram quietos por alguns segundos, até que o irmão mais velho iniciou:

– Eu acho que ainda dá pra negociar com o papai.

– Você sabe que não é assim – rebateu o rapaz – Ele não é uma pessoa flexível, desde pequeno sempre me obrigou a fazer o que queria. Eu não tenho condições de fazer uma faculdade e arcar com os custos.

– Edward isso não é o fim. Você sabe que não está sozinho. Você é meu eu irmão e eu amo você. E se for preciso enfrentar o papai. Que assim seja.

– Obrigado. Mas, mesmo que ele quisesse voltar atrás, eu fiz uma promessa e tenho que cumpri-la. Não posso jogar minha palavra no lixo. Obrigado cara, eu também amo você. – Os dois sempre foram muito parceiros. Apesar da diferença de personalidades, um sempre pode contar com o outro– Acho que somos uma dupla e tanto juntos.

– Já eu, acho melhor a gente parar com isso. Não pega bem dois marmanjos dizendo que se amam no vestiário masculino – brincou.

Os dois deram um leve sorriso.

– Você vem comigo? – Emmet estendeu o braço e ajudou o irmão a se levantar.

– Não, eu vou ficar mais um pouquinho. Não quero que me vejam assim.

– Você ainda continua o mesmo carinha orgulhoso. Mas tudo bem. Se precisar de alguma coisa é só me chamar e se alguém disser algo, pode deixar que eu venho e quebro a cara dele.

– Fechado – Eles se abraçaram e o rapaz se lembrou de como Emmet era grandalhão e como sempre impunha respeito aos outros. Ele era seu guarda-costas particular – Se eu precisar eu te chamo com certeza.

***

O garoto foi até a pia. Abriu a torneira e, deixando a água fluir, lavou o rosto e bebeu um pouco. Quando terminou, observou-se mais uma vez no espelho.

– Edward. Você está péssimo cara – disse a si mesmo constatando seu reflexo ainda mais abatido. Ele não podia acreditar em como chegara tão perto de conseguir. Despois de tanto esforço e de colocar tudo em risco. As mentiras, as farsas, a discussão com Bella. Tudo por nada. – Mais que MERDA! – xingou as coisas e o modo como elas haviam acontecido. Edward apoiou-se numa parede e se deixou deslizar até alcançar o chão gelado de mármore.

Sentado e desolado. Ele dobrou as pernas, abaixou a cabeça, e não conseguiu mais segurar as lágrimas.

– Edward? – chamou uma voz suave. Bella ajoelhou-se ao lado do amigo e fez menção de tocá-lo, contudo, logo desistiu da ideia – Eu... – iniciou.

– Eu quero ficar sozinho – pediu Edward erguendo a cabeça e a fitando. Eles não haviam conversado desde a vez que a menina prometera, mesmo não o apoiando, que não revelaria seu segredo – Você estava certa... Quando disse que eu ia me estrepar.

– Eu falei aquilo porque fiquei preocupada com você – a moça chegou perto do rapaz e colocou a mão em seu ombro numa atitude acolhedora– Não queria que se machucasse nem que nada de ruim te acontecesse.

Ele a encarou reflexivo por alguns segundos, e depois prosseguiu:

– Você é uma garota incrível. E muito estranha também. As garotas geralmente costumam se aproximar dos vencedores e não dos perdedores.

– Você não é um perdedor e eu não sou qualquer garota. – olhou fixo para Edward – Você foi muito bem e teria ganho se... – desviou o olhar – Se eu não tivesse caído em cima de você – desabafou a estudante se sentindo culpada pelo que havia acontecido. No fundo ela sabia que tinha sua parcela de culpa.

– Ei – o garoto estendeu a perna e inclinou-se no sentido da parceira retribuindo o gesto – Não se sinta mal. Você não deve. – a consolou – Desculpe por todas as coisas que eu te disse. – Ele viu ruir a muralha que ela criara em volta de si e percebeu que os olhos da menina começavam a ficar marejados – Eu não quis te magoar. Desculpe por ter agido como um idiota.

Edward afastou uma mecha de cabelo do rosto da moça. O rapaz tinha olhos penetrantes e profundos que se tornavam difíceis de traduzir. Amizade, compreensão, admiração, nem ele mesmo saberia entender o que estava sentindo naquele momento. Era como se alguma força sobrenatural os conectasse. Algo que atraía um ao outro como dois polos opostos de um ímã, puxados para mais e mais perto. Logo, eles estavam próximos, separados apenas por uma pequena lasca de ar que ambos compartilhavam.

– Tem tanta coisa que eu queria te dizer – iniciou a menina surpresa com a própria audácia. Talvez pela situação ou por nunca ter tido uma oportunidade como aquela, no entanto, ela sabia que precisava dizer. Este era o momento. Não podia mais guardar essa informação para si – Mas eu... Mas eu não sei como.

– Comece dizendo por que você está aqui – ele suava frio enquanto analisava a moça, observando cada gesto, cada reação, como se estivesse tentando interpretar seus pensamentos – Eu não acredito que você veio até aqui só porque sente pena de mim.

– Eu não sinto pena de você. Eu sinto... – interrompeu a frase ao se dar conta do que acabara de pronunciar. Ela sabia que palavras ditas não têm volta.

– Sente?... – indicou Edward para que ela continuasse.

– Eu – sua voz era quase um sussurro – Eu sinto que...

Bella respirou fundo. Reuniu toda a coragem que tinha e, então declarou:

– É porque eu te amo. Seu idiota – as palavras brotaram de sua boca com a mais ampla facilidade.

Edward observou uma singela gota de lágrima escorrer pelo rosto da menina e, sem receio, invadiu o espaço que os afastava, até que seus lábios a tocassem. Ele a beijou afetuosamente no rosto.

– Agora sou eu que estou sem saber o que falar – disse.

– Então não diga nada – a menina o puxou para perto de si e, repetindo a ação do garoto, o beijou a face – Eu te amo Edward Cullen.

***

Os estudantes do colégio Orion acomodavam-se na parte mais próxima de um dos vestiários, enquanto os das demais escolas estavam espalhados por outras áreas da arquibancada. Nadadores, professores, organizadores e plateia. Todos ansiavam o momento mais aguardado. A entrega das medalhas.

Os Dolphins estavam sentados num banco próximo das piscinas aguardando a hora da premiação. Foi quando Jasper, que estava ao lado de Scott, iniciou uma conversa:

– Ainda não consigo acreditar que perdemos. Droga! Chegamos tão perto.

– Tão perto mesmo. Na verdade, por milésimos de segundo. – completou Scott.

– Puxa. Obrigado por me fazer sentir melhor. Cara, você realmente sabe como animar uma pessoa.

– Não tem de quê. – dispôs-se Scott num tom irreverente. – Agora eu acho que tem gente que não precisa ser animado. Tá vendo o James? – Scott apontou para o outro companheiro da equipe que estava sentado próximo a eles.

– Tô. O que tem?

– Ele parece até que está feliz com a nossa derrota. – continuou o atleta.

– Quem não deve estar nada bem é o Edward. Ele queria tanto ganhar.

– Alguém precisa dizer para o mauricinho que na vida nem sempre se pode ganhar – intrometeu-se James dando de ombros.

– Você está dizendo isso só porque ele é mais rico do que você. – rebateu Jasper.

– Você tá querendo insinuar o quê? – James se levantou e aumentou o tom de voz.

Estamos informando que vamos atrasar um pouco a entrega das medalhas por problemas técnicos. Denúncias foram feitas...

***

– Você tá ouvindo esse barulho? – um som de muitas pessoas debatendo veio do lado de fora do vestiário e chamou a atenção da menina.

– É verdade. Parece... – Edward escutou o som de várias vozes juntas falando ao mesmo tempo. – Parece que tá tendo uma confusão lá fora. Vem – Ele apoiou-se na parede e pediu para que a moça o acompanhasse – Vamos ver o que tá acontecendo.

– Deixa eu te ajudar – Bella percebeu que o rapaz tinha dificuldade para ficar de pé por causa do machucado. Pensou no esforço que o estudante tivera para participar da prova e no quanto o admirava – Você consegue andar?

– Eu estou ótimo Bell – disse abrindo um sorriso. Ela assentiu, embora soubesse que aquilo não era verdade.

De súbito, a porta do vestiário foi aberta abruptamente e, Jasper e Emmet entraram por ela.

– Edward, cara. Está todo mundo te procurando – iniciou Jasper olhando de relance para a menina e depois se voltando novamente para o jovem. – Você não vai acreditar no que aconteceu.

Ambos os estudante pareciam eufóricos.

– Você venceu, cara! – Emmet falava gesticulando – Você venceu! Nós vencemos!

– Esperem! Como assim “venceu”? – indagou Bella observando a animação dos dois garotos – Expliquem. Eu não estou entendendo.

– Eu também não estou entendendo. – interveio Edward confuso – Vocês podem me explicar?

Cara. Minha nossa! Isso... isso é realmente incrível. Eu não sei como explicar...

– Então deixa que eu falo – Emment assumiu a fala do amigo – É que foi descoberta uma trapaça.

Trapaça? – Edward e Bella repetiram juntos.

– É isso mesmo. – continuou – Carter trapaceou no exame de dopping.

– E se ele fez isso... pelas regras, está desclassificado – Jasper não conseguia conter a animação – Então a conclusão lógica é que...

– Você é o vencedor Edward – completou a Bella virando-se e olhando para o nadador – Edward, você venceu – o rosto da menina parecia que estava iluminado.

– Esperem ainda – o rapaz cruzou os braços, incrédulo – Exames de dopping não costumam ficar prontos tão rápido assim e muito menos são revelados pouco antes premiação.

– Existem casos de premiações desse nível, que os organizadores já deixam os testes prontos – argumentou Jasper ao rapaz – Você tem razão quando, diz que os testes só são revelados depois das provas. Só que estes. Você se lembra? – fez menção a dois dias atrás quando recolheram amostras de urina para o exame – Como foram feitos antes das provas de hoje. Eles já podiam ter o resultado. Aí, só bastou alguém fazer uma denúncia anônima para a farsa ser desmascarada – piscou o olho ao dizer essa última frase.

– Eu não sei. Parece surreal demais para ser verdade – ao proferir essas palavras, embora ainda não acreditasse, havia uma ponta de esperança se ascendendo dentro dele.

– Conforme-se maninho. Você ganhou.

– Eu acho que vou me lembrar disso para o resto da minha vida. – afirmou o outro amigo. – E olha que não foi nem minha vitória.

– E mais uma vitória para os Doooooolphins! – vibrou Emmet dando um soco no ar. Era impossível conter a animação.

De repente os garotos voltaram sua atenção para Bella. A menina começou a dar gritinhos histéricos e saltitar como uma criança que acabara de ganhar um brinquedo especial.

– Uhuuuu! Você venceu! – a moça abriu um largo sorriso enquanto pulava de entusiasmo – Você venceu... Você venceu... Eu sabia que era o melhor de todos. – a menina pulou nos braços do amigo e o abraçou. Depois abraçou Emmet também – Quem é o campeão? Não respondam! Eu sei, é Edw-ar-d Cullen. O caammmpeão! – sem conseguir parar de sorrir. Sua paranoia fazia os estudantes rirem mais ainda.

Não existiam mais dúvidas que o rapaz era o verdadeiro vencedor. Então, sem mais receio, ele deixou-se contaminar pelo entusiasmo contagiante de seus amigos a um ponto tão alto que sentiu como se fosse transbordar de felicidade. As coisas finalmente se encaixavam. Ele olhou para a menina ao seu lado que ainda vibrava e, abrindo um enorme sorriso, quis puxá-la e envolve-la em seus braços novamente. Esta foi a sua intenção quando, impulsivamente, a trouxe para perto de si, mais próximo do que havia planejado.

Nesse momento, o jovem sentiu que não tinha mais domínio sobre si. Não conseguia mais controlar seus desejos. Suas emoções estavam embaralhadas e confusas até que, novamente, a força magnética de antes, voltou com intensidade total. Convidando-o para cada vez mais perto... mais perto...e mais... E quando os dois se deram conta, seus lábios já estavam colados, se movendo no mesmo ritmo, um no outro. Foi como se uma descarga elétrica percorresse cada molécula dos dois corpos ao mesmo tempo. Eles pararam, e se fitaram por alguns segundos. O suficiente para que o vestiário fosse invadido pelos Dolphins.

Cerca de dez alunos comemoravam e gritavam chamando pelo nome do rapaz. Ele se tornara seu herói. E, sem pedir permissão, eles o ergueram.

– Hei pessoal! – disse o garoto já sendo carregado – Para onde vocês estão me levando?

– Para a glória Cullen! – respondeu um deles.

Edward olhou para trás e avistou a garota sorrindo antes que o levassem para fora.

– Mal ganhou e já tem duas – cochichou Jasper irônico, ao lado de Emmet.

***

O ginásio estava lotado. As pessoas vibravam com a surpreendente vitória de Edward Cullen. Em pouco tempo o rapaz descera do fundo do poço e agora conquistava o apogeu.

A entrega das medalhas já estava prestes a acontecer. Alguém emprestara a Edward um uniforme que ele logo tratou de vestir por cima do short mesmo. Agora, com cautela, o jovem começava a subir no pódio e era ovacionado pela multidão.

***

E vai começar a entrega das medalhas! O momento mais esperado.

***

O pódio não era um lugar alto, contudo estava colocado numa posição estrategicamente visível. Tinha aproximadamente um metro de altura. À esquerda, num nível mais baixo, ficava o terceiro colocado Oliver Queen e, à direita, também num nível inferior, o segundo, Willims. No centro, o campeão.

Edward colocou os pés no lugar mais alto do pódio, recebeu a medalha e contemplou a plateia que comemorava. Então, com visão privilegiada, ele pode ver: Viu os mesmos garotos que o vaiaram antes, aplaudindo. Viu a equipe de natação dos Waterlions indo embora, enquanto os Dolphins comemoravam. Viu seus pais e amigos o olhando com orgulho. Viu o Sr. Udson assentindo com a cabeça. Viu Tanya, sua namorada, acenando e, mais ao fundo, a viu. Ela tinha o mais belo sorriso que ele já vira.

Aquela menina, de um metro e sessenta, olhos e cabelos cor de chocolate e de traços delicados, lhe pareceu a criatura mais bonita da face da Terra. E foi isso. De um instante para o outro não existiam mais vozes. Não existia ginásio, nem arquibancadas com pessoas. Tudo se dissipara e se resumira somente a Ela. Algo mudara. Era como se estivesse vendo Bella pela primeira vez. Até que, de repente, ela também começou a se distanciar. Foi ficando distante... distante... e então não foi mais possível enxergá-la com nitidez e, o borrão que se formara, foi engolido por um abismo negro.


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Notas finais do capítulo

E aí o q acharam? Pq isso deu muito trabalho. Estou tão ansiosa, preciso de um retorno PLEASE comentem! O q vcs acharam da declaração da Bella? Já estou trabalhando no próximo post, mas preciso de mais 10 COMENTÁRIOS, no mínimo, aí eu posto de novo, não q eu vá parar de postar a história, mas quero saber se vcs realmente gostaram.
Volto a repetir, nenhuma cena foi sonho ou imaginação, incluindo o final.
Bjuuuuuuuuuus!



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