Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 15
- Show das poderosas.


Notas iniciais do capítulo

pessoas mais um capitulo pra vcs. Provavelmente só postarei o proximo semana q vem pq to meio enrolada com escola e essas coisas, mas prometo ñ demorar tanto assim. Maior capitulo q já escrevi até agr, me divertir mto. Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/386259/chapter/15

Elena acordou com o corpo completamente dolorido. Toda aquela atividade na manhã anterior havia trago danos colateral. Trabalho manual... Ta aí uma coisa que ela não quer ouvir outra vez. Isso e sandálias gladiadoras que estão totalmente fora de moda. Porque que tem gente que continua usando... Acho que esse vai ser meu próximo post no blog.

Levantou e resolveu tomar um banho de banheira para aliviar aquela dor. Resolveu ignorar o seu formigamento no ombro que sentiu logo antes de dormir e ainda não tinha passado. Depois do acontecimento de ontem, a primeira coisa que fez ao chegar em casa foi separar a roupa que usaria hoje. Um short rosa claro e uma blusa azul turquesa com botões; a camiseta podia ter um visual meio másculo, mas se souber como dobrar ficava com um estilo bem mulheril e ao mesmo tempo muito descolado, e Elena sabia usa-la. Completou com um sapato de salto sem tiras, branco na parte superior e ocre na de baixo. Nos acessórios, resolveu optar por uma pulseiras de prata, presente de sua tia Jenna. Gostou tanto do resultado, que fotografou para mais tarde quem sabe mostrar para suas leitoras.

Entrou no carro, já com gasolina, e foi em direção ao colégio. Hoje haveria a escolha das famílias na qual pesquisaríam para fazer os trabalhos. Lembrou da parte do plano, na qual Bonnie e Rebekah escolheriam os Salvatores, para saber mais sobre Damon e em como fazer com que essa família se reconciliasse.

Droga. Pensou Elena. Esse era o lado ruim de conspirar contra seus próprios amigos em segredo. Não poderia deixar com que isso acontecesse. Mentiria para a Bonnie dizendo que ela queria pesquisar sobre os Salvatores, inventaria qualquer coisa; Diria que talvez sabendo mais sobre a família de Damon isso a auxiliaria em se aproximar dele e ganhar assunto. Mas não podia ajuda-lo, não depois do jeito como ele a tratou.

Onde já se viu! Nem mulheres que usam moletom para ir ao shopping merecem um tratamento assim.

Seria difícil convencer Bonnie, afinal aquilo significaria que ela não teria parte no plano. Ainda mais com o fato de que todos fizeram alguma coisa. Com Rebekah seria bem simples, ela não parecia estar interessada nisso tudo, ajudaria no que tivesse que ajudar, mas não era algo no qual ela desesperadamente queria participar.

Já na aula, o senhor Saltzman escrevia com o giz as opções de famílias que teríamos na lousa. Havia:

Os Lockwood

Família do Tyler

Os Forbes

Família da Caroline

Os Fell

Família do Miles.

Um chato garoto do segundo ano que olhava pra minhas pernas toda vez que eu passo.

Os Salvatores.

A família do diabo

Os Bennett

Família da Bonnie

Todos pareciam não prestar atenção no que estava escrito, afinal eles já sabiam disso desde que nasceram. É algo tradicional por aqui. Ouvir essas historias, assistir essas famílias serem tratadas como realeza. Na monarquia da cidade, todos os papéis principais eram comandados por algum membro dessas famílias. Na política tinham os Lockwood, que vinha de uma linhagem longa de prefeitos e governantes. Na parte da ciência e pesquisa havia os Bennett, linhagem vinda de pesquisadores e folclore. Na religião, tinham os Fell, responsáveis por pregarem o catolicismo espírita em Mystic Falls. E os Forbes manifestavam-se na parte da manutenção e na ordem. Como a xerife da cidade, mãe da Caroline. Os Salvatores não possuiam parte na monarquia, eram viajantes. Eram outro tipo de família, tinham muito dinheiro então ajudavam fornecendo capital e matéria para as atividades da cidade. Em troca claro, pela participação no conselho da Mystic Falls e de ter seu nome como fundador. Eles comandavam as fabricas da cidade e todo comercio.

— Bom, pessoal. As regras do trabalho ainda são as mesmas do ano passado. – Disse o Senhor Saltzman largando o giz – No Maximo duas pessoas. Como não são muitas opções, se acaso um grupo pegar a mesma família, o que sempre acontece. Deve automaticamente pesquisar um tópico diferente com um membro dessa família. Por exemplo: o grupo da senhorita forbes pegou a mesma família do grupo do senhor Donavan. Então, cada um vai pesquisar um assunto diferente relacionado aquela família e trabalhar com um membro diferente. Ou seja, se a senhorita Forbes resolve pesquisar o patriarca da família que ela escolheu; o senhor Donavan deverá pesquisar a mãe ou os tios ou os filhos. Menos o patriarca. Além é claro que para os que são de família fundadora, não vale pesquisar sua própria família. Entenderam?

— Sim – Respondeu a classe entediada. Ouviam a mesma ladainha todo ano.

— Espera – Disse Elena, quando o professor estava prestes a se virar. Alaric assentiu e ela continuou – Mas e se eu pegar o mesmo grupo de alguém de uma sala diferente? Como eu vou saber se essa pessoa não vai escolher o mesmo tópico que eu? Vou ter que caçar pela escola inteira e ficar perguntando?

— Não, Senhorita Gilbert. Esqueci que a senhorita é novata. Perdão, todos os alunos do colegial que escolherem a mesma família ficaram em uma sala especial onde se decidiram quem pesquisa o que ou quem vai falar com quem, e etc. Entendeu?

— Entendi. – Falou Elena antes de se virar para Bonnie. Teria que fazer isso depressa antes que o professor anunciasse as escolhas. – Bonnie – Sussurrou Elena a chamando

— Fala – Respondeu ela no mesmo tom

— Será que eu podia ficar com os Salvatore?

— Que? Porque Elena? Já tínhamos combinado que...

— Eu sei, eu sei. – Disse Elena, e mais uma vez Bonnie a olhou confusamente – Só que tem coisas que eu preciso saber, entende? Preciso descobrir o que pode realmente me ajudar e... Tem que ser eu. Preciso me aproximar dele e saber mais antes que o homem se afaste de novo.

Bonnie bufou alto e apertou a caneta em sua mão. O queixo dela endureceu em sinal de desgosto, fazendo sua caneta sofrer ainda mais pelo sufoco.

— Ele tá se afastando de novo?

— Sim, hoje ele nem falou comigo – Respondeu Elena. Mentiu. Nem havia visto Damon hoje. Provavelmente veria quando chegasse em casa ou na festa, se ele fosse.

— Tá bom. – Disse Bonnie revirando os olhos em tristeza. Depois seu rosto iluminou-se – Quer que eu faça o trabalho com você? Podemos descobrir juntas e a Rebekah não vai se importar. Ela nem liga.

As sobrancelhas de Elena ficaram erguidas, seu cérebro automaticamente gritava NÃO, mas o que iria falar? Não havia desculpas, estava em uma emboscada e não tinha como sair. Ela abriu a boca uma ou duas vezes, mas ainda não sabia o que dizer.

— Senhor Saltzman – Disse Bonnie em alto e bom som, atraindo o olhar do professor. Droga. Ela foi rápida demais e nem esperou uma resposta vinda de Elena. Que fechou os olhos e esperou Bonnie terminar de falar. – Elena e eu vamos fazer juntas.

Os três ficaram quietos por alguns segundos. Elena virou-se para frente na direção do professor e abriu um sorriso forçado. Embora todo seu corpo gritasse por desespero.

Isso não podia ter acontecido! Como iria tramar contra o diabo com o auxilio de uma pessoa que queria ajuda-lo? E ela nunca conseguiria convencer Bonnie a prejudicar Damon, por mais que ela estivesse tramando para tira-lo da casa de Elena, Bonnie tinha o intuito de fazer com que ele se reconciliasse com a família e talvez voltasse a ser aquela pessoa feliz que ele era antes, mas não iria fazer mal a ninguém. Ela não era desse jeito, ela era boa e compreensiva demais para algo assim. E Elena, por mais que a conhecesse em pouco tempo sabia disso.

Não poderia contar com a ajuda de Rebekah ou Caroline, as duas conheciam Bonnie há muito mais tempo que Elena e se tivessem que escolher um lado escolheriam o da baixinha, Matt também. E talvez Tyler pudesse a ajudar, ele odiava o Damon tanto quanto ela, mas Elena estava cansada dele e de todo esse chove não molha.

— Ah... Tá bem então, senhorita Bennett – Disse o senhor Saltzman, atordoado – Mas eu ainda não perguntei os grupos então fiquem calmas. Tudo bem?

Elena sorriu mais uma vez e afundou a cabeça em sua carteira. Antes pode perceber Bonnie virando-se para Rebekah e murmurando ‘’ te explico depois’’. Percebeu também os olhares intrigados de Caroline, Matt e Tyler. Ninguém avisou que o plano mudaria.

O dano já havia sido feito, bastava apenas parar de lamentar o leite derramado e se concentrar em coisas mais importantes. Meu vestido para a festa de hoje à noite...

—-----------x-----------

Delicadamente Elena terminou de assopra-las uma a uma. Suas unhas da mão estavam perfeitas e secas, pintadas com um leve tom de rosa claro, em seus pés ela decidiu optar pela típica ‘’francesinha’’, na qual ela sempre usa e retoca. Não sabia por que, mas Elena odiava pintar as unhas do pé. Acha feio quando via os pés pintados de vermelho, preto, ou qualquer cor que não fosse branca ou francesinha. Exceto pelas mãos, ai suas opções poderiam ser qualquer uma. Olhou seu vestido pendurado no cabide da maçaneta de seu guarda roupa pela milésima vez. Sorriu. Era lindo. Normalmente ela não vestia laranja, mas aquele vestido era de fato magnífico. Tomara que caia com um decote coração traçado e com flores por todo ele. Outra regra que ela quebraria essa noite era a de não usar sapato cor de nude, mas aquele vestido possuía uma cor forte que se colocasse um sapato muito chamativo, a roupa ficaria desequilibrada, e Elena não queria isso.

Desceu para a sala e resolveu assistir televisão enquanto o horário de se arrumar ainda não chegou. Estava passando American Next Top Model, seu segundo programa predileto de moda. Perdia apenas para o Project Runway. Elena sempre disse para todo mundo que se fosse para gostar de mulher e trocar de time seria apenas por Heidi Klum. Tinha obsessão por ela; Quase a conheceu uma vez no aniversario de 120 anos da VOUGUE magazine americana e um dia ela faria uma participação especial naquele programa como jurada convidada. Uma vez seu pai, que era seu agente e empresário na época, antes de se mudar e largar toda sua vida, disse que iria conseguir que ela participasse na final desse ano, mas agora seria impossível. Ano que vem assim que se formasse e saísse daqui, ela iria voltar à ativa e ser o que era há algumas semanas atrás. Teve que largar todas as campanhas de perfume, roupas, sapatos. Tudo... Tudo para ajudar sua mãe. Não perdoaria seu pai por isso, nunca mais. Essa vida de garota de cidade pequena era pior do que quando Janice Lee afirmou que sua calça Armani era falsificada.

Falsificada era aquele cabelo loiro dela. Aquilo sim era falsificado.

A festa começaria às oito e meia na mansão dos Lockwood e já eram seis e vinte. Era melhor adiantar-se e começar arrumar o cabelo. Levantou-se e subiu um degrau de escada, quando a campainha tocou. Se Jeremy tiver perdido a chave de novo eu juro que...

— Meninas? – Disse Elena ao abrir a porta. Caroline, Rebekah e Bonnie sorriam com suas maletas de maquiagens e uma espécie de capa cobrindo uma roupa, que Elena deduziu serem seus vestidos. Agora Elena também sorria. – O que estão fazendo aqui?

— Viemos nos arrumar juntas! Se não te incomodar, lógico.

— Claro que não me incomoda, Rebekah. Vem, entrem. – Elena deu passagem e elas entraram animadas. Olhavam ao redor ainda com a faceta alegre. – Pensei que íamos nos encontrar lá. Já tava indo arrumar meu cabelo.

— Isso vai ser demais. Onde eu deixo essas coisas? – Perguntou Caroline. Mencionando a maleta rosa em suas mãos.

— No meu quarto. Vem, vamos subir.

— Espera! – Bonnie interviu, um tom de voz a cima do normal, a passagem das meninas com o braço direito. Ela parecia assustada. – O senhor Salvatore não tá aqui, não é, Elena?

— Não. Ele não tá aqui. – Respondeu entediada – Não se preocupem. Vamos, quero me arrumar.

— Jura?

Elena revirou os olhos e respirou fundo. Nem havia visto o monstro hoje. Na verdade não o viu desde ontem quando Damon chegou com o jantar, antes de sair de novo. Ele a cumprimentou com uma ‘‘boa noite’’ e um sorriso de canto. O que foi um milagre por dois motivos. Primeiro: Ele nunca falava com ninguém, além de sua mãe e segundo: Ele sorriu. O que a deixou chocada, pois não fazia ideia de que ele sabia sorrir.

— Juro Bonnie. Juro por todos os meus sapatos, ele não ta aqui – Disse entediada – E mesmo se tivesse nem ia valer de nada porque o quarto dele é no andar de baixo. Podemos ir agora, pelo amor de Deus? – Subiu mais um degrau de escada e Caroline a seguiu. Depois, foi à vez de Bonnie

— Calma ai. Mais um pouco – Agora foi a vez de Rebekah. AGRRR o que foi agora? — Onde é o quarto dele, Elena?

— Acoplado na cozinha. Por quê?

— A gente pode ir lá?

Confusa, Elena fitou o chão e pensou um pouco. Queria se arrumar fazer seu cabelo, sua maquiagem, colocar seu vestido e fazer todas as fracassadas morrem de inveja, mas... Aquilo era tentador. Entrar no quarto do diabo era simplesmente inexplicável. Rebekah logo entendeu que Elena também se manteve curiosa e logo correu para a cozinha. Todas seguiram a loira o mais rápido possível; largando seus vestidos e maletas no sofá.

Ao chegar à frente da porta. Pararam. As batidas do coração de cada uma se mantinham rápidas e a respiração descompensada ficava cada vez mais alta.

— Não devemos – Disse Bonnie ao olhar as mãos pequenas de Elena na maçaneta em formato de bolinha. Bonnie parecia ser a mais nervosa de todas, mas também estava curiosa demais para fugir. Sabe se lá o que tinha no quarto daquele homem.

— É como entrar na cripta do Drácula – Falou Caroline agarrando as mãos de Bonnie com força.

Na cabeça das meninas todas imaginavam um quarto escuro e sombrio com fotos dos alunos presos a um jogo de dardos, logo atrás da porta. Não havia cama, não conseguia imagina-lo dormindo. O que mais causou medo em Elena foi à possibilidade de abrir a porta e haver armadilhas lá ou pior... Ratos e baratas. Seria um pesadelo ver um bicho desses.

Quando finalmente girou a maçaneta e abriu a porta. O choque que as quatro meninas levaram foi maior do que qualquer outro que poderiam ter.

Era um quarto normal? Como era possível

Ao entrar assustaram-se ainda mais. Havia uma cama de casal, com um tapete em baixo e dois criados mudos um de cada lado. Na parede da frente uma cômoda de madeira com uma televisão 20 polegadas de tela fina, DVD e um receptor de TV a cabo. Na parede da porta um pequeno guarda roupa e de frente para janela uma poltrona verde.

— O QUE? – disse Rebekah indignada. – Até o quarto da minha sobrinha de dez anos pode ser considerado mais assustador que isso.

Elena olhou em volta mais uma vez e engoliu seco.

— Nenhum pôster satânico ou nem ao menos uma referencia a morte de adolescentes. Nada – Claramente desapontada Bonnie cruzou os braços e voltou a falar. – Isso é decepcionante.

Dessa vez, todas deram mais uma olhada. Confirmando apenas com sua postura o que Bonnie falava.

— Desse jeito parece até que ele é normal – Falou Caroline. Indo na direção da poltrona e sentando-se entediada. Depois, Elena ouviu o pequeno barulho de porta se abrindo. Era Rebekah confiscando o guarda roupa.

Rapidamente ela a seguiu. Estava tocando em seu ponto fraco. Roupas...

— Deixa eu ver – sussurrou Elena se pondo na frente da loira. Mais uma vez nada além de roupas normais. Quer dizer, a paleta de cor dele não era muito variada. Eram só jeans, alguns claros e outros escuros e camisetas de botão, manga ou polo. A maioria preta e branca. Algumas gravatas, dois smokings e um terno. Os sapatos eram simples, cinco tênis, uma bota masculina de cano curto e dois sapatos sociais para usar com terno. O que a surpreendeu foi as duas jaquetas de couro penduradas na ponta direita. Soltou uma do cabide e mostrou para as meninas. – Isso é uma Gucci – Disse indignada – Isso é caro, sabiam? Só UMA dessas belezinhas pode sair por mais de seiscentos dólares, dependendo do modelo.

— Deve ser falsificada então.

— Não, Rebekah. Não é, acredite em mim, Elena Gilbert sabe quando uma roupa é falsificada.

Elena não esperou uma resposta vinda de Rebekah. Abaixou-se e abriu uma das gavetas do guarda roupa. Se ele tivesse cuecas Calvin Klein, seria oficialmente o morador de aluguel mais sofisticado de Mystic Falls. O que era estranho por que nem onde cair morto ele tinha.

Apanhou uma Box preta e procurou a etiqueta.

— Meninas... – Chamou Elena. Levantando calmamente com os olhos arregalados ao olhar a etiqueta.

— O que foi, Elena? Que cara é essa? – Perguntou Caroline saindo da poltrona e indo para a frente de Elena. Bonnie também foi e Rebekah olhava assustada na cama.

Elena sorriu e depois exibiu a etiqueta para as garotas, em olhar de malicia.

— Alguém aqui usa cuecas tamanho Grande.

— Não acredito. – Gargalhou Rebekah se aproximando. – Me dá isso, preciso vê. Me dá.

Elena entregou a peça e riu alto encarando a expressão safada das garotas. Depois, Bonnie perguntou:

— Alguma de vocês já ficou com algum cara que usava cuecas desse tamanho?

— Ai deus, Bonnie – Falou Caroline revirando os olhos em divertimento.

Agora, todas riam altas e estridentes.

— Eu nunca passei dos médios – Respondeu Rebekah guardando a cueca na gaveta.

— Eu também, mas o Klaus até chega perto. Não é um G, mas é um pouco acima do M.

— Ei – Rosnou a outra loira dando uma tapa de leve no ombro de Caroline que ria com aquela reação – É do meu irmão que você tá falando, sua nojenta.

— Eu já passei do médio, uma vez. Numa viajem que fiz pra Itália e uau... Incrível. – Ao relembrar o momento Elena sorriu. Nunca esqueceria aquele homem; Bonito, forte, divertido. Tinha um sotaque horrendo, mas valera muito a pena. O conheceu em um restaurante de Florença. Ela estava lá para um desfile da Donatella Versace e ele era um ajudante de fotografo.

— A família Salvatore também é italiana. – Disse Bonnie a fitando. – Vai vê é a genética desse país MARAVILHOSO.

Passaram-se mais alguns minutos e elas continuaram revirando a gaveta de cuecas. A maioria era Box de cor também escura. Havia uma de marca, mas ela não soube identificar qual era, era uma vermelha com elástico branco e preto.

— Pelo visto – Começou Caroline bocejando – Não tem nada aqui só um quarto normal com um armário normal e roupas normais.

— É mais o conteúdo que fica dentro dessas cuecas, definitivamente não é normal – acrescentou Elena ainda abaixada no chão enquanto revirava aquelas roupas intimas.

Rebekah olhou primeiro para uma e depois para outra. Sorriu indo em direção ao chão e se juntar a Elena, mas foi interrompida por Bonnie que falava imitando voz de bebê.

— Ai meninas olha só isso. Ele tem um peixinho, que fofo...

— Como é?

— É Rebekah, vem ver.

Todas foram. E ali estava o pequenino aquário em cima de um do criado mudo a direita da cama. Ele era laranja e incrivelmente pequeno, exceto na parte dos olhos que eram duas incríveis bolas cor de mel. Caroline bateu as pequenas unhas vermelhas do indicador no vidro e o cumprimentou no mesmo tom de voz que Bonnie usou há alguns segundos atrás.

— Ele é uma gracinha – Disse Caroline – Ao contrario do dono, logicamente.

Elena já teve um peixe uma vez, e aquele bichinho o fazia lembrar-se do seu. Seu no sentido figurado, afinal ela não dava comida nem muito menos limpava o aquário, Jeremy e April sempre quiseram ter animais como cachorro, gatos ou qualquer coisa parecida, mas por conta do nojo de Elena de ter que ver uma bolinha de coco no chão onde pisava, não era possível.

— O QUE ESTÃO FAZENDO AI? – Gritou uma voz masculina, com raiva, na soleira da porta aberta, na qual se esqueceram de fechar; as fazendo pular de susto e paralisar seus corpos.

— AAAAAAH – Berraram as quatro meninas num agudo grito. – Jeremy – Disse Elena alto quando se virou, com as mãos frente ao peito tentando acalmar suas batidas cardíacas – Que susto! Quer me matar?

— Se o Salvatore não matar primeiro... O que vocês estão fazendo ai? Estão loucas?

— Quem é esse, Elena? – Perguntou Rebekah em tom descompensado. Todas mantinham a mesma expressão e postura de assustada que Elena.

— O nerd sem gosto pra moda do meu irmão. Jeremy.

— O nerd aqui perguntou o que as quatro estão fazendo. – Disse ele dando ênfase novamente a sua pergunta. – Responde Elena.

— O que parece que estamos fazendo, heim Jeremy? Estamos olhando o quarto do demônio. Que droga! Ficou cego, agora?

— Bom, eu ainda não. – Respondeu ele, como se Elena tivesse acabado de perguntar algo muito obvio. As outras garotas ainda se recuperavam do susto. – Mais o senhor Salvatore iria arrancar os olhos das quatro se estive aqui no meu lugar.

Elena não quis prolongar a discussão. Revirou os olhos e fez bico. Depois, cada uma das meninas saiu do quarto em direção para pegar seus vestidos cobertos e maletas de maquiagem que foram largados pela curiosidade. Subiram as escadas em direção aos aposentos de Elena.

— Nem deu pra vê o banheiro. Aposto que ele guarda a macumba lá. – Disse ela. – Vêm meninas, vamos nos arrumar no meu quarto. Quero ver os vestidos de vocês e checar se tá tudo certo. Deus me livre de serem cafonas.

Ao chegarem, Rebekah colocou os vestidos em cima da cama enquanto Bonnie a ajudava a retirar a capa. Caroline e Elena seguiram para o banheiro onde deixou as maquiagens, chapinhas, baby lis e secadores a postos. Os vestidos eram muito bonitos e Elena aprovou todos eles. O de Rebekah que era branco um pouco acima do joelho com renda drapeada, o que não agradava muito o gosto de Elena, mas o vestido era de fato belo, com cristais descendo num decote profundo. Completou com uma sandália prateada de salto e tiras e cabelo preso em um coque com uma franja de lado. Caroline também optou pelo mesmo penteado e o vestido do mesmo comprimento, na verdade o vestido das quatro tinha o mesmo comprimento um pouco à cima do joelho, mas diferente do vestido branco e claro de Rebekah, o de Caroline era azul, bem justo da coxa até o fim dele, mas com babados na cintura em formato de tutu de bailarina e tomara que caia. Bonnie deixou seus cachos pesados soltos e enfeitou a parte de cima com uma pequena presilha rosa e um vestido tubinho roxo e sapatos pretos com o peito do pé livre.

Elena estava terminando a maquiagem de Caroline. Bonnie e Rebekah já estavam prontas e sentadas na cama enquanto Elena só havia feito o seu próprio cabelo e a maquiagem, por enquanto usava um roupão vermelho, um corpete e uma calcinha rendada por dentro.

— Porque você ta usando essa lingerie super cara mesmo, heim Elena? – Perguntou Caroline

— Regra número 8 do manual de toda boa Nova Iorquina, minha querida – Ainda sem desviar a atenção do preparo da maquiagem da outra loira, ela continuou: – Esteja sempre pronta para qualquer tipo de situação satisfatória.

Terminou de passar o batom nos lábios de Caroline e guardou de volta na maleta. Fez algo natural e limpo, Caroline não era do tipo que gostava de usar maquiagem muito forte, por mais que agora que agora fosse de noite. Apenas blush, rímel, sombra pêssego e batom. O que era um bom visual para ela e todo esse rosto de menina do interior combinavam.

— Bem meninas. Euzinha vou pegar minhas coisas e me trocar no banheiro. Esperem. – Disse Elena indo em direção ao cabide pendurado na maçaneta com seu vestido. Apanhou os sapatos e se virou para as garotas sentadas em sua cama. – Que horas são?

Esperou alguém apanhar o celular e visse o relógio. Bonnie.

— São 20:13

— Ótimo. Temos tempo. Já volto.

Rapidamente, ela adentrou no cômodo e retirou o roupão vermelho, o pendurando atrás de sua porta. Seu corpete era da mesma forma de seu vestido, em tomara que caia. Não tinha nada mais brega do que usar uma roupa nesse estilo e não ter o tipo certo de sutiã. E nem adiantava colocar um desses modelos transparentes, fica parecendo que você colou durex nos seus ombros. Ele era justo, bem vermelho, e como sua roupa era bastante fluída, não iria marcar. Colocou primeiramente o vestido e mais uma vez ficou surpresa com o quanto aquela cor ficou bem em si mesma. Eu fico incrível de qualquer jeito. Pôs os sapatos e deu uma ultima retocada na maquiagem escura apropriada para noite. Em toque final, completou com um pequenino colar em um pingente em diamantes e rubi. Seu cabelo estava solto e liso com a parte de frente da franja completamente puxada para trás e para os lados, prendeu com um grampo de cristais que comprou em Miami há uns cinco meses.

Saiu do banheiro e encarou a reação das garotas com sua produção.

— Nossa Elena. Você tá demais – Disse Caroline. 

— Eu sei, não fiz essa produção a toa. – Admitiu Elena dando uma volta para mostrar-se ainda mais. – Essa noite é à noite.

Em tom de malicia, Rebekah perguntou:

— E pra quem é tudo isso? Posso saber?

Elena gargalhou alto respondeu em tom de diversão

— Para compartilhar o brilho e a beleza com os pobres mortais dessa cidade.

— Mentira. – Disse Bonnie sentada na cama com as outras três. Jogou o travesseiro em Elena que logo o apanhou e atirou de volta na baixinha. – É pro Tyler e todo mundo sabe.

Elena franziu os olhos e gargalhou novamente, foi em direção ao mancebo para pegar sua pequena bolsa de alça pendurada, quando viu sua irmã mais nova passar em frente à porta.

— APRIL – Elena a chamou indignada – Vem aqui. AGORA.

Preocupada, a menina voltou e parou em frente à porta aberta. Com os olhos azuis sendo destacados pelas sobrancelhas levantadas.

— O que foi, Elena? – Perguntou ela um tanto intimidada .

— Aonde você pensa que vai vestida desse jeito? – Expressou toda sua indignação. – Nem morta que eu vou ser vista com você vestida assim. Pode entrando e vamos trocando essa coisa.

April vestia calças saruel marrom e blusa de manga comprida verde escura e all star preto. Estava sem maquiagem, porém seus cabelos estavam penteados e divididos desigualmente. A maioria para a direita e como eles eram cheios o visual ficava muito bonito.

— O cabelo está ótimo. O que é um grande alivio pro estado normal dele. – Prosseguiu Elena enquanto arrastava a irmã caçula até senta-la em sua cama – As três – Chamou em tom grave. Estava dando uma ordem. Atraindo a atenção das garotas – Peguem a maleta e a maquiem. Quero bastante delineador preto e rimel. Lápis de olho só do meio até o fim, nada de sombra e nem blush, só um batom vermelho. Bem vermelho. 

Ao deixar as três em conta de maquiar sua irmã, Elena foi até seu closet procurar por algum vestido que pudesse servir para ela. Não iria emprestar os modelos novos da Dior que comprou antes de vir para cá, nem muito menos os da Stella McCartney, feitos especialmente para ela. No fim, achou um Miu Miu do ano retrasado que usou apenas duas vezes. Deveria ter se esquecido de doar para Hayley ou para Vicki; Estava algumas estações fora de moda, mas ainda sim era lindo e jovial.

A cor era cinza e possuía tons variados desde creme até o chumbo. Tinha formato de espartilho, porém estava todo trançado por cima e não era tão apertado. Deveria ser um ou dois dedos mais longo que o seu, mas não chegava a ser abaixo do joelho. Também era tomara que caia em formato de coração.

— Aqui. Pega esse – Disse Elena trazendo-o pendurado no cabide preto. – Eu não uso há séculos, mas vai servir para você.

— Então quer dizer que você fica com um novinho enquanto eu tenho que usar os seus restos?

— Meus restos? – Violentamente Elena jogou o vestido nela e cruzou os braços. Aquele vestido deveria custar mais do que qualquer roupa de muitas meninas daquela cidade. E bem mais bonito também – Amorzinho, uma roupa ‘’usada’’ minha é mais limpa do que muitas em qualquer lojinha por aí. Que diariamente é experimentada por mulheres suadas e com bebês de nariz escorrendo. Então aproveita, porque é o vestido mais lindo que você já vai ter na vida.

Delicadamente, April apanhou o vestido e o olhou. Era mesmo lindo. Talvez tivesse exagerado; Raramente Elena era tão caridosa a ponto de dar, sem pedir nada em troca, uma de suas roupas caras e exclusivas. Avistou sua irmã no fundo do quarto e sorriu timidamente para ela em agradecimento. Elena seria sempre Elena.

— Vou até o quarto da mãe pegar um sapatos pra você. Se troca no banheiro que eu já volto.

Sua mãe e April eram praticamente idênticas em tudo. Desde sua delicadeza até mesmo no corpo. Elena sempre teve os pés e mãos bem pequenos e boa altura, não muito exagerado, mas boa. Isobel e April não tinham altura nenhuma, mas tinham pés e mãos grandes e longos. Encontrou um par de sapatos ocre escuro, não da cor da pele como os de Elena, mas eram quase no mesmo tom. Estava limpo e parecia novo.

Quando estava voltando para seu quarto, ouviu um bater fraco da porta no andar de baixo. Era ele chegando de sabe lá onde. Se fosse Isobel já deveria estar gritando ‘’ Meus amores cheguei’’, se fosse Jeremy o bater da porta seria alto e April estava em seu quarto aonde ela pudesse ver. E além do mais, Jeremy também estava no quarto se trocando. Só podia ser ele. Aproximou-se devagar da escada e olhou para baixo, onde o Senhor Salvatore de costas trancava a porta. Usava a mesma roupa de ontem quando o viu; Deveria ter passado a noite na casa de alguma mulher.

Será que a tal de Senhorita Marie tinha voltado?

Bem não importava, não sabia se ele iria à festa ou não. Voltou para o quarto e April já estava vestida.

— Pega – Disse a entregando os sapatos. Quando April os calçou, Elena a deu ordens simples e claras – Levanta – Levantou. – Gira – Girou – Para – Parou. – O que acham, meninas?

— Eu amei – Manifestou-se Caroline e as outras concordaram

Elena deu mais uma ou duas olhadas em seu ‘’projeto’’ final e mordeu os lábios escondendo seu sorriso. Mais uma vez ela tinha conseguido.

— Parabéns amorzinho agora você pode ser considerada irmã de Elena Gilbert. – Afirmou enquanto colocava seu gloss em sua bolsa. Deu uma ultima olhada no espelhinho de bolso e em seus cabelos. – Que horas são? – Perguntou de novo.

— 20: 45 – Dessa vez quem respondeu foi Rebekah. – Estamos atrasadas.

Normalmente, no resto do mundo era mais do que comum chegar meia hora ou até mais depois da hora marcada para uma festa ou um evento. Era até estranho quando alguém chegava no horário ou pelo menos quinze minutos depois do combinado, mas nessa sociedade. Em Mystic Falls. Se atrasar demais poderia ser considerado até uma ofensa.

— Então vamos logo. – Disse Bonnie

— Elena, e a mãe?

— Ela disse que ia se trocar no trabalho e ir direto do consultório com a Lexi. Já deve ter chegado lá e nós ainda aqui.

— O Jeremy?

— No quarto, se arrumando. Já deve tá pronto.

— Vou chamar ele – Falou a caçula saindo rapidamente. Haviam seis pessoas e no carro de Elena só havia capacidade para cinco. April teve que ir no banco de trás sentada no colo de Jeremy que reclamaram o caminho inteiro. Foi ai que sentiu falta do carro de sua mãe que possuía oito lugares. Era carro próprio pra família; Pensou também em confirmar se o Senhor Salvatore iria ou não, mas pela condição de cansaço que ele havia chego ela duvidava muito. A festa era na mansão do prefeito da cidade, pai de Tyler. E hoje Elena tentaria outra vez com que ele avançasse o sinal... Só esperava dar certo. Não iria enrugar meu rostinho lindo com preocupações fúteis, na verdade não valia nem o desperdício de esmalte. Mas, ela ainda sim queria se divertir.

Estacionou o carro, depois de um tempo havia encontrado uma vaga naquele mar de automóveis. Todos desceram calmamente e sem pressa, ela também, apesar de por dentro estar morrendo. De hoje não escapava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

sei q a familia da bonnie ñ é fundadora na serie, e sim os gilberts, mas a familia da lena ñ é de mystic falls então... Ñ teria sentido. Ainda ñ tive tempo de corrigir, então desculpe os erros.

Ajuda visual:

roupa da elena na escola e a blusa azul e o short rosa: http://extra.globo.com/mulher/moda/moda-fluor-tendencia-mas-pode-ficar-brega-confira-dicas-para-nao-errar-6010478.html

sapato da elena na escola. É o ultimo: http://www.cliquebeleza.net/wp-content/uploads/2011/10/sapatos-da-moda-feminina-2102.png

vestido rebekah, festa: http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=800&bih=505&q=claire+holt+vestido&tbm=isch&tbs=simg:CAQSVAlLavBbvUqPthpACxCwjKcIGi4KLAgBEgawBa4FnQUaIIB3ZphWsqd4Wh4LsOI1vTunQKZnl1ZWpPZGb3qJtomrDAsQjq7-CBoADCEH4ECwELlx3Q&sa=X&ei=qFkVUqWMC42y9gTnnYGQAg&ved=0CCUQwg4oAA

april vestido, festa: http://www.zimbio.com/photos/Grace+Phipps/9th+Annual+Teen+Vogue+Young+Hollywood+Party/sFDa6UxsbnS

caroline vestido,festa:
http://coolspotters.com/actresses/candice-accola/and/award-shows/2010-young-hollywood-awards/media/2094941#medium-2094941

Bonnie vestido,festa( gente ñ achei nenhum vestido da kat q me agradasse afinal, ela tem um estilo meio louca kkkk então peguei um vestido q achei lindo e espero q ajudem. É o da selena gomez : http://blogparadise-moda.blogspot.com.br/2011/12/cor-da-semana-roxo.html

o da selena pessoal...

vestido elena, festa: http://3.bp.blogspot.com/_KTRVVnIhrwU/TOc2UoV2tdI/AAAAAAAAAAo/M8lvujwaf44/s1600/vampire_diaries_family_ties.jpg

gosto desse vestido. É simples e é da serie mesmo...