Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 7
- Ao normal.


Notas iniciais do capítulo

uau a fic ta com 23 leitores, só 3 ou 4 comentam... é um pouco desapontador não vou mentir, a pouca quantidade de comentários infelizmente ñ atrai novos leitores. Vamos lá pessoal, é facil só comentem. Pode dizer o que querem e criticar tbm, estamos aqui pra isso.



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Os olhos azuis de Damon iam e vinham de cima para baixo. Sonolentos e pesados. Suas pálpebras não aguentavam mais o peso sentido sobre si. Tudo que ele queria agora era simplesmente adormecer.

Mas em uma sala de aula repleta de adolescentes revoltados por uma avaliação surpresa, não era uma opção muito valida.

Estava morto de cansaço. Ficou até tarde conversando com Isobel pelo telefone. Acertaram sobre o preço exato que lhe custaria e o quanto ele teria que contribuir nas contas, Damon se comprometeu em pagar sua própria parte da internet, televisão a cabo em seu quarto e a conta de água coletiva. Afinal, o preço do aluguel da suíte estava abaixo da media, e no final tudo sairá em uma taxa de alguns dólares a menos que o de ''seu'' antigo apartamento. Por sorte, a parcela de seu carro havia sido completamente paga há quatro meses, não ficaria ‘’enforcado’’ em contas tão cedo. Isobel garantiu lhe enviar um email com o contrato para ele assinar ainda hoje, e depois registraria no cartório de Mystic Falls que ficava ao lado do consultório dela. Em ao menos dois dias, Damon Salvatore possuiria um novo endereço e o alivio que sentia em seu peito era um dos mais libertadores que já tomou conhecimento na vida.

Apenas três alunos haviam entregado as avaliações até agora, Ivory Ryan, Gale Diaz e a novata, Elena Gilbert/Paris Hilton. Estavam na ultima aula e se todos não terminassem a tempo de o sinal tocar, teria que ficar até mais tarde na escola. O que não era animador devido ao seu nível de sono e a quantidade de coisas que ele havia para fazer. Era melhor começar a corrigir os poucos que tinha recebido.

Gilbert. Gilbert. Gilbert. Porque esse sobrenome lhe soava tão repetitivo? Ah, sim. Jeremy Gilbert do segundo ano. Quieto, isolado, de visual punk e inteligentíssimo, para a surpresa de todos os professores que apostaram no primeiro dia de aula que ele traria encrenca, mas ao contrario o rapazinho se mostrou brilhante. Ouviu Ric e a senhorita Winger falarem algo sobre uma garota do primeiro ano que também era surpreendentemente esperta, se chamava April. Ou aquele sobrenome trazia sorte ou realmente era da família ter mentes aguçadas no sangue.

Mesmo assim, Damon não era do tipo que distribuía elogios e parabéns por toda escola. Nem ao menos quando um estudante tirava nota máxima. Sempre foi daqueles que gostavam de provocar seus alunos e levarem-nos aos seus limites de raiva e cansaço. Sabia que era odiado, mas não ligava. O que os jovens buscam hoje em dia é nada mais, nada menos que atenção. E eles não conseguiam isso dele.

O odiavam, mas sempre faziam seus trabalhos, suas lições, estudavam para suas provas, faziam silencio durante suas explicações. E entendiam. Tudo isso para conseguir algum tipo de provação ao educador mais chato de todo o colégio. Provar a ele que podiam acertar e que, podiam conseguir. Damon não ligava, desde que começou a lecionar nesse colégio suas aulas eram as mais produtivas. 92% da classe, sempre ultrapassavam a média em sua matéria. E o detalhe estava que ele lecionava matemática. Algo que não acontecera nunca na historia da Mystic Falls High School. Ric, seu melhor amigo, poderia ser o professor mais amado no mundo adolescente, mas as estimativas em notas de suas aulas não eram nem metade das do que as dele eram. Isso era algo que Ric e todos que doutrinavam aqui, teriam que conviver. Ele poderia ser odiado, mas pelo menos em sua matéria os monstrinhos se esforçavam.

— Senhorita Gilbert – Chamou Damon, sem emoção, ou se quer expressão. Fitando as provas na mesa – 9,8. Seria um dez se não tivesse esquecido um sinal na penúltima questão... Atenção leva a perfeição, Senhorita Gilbert. Tenha mais cuidado.

O rapaz observou a garota aventurar-se na tentativa de disfarçar sua expressão contorcida de raiva. Ao menos havia tirado boa nota. Presumiu Damon, que seria o que Elena provavelmente estivesse pensando. Deveria ser a única coisa que a segurava de não pular em cima de mim e arrancar meus olhos.

Ninguém entregou mais nenhuma prova nesse meio tempo, o que fez os pensamentos indesejáveis de Damon coadirem forte em sua cabeça. Levaria ou não as coisas de Rose para a nova casa? Quer dizer, ela não deixou muitas coisas. Só alguns vestidos e maquiagens, talvez um ou dois fracos de perfumes, no Maximo. Ela havia levado bastante... Seria por saber que ficaria por muito tempo, ou por não saber por quanto tempo ficaria? Levou inclusive, uma camiseta preta de linho que Damon usava muito quando tinha em torno dos vinte anos, Rose colocava normalmente para dormir, ou para vestir depois de fazerem amor. Ele nunca entendeu o porquê desse hábito que as mulheres possuíam. Damon, ao menos, sempre odiou, apesar de jamais ter reclamado em voz alta para nenhuma das mulheres com quem já esteve. E todas elas tinham essa mania.

De qualquer maneira, Rose o prometeu que retornaria. Então, SIM, ele iria manter tudo que fosse preciso pela mulher de sua vida. E Rose era essa mulher.

O numero de provas entregues em cima de sua mesa haviam aumentado significa mente sem ele ao menos perceber. Alguns ainda encaravam a folha em busca de um milagre, mas a grande maioria ficava de cabeça baixa ou encarando algum ponto da sala. Exceto por Janice Harper e sua insistente mania de desenhar durante todas as aulas. Chega de pensar. Não precisava perder tempo pensando no que era tão obvio, tinha que passar as notas para o diário de classe.

Bom, Ivory tirou 8,0. Gale ficou com 9,4. Gilbert com 9,8, maior nota até agora. E... Forbes com 7,0, Tyler Lockwood 3,0, como sempre. Também, irmão do Mason, só podia ser. Matt Donavan... Ah, melhorou 6,97, ao contrario de Renée Bond que continua com seus 7,2. Normalmente os resultados em provas surpresas são sempre ruins, ainda mais na primeira prova do ano. Até compreendo, em provas comuns é bem difícil alguém tirar menos de 7,0. Jaymee Song 8,5, Carly Deacon 8,5 também, Louis Bucky 9,0, Jack Anderson com 8,3, Rebekah Mikaelson fica com 7,96, Bonnie Bennett 7,5.

Emma Bowmann... 8,0

Victor Jones... 6,9

Dick Austin... 3,9

Janice Harper... 7,4

Julianne Jackson... 9,3. Quase superando a Gilbert.

O restante se saiu bem, em média de 7,4 até 9,1. Exceto por Dick e Tyler que provavelmente haviam colado de si próprios. Esses dois eram como espinhas em pele de bebê. Não faz sentido, é raro e infelizmente não se pode arrancar.

Ainda faltavam as provas de Alyssa Monroe e Clint Oller.

— São sós cinco questões, senhorita Monroe, Senhor Oller. Não um vestibular, acredite. Eu sei – Soluçou Damon, indo até as respectivas mesas e abancando as provas dos alunos que sobravam.

Colocou as folhas misturadas as seguintes outras. E as guardou na maleta preta, dentro do diário, interrompendo qualquer tipo de gemido de reclamação de Alyssa e Clint sentados em pose desleixada.

E os liberou para finalmente, sair.

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Damon não fazia ideia de quanto tempo se passara desde que saiu da classe. Cochilou duas vezes na sala dos professores. Se não fosse pelos gritos histéricos de Elena Gilbert e Caroline Forbes, em frente à sala, falando alguma coisa sobre esmalte cor de ameixa. Aquelas meninas sabiam ser escandalosas quando queriam. E não seria só, apenas, naquele dia. O armário da Gilbert ficava em frente à sala, e Damon era obrigado todo dia, a saber, disso por conta da quantidade de meninos que já haviam vindo.

O email havia chegado. Isobel era rápida, tudo que eles passaram a noite conversando estava escrito naquele papel, letra por letra. Talvez ela estivesse mais desesperada do que eu.

Sem surpresas, Damon não abrangeu complicações para marcar sua assinatura no papel, o contrato estava na mais perfeita organização de cada palavra que trocaram no celular. Estava tudo decidido, ele iria almoçar essa tarde no Grill, e às duas horas, seguiriam para o cartório e, enfim, registrarem o documento. Hoje não trabalharia no período da tarde e a presença dos dois era primordial.

— Que bom que chegou cedo, Damon. Assinou?

Damon estava de frente ao consultório de Isobel. Chegou cedo ao prédio, meia hora antes do combinado. O prazo de Mason estava por terminar em menos de uma semana, e ele nem havia conhecido a casa ainda. Ou seja, se fosse um lugar repleto por todos os piores adjetivos do mundo, ele teria que ficar.

— Sim, Senhorita Flemming, já assinei. Está aqui nesse envelope. – Respondeu ele com educação, erguendo o indicador ao sobrescrito em sua mão direita – Podemos ir?

— Sim podemos, mas só se parar de me chamar de senhorita... Isobel, Damon. Só Isobel é suficiente pra mim – Exclamou ela com humor.

— Tudo bem então – Sorriu Damon caloroso – Podemos ir... Isobel.

— Podemos sim... Damon.

Dali eles seguiram a pé com a maior simplicidade que puderam. Só o que bastava era atravessar a rua e adentrar a enorme porta de vidro do cartório de Mystic Falls, que ironicamente fora fundado, por seu tataravô, Lorenzo Salvatore em 1846.

O rapaz que os recebia de trás do balcão com toda clareza não era seu tataravô. O homem atual era bem afeiçoado, negro, bem jovem, em torno dos trinta e três, trinta e dois anos... Espera. Aquele não era o filho de Jayden e Sue Jordan? Connor, certo? Que vivia brincando no quintal da mansão de seus pais com Stefan e sua prima Monica! Nossa, ele havia crescido. Quer dizer, crescido no sentido literário. Afinal, Connor devia ter no mínimo 1,80, e estava bem forte também, diferente do garoto magricela da infância. Agora estava careca. O que não mudava era a enorme boca que tinha desde pequeno, motivo de grandes piadas entre os amigos, recebendo o apelido de Connor Jolie, há uns doze anos atrás. Mas afinal, porque ele saiu da cidade mesmo, heim?

— Damon! – Gritou ele, animado – Quanto tempo, moleque. Vem cá, dá um abraço.

O abraço foi igualmente enérgico de ambas as partes. Passaram-se quase uma década desde a saída de Connor. Nunca foram muito próximos, mas quando se é acostumado a ver todo dia as mesmas pessoas, como em Mystic Falls; Encontrar alguém diferente, mas conhecido ao mesmo tempo, era motivo para celebração e estranheza. Agora, já separados um encarava o outro em faceta de alegria.

— Quanto tempo digo eu não é, Connor Jordan. Por onde andou?

— Longa historia. Mas agora eu voltei e... To trabalhando... Aqui– Falou Connor sorrindo – Mais então, o que devo a honra de sua ilustre presença?

— Ah, Sim. Quase me esqueci. Vim pra registrar ESSE documento – Deu ênfase ao ‘’esse’’ escorrendo o envelope pelo balcão.

Connor afastou-se do encosto do mostrador e abriu o envelope branco, sem pressa. O papel era bem explicativo e o vocabulário muito simples e de fácil compreensão. Não demorou muito para ele terminar de ler, agora sua expressão era calma e normalizada.

— Parece bem simples pra mim. Você e sua namorada alugaram um quarto pelo que eu to entendendo, certo? Legal! Bom pra vocês.

A mente dos dois teve um apagão com aquelas palavras. Ele achou que éramos namorados? Os dois abriam a boca, ao mesmo tempo e, de algum modo, e tanto as palavras de Damon quanto a de Isobel saiam em grau tão elevado de gagueira que nem ao menos uma pessoa com o seguinte problema teria compreendido.

— Ah, não, não, não, não. Nós não somos. Não só... Só, apenas. Ah, Ah. – Rebateu o professor e a dentista ao mesmo tempo. Isobel finalmente se manifestou. Até o então momento observava quieta ao reencontro de dois amigos. Mas agora, ela e Damon balançavam a cabeça em sinal de negatividade e tentavam falar sem gaguejar e explicar a situação para Connor. Era cômico para o moreno assistir os dois abrirem e fechavam os lábios diversas vezes ao tentarem dizer alguma coisa sensata. Mas nada saia, e o que saia eram sós palavras turvas. Isobel por fim pela primeira vez, falou atrapalhada. E sozinha.

— Eu vou alugar um quarto pra ele. Só... Só isso.

— Tudo bem então. – Disse Connor com sinceridade, mas seus olhos ainda os fitavam com de deboche, o que não agradou muito a Damon. Depois do silencio constrangedor que se estabeleceu Connor, finalmente, continuou – Então, querem registrar o documento? Damon?

— Ah sim... O documento tinha esquecido, outra vez. Sim, sim nós queremos.

Damon não queria soar tão alto e desesperado, quanto soou nas ultimas frases, mas não queria que as pessoas pensassem que algo estava acontecendo ali. O que não estava e nunca iria estar, mas em Mystic Falls tudo é motivo para fofocas. Já pensou se chegasse aos ouvidos da família de Rose? E quando ela voltasse, como seria se ouvisse algum desses rumores? Não queria nem pensar nisso. E não daria motivos para que os outros pensassem. Por isso ele gostava de Isobel, ele pensava como ele. Não que ela não fosse bonita, por que ela era. Mesmo Isobel sendo 9 anos mais velha que Damon, ela era sim, uma atraente mulher de 36 anos. Do tipo que até as caçulas de dezenove matariam para ter o corpo.

Só que Damon seria para sempre apaixonado pela maluca de vinte e cinco por quem ele afrontou o ex melhor amigo para poder ficar.

Connor já havia terminado o registro no computador. Foi rápido e indolor. Damon já tinha decidido que se mudaria em três dias, por pura precaução, mas Connor disse que ele poderia se mudar nesse momento, se desejasse.

Mas Isobel pediu que ele fosse no dia seguinte. Tinha diversas coisas para fazer até a chegada do rapaz amanhã. Queria arrumar a casa, os quartos, preparar os filhos, limpar a garagem para poder arranjar um espaço para o carro de Damon, afinal no contrato estava incluída uma garagem, que nesse momento estava repleta de caixas enormes com coisas da mudança, que nem foram ao menos aberta. O que a assustou por um momento. A partir de amanhã haveria a sua Chevrolet Spin preta, o Audi vermelho de Elena e o Prius branco de Damon. Jeremy já disse diversas vezes que tentaria tirar carta até o fim de agosto, e ano que vem seria a vez de April que completaria dezesseis em Outubro. Era uma loucura ter que pensar nisso. E se aprontar para o que viria a seguir.

Mas prontos ou não, Damon Salvatore se mudaria amanhã.


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Notas finais do capítulo

comentem...Desculpem se tiver algum erro de escrita, não deu tempo pra revisar