Serie Irmãs Grigori - Acaso escrita por PriscilaGuarate


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

bem, espero que gostem e comentem. beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/386973/chapter/1

Prólogo


Nova Iorque, quatro de janeiro de 2012.


           Solano desceu para jantar, estava hospedado no hotel há uma semana, mas nunca participara das noites festivas, não era uma pessoa muito associável, só o necessário. Ouvira falar que teria um show, não se importou muito. Ele viera da Grécia só para encontrar Emmeline que havia fugido dele sem lhe contar que iria ser pai. Só soubera pela mãe dela que disse que a filha havia desaparecido depois de descobrir estar grávida de seis meses. O mesmo período que eles terminaram... Depois de procurar por ela durante sete meses, descobriu que ela viera para nova Iorque. Uma semana se passou e ele não a encontrava. Onde ela estaria? E se ele fosse o pai dessa criança? Afastou seus pensamentos e se vestiu ficando muito elegante num smoking. Seu porte definido e o rosto belo chamavam atenção de todas as mulheres facilitando sua fama de galinha. Desceu para o salão principal e ao chegar ouviu uma voz feminina que cantava uma musica de amor. Ele estava encantado com aquela voz tão bonita. Aproximou-se do som curioso também para saber quem era a dona daquela voz. Surpreendeu—se com aquela beleza tão exótica. Ela tinha os cabelos num tom de vermelho sangue, sua pele da cor de um pêssego maduro e seus olhos tinham um tom uísque que ele nunca vira antes. Uma bela mulher que devia ter apenas vinte anos ou menos. O corpo tinha muitas curvas, os seios fartos e bem desenhados. A barriga lisa e os quadris largos e arredondados.  Os lábios cheios e cobertos por um batom vermelho sangue. Ele estava atordoado com tanta beleza. Ele sentiu uma imensa vontade de provar aqueles lábios.

          Estava decidido, ele precisava conhecê-la. Saindo do transe percebeu que a musica havia parado. A cantora já saia do palco e se dirigia ao open bar no fundo do salão. Ela estava sentada de costas pra ele, seu vestido possuía um elegante decote traseiro. Ela parecia ter uma conversa agradável com o barman, pois dava várias risadas. Ele não podia ouvi—la falar. Imediatamente se viu caminhando na direção do bar movido pela misteriosa mulher sentada ali.

— Você tem uma voz incrível. Ele disse baixo e no ouvido dela por conta da musica alta. Sorriu com satisfação ao ver que seu ato a deixou toda arrepiada. Lindos olhos uísque se viraram para vê-lo.

— Obrigada, o senhor é? Ela lhe sorria com simpatia. De perto seu rosto e sua voz aveludada eram ainda melhores.

— Solano Stevano, e a senhorita?

— Miranda.  Ele queria falar mais, porém alguém a puxou rapidamente e ela se fora. Ele queria esquecer daqueles olhos, então cantou uma loira siliconada na recepção, mesmo depois, quando a mesma mulher já tinha ido embora ele se pegou pensando na misteriosa Miranda.


          Miranda voltava para casa depois de mais uma noite de trabalho, seu primo era dono do hotel Starish e a chamou para abrir a noite dê shows, é claro que ela não pode recusar. Depois de conhecer Solano ela se esqueceu do resto, a forma como ele a elogiou, no pé do ouvido lhe provocou arrepios que ela nunca sentira. Ele era muito atraente, olhos verdes brilhante e a pele naturalmente bronzeada. Os cabelos bem pretos na altura dos ombros lhe lembravam o cigano Carlo que sua mãe sempre falava em suas histórias. Quanto mais perto de casa mais ansiosa ela ficava, sua irmã e sua filha estavam a sua espera. Ela mal pudera acreditar que já se passara um ano. Manuella completaria um ano dali a um mês. Sua garotinha já aprendera chamá-la de mãe. Era o xodó de Taila. Já no portão que fora aberto com o controle, ela adentrou o terreno e estacionou na grande garagem.

           Fazia quatro anos que saíra do Japão onde morou por longos 12 meses. Era necessário. Sua marca de roupas, Angel, era um novo investimento naquele país. Agora ela já tinha fábricas e lojas por todo o oriente. Taila era sua irmã gêmea, porém muito diferente, seus cabelos eram castanho claro e seus olhos eram castanhos. Taila se formara em medicina veterinária e biologia, trabalhava para o governo, no centro de pesquisas do exercito americano. As duas eram ciganas, Miranda saio de casa com 15 anos, para não se casar. Ela sempre almejara muito mais do que um marido e muitos filhos. Assim ela acabou por conhecer o pai, que morava na Itália. Deixara suas três irmãs para trás, mas prometeu buscá-las e com a ajuda do pai, assim fez. Laila e Luna eram gêmeas diferentes, Laila tinha os cabelos negros, cor de ônix e Luna loira, puxando para o lado do pai.  As duas moravam na Itália, junto com o pai. Luna se formara em advocacia, e Laila era cantora e atriz. Todos os anos as irmãs se reuniam na Itália na casa do pai que não era cigano. A mãe as criara sozinha, pois não era aceito um não-cigano na roda. Aos 15 anos, Miranda conheceu o pai e deu um jeito de acontecer o mesmo com suas irmãs.  A relação com ele era boa, Sr. Grigori adora a neta e as filhas. Elas eram felizes. A única tristeza era que a mãe não podia vê-las agora. Ela morrera quando Miranda completara treze anos, deixando as filhas órfãs serem criadas por uma tia malvada. Um gritinho de alegria irrompeu da porta de entrada, Taila segurava uma Manu alegre e saltitante em seus braços.

- Mama! Ela gritou sorrindo. Miranda sorriu de volta e a beijou nas faces rosadas, tomando a filha nos braços.

- Oi mana. Disse Miranda beijando a face da irmã.

- Oi, papai ligou... Disse Taila se dirigindo para a sala de estar.

- O que ele queria?

- Ele pediu para irmos para Verona no final de semana, as gêmeas vão fazer uma festa de aniversário...

- É mesmo. Luna e Laila farão vinte e três anos sábado né?

- É... O tempo passa muito depressa. As duas rapidamente fizeram um jantar conversando animadamente sobre o fim de semana que teriam na Itália.



Terça feira, 05 de janeiro de 2012.


  - Senhor, nós achamos a sua filha. Luke tinha uma expressão impassível e postura rígida perto do chefe.

- Onde ela está, onde está Emmeline? Solano estava impaciente, estava nesta busca a mais de seis meses e finalmente encontra sua filha.

- Sinto muito senhor, Emmeline morreu de câncer a mais de sete meses.

- O que? Como?

- Parece que ela fugiu para Nova Iorque e soube que estava com câncer no cérebro, o médico lhe deu apenas cinco meses e vida, o suficiente para a criança nascer.

- O que aconteceu com a menina? Solano estava devastado, ele não amava Emmeline, mas não queria um fim tão trágico para ela. O que teria acontecido com sua filha?

- Parece que a própria Emmeline a entregou aos cuidados de uma amiga, tal de Miranda Gregori que mora aqui mesmo. Ela adotou a menina, e foi a ultima a estar com Emmeline antes de sua morte.

- Meu deus. Onde esta mulher mora?

- O endereço está aqui senhor.

- Ótimo. Vou para lá agora mesmo. Está dispensado Luke.

- Ok senhor.

        Solano saiu imediatamente movido por uma emoção que ele desconhecia. Finalmente encontraria sua filha. Será que essa mulher o deixaria conhecer a filha? Ele faria de tudo para ter a filha em seus braços.

Dirigiu pelas ruas mais pacatas até encontrar uma grande casa de dois andares com uma estrutura diferente, provavelmente estrangeira. A casa era toda de madeira e vidro, possuía jardins floridos e muita arvore diferente.  Ele desceu do carro e apertou o interfone que tinha no imenso portão negro. Uma voz feminina o atendeu e liberou sua entrada. Já na porta da casa foi recebido por uma mulher muito bela, com olhos castanhos.

-  Bom-dia senhorita...

- Bom dia, o senhor é?

- Solano Stevano. Vim para falar com Miranda Grigori... É você?

- Não, Miranda é minha irmã gêmea, eu sou Taila. Pode entrar senhor, ela já está voltando do central park.

Ele a seguiu até uma sala de estar toda decorada com plantas verdes, tapetes coloridos e sofás brancos com decorações artesanais de madeira. Parecia ter uma influencia cigana...

- Você aceita um chá ou suco?

- Chá está bom.

- Tudo bem, vou buscar. Taila saiu do aposento e Solano ficou a observar o ambiente. Tinha algumas fotos na mesa de centro, uma tinha um homem grisalho acompanhado de três moças sendo uma delas Taila. Na outra uma criança de olhos verdes e cabelos negros... Uma linda menininha. Sua filha. Ela se parecia muito com ele. Muito mesmo, tinha os mesmos olhos. Taila volta no mesmo instante.

- Ela é linda né? Ela sorriu docemente.

- Sim, sua filha?

- Não, sobrinha... A porta da sala foi aberta e ele pode ouvir risadinhas de criança.

- Mama! Ela ria.

- Mana? Miranda entrava na sala, tinha um sobretudo marrom amarrado na cintura e usava botas cano longo. Seus cabelos ondulados estavam soltos em cachos se emoldurando na face clara. Solano a olhou pasmo. Era a cantora misteriosa e ela tinha sua filha nos braços. A garotinha vestida num vestidinho com o nome da banda nirvana e um allstarzinho vermelho. Tão linda.

- Mana, esse senhor quer falar com você. Disse Taila pegando a pequena Manu no colo. Miranda o olhou surpresa. O que ele queria com ela? Tirou o casaco, revelando um vestido estampado justo na cintura que ia até a altura dos joelhos cobrindo um pouco as botas cor de caramelo.

- Solano sim? Ele assentiu com a cabeça.

- Miranda, eu preciso conversar com você sobre a menina...

- Minha filha? Não entendo o que isso tem a ver contigo? E como sabe meu endereço? Ela estava confusa. Ele pediu que ela se sentasse.

- Como você se tornou mãe da criança?

- Eu a adotei, uma amiga, a mãe da manu tinha câncer e estava na faze terminal, ela me fez prometer que eu cuidaria dela, e assim venho fazendo. Eu a amo muito. Como se ela tivesse saído de mim.

- Mas não saiu. Emmeline era minha namorada na Grécia, ela descobriu que estava grávida quando nós terminamos. Ela fugiu para a America sem me contar que eu ia ser pai. Tive que descobrir tudo por meio da mãe dela. Demorei quase um ano para encontrá-la e ao chegar aqui soube que ela está morta e minha filha sendo cuidada por outra mulher que eu nem mesmo conheço. Entende o que isso tem a ver comigo? Ele disse seco.

- Eu entendo que você seja o pai da Manu, mas ela tem uma mãe agora. Pode vê-la quando quiser, eu fui criada sem pai, e não quero o mesmo para minha filha.

- Eu não moro aqui, Miranda. Quero levar minha filha comigo...

- Você não pode tirá-la de mim. Acha que é assim? Que eu sou uma babá? Eu me apeguei a ela. Ela faz parte de mim agora. O lugar dela é ao meu lado. Ela dizia feroz como uma Leoa porem sem aumentar o tom da voz, uma verdadeira dama.

- Tenho meios legais de obter a guarda dela...

- Ela é tão importante pra você? Você a ama?

- Claro que amo!
- Então como você pode querer tirá-la da única mãe que ela conheceu como pode querer afastá-la assim das pessoas que cuidaram dela até agora com tanto amor? Como você pode querer que sua filha viva sem uma mãe? Tenho certeza que você é um homem ocupado não estaria 100% perto dela. Ela precisa de uma mãe Solano. Você não tem o direito de negar isso a ela.

- Eu não tinha pensado nisso, é só que ela é minha única filha, fui privado de vê-la nascer, de estar com ela nos seus primeiros meses de vida. Não quero viver longe dela Miranda.

- Você não precisa. Nunca irei fechar minhas portas para o pai da minha filha. Só peço que, por favor, não me afaste da minha menina.

           Solano pensou por um instante. Ele realmente estava muito ocupado, a firma estava prosperando e para continuar assim ele tinha que trabalhar muito, seria muito conveniente ter uma mãe para sua filha nessas horas, já que ele não teria tempo. Ele pensou em um jeito de concretizar seus planos.

- Eu tenho uma proposta pra você. Disse finalmente atraindo a atenção da mulher a sua frente.

- Fale.

- Você pode vir morar comigo em Atenas até esse verão passar, se você não se adaptar nos veremos outro acordo... Longe da minha filha não vou ficar. Não posso ser pai morando em outro continente. Disse ele decidido.

- Eu não posso fazer isso, tenho empresas para administrar. Eu trabalho e gosto do que eu faço não vou a lugar algum.

- Então nos vemos nos tribunais. Ele estava jogando, sabia que estava sendo baixo, mas no momento, tudo o que valia era tentar cumprir o plano.

- Você é muito baixo. Não pode tirá-la de mim, vai perder. Ela disse segura.

- Vou mesmo? Emmeline passou a guarda de minha filha a você sem me consultar certo? Sabendo que eu poderia cuidar da bebe tanto quanto você... Quem ganha, o pai ou a amiga da mãe?

- Você não faria isso...

- Eu faço tudo para ter minha filha ao meu lado, ela é a coisa mais importante na minha vida. Você tem três dias para se decidir Miranda.

- Eu vou com você. Mas deixando claro que se não der certo eu vou morar na Itália e Manu fica comigo, teremos uma guarda compartilhada. É isso ou tribunais.

- Fechado. Você pode se mudar em duas semanas. Posso ver minha filha? Ele estava radiante. O plano funcionara perfeitamente. Agora ele só queria ver sua filha.

- Pode sim. Taila! Ela gritou pela irmã com a raiva estampada no rosto bonito. Ela mal conhecera aquele homem e já o odiava profundamente. Porque ele tinha que ser tão bonito?

- O que foi mana? Taila ainda estava com Manu nos braços, a pequena comia uma barra de chocolate e tinha os pequeninos lábios sujos de chocolate.

- Mama! Ela levantou os bracinhos e a mãe a pegou. Manu imediatamente levou as mãozinhas ao cabelo de Miranda e olhou o homem enorme do lado da mãe. Olhando bem ela era a cara de Solano, os mesmos olhos, os mesmos cabelos. Sem duvidas era filha dele. Miranda se virou para que Solano ficasse na frente da menina.

- Tio? Ela apontou pra Solano sorrindo.

- Não meu amor esse é o papa. Disse Miranda limpando os lábios da menina. Solano olhava para ambas encantado. Não conseguia imaginar uma sem a outra. Se ele quisesse as duas teria que conquistá-las.

- papa? Manu olhou para Solano com os olhinhos brilhando e estendeu os bracinhos para ele que ficou confuso.

- Ela quer que você a pegue no colo. Disse Miranda serenamente. Ela colocou manu nos braços de Solano que a segurava com cuidado. A menina parecia encantada com ele. As mãozinhas pequeninas foram para o

Rosto e cabelos dele. Ele brincou com o nariz dela fazendo-a dar gritinhos de alegria. A menina se agarrou a ele, com a cabecinha deitada em seu pescoço longo.

- papa munito... Ele riu. Sua própria filha lhe cantando...

- Ela gosta de você. Miranda afagou os cabelinhos negros da filha.

- Você quer almoçar conosco? Ela parecia mais terna quando a filha estava perto, notou Solano.

- Eu gostaria sim, obrigado.

- Eu vou preparar a comida bem rápido, você pode ficar com ela?

- Claro.

- Tudo bem, fique a vontade. Dizendo isso, Miranda saiu da sala rumo à cozinha.

     Solano se viu com uma criaturinha curiosa em seus braços. Ela sorria pra ele e mexia em seus cabelos, bagunçando-os.

- Parece que você gosta mesmo de uma bagunça em! Ele fez cócegas nela e sorriu ao vê-la dar gritinhos histéricos. Ela era seu tesourinho, mal a conhecia e já a amava muito. Sua menininha.

- Solano, o almoço está pronto... Taila veio chamá-los.

Guiado pela moça, Solano andou até a cozinha onde Miranda com um avental na cintura servia o almoço. Taila tinha trocado de roupa, estava bem elegante.

- Está bonita senhorita. Solano disse a ela. Taila corou e sorriu com doçura agradecendo.

- Alex vai ter muita sorte de almoçar com minha irmã. Disse Miranda orgulhosa.

- Parem com isso! Disse Taila divertida com os comentários. - Mana, depois eu ligo... Prazer em conhecê-lo senhor. Bom almoço pra vocês. E assim ela saiu deixando os três a sós.

- mama ! Gritou manu fazendo beicinho. Miranda se aproximou de Solano e fez um afago na cabeça da menina.

- Calma estrelinha!

- Água! Disse a garotinha rindo e esfregando as mãos.

- Isso... Lavar as mãos! Miranda a pegou no colo e a sentou na pia lavando as mãos da pequena. Logo depois colocou um babador para que ela não se sujasse e assim pôs a menina na cadeirinha especial.

- Eu espero que não se importe com uma culinária brasileira. Disse Miranda servindo uma porção de vatapá a pequena.

- Você é brasileira? Ele parecia surpreso e maravilhado.

- Sim, eu e as gêmeas nascemos numa roda cigana que viajava pelo Brasil, mas nosso pai é italiano... Longa história.


- Acho que temos tempo o suficiente, conte mais de você. Ele disse provando a comida dela, fazendo cara de aprovação.

- Bom, eu sai de casa com 15 anos. Depois da morte da minha mãe quando eu tinha treze anos fomos criadas por uma tia. Não tínhamos contato com nosso pai, pois ele não era cigano e a relação dos meus pais era escondida. Fomos afastadas dele. Eu cresci com vontade de conhecer o mundo de uma forma que a minha cultura não permitia. Eu tinha que casar, foi ai que eu resolvi fugir, consegui achar o meu pai e fui morar com ele. Prometi a minhas irmãs que eu voltaria. Acabei dando um jeito de fazer meu pai conhecê-las e assim, fomos morar todas com ele. Eu comecei a trabalhar e fazia minha faculdade. Meu pai é dono de diversas empresas então foi fácil buscar minhas irmãs. Fomos morar todos juntos até as meninas completarem a maioridade. Depois de quatro anos eu fui morar no Japão e expandi minha marca conseguindo ganhar muito dinheiro, fundei hotéis e restaurantes na Itália, algumas fábricas de roupas no oriente. É um negócio de lucro. Vim morar em nova Iorque há apenas três anos. Trouxe minha empresa pra cá. E sou escritora de alguns livros.

- Nossa... Naquela noite que eu a ouvi cantar você parecia apenas uma daquelas jovens meninas que tem apenas um sonho na cabeça... Você é bem mais que isso.

- Posso dizer que ao longo dos meus vinte e cinco anos a vida tem sido um desafio maravilhoso. E você Solano?

- Eu nasci em Atenas, meus pais morreram há algum tempo, sou irmão mais velho de um e tenho dois primos que considero irmãos mais novos. Meu pai me deixou o legado de um império comercial. Temos muitas empresas e produtoras de petróleo e sal, sou o administrador de tudo isso, tenho minha própria empresa também, mas isso é outra história.

- Você parece ser bem jovem para ser tão bem sucedido. Ela sorriu com um levantar de sobrancelhas que ele lhe deu.

- Digo o mesmo para a senhorita. Fortuna sem herança antes dos trinta? Uma menina prodígio eu digo! Ela riu e ele adorou aquele som. Eles conversavam animadamente enquanto manu parecia concentrada no desenho japonês que assistia.

- Do que você gosta? Ela perguntou a ele.

- De muitas coisas, adoro cavalos, carros, mulheres, luxos.

- Brinquedos de um homem... Ela sorriu.

- E quanto aos seus?

- Os meus? Bem... Coleção de mangás, livros, motocicletas...

- mangás? Você ainda é bem adolescente em questão de hobbies em!

- Acho que morar no Japão influenciou muito. Tenho uma coleção de katanas no andar de cima.

- Katanas? Vou tomar mais cuidado com você.

- Meu sensei disse que não se faz kendô para atacar civis. Ela disse sorrindo.

- Você fez kendo?

- Sim, quando morei no Japão absorvi bastante da cultura deles.

- A cada minuto fico mais surpreso ainda com você Miranda.

- Que nada... O telefone de Solano começou a tocar e ele pediu licença se afastando para atender o celular.

Miranda limpou manu e começou a tirar a mesa. Seus pensamentos giravam em torno dele. Por quê? Porque o pai da manu tinha quer ser ele? Só de pensar que passaria um verão inteiro com ele, ficava nervosa. Ela olhou no relógio da cozinha. Estava atrasada. Pegou manu nos braços e já subia as escadas quando ele a chamou.

- Miranda? Ela se virou ao ouvir a voz dele.

- Sim?

- Tenho que ir. Eu gostaria de saber se posso passar aqui mais tarde. Ele coçava a cabeça de modo nervoso. Nervoso? Ele não parecia o magnata rico agora. Ele ficava lindo assim, pensou Miranda.

- Claro.







Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Serie Irmãs Grigori - Acaso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.