Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana
Notas iniciais do capítulo
hm
POV Katherine
Danna me mandou fotos de todas as anotações da escola que eu perdi então eu passei o resto da tarde copiando e tentando entender.
Quando desisti, fui até a casa do Erick sem ele saber.
Como já me conhecem, os seguranças liberaram a minha entrada no momento em que me viram.
Fui direto até o quarto do Erick. Batman, quando me viu, começou a latir e a pular.
– Ei garoto, o que aconteceu aí?- a voz do Erick veio do banheiro e logo depois ele saiu- Katy?
Ele ficou olhando para mim por uns três segundos antes de vir me abraçar forte. Detalhe, ele está apenas de toalha e com a escova de dente na boca cheia de espuma.
– Ta, me dê cinco minutos- ele ergueu o dedo sinalizando para eu esperar e entrou novamente no banheiro.
Coloquei a minha bolsa em cima da bancada e tirei meus dois cadernos, alguns livros e o estojo.
– Tenho uma missão para você- falo mais alto que o meu tom normal para que ele possa me ouvir.
Pouco depois ele saiu e perguntou qual é a missão.
– Me ensinar as coisas que eu perdi- respondi e ele disse ''sem problema''.
Com uma mão em minha cintura, Erick diminuiu o espaço entre nós e me deu um beijo calmo.
– Senti muito a sua falta- ele acariciou a minha bochecha.
– Eu também.
Meu iPhone apitou.
Erick disse que voltava já e saiu do quarto.
Abri a mensagem.
Amor: Saudades.
Katherine: Sei bem do que você está sentindo falta.
Amor: É sério.
Katherine: Eu sei. Era brincadeira.
Amor: Eu sei que era brincadeira. Onde você está?
Sei que ele não vai gostar da verdade, mas não quero mentir para ele.
Katherine: Na casa do Erick e você?
Amor: É muito gratificante saber que você está na casa dele. Eu estou no Esquadros. Vou entrar no ringue já já.
Katherine: Boa sorte.
POV Possy
Minha meia irmã malvada está me mantendo presa na ''casa'' dela. Tenho pessoas me vigiando 24 horas por dia. Só posso sair quando eu aceitar o pedido de bandeira branca dela, ou seja, paz.
Acariciei a orelha macia do Buddy. Pelo menos tenho ele.
Todos aqui me olham com um certo nojo e eu apenas os encaro com cara feia.
– Vou trazer o papai aqui- Ayla me disse.
– Olha só, ela quer juntar a família- ri sarcástico- e ele vai fazer? Me obrigar a gostar de você? Ayla, você tem noção das coisas que fez e as que está fazendo? Você queria sequestrar o meu melhor amigo e a namorada dele que é minha amiga.
– Eu preciso do Nathan no meu grupo. Vai ter uma guerra, Possy.
A ignorei e continuei.
– Você está mantendo, não só eu, mas o Jack e o Buddy aqui, presos. Você tentou roubar o meu namorado.
– Ex- ela falou.
– James não...
Lembrei que não posso contar que na verdade eu não terminei com James.
– ''James não'' o que?- Ayla franziu as sobrancelhas- você está escondendo alguma coisa, irmãzinha?
– Cala a boca.
– Somos família. Aceite as pazes, entre na Rede e eu deixo você sair. Você, seu amigo e o cachorro.
– Não somos família. Aceite isso.
– Claro que somos- meu pai entrou na sala.
Tudo o que sinto por ele nesse momento é raiva e nojo.
– Mande Ayla me libertar- exijo.
– Depois de meses e você nem ao menos fala ''oi, pai''?
Tenho vontade de falar ''você não é meu pai''.
– Sabe que eu te odeio, né?- falei sem olhar para ele- você nunca foi meu pai. Meu padrasto é o meu pai. Ele cuida de mim desde três anos de idade. Ele foi em todas as minhas apresentações escolares, ele que pega o meu boletim, ele ama a mamãe, ele...
– Você não tem o sangue dele- Ayla me interrompeu.
– Sangue- ri- família não significa sangue. Família significa amor e vocês passam longe desse sentimento. Eu não vou fazer as pazes e não vou entrar na Rede.
– Então não vai sair- Ayla disse- simples assim.
Levantei do sofá.
– Eu vou destruir essa casa inteira se não me deixar sair daqui agora!- gritei.
– Você devia ter tido essa ideia antes.
Essa voz fez meu coração acelerar como se uma corrente elétrica tivesse passado pelo meu corpo.
Me virei e confirmei que não estou tendo uma alucinação.
– James?
Ele abriu um sorriso.
Vejo a arma em sua mão esquerda.
Ele fez um sinal para eu ir até ele então eu peguei o Buddy e fui.
– Certo, onde está o Jack?- James está apontando a arma para o meu pai.
– O loirinho voltou do Canadá- Ayla abriu um sorriso- Jack está lá em cima, não que isso seja da sua conta.
– Libera ele- James disse- ou eu atiro.
Ela chamou um dos capachos dela e ele foi buscar o Jack.
– Que estranho. Eu pensei que vocês tinham terminado- Ayla me olhou com um olhar e um sorriso maligno no rosto.
Ah, vadia.
– Mas parece que a minha irmãzinha...
– Cala a boca!- gritei.
– Está te traindo!- Ayla gritou e depois riu.
James revirou os olhos.
– De novo esse jogo?- ele perguntou.
– Eu estou falando sério- Ayla disse- não é jogo. Ah, e todo mundo sabe, menos você.
James olhou para mim, pedindo uma explicação.
– Depois- falei baixo.
Jack desceu as escadas.
– Não tem o que explicar- Ayla disse- Possy está com o Spencer.
James franziu as sobrancelhas.
– Vamos sair daqui- puxei James pelo braço até lá fora e Jack nos acompanhou.
– Eu estou esperando uma explicação- James disse.
Entreguei Budy para Jack e abracei James, mas ele me rejeitou.
– É verdade?- ele perguntou.
Hesitei um pouco antes de responder.
– É.
James balançou a cabeça negativamente e se afastou de mim.
– Jay, eu posso explicar, sério- falei.
– Não. Eu não consigo acreditar nisso. Foram meses, Possy, meses no Canadá e todos os dias a gente se falava e em todos eles, em todos, você dizia que me amava.
– Eu amo- tentei me aproximar, mas ele se afastou de novo- eu posso explicar, James!
– Eu não quero saber de explicação nenhuma.
James entrou no Camaro.
– Jay, espera!- tentei abrir a porta do passageiro, mas ele a travou por dentro.
Comecei a bater no vidro.
– James, abre! Droga!
Fiquei na frente do carro e então ele desceu o vidro.
– Possy, sai da frente- ele disse.
– Para com isso e me escuta- pedi- por nós.
– Não existe mais ''nós''.
Balancei a cabeça.
– Jay, por favor!- implorei- você está com raiva, eu sei, mas por favor!
Sinto o meu nariz arder e minha visão ficar embaçada por causa das lágrimas.
– Desce do carro- insisti.
James deu a ré e simplesmente foi embora como se eu não tivesse pedido para ele ficar.
Comecei a xingar em voz alta e a chorar.
Sentei no chão com as costas apoiadas em uma árvore.
– Isso não pode estar acontecendo- falei para mim mesma.
Abracei as minhas pernas e enterrei a cabeça entre os joelhos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Opa