Ele veio em minha direção, me prendeu contra a parede e mordeu o meu pescoço.

Mas o que estava acontecendo ?!?! Por que ele estava fazendo aquilo ?!?! Ele poderia mesmo ser um vampiro ?!?!

Eu não parava de me debater, tentava afastá-lo, mas ele era mais forte que eu, muito mais forte, estava ficando cada vez mais fraca ate que eu desmaiei.

Acordei algumas horas depois me sentindo muito fraca e com uma enorme dor de cabeça, não queria acreditar que aquilo tinha acontecido, não poderia ser que ele era mesmo um vampiro.

Virei-me e percebi que ele estava sentado ao lado da minha cama me observando, estava assustada, meu coração estava acelerado, mas dessa vez de medo.

– Ichigo, m-me desculpe, realmente me desculpe, eu não pensei que fosse chegar a esse ponto, eu não queria que isso acontecesse. – Ele estava com uma cara angustiada, uma mistura de dor, culpa e tristeza.

Eu não sei por que, mas vê-lo daquele jeito me deixava de coração partido, eu não queria vê-lo daquele jeito, mas eu não sabia o que falar.

– Então, você e mesmo um vampiro ?!?!

Ele me olhou por um tempo como se avaliasse minha reação ate que ele deu um sorriso triste:

– Sim, eu sou um vampiro. Você esta com medo ??

– U-um pouco. Você vai fazer alguma coisa comigo ??

– Não se preocupe, eu não irei fazer nada a você. Aquilo que aconteceu jamais deveria ter acontecido me desculpe. Eu nunca tive a intenção de machucá-la. – Seu tom era triste, sua expressão continha culpa e nessa hora senti um grande aperto em meu peito, não consegui me conter, eu tinha que abraçá-lo.

Ele parecia surpreso com minha reação, mas não reagiu, apenas ficou parado.

– M-me desculpe, mas eu não quero vê-lo triste, não quero que se sinta culpado.

– Você não precisa se preocupar. Não com um mostro como eu.

– Você não e um monstro, se você fosse mesmo um monstro teria me deixado La pra acontecer sabe-se La que comigo, mas não, você me ajudou, e isso demonstra que você não e um monstro. – senti as lagrimas brotarem. Por que eu estava chorando ?? Por pena ?? Tristeza ?? Não, não era isso, mas então o que era ??

– Não chore. – disse ele secando minhas lagrimas. – Não quero que fique triste por minha causa. – sua voz estava tremula, ele também queria chorar.

Depois de um tempo ele me explicou tudo, como aquilo tinha acontecido. Lysandre me disse que sua família tinha sido morta por outros vampiros (provavelmente “eles”, mas não tenho certeza, ele não me disse), a casa em que estávamos era de sua família por isso era tão grande. Seus pais eram pessoas gentis e não gostavam de machucar ninguém e por isso ele também evita machucar os outros.

– Você realmente e uma pessoa gentil, sinto muito pela sua família.

– Er, obrigada ... bem, acho melhor você descansar um pouco e depois iremos procurar seus pais.

– A-ah, okay.

Depois de um tempo nos saímos para procurar meus pais, andamos ate anoitecer e nada.

– Bem, parece que terei que passar mais uma noite aqui. Obrigada.

– Tudo bem, você pode ficar o tempo que precisar. Oyasumi ichigo-chan.

– O-oyasumi lys-kun. – Eu ia entrando no meu quarto quando Lysandre segura meu braço.

– I-ichigo, eu gostaria de te perguntar uma coisa.

– O que ??

– Bem ... – Ele estava olhando pro outro lado, parecia estar um pouco corado, ou e impressão minha ?!?! – E-eu gostaria de saber se ... Você quer passar o dia comigo amanhã. Mas tipo, sem ser pra procurar seus pais, um dia normal, queria te mostrar um lugar e depois nos voltamos a procurar seus pais. O que acha ??

– A-ah, claro, tudo bem. Ate amanhã.

– Ate.

***

Quando acordei no outro dia ele estava La, sentado ao lado da minha cama.

– O-ohayou lys-kun.

– Ohayou ichigo-chan. Acho melhor você ir se trocar para nos irmos logo não acha ?!?!

– Ah sim, claro. Já estou indo.

Depois que ele saiu eu fui me trocar e achei que poderia ver o que tinha no guarda-roupa e para minha surpresa havia um vestido La dentro, era lindo. Será se ele se importaria se eu o vestisse ?!?!

Acabei decidindo pegar o vestido emprestado, espero que ele não se importe.

– Lysandre, estou pronta. – Quando ele me viu com o vestido ficou completamente sem reação, ele me olhava perplexo. Talvez não tenha sido uma boa idéia mesmo. – Er, desculpa, eu não deveria ter pegado ser pedir, eu já vou trocá-lo.

Quando eu estava subindo novamente eu o sinto segurar meu braço.

– N-não precisa trocar, ele ficou muito bom em você. Seria um desperdício deixá-lo trancado não é ?!?! – Admito que fiquei um pouco corada com seu comentário e ele também parecia estar um pouco corado. Como ele ficava lindo com vergonha. – Bem, então vamos ?!?!

– Sim. Aonde nos vamos ??

– Isso será surpresa.