When the hour is nigh

And holpelessness is sinking in

And the Wolves all cry

To fill the night with hollering

When your eyes are red

And emptiness is all you know

With the darkness fed

I will be your scarecrow

Bleeding Out – Imagine Dragons

[…] Era ele, não poderia ser ele.

Klaus estava parado bem em minha frente, um sorriso pendia em seu rosto, seus olhos brilhavam. Me senti desconfortável com tamanha reação. Marcel estava estático, sem nenhuma reação aparente, típico.

Abri um largo sorriso em direção a Klaus.

–Niklaus Mikaelson.

–Julliet McConnors.Vejo que não mudou absolutamente nada. A não ser que você está com uma de minhas camisetas de marca.

–Ah, então é você que estava em meu quarto. - Disse tirando a camiseta e ficando apenas de lingerie, devolvi a camiseta para Klaus.

–Então sua humanidade está desligada ?

–Acertou em cheio.

–Qual seria o motivo de você tê-la desligado ?

–Acho que você sabe muito bem. Ah e Marcel, peça a um de seus lacaios que busque meu carro e traga-o para mim, afinal, minhas roupas estão lá. E não se preocupe, meu carro é um Porshe prata, eles irão acha-lo facilmente.- Enquanto virava de costas e saía do quarto de Marcel, ouço uma gargalhada, vinda de Klaus.

–------*-------

Depois de vestida corretamente, com minhas próprias roupas, Marcel me chamou para uma caça em “família”. Não estava com muita fome, afinal, acabara de fazer um lanche, mas fui mesmo assim, era melhor que ficar sentada em minha cama, lendo e ouvindo algo no Ipod.

Nos encontramos fora de casa e meus olhos pousaram em outro original, Elijah.

Quando Elijah me viu, certamente não deixou de sorrir, eramos amigos, antes de tudo acontecer. Andei em sua direção, bem devagar, com os olhos de Klaus em meu encalce, e capturei os lábios de Elijah com os meus, colocando os meus braços em volta do seu pescoço e ele colocando os seus em volta da minha cintura. O beijo de Elijah era doce e sem pressa. Saboreando cada toque. Me afastei fitando seus olhos, e sorrindo em sua direção. Todos que ali se encontravam estavam me olhando, eu sabia, podia sentir pares e mais pares de olhares bem detrás de mim.

–Bem-vinda de volta Jules.

–Obrigada Eli, também senti sua falta.

Marcel pigarreou, só então eu me virei para fita-lo.

–Já acabou com beijos por hoje Jules ?

–Querido Marcel,- Disse me aproximando dele e apoiando no mesmo- a noite é apenas uma criança, temos muita coisa pela frente não ?

–Certamente.- Foi então que Marcel me beijou novamente, e eu fiz com ele, exatamente o que fiz com Elijah. Me afastei e dei uma gargalhada, jogando minha cabeça para trás. Senti uma outra risada vindo da minha direita e naquele momento eu sabia, que pelo menos alguém eu estava divertindo, além de mim.

Marcel e seu bando seguiu na frente e eu preferi ficar para trás, para ouvir melhor, caso algum coração estivesse pulsando sangue por algum lugar no meio de vielas.

–Se divertindo ?- Disse Klaus andando bem ao meu lado.

–Na medida do possível.- Disse encerrando o assunto por ali. Klaus nada disse, até que ao longe ouvi não um, mas vários corações batendo, e pelo visto, eu não era a única a perceber isto. Marcel me olhou, como se me quisesse próxima dele, e foi o que fiz, em questão de segundos eu já estava ao seu lado. Ele chamou mais duas garotas, e as mesmas se reuniram a mim.

Marcel disse a todos.

–Os outros, sigam-me.-E todos os fizeram, deixando apenas eu e as outras duas garotas “sozinhas” no centro de New Orleans.

–Se finjam de bêbadas.- E logo o fizeram com uma facilidade teatral que eu não sabia que poderia existir.

Peguei o braço de cada uma, passando pelo meus ombros. Se um mero mortal nos visse, pensaria que havíamos acabado de sair de alguma festa e estávamos chapadas demais. E se os corações batendo logo afrente fossem realmente homens,- e era o que o vento que soprava em minha direção dizia- seriam presas fáceis para todos nós.

E minha intuição- ou melhor, o vento ao meu favor- nunca falhava.

Um grupo de rapazes vinha em nossa direção, todos tinham aproximadamente dezenove e vinte e um anos. Uma gangue talvez, ou só alguns amigos tentando se divertir. Eu quase senti pena deles. Quase.

–Hey, será que poderiam me ajudar, minhas amigas extrapolaram.

Um deles, o que estava mais afrente de todos, olhou para trás e logo me fitou, rindo maliciosamente em minha direção.

–Claro mocinha, por que eu não ajudaria ?

Quando eles se aproximaram o suficiente, eu sussurrei um “ Agora “ que só alguém com audição sobre humana – vulgo vampiros assassinos – poderiam ouvir. E essa foi a deixa.

De todos os cantos saíam vampiros do bando de Marcel.

De cima de prédios, da escuridão em pequenas vielas, e até mesmo detrás de grandes árvores.

Eu sibilei um feroz “ O líder da gangue é meu “ e ninguém ousou se aproximar. Meus caninos saltaram para fora, e de repente a fome exaltou em mim.

Voei em sua jugular. Me deliciava com cada gota de sangue,cada gemido de dor. Me afastei um pouco apenas de minha presa para observar como todos estavam indo, vi Elijah sendo sofisticado como sempre, Marcel com um rapaz em cada mão e ao meu lado, dividindo o líder da gangue estava Klaus. Quando um vampiro dividia sua presa com outra, significava intimidade. E realmente no momento não me importei muito com isso. Voltei para minha refeição. Quando senti a vida do rapaz se esvair e cair com um baque no chão, me virei para Klaus e não vi exatamente nenhuma gota de sangue em seus lábios. Como ele conseguia ? Minha boca provavelmente estava suja, porque Klaus se aproximou de mim e me beijou. Seu maxilar rígido contra o meu. Segurei forte em seus fios de cabelo bagunçados e ele apertou meu corpo contra o dele. Quando ele se afastou, apenas disse.

–Você tinha um pouco de sangue em seus lábios, pequena Jules.

E então, sorri para ele, como se nada importasse. E na realidade, não importava mesmo.