Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana


Capítulo 25
Capítulo 24- Isso não pode estar acontecendo


Notas iniciais do capítulo

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POV Katherine

Danna me mandou fotos de todas as anotações da escola que eu perdi então eu passei o resto da tarde copiando e tentando entender.

Quando desisti, fui até a casa do Erick sem ele saber.

Como já me conhecem, os seguranças liberaram a minha entrada no momento em que me viram.

Fui direto até o quarto do Erick. Batman, quando me viu, começou a latir e a pular.

– Ei garoto, o que aconteceu aí?- a voz do Erick veio do banheiro e logo depois ele saiu- Katy?

Ele ficou olhando para mim por uns três segundos antes de vir me abraçar forte. Detalhe, ele está apenas de toalha e com a escova de dente na boca cheia de espuma.

– Ta, me dê cinco minutos- ele ergueu o dedo sinalizando para eu esperar e entrou novamente no banheiro.

Coloquei a minha bolsa em cima da bancada e tirei meus dois cadernos, alguns livros e o estojo.

– Tenho uma missão para você- falo mais alto que o meu tom normal para que ele possa me ouvir.

Pouco depois ele saiu e perguntou qual é a missão.

– Me ensinar as coisas que eu perdi- respondi e ele disse ''sem problema''.

Com uma mão em minha cintura, Erick diminuiu o espaço entre nós e me deu um beijo calmo.

– Senti muito a sua falta- ele acariciou a minha bochecha.

– Eu também.

Meu iPhone apitou.

Erick disse que voltava já e saiu do quarto.

Abri a mensagem.

Amor: Saudades.

Katherine: Sei bem do que você está sentindo falta.

Amor: É sério.

Katherine: Eu sei. Era brincadeira.

Amor: Eu sei que era brincadeira. Onde você está?

Sei que ele não vai gostar da verdade, mas não quero mentir para ele.

Katherine: Na casa do Erick e você?

Amor: É muito gratificante saber que você está na casa dele. Eu estou no Esquadros. Vou entrar no ringue já já.

Katherine: Boa sorte.

POV Possy

Minha meia irmã malvada está me mantendo presa na ''casa'' dela. Tenho pessoas me vigiando 24 horas por dia. Só posso sair quando eu aceitar o pedido de bandeira branca dela, ou seja, paz.

Acariciei a orelha macia do Buddy. Pelo menos tenho ele.

Todos aqui me olham com um certo nojo e eu apenas os encaro com cara feia.

– Vou trazer o papai aqui- Ayla me disse.

– Olha só, ela quer juntar a família- ri sarcástico- e ele vai fazer? Me obrigar a gostar de você? Ayla, você tem noção das coisas que fez e as que está fazendo? Você queria sequestrar o meu melhor amigo e a namorada dele que é minha amiga.

– Eu preciso do Nathan no meu grupo. Vai ter uma guerra, Possy.

A ignorei e continuei.

– Você está mantendo, não só eu, mas o Jack e o Buddy aqui, presos. Você tentou roubar o meu namorado.

– Ex- ela falou.

– James não...

Lembrei que não posso contar que na verdade eu não terminei com James.

– ''James não'' o que?- Ayla franziu as sobrancelhas- você está escondendo alguma coisa, irmãzinha?

– Cala a boca.

– Somos família. Aceite as pazes, entre na Rede e eu deixo você sair. Você, seu amigo e o cachorro.

– Não somos família. Aceite isso.

– Claro que somos- meu pai entrou na sala.

Tudo o que sinto por ele nesse momento é raiva e nojo.

– Mande Ayla me libertar- exijo.

– Depois de meses e você nem ao menos fala ''oi, pai''?

Tenho vontade de falar ''você não é meu pai''.

– Sabe que eu te odeio, né?- falei sem olhar para ele- você nunca foi meu pai. Meu padrasto é o meu pai. Ele cuida de mim desde três anos de idade. Ele foi em todas as minhas apresentações escolares, ele que pega o meu boletim, ele ama a mamãe, ele...

– Você não tem o sangue dele- Ayla me interrompeu.

– Sangue- ri- família não significa sangue. Família significa amor e vocês passam longe desse sentimento. Eu não vou fazer as pazes e não vou entrar na Rede.

– Então não vai sair- Ayla disse- simples assim.

Levantei do sofá.

– Eu vou destruir essa casa inteira se não me deixar sair daqui agora!- gritei.

– Você devia ter tido essa ideia antes.

Essa voz fez meu coração acelerar como se uma corrente elétrica tivesse passado pelo meu corpo.

Me virei e confirmei que não estou tendo uma alucinação.

– James?

Ele abriu um sorriso.

Vejo a arma em sua mão esquerda.

Ele fez um sinal para eu ir até ele então eu peguei o Buddy e fui.

– Certo, onde está o Jack?- James está apontando a arma para o meu pai.

– O loirinho voltou do Canadá- Ayla abriu um sorriso- Jack está lá em cima, não que isso seja da sua conta.

– Libera ele- James disse- ou eu atiro.

Ela chamou um dos capachos dela e ele foi buscar o Jack.

– Que estranho. Eu pensei que vocês tinham terminado- Ayla me olhou com um olhar e um sorriso maligno no rosto.

Ah, vadia.

– Mas parece que a minha irmãzinha...

– Cala a boca!- gritei.

– Está te traindo!- Ayla gritou e depois riu.

James revirou os olhos.

– De novo esse jogo?- ele perguntou.

– Eu estou falando sério- Ayla disse- não é jogo. Ah, e todo mundo sabe, menos você.

James olhou para mim, pedindo uma explicação.

– Depois- falei baixo.

Jack desceu as escadas.

– Não tem o que explicar- Ayla disse- Possy está com o Spencer.

James franziu as sobrancelhas.

– Vamos sair daqui- puxei James pelo braço até lá fora e Jack nos acompanhou.

– Eu estou esperando uma explicação- James disse.

Entreguei Budy para Jack e abracei James, mas ele me rejeitou.

– É verdade?- ele perguntou.

Hesitei um pouco antes de responder.

– É.

James balançou a cabeça negativamente e se afastou de mim.

– Jay, eu posso explicar, sério- falei.

– Não. Eu não consigo acreditar nisso. Foram meses, Possy, meses no Canadá e todos os dias a gente se falava e em todos eles, em todos, você dizia que me amava.

– Eu amo- tentei me aproximar, mas ele se afastou de novo- eu posso explicar, James!

– Eu não quero saber de explicação nenhuma.

James entrou no Camaro.

– Jay, espera!- tentei abrir a porta do passageiro, mas ele a travou por dentro.

Comecei a bater no vidro.

– James, abre! Droga!

Fiquei na frente do carro e então ele desceu o vidro.

– Possy, sai da frente- ele disse.

– Para com isso e me escuta- pedi- por nós.

– Não existe mais ''nós''.

Balancei a cabeça.

– Jay, por favor!- implorei- você está com raiva, eu sei, mas por favor!

Sinto o meu nariz arder e minha visão ficar embaçada por causa das lágrimas.

– Desce do carro- insisti.

James deu a ré e simplesmente foi embora como se eu não tivesse pedido para ele ficar.

Comecei a xingar em voz alta e a chorar.

Sentei no chão com as costas apoiadas em uma árvore.

– Isso não pode estar acontecendo- falei para mim mesma.

Abracei as minhas pernas e enterrei a cabeça entre os joelhos.


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Notas finais do capítulo

Opa



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