Pov Off

>> 3 meses depois... <

Chegara o dia do casamento de Germán Castillo e Esmeralda di Pietro. Ambos estavam nervosos, porém ansiosos.

Esmeralda se arrumava no salão de beleza e Germán na mansão mesmo. Ele estava meio estranho. Confuso. Ainda pensava no sonho que tivera há três meses atrás.

O que ele não sabe é que Angeles tivera o mesmo sonho. Germán estava confuso, ele não entendia porque sonhara com ela sendo que não a amava mais. Ou amava? Era essa a dúvida que ele tinha, e isso o incomodava.

Germán sacudiu a cabeça tentando se livrar destes pensamentos e disse a si mesmo:

— Tenho que parar de pensar nisso. Estou me casando com Esmeralda, não com Angie.

O casamento seria no final da tarde, e o relógio já marcava 14:40.

Angeles estava deitada na sua cama, ainda de pijama, olhando para o nada. Ela estava tão mal a ponto de não querer se levantar. Hoje seria o dia em que sua vida se arruinaria para sempre.

De repente seu celular toca. Era sua sobrinha.

Ligação On

— Alô?

— Tia! Você vem hoje?

— Não, Vilu... Para que ir? Para sofrer mais do que eu já estou sofrendo?

— Ah, Angie... Sei lá, eu acho melhor você vir, você tem que ser forte! Não dá para ficar se lamentando para o resto da vida.

— Eu sei, Vilu, mas...

— E o papai quer muito que você venha.

— Hm... vou pensar, ok?

— Ok! Pense direitinho.

— Tá, pode deixar. Tenho que desligar, minha linda. Beijos.

— Um beijão! Até mais tarde, talvez.

Ligação Off

Esmeralda estava extremamente feliz. Estava com um ar de vitória. Com o passar do tempo, ela realmente tinha se apaixonado por Germán. Então, obviamente, Jade e Matias estavam super furiosos com ela.

Mas Esmeralda não tinha medo deles, ela os achava bobos para fazer algo contra o casamento.

Germán terminara de se arrumar. Ele não estava tão animado assim, porém achava que era o certo.

Deitou-se na cama e fechou os olhos. De repente, todos os seus momentos vividos com Angie vieram à tona em sua mente. No mesmo instante ele abriu os olhos e se levantou. Estava começando a se intrigar com isso. Mas será possível que ele não conseguia esquecê-la?

Resolveu descer para ver como iam as coisas do casamento. Seria ali em seu jardim mesmo.

Estava quase tudo pronto. Faltava apenas o altar. Estava tudo completamente lindo, a decoração era maravilhosa. Germán suspirou. Ele gostava da Esmeralda, mas não a amava. E ele sabia bem disso, mas acreditava que com o passar do tempo conseguiria fazer brotar algum sentimento especial por ela.

A única coisa que ainda o confundia era Angie. Ainda se perguntava o porquê de seus pensamentos estarem voltados para ela.

Germán estava pensando neste assunto, quando foi interrompido por sua filha. Ela não estava muito feliz com este casamento e ele não sabia o porquê.

— Pai!

— Oi, querida.

— Qual vestido eu ponho? - ela dizia emburrada e mostrou-lhe dois vestidos.

— O azul. - ele disse sem se importar muito.

— O que foi? - Violetta percebeu que seu pai estava incomodado com alguma coisa.

— Nada, não é nada... - ele se levantou e sorriu forçado. Violetta não se convenceu com a resposta, mas resolveu não insistir.

As horas foram passando rapidamente. Logo já era hora da cerimônia.

Violetta já estava arrumada. Germán também. Esmeralda ainda tinha que fazer retoques na maquiagem, mas logo estaria pronta.

Pov Angie

Eu estava decidida a não comparecer nesse casamento. Mas depois da conversa que tive com minha sobrinha por telefone, pensei um pouco e cheguei à seguinte conclusão: eu preciso acabar com isso de uma vez, não posso fugir dos meus problemas. Eu vou neste casamento, pois eu tenho que aceitar que eu nunca terei nada com Germán Castillo.

Me levantei e fui tomar um banho. Um banho demorado, no qual eu chorei muito. Estava me acabando de chorar antes para na hora parecer bem.

Coloquei um vestido vermelho e deixei o cabelo liso. Coloquei uma sandália de um salto não tão alto e passei uma leve maquiagem.

Olhei no relógio: era cinco da tarde e o casamento era às cinco e meia. Decidir ir já, para chegar um pouco mais cedo.

Peguei minha bolsa e fui. Andei com calma pela rua, não tinha tinha pressa. E enfim cheguei na mansão: suspirei profundamente antes de tocar a campainha e quando o fiz, rapidamente a por se abriu.

— Angieeee! - Violetta gritou e me abraçou. - Não acredito que você veio! Estou orgulhosa de você.

— É... tomei muita coragem para vir. - eu falei e notei minha voz fraca.

Vilu suspirou e me puxou para dentro. Já haviam alguns convidados lá. Germán conversava com um casal quando eu entrei, mas logo ele olhou para o lado e me viu. E em seguida, sorriu.

Retribuí o sorriso, mas o meu foi meio fraco. Violetta riu.

— Que foi? - me virei pra ela.

— Mesmo papai casando com outra ele nunca vai deixar de sorrir radiante quando te vê. - ela disse na maior naturalidade e eu corei.

— Nada a ver, Vilu! Foi apenas um sorriso como cumprimento.

— Sei... Ai, Angie... - ela continuou a rir. - Vem, vamos pegar um lugar para sentar.

Ela me puxou e fomos para o jardim. Me encantei com a decoração. Estava tudo belo, e senti vontade de chorar. Pensei: quem dera isso fosse para mim...

Sentamos na primeira fila. Não gostei muito da ideia, mas não tive escolha. Logo todos os convidados se acomodaram nas cadeiras e aguardaram a noiva chegar.

Depois de cerca de 10 minutos, alguém entra avisando que Esmeralda chegou, e neste instante, meu estômago se embrulhou e senti um aperto no coração.

Não chorar estava sendo um sacrifício. Mas um sacrifício que TINHA que ser feito.

Logo começou a tocar a música de entrada da noiva. Tudo estava tão lindo, infelizmente. O entardecer deixava o ambiente mais romântico... estava tudo perfeito. Quem dera esse fosse o meu casamento. Eu estava realmente triste.

A porta se abriu. Esmeralda estava lá, com aquele vestido branco, um buquê nas mãos e com um longo véu. Atrás dela vinha Ambar, a dama de honra.

Esmeralda foi andando calmamente sem tirar os olhos de Germán. Ele sorria para ela. E eu? Fervia de raiva.

Ela chegou ao altar e assim, o juíz de paz deu início a cerimônia que estragaria minha vida para sempre.

A cada "sim" que eles diziam, era mais um sentimento horrível, como uma facada nas costas.

Até que chegou a hora onde o "sim" era o definitivo...

— Esmeralda di Pietro, aceita Germán Castillo como seu legítimo esposo?

— Sim! - ela disse com um sorriso enorme.

— Germán Castillo, aceita Esmeralda di Pietro como sua legítima esposa?

Ele estava prestes a responder, quando de repente, uma voz familiar grita do fundo do jardim:

— PARE O CASAMENTO!