Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 2
- Fuck, it's a new life


Notas iniciais do capítulo

gente... SEIS LEITORES E SÓ TRÊS COMENTARAM? POR FAVOR SE CONTINUAR COM LEITORES FANTASMAS NÃO DÁ PRA POSTAR, AFINAL O NUMERO DE COMENTÁRIOS ATRAI NOVOS LEITORES... POSTO MAIS SE TIVER AO MENOS 7 COMENTÁRIOS NOVOS.



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Querido Diário 10 fevereiro

Ao menos essa mudança resultou em algo bom, agora eu teria um quarto só pra mim. Não que minha irmã mais nova fosse uma pessoa tão insuportável, mas April roncava. Além do fato de eu ter dezesseis, quase dezessete anos. Ainda não tive tempo de pensar em um plano. Na verdade não houve tempo pra nada. Minha mãe insistiu em nos mostrar a casa inteira, e contar a história de cada centímetro dela. Quando entrei, me surpreendi com o fato de já está com há mobilha toda por completa, e com moveis caros, por sinal.

Num total ela possuía uma aparência bem aconchegante e familiar. Como naquelas casas que costumamos ver em comerciais de margarina, mas também parecia muito com um desses chalés de inverno que os casais afeiçoam passar suas luas de mel.

Só que duas vezes maior.

Tinha cinco quartos, todas com banheiro incluso, sala de jantar, sala de visita, sala de televisão, cozinha de mármore e teca. Escadaria de madeira lenha de 1894, e todos os cômodos eram muito amplos. Não conseguia entender o motivo de um lugar como esse estivesse disponível no mercado, por mais que essa cidade fosse uma droga, a casa era linda. A corretora disse que é provavelmente por ser um pouco cara, e pessoas com dinheiro normalmente não se mudam para cidades como Mystic Falls, pelo visto minha família era a grande exceção.

As aulas na minha antiga escola começaram tem duas semanas, mas aqui se iniciariam amanhã, para minha infelicidade. Mal havia usado meu material no antigo colégio, então usaria os mesmo. Estavam praticamente intactos.

Minha mãe disse que meu pai viria aqui depois de amanhã, para visitar os filhos e aproveitar para trazer o meu carro. Não soube o que pensar, e também não me ocupei em tentar, tenho coisas mais importantes para focar minha atenção, e são muito mais valiosos do que ele.

Quando estava desempacotando minhas caixas, achei as fotografias do colégio. O campeonato de torcida, o cabelo oleoso da Vicki, o baile, quando ganhei como rainha, as festas temáticas da escola, desde os seis anos, até dezesseis, quase dezessete. Tudo. Nunca fui de ficar mexida com qualquer coisa boba, mais dessa vez pegou forte. Quer dizer, eu manipulei os garotos a minha vida inteira, os fazendo acreditar que possuiriam alguma chance comigo, os deixando nervosos por estarem saindo com a garota mais popular da Robert E. Lee High School, e agora eu sinto como se tivessem, pela primeira vez, me manipulado e me enganado da maneira mais cruel, e o fato é que a iludida da história deveria ser a minha mãe, não eu.

Então porque me sinto assim agora? Espero que seja ódio, que por mais que me julguem ou me critiquem; O ódio acaba sendo, às vezes, a emoção que mais canaliza os sentimentos. Sempre fui desse jeito e nunca me importei em mudar, e não me importo. Essa sou eu, e as pessoas fazem sacrifícios gigantescos para conseguirem minha atenção. Mas, e se aqui for diferente? E se eu não me adaptar? Nunca me ocorreu isso antes, mas... E se houver meninas mais bonitas do que eu? E se eu for uma ninguém? No que vou me apoiar?

Elena interrompeu a escrita. Jogou o pequeno caderno o mais distante que pode.

Só quando ele se foi ao chão e parou aberto em uma pagina qualquer, ela se deu ao dever de levantar e correr em direção ao banheiro, até que o conjunto de folhas sumisse de seu campo de visão. Ao acender a luz, ela se viu. Olhou a figura a sua frente como se fosse a ultima vez que enxergaria na vida. Estava diante de si mesma. Diante de Elena Gilbert; A imagem ao espelho que refletia aquela garota que os rapazes tanto desejavam, e mulheres tanto invejavam. Os cabelos longos e castanhos escuro pareciam mais uma cascata de cacau, de tão liso e brilhante que eram. O nariz arrebitado, os lábios bem rosados, e aquela pele branca como o leite da manhã de um gatinho debilitado. Completando com corpo magro esguio, bem evoluído na área dos seios, e de suas pernas longas e torneadas, na medida perfeita. As nádegas em tamanho correspondente, bem curvilínea e redonda, ficavam em forte destaque quando usava shorts, como agora. Aqueles traços tão finos e delicados de seu rosto eram como os de uma boneca de porcelana importada da Rússia para uma garotinha da Inglaterra.

Ficou um tempo ali, pegou uma escovinha rosa e penteou delicadamente as pontas de seu cabelo, precisava pensar em um plano, urgentemente. Mas sua mente estava mais em branco do que o seu casaco Gucci que ganhou de Natal.

Não adiantaria em nada raciocinar algo idiota, como fugir. Não teria pra onde ir, e só de imaginar-se na rua, vestindo roupas marrons, sem creme para pele e maquiagem. Era uma tragédia.

Teria que encontrar um jeito de sair dessa cidade, sem que saísse. Ao menos por enquanto.

Só havia uma maneira de isso acontecer.

Mas para isso eu teria que entrar na... Pensava ela, aflita Mas para conseguir entrar, eu teria que... E isso é impossível, mas ao mesmo tempo, é a minha única saída. Demoraria mais um pouquinho, mas faço tudo para sair desse inferno.

...Às vezes o medo ou a pressão nos faz ter as respostar paras as perguntas que nunca nem si próprio imaginou duvidar. Elena fechou a porta do toalete num estrondo culminante. Voltou apressada ao quarto para apanhar o caderno e a caneta rosa no chão, e sentou-se na cama. Estava desesperada, precisava anotar esse plano, antes que esquecesse.

Voltou a escrever.

Não me sinto bem para ter que encarar pessoas nesse momento. Na verdade só quero dormir e não ter que acordar antes desse ano se abolir por completo.

Ao menos, conseguir ter uma ideia, eu particularmente não acho que dará certo, mas ainda sim é uma ideia, o plano é o seguinte:

Entrar em uma universidade como bolsista seria difícil, isso se eu conseguir entrar e a solução mais plausível seria comigo estudando o Maximo que posso. Primeiro passo: Estudar, muito, me dedicar aos estudos como uma maluca. Segundo passo: Procurar uma universidade em Nova Iorque. Terceiro passo: Conseguir um apartamento (com um closet para minhas roupas). E por ultimo: entrar na universidade escolhida e nunca mais voltar para esse lugar.

Mas contrario dos cdf’s dos meus irmãos, eu não tenho ideia do que cursar, e minhas notas nunca me ajudaram muito. Quer dizer, não eram nenhum 4, ou nenhum 3, mas também não chegavam a um 10 ou a um 9, posso ser uma patricinha, confesso, só que não sou tão burra quanto os outros acham. Alias porque as pessoas aliam tanto beleza com burrice? Isso deve ter sido criado por uma invejosa bem feia, não tenho culpa de ser bonita. Meus professores sempre falavam sobre isso com meus pais. ‘’Sua filha é muito esperta e possui capacidade. É boa com números e principalmente com desenhos, além de escrever bem, mas é muito desinteressada e acha que só com a beleza vai conseguir o que precisa... ’’ E eu concordo, afinal era a verdade, realmente não me importo com estudo. Mas em uma parte eu estava certa, as pessoas bonitas sempre acabam melhor que os inteligentes. É o mundo em que vivemos, é tudo movido por dinheiro e aparência. Não sou burra, isso não sou. Mas não significa que eu dependa de escola e de notas para me dar bem na vida, para isso eu tenho um belo par de seios, e tinha vezes que eu nem precisava usar, afinal para uma celebridade como eu as coisas simplesmente caiem do céu. É a vantagem de ser a socialite mais influente de Nova Iorque, as pessoas querem ser vista comigo o tempo todo, é publicidade garantida. O blog tinha em média 123 mil vizitas por dia de diversos tipos de adolescente, todas as meninas querem ser como eu, e se eu posto ‘’ use esse xampu’’ ou ‘’ esse creme é o melhor. Comprem. ’’ Elas vão comprar, simplesmente por que eu uso ou porque eu recomendo. Ser garota propaganda de 15 marcas de moda e beleza em menos de quatro meses da publicação do blog, não era pra qualquer um. O que uma celebridade como eu tá fazendo nesse lugar? Porque Elena Gilbert tem que se matar de estudar quando a vida já está garantida? Talvez seja preguiça da minha parte, na maioria das vezes eu sabia a matéria e não tinha dificuldade para entender, mas não perderia meu tempo estudando, quando poderia estar no shopping fazendo compras com as meninas, para isso existem os nerds dos meus irmãos mais novos e os idiotas de óculos e aparelho que tem a mim como musa.

A única vez que tirei algo maior que 8.5, foi quando April e eu apostamos quem iria ganhar um reality show, e ela perdeu. Teve que fazer meus deveres durante um mês inteiro.

Mas agora, me empenhar nos estudos poderia ser uma boa ideia, teria que entrar na universidade e ir embora daqui. Além do mais, não sei o tipo de pessoas que vou encontrar nessa cidade e também pelo que pude perceber, minha mãe não tem a intenção de sair desse lugarzinho tão cedo. Talvez seja minha hora de evoluir, se eu quiser me mudar o quanto antes; A universidade é minha única escolha, e para isso vou ter que me dedicar muito. Não vejo outra opção pra mim. Ou é isso, ou então, será apodrecer em Mystic Falls para sempre e não voltar para Nova Iorque nunca mais. Como naquela música do Michael Jackson, Man in the mirror, que diz ‘’Dê uma olhada em você, e faça aquela mudança’’. Não seria bem uma mudança de personalidade, somente escolar. Afinal essa é quem eu sou e não consigo me impedir.

Pelo menos eu já tenho um plano, isso é um começo, certo?

Ps: Tenho que atualizar o blog...

—------X-----

Mais uma vez Elena se encontrava encarando uma estrutura do lado de dentro de um carro. Só mudava o que ela avistava nas duas cenas. Diferente de sua nova casa, a Mystic Falls High School era exatamente como ela imaginava. O largo prédio marrom ocre de quatro andares, acompanhado de um enorme gramado em lateral espiral. Gigantesco, como o de um campus de faculdade, Elena deduziu que o estacionamento ficava na parte traseira. Levando em conta a pequena quantidade de carros à frente.

Em uma comum escola de cidade grande, como a Robert E Lee de Nova Iorque. Os alunos, animados, se abraçariam de felicidades por estarem se reencontrando com seus respectivos amigos, cada um com suas ‘’tribos’’, onde ninguém ousaria em infiltrar-se com outra, se não quisesse começar uma guerra. O que era uma diferença crucial para uma cidade pequena. Todos se conhecem, e se veem todos os dias, desde que nasceram. Não era novidade estarem se encontrando mais um ano aqui, férias não era um empecilho para continuarem a se ver constantemente, afinal não estamos em uma tão cidade grande.

Mais ainda sim, a sociedade da Mystic Falls High School era dividida em seus grupos; E isso nunca mudaria. Em lugar nenhum, não importa o quão longe eu vá. Pensou Elena. E graças a deus, seria um nojo ter que se misturar com os fracassados.

Estavam todos lá, desde a gótica abrigada em roupas preta e fumaça do cigarro, ao loiro bonitinho de sorriso levado, com a bola de futebol americano na mão direita. O velho clichê americano era rei nesse lugar, nós éramos seus súditos e a convenção social, sua rainha. Elena nem precisaria se adaptar, já estava familiarizada com aquele tipo de situação, só torcia por nenhum perdedor amolar sua paciência. Inicialmente teve medo de alguém a reconhecer, mas o que esse bando de caipiras poderiam saber sobre a alta sociedade Nova Iorquina?. Deu uma ultima olhada na mochila, estava tudo ali. Caderno, dinheiro, apostila, agenda... E o estojo maquiagem. Isso não poderia faltar, quanto ao outro estojo... Deveria estar lá também, não importava.

Fechou o zíper da bolsa e gargalhou alto, devido ao que sua mãe lhe acabara de contar.

— Jeremy e April foram mesmo de ônibus escolar?

— É eu sei. Nova-Iorquinos indo para algum lugar, sem pegar um trem. É de espantar. – Falou Isobel com ironia. – Pelo visto tá tudo ai. Tem certeza que não esqueceu nada? Livro? Caderno?

— Não mãe ficar tranquila... E desde que minha maquiagem esteja bem aqui na minha bolsinha, nada é tão significante.

Elena sorriu pela ultima vez, antes de se despedir com um simples ‘’tchau’’, ela sabia que se beijasse Isobel, ela bagunçaria seu cabelo. E aquele era simplesmente o maior pesadelo de Elena, ninguém toca no seu cabelo. April costumava dizer que Elena saberia que encontrou o homem de sua vida quando deixasse o então rapaz, tocar em seu cabelo sem despertar sua raiva.

Saiu do carro. Teria que passar na secretaria do colégio para pegar um armário e entregar os últimos documentos que faltavam para sua nova ficha escolar.

Há essa hora nos filmes, quando alguém começa em um colégio novo, normalmente esbarra-se em uns valentões de duzentos quilos ou em umas meninas plastificadas com cara de quem cheirou peixe morto na feira. Mas até agora não foi assim, ela simplesmente andava, mais não em completo vácuo. Todos a olhavam, não faziam silencio, só olhavam, tentavam disfarçar e fingir que conversavam sobre algo com o resto de seus grupos, mas Elena não era boba.

Mas afinal quem poderia culpa-los? As pessoas dessa cidade eram tão desfamiliarizadas a rostos novos, que nesse momento ela devia ser como um brinquedo novo em uma creche. Certamente o mesmo aconteceria com seus irmãos quando chegassem. Só que teria tempo para pensar nisso mais tarde, agora ela precisava chegar à secretaria, esse lugar era enorme.

Deu uma olhada pelas pessoas em volta. Não sairia por ai e perguntar a qualquer um. Avistou uma menina bonita e bem baixinha de cabelos cacheados trançados de um lado do ombro, pele negra, só que com um tom de negro claro, bem cara melado como daquela cantora que Hayley adora. Rihanna. A baixinha possuía um lindo sorriso e olhos verdes grandes. Vestia um uniforme de torcida curto e vermelho muito similar ao do antigo colégio de Elena, mas diferentes da calça jeans escura e blusa de alça rosa rendada e botas marrons que Elena usava no momento. Aquele era definitivamente o grupo das meninas populares.

— Com licença – Chamou ela delicada. A menina virou, e a encarou atentamente, sorrindo. – Onde fica a secretaria?

— Primeiro andar à esquerda. Bem no final do corredor – Informou positivamente– Não tem erro. É bem fácil.

— Primeiro andar à esquerda... – Repetiu Elena, decorando – Tá ok então, obrigado. Obrigada mesmo

A outra garota ergueu a sobrancelhas e olhou para os lados. Sua expressão denunciava que ela tinha acabado ter uma ideia.

—Que isso, por nada. Quer que agente vá com você?

Em ligeiro Elena deduziu que o ‘’agente’’ se tratava das duas belas loiras com facetas de barbie atrás da garota. Tentaria parecer indiferente, não podia mostrar desespero por amizade.

— Claro. Pra mim tudo bem. - Balançou os ombros ao falar.

—   Vem meninas. Vamos ajudar.

As duas restantes a seguiram a uns dois pés atrás, uma das loiras parecia bem animada por estar indo junto, já a outra andava encarando as próprias unhas. Caminharam alguns passos à frente antes de a garota morena, que Elena ainda não sabia o nome, parar e dizer divertida;

— A propósito, eu sou Bonnie. Bonnie Bennett. Aquela ali de cabelo andu ladinho é Caroline, e a de rabo de cavalo se chama Rebekah. – Apontou uma à sua vez, enquanto descrevia as loiras rapidamente, antes de virar a atenção novamente para Elena.

Caroline tinha uma expressão mais alegre e saltitante de uma típica menina sulista americano, com direito a sorriso inocente e beleza natural, mas foi só ela dá uma boa olhada em Elena que sua expressão mudou estranhamente, como se analisasse cada ponto dela, a garota fitava com uma duvida e rigidez que nunca vira antes. A outra, Rebekah, apesar de tão bonita quanto Caroline, já parecia ser mais enigmática, com ar de mistério e de selvageria. Daqueles tipos de pessoa que não causam uma boa impressão no inicio, mas com o tempo se soltam mais, exatamente igual sua amiga Vicki, em Nova Iorque.

Rebekah definitivamente não era da cidade.

— E seu nome é? – Perguntou a menina mística de rabo de cavalo e postura ereta.

Sotaque britânico. Bingo pensou Ela. Sabia que ela não era daqui.

Elena era ótima para descrever as pessoas. As vezes fazia e acertava num só olhar, era boa com julgamentos, sempre foi. Afinal todos a rodeiam desde que ela se conhece por gente. Querendo algo dela, querendo estar com ela, ou até mesmo, querendo ser ela.

— Sou Elena... Gilbert.

E a menina dos cabelos andu lados paralisou. Depois, Rebekah perguntou:

— Gilbert? Então foi a sua família que se mudou pra antiga casa dos Sulez, não é?

— Eu não sei quem são os Sulez... Mas deve ser – Disse Elena rindo.

— Bem, sorte a sua, a cidade inteira sonha em morar naquela casa.

Nossa, se morar em cidade pequena é sorte... Nem quero saber o que é azar.

As três voltaram a andar alguns passos em direção a secretária, houve uma sessão pequena de perguntas para Elena da parte de Rebekah e Bonnie. Coisas como se tinha namorado ou porque de ter se mudado para Mystic Falls; Quando viu que as amigas já estavam bem a sua frente, Caroline correu em direção a elas, quando alcançou se colocou na frente de Elena e ficou paralisada com os olhos arregalados, não havia dito nada e agora estava estática olhando para Elena. Assim como Rebekah, Caroline lhe lembrava de alguém, só que Elena ainda não sabia quem, não em questão de aparência, e sim personalidade e jeito próprio.

Rebekah era como Vicki, difícil de impressionar e agradar. E olhando Bonnie duas vezes ela poderia ser como Hayley, que era bem receptiva e carinhosa. Já Caroline era animada e maluca... Igual a alguém que costumava conhecer. Em menos de dez minutos já pode ver como aquela menina era a mais pura versão de sua irmã.

— Nossa. É você... É você – Soltou um grito agudo afoito. De voz histérica –... Você é Elena Gilbert. Ai meu deus, você é minha heroína. Eu amo suas roupas, seu blog, seus conselhos. Tudo. Não acredito, não acredito. O que faz aqui? POR DEUS, COMO..

— CAROLINE – Interrompeu Bonnie em alto e bom som, mas ainda sim com um toque de delicadeza, exatamente como Hayley faria se estivesse ali. - Quer POR FAVOR PARAR com essa loucura? Pelo amor de deus. - Colocou-se a frente da loira e a segurou pelos ombros esticando todo seu braço, Bonnie deveria ter no Maximo um 1,55 e Caroline apesar de não ser tão alta, deveria ter em torno de 1,70, como Elena e Rebekah, se tornava supina.. – De que diabos você tá falando? Tá assustando a novata

—Não– Disse Elena, inocente. – Tudo bem, Bonnie. To acostumada.

— Como assim acostumada? Do que vocês tão falando?

Uma das coisas pela qual Elena torceu em seu caminho para cá era que ninguém a reconhecesse. Achou que era impossível afinal, alguém nesse fim de mundo ler o seu blog ou comprar as revistas de fofoca na qual ela era sempre matéria por seu estilo impecável ou por sua beleza em eventos de alta classe na qual estava sempre presente. Quem diria que em Mystic Falls ela encontraria uma amante pela vida das socialites.

— Eu ainda não consigo acreditar. – Dizia Caroline quase que engasgando. – Ontem mesmo eu tava lendo o seu blog, copiando suas roupas... E hoje estamos estudando juntas. É a coisa mais incrível do mundo.

— Espera um pouco. Ela que é a It Girl que escreve aquele blog de moda que você ama? – Perguntou Rebekah.

— Sim, é ela. Elena Gilbert. É ela – Gritou Caroline. O grito em alto atraiu a atenção de alguns olhares. Garotas de 15, 16, 17 anos viraram seus rostos e analisaram bem os de Elena.

’ Sim, é ela’’.

‘’ Ai meu Deus, é Elena Gilbert’’

Falavam algumas das vozes. Droga. Seu pesadelo agora era verdade, em questão de tempos alguém ligaria para o jornal e diria que ela estava morando nesse fim de mundo.

Em uma fração de segundos, uma rodinha de garotas se formou em sua volta.

Autógrafos, fotos, pedidos por um abraço...

... Alguém a fez borrar seu batom. Que raiva. 

Não eram muitas, no máximo quinze deveria saber quem era. Mas na empolgação, outros se juntaram só para fazer parte do embalo. Seu pai disse uma vez que suburbanos entravam em qualquer fila mesmo sem saber do que se tratava. Aquela era sua situação ali. 

— Ótimo. Chega, chega. – Gritou Bonnie atravancando a multidão de garotas. – Chega de fotos, parece que nunca viu gente... É só uma pessoa famosa. Pra que todo o desespero? Suas Locas.

Rapidamente, Caroline a apanhou pelo braço e a agarrou com força e não deixou nenhuma menina chegar perto de Elena durante toda a ida a secretária.

O caminho era um pouco mais longo do que Elena pensou que era. Rebekah a questionou duas vezes se Elena tinha interesse em entrar para a equipe de lideres torcida com elas, já que as audições se iniciariam em três semanas, tinha que dar tempo de marcar um teste para ela. Rebekah era a capitã da equipe, o interesse fazia sentido. Além de que a presença de uma celebridade ajudaria em chamar atenção para o time.

Só não foi legal o fato dela ter me proposto isso enquanto um bando de selvagens tentavam me agarrar.

Já haviam passados duas aulas e tudo já havia ocorrido perfeitamente natural. Na verdade, um pouco natural demais, pensava Elena. Mas também a ameaça de Caroline para aquelas garotas deve ter sido de grande efeito. Apesar de ter pegado um péssimo armário, logo de frente para as salas dos professores, o meu horário de aula era praticamente compatível com os das meninas. E além é claro de dois gatinhos já terem pedido meu celular. Durante o intervalo dei alguns autógrafos e tirei diversas fotos. Bonnie disse que com o passar do dia as pessoas se acostumariam com minha presença.

Caroline e eu passamos esse tempo falando, o que não era novidade, conversamos sobre tudo, desde maquiagem até nossas marcas prediletas de roupas e sapatos. Apesar de ela preferir Prada à Dior, tínhamos muitos gostos em comum. Sempre que viam muitas pessoas me cercando, ela intrometia-se ameaçando contar ao diretor.

Minha mãe havia telefonado para esse diretor há semanas avisando sobre essa situação. Como resposta, o mesmo avisou que em meu primeiro dia passaria de sala em sala para avisar aos alunos que não comentassem em redes sociais sobre mim para que não atraísse imprensa. Falaria isso em um tom de ameaça, logicamente, afinal era a única maneira de obedecerem. Até o fim do período já teria passado de sala em sala. 

Bonnie me explicou o que Caroline tinha ambicionado ao dizer, no caminho da secretária, com ‘’eu ser o mais novo centro das atenções’’, mas era o que eu já presumia que fosse. Além do fato de eu ser famosa, a última vez que alguém se mudou para Mystic Falls, foi há quatro anos, quando a família Mikaelson (família da Rebekah e de Klaus, namorado de Caroline), veio da Inglaterra para expandir seus negócios de shoppings em cidades pequenas dos Estados Unidos. Eles iriam ficar por pouco tempo, mas Rebekah se apaixonou por um tal de Matt Donavan, capitão do time de futebol da escola, e algum tempinho depois, foi a vez de Klaus, irmão de Rebekah, se encantar pelo charme Caroline Forbes. Rebekah disse que tinha mais dois irmãos, Elijah que ficou em Londres para administrar os negócios e Finn que já era casado e com duas filhas. Descobrir isso em tão pouco tempo era meio estranho, mas assunto para falar era algo que ainda não nos faltava. Mas voltando a mim, como praticamente nunca ninguém se muda para cá, eu e minha família seriamos um bom tópico para os fofoqueiros de plantão.

Elena estava aflita para a próxima aula. Não havia ouvido coisas muito adoráveis sobre o professor de matemática do terceiro ano. Senhor Salvatore. Caroline disse que ele era ''lindo, tesão, bonito e gostosão. Que é o cara mais bonito de toda a cidade... De toda Virginia, mas que era um total imbecil, chato, diabo na terra que merecia morrer queimado no mais denso inferno do planeta’’, e ainda ressaltou que estava sendo educada. 

O som estridente do sinal fez Elena saltar da cadeira no refeitório, não havia visto Jeremy. April disse que ele passou o intervalo inteiro na biblioteca por conta de um trabalho. Trabalho no primeiro dia de aula? Estranho.

—Pra onde agente vai agora? – Perguntou Bonnie referindo-se a próxima aula.

— Advinha – Suspirou Caroline irônica. Enquanto se levantada – Começa com In e termina com Ferno.

Podia- se ouvir um uníssono de alunos do terceiro ano a reclamar da aula seguinte, era como assistir judeus indo para o campo um de concentração. Matemática realmente era aula favorita de poucos, e pelo visto ter alguém como esse tal Salvatore como professor não facilitava as coisas. Nem conheço esse cara, mais pelo visto não devia ser algo agradável.

Por fim, Rebekah sussurrou entediada para Elena.

— Trouxe alguma coisa para mim me enforcar?


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Notas finais do capítulo

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