Cartas Para Antônio Ferreira escrita por Mari


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Bom dia gnt! consegui dar uma fugida hj no intervalo do curso para vir no laboratório de informatica e atualizar uma das fics.... peço desculpas e paciência, dezembro nem chegou e minha rotina no trabalho já mudou drasticamente.

Agradecemos os comentários do ultimo capítulo!
PS: Não desista da gnt, estamos demorando para postar mas não abandonamos o nosso casal fofo não ;)
bjss



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Por Edgar

Olho apreensivo para Laura esperando pela sua resposta e morrendo de medo de receber uma negativa da sua parte, a ideia da curta lua de mel veio assim que a minha mão me falou do problema na fazenda, sabia que o problema para ser resolvido me custaria no máximo um dia, e se juntar isso ao período da viagem eu acabaria pernoitando na fazenda não iria me afastar por muito tempo da Laura e das crianças, mas mesmo assim a ideia não me agradava nem um pouco.
– Meu amor o seu receio é somente com o desconforto da viagem ou ha mais algum motivo para você reclinar o meu convite.
– Eu ainda não recusei o convite Edgar.
– Mas...
– Não sei meu amor, para a Melissa vai ser só alegria, mas o Antônio é tão pequeno...
– Laura se for só isso eu te garanto que farei de tudo para tornar a viagem o mais confortável possível pra você e as crianças, além do que a viagem não é muito longa... Vamos fazer assim, não precisa me responder agora, pensa com carinho, pese os pros e contras e depois me fala o que decidiu.
– Se eu disser que não vou você ira sozinho?

A pergunta dela me pegou desprevenido e não pude disfarçar a expressão de decepção que subiu a minha face, enfiei uma das minhas mãos na agua fingindo interesse num aglomerado de espuma e demorei um pouco para encara-la novamente.
– Eu tenho que ir meu amor, é minha responsabilidade também, tentarei encurtar o máximo que puder para voltar pra casa e me juntar a vocês novamente, mas não tenho como fugir ao compromisso.

Ficamos em silencio só nos encarando para depois ela quebrar o silencio com apenas uma palavra.
– Não
– Não o que?
– É a minha resposta...

Eu engulo em seco, espetava pelo menos um pouco de delicadeza na recusa mais ela nem se deu ao trabalho... Olho pra sua expressão serena, como se me avaliasse e imagino se isso não seria uma vingança pela proposta de ontem a noite, mas logo descartei a hipótese, a Laura não era do tipo que agia dessa forma.
– Você vai recusar assim sem nem pensar Laura? Eu imaginei que pelo menos...

Ela leva dois dedos aos meus lábios me silenciando e depois se inclina até a borda da banheira encurtando a distancia entre nos.
– Edgar a minha resposta é não, você não precisa apreçar as coisas lá na fazenda, pode fazer tudo com calma sem afobação.
– Eu não vou prolongar as coisas sabendo que cada minuto que eu passar lá é um tempo perdido que eu poderia passar com vocês eu vou...
– Escuta Edgar!

Ela diz essas palavras com a boca colada na minha enquanto os seus braços molhados cruzam ao redor do meu pescoço.
– Não precisa apressar nada, alias quanto mais tempo o senhor levar para resolver os assunto da fazenda melhor, assim temos uma desculpa para ficar mais dias longe da capital carioca.

Olho para ela franzindo o cenho enquanto um sorriso bobo vai brotando em meus lábios a medida que o meu cérebro vai processando a informação.
– Isso quer dizer que você vai comigo?
– E não se esqueça de seus filhos senhor Vieira... Eu não conseguiria me despedir do senhor, mesmo sabendo que seria no máximo dois dias de afastamento.

Tombo a minha cabeça para trás para avaliar a sua expressão e noto um sorriso quase sapeca em seus lábios... Devolvo um sorriso pra ela e envolvo a sua cintura sem me importar com o fato de estar ficando todo molhado.
– Esta gostando de brincar comigo senhora Vieira?
– Muito senhor meu marido, não sei se já te disse, mas ficas lindo quando bravo.
– Eu só perdoo a peraltice porque eu consegui o que queria, mas fique sabendo que graças a isso eu vou fazer o possível para enrolar na resolução dos assuntos lá da fazenda só para prolongar a nossa lua de mel.
– Eu deveria ver isso como um castigo?
– Sim e não espere por clemencia.
– Se todos os meus castigos forem tão ruins quanto esse acho que vou querer ser castigada mais vezes.

– Teremos tempo para isso senhora Viera, por hora a levarei de volta para cama pois acho que não dormiste o suficiente.

Eu me ergo trazendo o seu corpo junto ao meu e depois a tomando em meus braços para tira-la por completo da banheira e molhando o quanto de banhos inteiro.
– Nada disso senhor Viera o que a Lurdes ira pensar se não deixarmos o nosso quarto.
– O obvio que estamos em lua de mel, o que de fato não será nenhuma mentira.

Ela da risada das minhas insinuações, mas desce do meu colo e se apressa a envolver o corpo em uma toalha.
– Nossa lua de mel começa lá na fazenda até lá o senhor terá de se comportar.
– Esta falando serio Laura?
– E porque estaria brincando Edgar? Além do que tenho alguns assuntos a resolver, o Antônio logo ira acordar novamente reclamando de fome e pretendo ir até a casa dos meus pais ainda hoje.
– Ir a casa dos seus pais? Aconteceu alguma coisa?
– Não sei, mas pretendo descobrir.
– Te preocupou o fato da sua mãe não ter vindo à festa que te preparei?
– Sim Edgar, não é do feitio da minha mãe se recusar a um convite para estar aqui em casa, ela vive falando que eu não a deixo participar da minha vida, da vida do neto... E recusar vir a uma festa onde nos comorávamos o fato de ter legalizado a nossa situação, bem isso por si só já seria motivos de sobra para ela querer estar presente.
– Tens razão meu amor, desde que você voltou a morar aqui em casa, mesmo sem termos legalizado tudo ela já havia parado com aquela historia de te renegar como filha.
– E o jeito do meu pai na festa Edgar? Não sei, mas algo me diz que ele não estava bem, que estava escondendo algo.
– Seja lá o que for não duvido que ira descubra... Eu adoro quando você veste a sua capa de investigadora sabia?
– Isso quando não estou tentando descobrir o que o senhor esta se esforçando para me esconder não é mesmo.
– Realmente não vou negar, nesses casos isolados as suas habilidades investigativas me deixam em desvantagem.
– Não sou tão boa assim, não consegui descobrir o que o senhor pretendia até que me revelou tudo.
– Isso porque não te dei tempo, sabia que se deixasse escapar algum detalhe antes da hora a senhora não mediria esforços até me descobrir.
– E eu bem que tentei viu? Mas foi uma maravilhosa surpresa no final das contas.

Ela se afasta de mim deixando o quarto de banhos e seguindo para o nosso quarto e indo direto ao roupeiro para escolher o que vestir.
– Se quiser eu posso te ajudar a se vestir.
– Não sei, sempre que tentamos esse tipo de coisa eu levo muito mais tempo para ficar pronta do que levaria me vestindo sozinha.

Eu dou risada sabendo exatamente do que ela esta falando, mas não me dou por vencido e me aproximo dela mesmo assim. Envolvo a sua cintura e levo a minha boca ao seu pescoço ainda desnudo.
– Vais rejeitar a minha ajuda assim sem cerimonia senhora Vieira.
– Edgar é serio, não quero me demorar muito para ir a casa dos meus pais.
– Prometo que não irei tomar muito do seu tempo senhora Viera...


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