Forever escrita por luud-chan
Notas iniciais do capítulo
Hello! Aqui estou com mais uma oneshot NaLu, um presente para uma das minhas leitoras preferidas: Athena-chan! ♥
Eu espero sinceramente que você goste, mesmo que não tenha ficado tão boa, como sempre, foi algo que veio de repente, ficou boba, mas de coração, realmente! ♥
Espero que os outros também gostem, rs.
Beijos e até as notas finais.
Forever
Lucy não saberia dizer a quanto tempo estava parada ali. Estava entorpecida. Como aquilo tinha acontecido? Ou melhor, como aquilo poderia estar acontecendo? Estava tão amedrontada, não sabia como reagir. Jogou a sacola no chão do banheiro e depois de muito tempo, finalmente saiu.
Olhou para os lados apenas para constatar que Natsu e Happy não estavam ali. Suspirou e saiu totalmente do banheiro, fechando a porta em seguida. Andou pelo apartamento, catando as roupas jogadas de Natsu enquanto resmungava.
— Ele não toma jeito! Não importa o quanto eu diga para que ele não saia jogando as roupas de qualquer jeito, ele sempre faz tudo ao contrário! Mas o que estou pensando? É o Natsu! E ele nunca me obedece! — terminou o resmungo jogando as roupas sujas de Natsu no cesto.
Com as mãos na cintura, analisou a bagunça em que seu quarto se encontrava. Agora que eles estavam namorando, Natsu invadia seu apartamento com mais frequência, mesmo que ela se negasse a aceitar tal ato por parte dele e que o chutasse para fora, no final o dragon slayer sempre vencia e acabava ficando ali com ela. Apesar de que, analisando tal fato agora, parecia que eles moravam juntos, já que Lucy estava cozinhando e limpando para ele.
— Bastardo — praguejou. — Está se aproveitando de mim e nem percebi.
Suspirou e se deitou na cama, afundando o rosto no travesseiro em seguida. Estava tão cansada, tão exausta. Bufou irritada. Dessa vez não tinha escapatória. De qualquer modo, teria que enfrentar a situação, o problema era que ainda não sabia como. Só de pensar nisso, calafrios percorriam todo o seu corpo. Encolheu-se na cama e antes de puxar o cobertor sobre o corpo, olhou através da janela constatando que já era noite.
Acabou por adormecer profundamente, deixando as luzes acesas.
N&L
— Cueca gelada! — Natsu sibilou, encarando Gray de forma ameaçadora.
— Olhos puxados! — Gray retrucou no mesmo tom antes dos dois começarem a brigar.
Erza se meteu para separar a briga minutos depois, como o habitual, estava assustadora. Deu um cascudo em cada um, fazendo-os murmurar um “Aye, Erza-sama” e ficarem ajoelhados em uma posição derrotada aos seus pés.
— Idiotas! Eu já disse para não ficarem brigando! — disse com as mãos na cintura, com seu modo imperativo. — O que vocês estão pensando?
— Nos desculpe, Elza-sama! — disseram em uníssono.
— Onde está a Lucy, Natsu? — a ruiva perguntou, dessa vez mais calma.
— Ela disse que ficaria em casa hoje, não estava se sentindo bem — contou.
— Que tipo de namorado você é? Deixou ela sozinha em casa mesmo não se sentindo bem? — Gray perguntou provocativo. — Perdedor.
— Ao menos eu tenho uma namorada! — replicou com um sorriso vitorioso, fazendo Gray bufar.
— Ora olhos rasgados! Eu poderia ter se eu quisesse! Diferente de você que só deu sorte! — resmungou, já pronto para outra briga.
— Parem de brigar! — Erza gritou sem paciência. — Natsu, por que deixou a Lucy sozinha se ela estava passando mal? É o dever de um homem cuidar de sua companheira.*
— Ela falou que eu não precisava me preocupar, que era só um mal estar e que logo estaria bem. Mas parecia que Lucy estava tentando me expulsar a todo custo e estava mais estranha que o normal. Então fui embora.
— Entendo — murmurou pensativa. — Já está ficando tarde, ao invés de ficar brigando com o Gray, devia ir ver se ela já está bem.
— Eu ia para casa, mas o cueca gelada começou a me provocar e...
— Mentira! — protestou Gray, com medo de levar outro cascudo — Você...
— Calados! — ordenou, dando outro cascudo em cada um. — Natsu, é melhor você ir. Mande minhas preocupações.
Natsu assentiu e acenou se despedindo. Correu para o apartamento da maga estelar e parou na metade do caminho quando viu uma padaria. Tinha sobrado um pouco de dinheiro da última missão — por um milagre —, então resolveu comprar um agrado para Lucy, tinha passado o dia inteiro longe dela e só agora que não tinha nenhuma distração, percebeu o quanto estava com saudade.
Ainda era estranho pensar que até um tempo atrás, ela não fazia parte de sua vida e agora havia se tornado essencial. Não havia um dia sequer que não pensava nela. E ele gostava disso. A ideia de ter uma família com Lucy não era nada ruim. Pensando nisso, seguiu o caminho com mais calma até o apartamento da maga.
Quando chegou, viu que as luzes ainda estavam ligadas. Sorriu animado e pulou a janela com a ajuda de suas chamas — como sempre —, e por pouco não caiu em cima de Lucy.
— Já está dormindo? Que pena — murmurou, olhando-a com um carinho indescritível. — Você devia estar cansada mesmo, estranha.
Não pôde evitar que um sorriso surgisse em seus lábios. Deixou o pacote que tinha comprado em cima da escrivaninha, tirou o colete, apagou as luzes e deitou ao lado dela. Dessa vez tomando cuidado para não a derrubar e em seguida passou o braço em volta de sua cintura, puxando-a para si devagar para não acordá-la. Parou quando Lucy parecia estar despertando.
Mas ao contrário do que esperava, ela não acordou. Apenas se virou para ele e o abraçou forte, como se ele fosse um urso, para em seguida ficar quieta novamente e apenas o som de sua respiração lenta e ritmada fosse ouvida no quarto. O dragon slayer relaxou e cheirou os cabelos loiros, aspirando seu cheiro gostoso e único.
— Boa noite, estranha — murmurou, não demorando muito a se juntar a ela em um sono profundo.
N&L
— Natsu — chamou, tentando sair do abraço de ferro dele — Natsu me solta! Eu preciso ir ao banheiro! — resmungou no meio de uma espécie de choramingo.
— Lucy! O que...
— Me larga! — pediu de forma afobada.
Antes que Natsu pudesse raciocinar o que ela tinha dito, Lucy de algum modo derrubou os dois no chão e levantou rapidamente, correndo para o banheiro. Ele levantou em seguida, indo atrás dela e ficou imediatamente preocupada ao ver Lucy vomitando tudo o que tinha comido — e o que não tinha.
— Saia daqui Natsu! — pediu quando o vômito cessou, o que durou apenas um minuto.
— Nossa! Você não parece nada bem! — observou, chegando perto e segurando o cabelo dela, enquanto a mesma continuava vomitando. — Eu vou chamar a Wendy para ver o que você tem e cuidar de você.
— Não precisa. Me sinto melhor agora, desculpe por isso — disse, abaixando a tampa do vaso e dando descarga em seguida. — Está tudo bem. Você poderia me dar um momento, por favor?
— Claro, qualquer coisa estarei lá fora.
A maga estelar assentiu e assim o mago saiu do banheiro, deixando-a sozinha. Não demorou mais do que alguns segundos, para que ele ouvisse o choro quase silencioso da companheira. Pensou em voltar e perguntar o que estava acontecendo, mas se lembrou do pedido dela e estancou no lugar, lutando contra si mesmo. A única coisa que passava em sua cabeça, era por qual motivo Lucy estava chorando.
Depois de um tempo parado ali sem ouvir mais nada, tomou a iniciativa:
— Está tudo bem?
— Sim, claro. Desculpe por te preocupar. Vamos nos arrumar para ir a guilda.
— Okay — murmurou ainda desconfiado.
— Hum... Natsu? — chamou receosa do outro lado da porta.
— O que?
— Quer tomar banho comigo?
Não precisou perguntar duas vezes.
N&L
Assim que Natsu e Lucy chegaram a guilda, encontraram a bagunça habitual, apesar de estar até calmo para aquele horário. Foram recebidos com leves acenos de cabeça e cumprimentos animados, com toda a animação digna da Fairy Tail.
— Eu vou falar com a Mira — avisou, distanciando-se dele.
Natsu observou curioso, ela se afastar. Queria saber o que estava acontecendo para deixá-la tão abalada e estranha. Iria pegar uma missão para poder adiantar o aluguel e não deixá-la mais estressada com essa história.
— Mira-san — Lucy chamou calmamente, sentando em uma das cadeiras e apoiando os cotovelos no balcão.
— Bom dia, Lucy. O que aconteceu com você? Está com uma aparência péssima! — disse surpresa, também apoiando os braços no balcão.
— Eu estou me sentindo muito cansada e faminta. Mas não consigo colocar nada na boca, que eu ponho tudo para fora — reclamou, estendendo-se aos poucos preguiçosamente no balcão.
— Você deveria falar com a Wendy, talvez ela possa te ajudar — sugeriu.
— Não, não! — desdenhou, fazendo um gesto com as mãos. — Eu não quero dar trabalho, tenho certeza que é só uma coisa do momento, amanhã estarei novinha em folha.
— Você está escondendo alguma coisa — disse com uma expressão séria. — O que é?
— O-o que você quer dizer com isso? E-eu não estou escondendo nada! — gaguejou nervosa, entregando a mentira.
— Entendo. Você não quer falar, tudo bem. Espero que não seja algo que possa te prejudicar.
— Não...
— Lucy! — Natsu interrompeu — Vamos fazer essa missão! — disse, balançando o papel na frente dela.
— Ok, até mais Mira-san! — a loira disse, levantando e indo atrás de Natsu.
— Cuidem-se — a albina desejou, com um sorriso.
— Hey Lucy, você viu o Happy? Ele sumiu desde ontem — perguntou, atravessando a porta da guilda e puxando Lucy pela mão.
— Não sei, não o vejo desde ontem pela manhã — respondeu calmamente, tentando acompanhar o ritmo de Natsu.
— Espero que ele não fique chateado de irmos a essa missão sem ele — murmurou para si mesmo.
— Sobre o que é a missão? Você não me disse... — antes que pudesse completar a frase, Lucy cambaleou para trás.
— Lucy? — puxou-a para si a tempo, evitando que ela tombasse no chão e no segundo seguinte, ela caiu na inconsciência, ainda em seus braços. — Lucy?
Natsu a pegou no colo e correu para dentro da guilda novamente, sua preocupação era palpável. Agradeceu de não terem andado mais, porque assim teria demorado mais para ajudá-la.
— Wendy! — gritou pela pequena dragon slayer, que apareceu imediatamente.
— Natu-san! O que aconteceu com a Lucy-san? — perguntou.
— Eu não sei, ela desmaiou de repente... Ela anda estranha — respondeu nervoso, com Lucy ainda em seus braços.
— Leve-a para enfermaria Natsu — Mira sugeriu. — A Wendy vai ver o que há de errado lá.
O mago acatou a sugestão e a levou para enfermaria, sendo seguido por Wendy. Depositou-a devagar em cima do leito e deu espaço para a menina começar os procedimentos.
Tudo que ele queria no momento, era que Lucy ficasse bem.
Mas... O que teria de errado com sua companheira?
N&L
Quando Lucy acordou ainda se sentia um pouco tonta. Abriu os olhos devagar e encontrou o olhar de Natsu em si. Engoliu em seco e teve uma vontade absurda de começar a chorar. Sentou devagar na cama e esperou em silêncio.
— Como você se sente? — perguntou levantando da cadeira e chegando perto dela.
— Só um pouco tonta, mas bem melhor agora... — respondeu, evitando encará-lo. — Por quanto tempo eu fiquei desmaiada?
— Por duas horas — disse com uma seriedade que certamente não combinava com ele. — A Wendy não me disse o que você tinha, disse que não era nada sério. Apenas que você precisava repousar e se alimentar bem... Você tem algo pra me dizer?
Não aguentando mais, ela começou a chorar e isso foi como uma faca no coração do mago.
— Natsu — choramingou. — Me desculpe!
— Pelo que? — perguntou sem entender, sentando na cama e passando os braços em torno dela, abraçando-a de forma apertada, sentindo o pequeno corpo se sacudir pelo choro e pelos soluços.
— Eu deveria ter te contado, mas eu estava com tanto medo que não consegui — conseguiu dizer entre os soluços.
— Contar o que? O que há de errado Lucy? — murmurou preocupado, fechando os olhos e intensificando o abraço.
— Natsu, eu estou grávida.
Ele se afastou apenas o suficiente para olhá-la nos olhos e então ela continuou:
— Eu sei que é cedo. Eu só tenho vinte anos, droga! E nem somos casados ou algo do tipo. A culpa é minha, eu deveria ter me cuidado melhor. Eu não sei o que fazer — revelou de forma estrangulada, o desespero presente nos seus traços finos. — Eu vou entender se você não quiser...
— Do que você está falando? — interrompeu-a saindo do choque. — Lucy...
— Eu vou entender se você não quiser mais ficar comigo, eu estraguei tudo. Eu estava com tanto medo, eu só queria que as coisas entre nós durasse para sempre e eu...
— Cala a boca sua estranha! — pediu, um sorriso tomando conta de suas feições. — Pare de falar bobagens. O que te faz achar que eu não quero estar com você, para sempre? Mais do que companheiros, nós somos amigos, eu nunca abandonaria você. Nunca.
— Natsu — choramingou novamente, caindo no berreiro em seguida.
— E saber que você terá um filho meu, me deixa feliz — falou rindo. — Agora só vai faltar mais vinte e nove.
— Estúpido! — insultou-o sorrindo, dando um leve soco no peito dele. — Eu quero que seja para sempre.
— E vai ser, para sempre. Um dragão jamais abandona sua parceira.
Aproximou-se devagar, os lábios roçando suavemente, como uma suave carícia, doce, equilibrada, sensual, para depois encostar a boca na dela calmamente. Os lábios se encontraram devagar, em uma doce dança. Quente e apaixonada. O salgado dos lábios dele se misturando com o doce dos dela. Uma mistura perfeita.
— Eu amo você, Natsu.
— Eu também amo você, e não se preocupe, eu vou fazer que as coisas sejam para sempre.
— Você promete? — perguntou, a mão no rosto dele.
— Sim. Assim como uma certa maga estelar, eu nunca quebro minhas promessas.
E o destino estava selado. Porque afinal de contas, duas pessoas que estavam predestinadas a estarem juntas, continuariam juntas. Até o fim.
Para sempre.
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* Eu sempre vejo a Erza como uma mulher muito forte e decidida, mas às vezes tenho a impressão que ela tem um pensamento antigo, então eu realmente acho que ela é do tipo que pensa que um homem deve cuidar da casa e da família, rs.
Chegamos ao final, espero que tenham gostado, principalmente você Athena-chan! ♥
Deixem reviews, isso me deixa feliz, hahaha.
Beijos e até o próximo!