Cause I Can't Live Without You escrita por Mah Yamamoto


Capítulo 2
Save me


Notas iniciais do capítulo

Oioi!!
Mais um capítulo para vcs!!
Esperamos que gostem.



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P.O.V. Peg

  3 semanas depois

  Já estávamos no final da incursão, todos muito ansiosos para voltar para casa. Ian era o que mais lamentava o final da incursão. Segundo ele, quanto mais tempo longe das reclamações de Kyle, melhor. Mas ele também estava com saudades de casa.

   - Não vejo a hora de ter um quarto só nosso de novo - murmurou ao pé de meu ouvido, enquanto terminávamos  de carregar os carros com as coisas que conseguimos. Estremeci um pouco ao sentir seu hálito contra o meu pescoço.

   - Eu também não... - corei um pouco ao dizer isso e ele sorriu ao perceber minhas bochechas ficando rosadas. Depositou um leve beijo na minha testa e se afastou para seu carro. Eu e Cal ainda iríamos na frente, caso acabássemos por encontrar a polícia ou buscadores no caminho. Estávamos de volta a Tucson, então não demoraríamos a chegar em casa.

   Saímos devagar em direção à estrada. Mal havíamos chegado nela, nem havia dado tempo de determinar uma distância segura, percebemos o carro de Mel e Jared parando subitamente e o carro de Ian e Nate, por estar logo atrás, bater na traseira  com força suficiente para causar amassados em ambos os carros. Fiquei assustada com o barulho do alarme sendo acionado: poderia atrair buscadores ou a polícia, mas logo Jared o desligou. Descemos para ver a causa do acidente e logo vimos que a roda havia parado dentro de um buraco fundo no asfalto, o que não era muito comum com as almas, pois qualquer problema que houvesse, elas consertavam rápida, quase imediatamente. 

   - Droga, vai levar séculos para tirar daí! - Reclamou Mel, saindo do carro. 

    - É nisso que dá, deixar mulheres dirigindo... - Jared falou num tom brincalhão, mas acabou ganhando um tapa estalado no braço de Melanie, que doeu até em mim. 

   - Vai levar tempo mesmo. - Disse Ian. - É melhor você e Cal irem na frente, para verificar se não tem polícia por perto enquanto a gente fica e ajuda. 

    - Tem certeza? - Perguntei, preocupada. Não gostava da ideia de me afastar de Ian. 

     - Tenho. Se ficarmos os quatro para ajudar, vai levar metade do tempo e podemos ir para casa mais cedo. 

    Com essa ideia, concordei rapidamente. Ian me deu um beijo  carinhoso na testa - me fazendo corar, é claro - e se virou, para começar a ajudar. Cal e eu entramos no nosso carro e seguimos em frente.

   Não havia polícia na estrada. Nós rapidamente chegamos ao local de descarga e Cal escondeu o carro estrategicamente atrás de um arbusto carregado.

   - Melhor esperarmos eles aqui - disse ele. Concordei. Seria mais fácil para onde eles estavam se demorassem muito.

   Esperamos por alguns minutos dentro do carro quando ouvimos uma tosse estridente, não muito longe. Olhei fora do carro e vi um homem, não muito velho, caminhando lentamente perto da estrada. Tinha o semblante cansado e com as roupas levemente sujas de poeira. Ele, de onde estava, não poderia ver o carro. Olhei para ele mais atentamente quando levantou a cabeça e a luz do sol bateu em seu rosto. Seus olhos não brilharam em um tom prateado, como teriam feito se fosse uma alma. Ele era humano. Chamei a atenção de Cal e nós descemos do carro, a fim de prestar ajuda.

   - Olá - chamei e sua cabeça virou em minha direção. - Está perdido? - perguntei e ele me fitou, confuso. 

   - Precisa de ajuda? - perguntou Cal, se aproximando. Neste momento, um raio de sol bateu em seu rosto, revelando o brilho prateado por trás dos olhos. O homem assumiu uma expressão de medo, frustração e angústia ao olhar nos olhos de Cal.

   - Não se mexa! - ele quase gritou quando Cal tentou aproximar-se mais uma vez e sacou uma arma. Não era uma arma qualquer. Era uma daquelas que só buscadores tinham. - Fique onde está, ou eu atiro! - ameaçou e começou a se afastar.

   - Calma! - Cal pediu - Nós só queremos ajudar.

   -  Ajudar? - o homem perguntou, incrédulo - chamam o que pretendem fazer comigo de ajuda? Pois saibam que me entregar aos buscadores não vai ajudar em nada. Faço tudo para não permitir que coloquem uma criatura imunda como vocês dentro de mim!

   - Você não está entendendo... - Cal tentou acalmá-lo, mas o homem não deixou. Antes mesmo de permiti-lo terminar a frase, ele atirou. Sangue vermelho vivo começou a jorrar do ombro esquerdo de Cal.

   - Não! - gritei e tentei me aproximar dele para estancar o sangue, mas dei um pulo quando ouvi o estouro de outro tiro, agora mirado no chão.

   - Fique onde está , ou atiro em você também! - gritou o homem. Comecei a ficar desesperada.

   - Por que fez isso? Ele só estava tentando te oferecer ajuda.. - tentei falar mas ele me interrompeu com outro tiro, agora mais perto de mim. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.

   - Estou avisando! Fique quieta, ou você morre junto com ele. - ele ameaçou  e agora tudo que eu queria era Ian ao meu lado para me abraçar e me acalmar.

   - Por favor, me escute ... - tentei dizer, mas fui interrompida pelo som de outro tiro e, do nada, alguém aparece na minha frente e cai no chão, jorrando sangue pelo peito. O homem arregala os olhos ao ter Jared de repente dando-lhe uma gravatada e lhe fazendo largar a arma. Olho para Cal e percebo Mel e Nate curvados sobre ele. Estava confusa. De onde eles vieram? Então olhei para ver quem estava caído no chão e meu coração parou de bater. Arregalei os olhos e me desesperei.

   Ian.

   Caído aos meus pés estava Ian com sangue escorrendo do lado direito do peito, os olhos fechados e a expressão serena. Não. Ian não.

   Caí de joelhos ao seu lado e soltei um grito de horror. Jared apareceu à minha frente, afastando-me de Ian  e curvando-se sobre o ferimento.

   Meu Ian. Então entendi: o tiro era para ter atingido a mim , não a ele. Eu deveria estar caída no chão, com sangue escorrendo do meu corpo, não do dele. Nesse momento, eu senti meu coração se rasgar em mil pedaços, como se alguém estivesse cortando-o em pequenas tiras.

   Eu devia estar ali, não ele. Essa ideia ficou martelando em minha cabeça sem parar.

   Minha cabeça começou a girar e, de repente, não consegui enxergar mais nada, que não fosse a escuridão.


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Notas finais do capítulo

Não nos matem, por favor. Foi ideia da Luh Pereira...
Por favor, deixem reviews, como já dissemos, sua mão não vai cair se você fizer isso.



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