Agatha:
Não conseguia acreditar que James queria mesmo que nossa primeira vez fosse em uma droga de carro. Então decidi deixar bem claro que não iria transar com ele em um carro.
–O problema é o carro ou a ideia de fazer amor comigo? -James perguntou irritado. Ele estava novamente sentado em seu banco, olhando para a estrada.
–Não seja bobo, eu quero ficar com você. Mas vamos pra um lugar em que vamos ter privacidade. -Me inclinei e dei um beijo em seus lábios. -Vamos para minha casa.
Ele bufa e me olha de um jeito estranho.
–Sinceramente entre ser pego por um guarda e sua tia ou prima, eu prefiro esperar ficar aqui mesmo. -Há um tom de ironia em sua voz e eu não posso deixar de rir.
–Minha família não está em casa. -Conto para ele.
–O que estamos esperando? Vamos para sua casa. -James fala sorrindo.
Ele liga o carro e em pouco menos de vinte minutos nós paramos em frente a minha casa. Ele estaciona enquanto eu saio para verificar se todos estão fora mesmo.
Sinto braços me abraçando pela cintura, James me puxa mais para perto. Ele beija faz uma trilha de beijos pelo meu pescoço. Tiro a chave da minha bolsa e tento sem muito sucesso abrir a porta. Depois de muitas tentativas finalmente consegui abrí- la.
–Será que você pode esperar nós entrarmos no quarto primeiro? -Perguntou rindo e James me rouba um beijo. Coloco meus braços em volta de seu pescoço e aprofundo o beijo.
Ainda nos beijando nós entramos em minha casa. James me encosta na parede e vai descendo o seus lábios pela minha pele, primeiro boca, pescoço, colo. Eu puxo seu cabelo de leve enquanto ele explora com os lábios meu corpo.
Peguei a mão de James e o guiei até a escada que levava para o segundo andar, onde ficava meu quarto. Durante o caminho todo nós ficamos trocando beijos e caricias. Ao chegar em meu quarto eu tranquei a porta e James me encostou contra a mesma.
Comecei a levantar a blusa de James desajeitadamente e quando ele notou o meu embaraçamento e difículdade ele me ajudou. Ele me soltou de seus braços e tirou a blusa deixando seu abdomen perfeitamente definido aparecer.
Meu deus e que abdomen era aquele. Que homem perfeito.
***
Os movimentos de James estavam totalmente sincronizados com os meus. Seus lábios estavam grudados nos meus para tentar impedir que meus gemidos altos. Uma mão de James estava apalpando meu mamilo e a outra brincava com uma mexa de meu cabelo. Minhas unhas se cravavam nas costas de James.
Eu não aguentava mais. Estava mais do que satisfeita e pude perceber pela expressão de James que ele também não aguentava mais.
James se jogou ao meu lado na cama e nós dois ficamos encarando o teto por algum tempo, tentando recuperar o fôlego. James colocou os dois braços acima de minha cabeça e se abaixou para me dar um longo beijo.
Eu deito minha cabeça em seu peitoral, nos cobrimos com um lençol branco simples.
–Como você está? -Ele pergunta, sua voz está baixa e rouca. Ele ainda parece estar tentando controlar a respiração.
–Cansada. -Dou uma risada fraca. -Mas bem.
–Está se sentindo estranha? -Ele pergunta. Sua mão esquerda acaricia meus cabelos.
–Estou me sentindo feliz. Não acho que isso seja estranho. -Olho para ele e ele está com um sorriso nos lábios.
–Eu e meu amiguinho aqui também estamos felizes. -James fala rindo e eu dou um tapa em seu braço.
–Seu idiota. -E dou risada.
–Eu te amo. -Falo.
–Eu também de amo.
E outro beijo.
–Vou te contar uma coisa. Eu estava nervosa para ficar com você porque achava que você iria me deixar depois.
Fiquei com medo do que ele diria, ele ficou muito tempo quieto.
–Não vai dizer nada?
–Estou meio em choque por você achar que eu te deixaria. Como eu já te disse Agatha, eu te amo. Te amo como nunca amei ninguém. Não vou te deixar. -Ele vira meu rosto para que eu olhe para ele.
Seu rosto está rosado e ele está lindo com o cabeço suado.
–Eu sei. Eu percebi isso hoje.
***
Acordamos com batidas em minha porta. Putz, só falta ser minha tia. Acordo James.
–O que foi? -Ele sussurra.
–Tem alguém batendo, acho que pode ser minha tia. Você tem que se esconder?
–Porque? Somos namorados, podemos dizer que chegamos muito tarde ontem e você me convidou para dormir aqui, não fizemos nada demais. -Ele diz.
–Poderia dar certo tirando o fato que estamos nus, meu quarto está lotado de roupas nossas jogadas pelo chão. Está na cara que nós não dormimos apenas.
James sorri e fala:
–Então vamos dizer a verdade.
Eu o empurro e ele deita novamente em meu travesseiro e se cobre.
–Boa sorte em achar uma mentira, amor. -Ele está rindo, achando a situação engraçada.
Droga, pensa Agatha.
–Quem é? -Perguntou, bocejo para dizer que a pessoa me acordou.
–Samantha.
–E Carlos.
Agora eu to ferrada.
Ouço o barulho da porta sendo destrancada, esqueci do detalhe que Sammy tem a chave de meu quarto.
Os dois entram.
Carlos começa a rir e Sammy fica olhando de boca aberta para tudo aquilo.
–Não dava para ter me avisado? -Sammy vira de costas.
–Você não me deu chance. -Eu falo e tento me cobrir com a lençol.
–Não se preocupe, nós estavamos ocupados demais para ficar ouvindo os gritos de vocês. -Carlos fala rindo e James joga uma almofada nele.
–Saí daqui, anão. -James grita. Sua voz está rouca.
–Tudo bem, não precisamos ficar olhando isso. Se quiser ver gente transando com certeza não vou escolher um em que o James participe. -Carlos falou ainda rindo, ele estava ficando roxo. Qual era a grande graça que ele estava vendo em tudo isso?
–Você consegue sentar e andar? -Sammy perguntou. Ela não estava rindo, ela é lerda então nem deve ter percebido a indelicadesa daquela pergunta.
Eu cubro meu rosto com as mãos e assenti. Ouço James dando uma risadinha e a risada de Carlos ainda ecooa pelo quarto.
–Podem sair, por favor? Estão constrangendo minha namorada. -James coloca os braços em volta de mim e mesmo sem olhar para ele eu sei que ele está achando grança de tudo aquilo.
Meninos, sempre idiotas.
Eles sairam e James e eu voltamos a dormir.
***