Quem é o Pai da Minha Filha? escrita por Jessica_94


Capítulo 5
Minha filha na escola... Minha escola




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- Isso é tão estranho - Mônica estava meio deitada em sua cama junto com Magali, e Monique que brincava sossegadamente entre as duas. logo após a saída do Cebola, Mônica não resistiu e ligou para sua melhor amiga. Precisava desabafar.

- É só olhar pra ela que sinto como se tivesse todas as certezas do mundo, mas as únicas coisas que sei são de sua origem materna e seu nome.

- Com o tempo vai descobrir mais coisas - Magali deu um sorriso de incentivo.

Mônica franziu a testa.

- Não tenho certeza se uma semana será o suficiente para descobrir a metade das coisas que quero saber, como sua idade exata, a data de seu aniversário, seu local de nascimento, foi cesárea ou normal...

- Mônica - Magali a interrompeu - eu sei que está muito ansiosa para descobrir essas coisas, mas você não está nem um pouco interessada em saber...

- Não - Mônica já sabia do que a Magali estava falando e não queria dar continuidade a um assunto como esse. Mas não esperava a pergunta seguinte:

- Do que você tem medo?

Mônica não sabia se se assustou mais com a calma em que a pergunta foi formulada ou pelo fato de a pergunta sugerir que ela estava com medo de algo.

- Não sei do que está falando.

- Sabe sim - Magali se sentou ereta - Por que não quer saber quem é o pai de Monique? Do que você tem medo?

Tudo que Mônica fez foi abaixar os olhos para analisar o pequeno ser que brincava em um espaço tão minúsculo e nem se incomodava, era o máximo ser criança, não ser com o que se incomodar.

- Não gosto de pensar nisso - Mônica também se endireitou e trouxe Monique para mais perto dela - Sabe, Cebola pensa que independente do que acontecer, nós ficaremos juntos no final.

- E...? - Magali a instigou a continuar.

- Não penso mais assim - Mônica já não olhava para nada além de sua filha em seu colo - Monique é perfeita, desde a primeira vez que a vi, foi como se um mundo de possibilidades se revelasse diante dos meus olhos, como se houvesse vários caminhos para se escolher, e não apenas se deixar levar por apenas um.

- Ainda não entendi, Mônica. Você acredita que no futuro você não amará mais o Cebola?

- As escolhas que faço agora não afetará  tanto o futuro quanto as que eu farei depois. A gente está sempre mudando, o pai de Monique pode ser o Cebola, mas também pode ser qualquer outro, e eu tremo só de pensar em quem poderia ser., pode ser um vingativo como Toni, um vaidoso como Fabinho Boa-Pinta ou o mulherengo como Titi, ai meu Deus, um mulherengo como o Titi!

- Mônica, você realmente acredita que poderia escolher um pai tão ruim para a sua filha... Como o mulherengo do Titi?

- Eu não tenho certeza de mais nada.

- Mônica - dona Luíza chamou, fazendo Mônica agradecer pela conversa interrompida. Pegando Monique nos braços e descendo as escadas sendo acompanhada pela Magali, encontrou sua mãe com expressão que foi o suficiente para apavorá-la.

- Sinto muito muito, Mônica - Luíza tinha uma expressão preocupada no rosto, não tinha aquele sorriso de saber que cuidaria de uma garotinha - Teremos de arrumar uma outra casa para a...

- Monique.

- ...Para a Monique ficar, amanhã eu terei de ir visitar a sua tia amanhã no hospital pois ela receberá alta...

- Eu cuido dela - Mônica disse se referindo a menina em seus braços. Estava decidida, nada tiraria a sua filha, seria complicado, mas já tinha tomado sua decisão.

Luíza permaneceu na mesma postura, tentando explicar a filha adolescente as complicações.

- Eu não vou deixar você faltar no colégio.

Mônica mostrou um sorriso que queria demonstrar a segurança que não sentia.

- E quem disse que eu vou?

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- Ela é linda - Nem mesmo Carmem foi capaz de se conter em segurar aquela criança.

- Ela é a sua cara Mônica, tem os mesmos traços - Marina avaliou.

- Eu sabia, os boatos não mentem, mãe voluntária.

Foi a maior passada de mãos em mãos que Monique já levou, sendo passada de colo em colo nem ao menos pareceu se importante, pelo contrário, ria-se alegre como se aquela situação fosse um grande brinquedo de um parque de diversões.

Mônica arriscou ao sugerir que a mãe pedisse permissão ao diretor da escola para que permitisse a presença de Monique nas aula, claro, com a promessa de que ela não traria problemas. E aí estava o resultado, com todas as meninas da sala se descabelando para pegar a menina no colo antes do professor chegar, e os meninos, só a admirando de longe, entre eles, Cebola.

- Por que até a genética da Mônica tinha que ser a mais forte?

- Do que está falando, careca? - Cascão permaneceu do lado do amigo desde que Mônica chegou com Monique. Cascão pode não ser um mestre da percepção, mas percebeu que o assunto "paternidade"  incomodava e muito o amigo de infância.

- De Monique, ela não tem nada físico que não lembre a Mônica, quer dizer, ela deveria ter algo que indicasse quem é o pai, certo?

- Saquei, mas talvez o que ela tenha do pai, não seja tão visível assim.

- O que quer dizer?

- Bem, vamos supor que você seja o pai, é só ensinar à menina uma palavra com "R" e ver se ela fala elado.

- Muito engraçado.

O professor entrou na sala de aula e todos foram obrigados a voltar aos seus lugares, todos ficaram desejosos de brincar com a criança um pouco mais, demonstrando como o intervalo iria ser.

- Muito bem turma, fiquei sabendo que hoje teremos uma convidado um tanto nova para a turma - todos riram - pois bem, Mônica, sei que a menina é sua responsabilidade agora, mas peço que não deixe suas tarefas de lado.

- Tudo bem, professor.

A aula se seguiu normalmente, até que quando o sinal do intervalo tocou e todos começaram a sair, ouviu-se um grito:

- CADÊ A MONIQUE???


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Notas finais do capítulo

Muito bem, pessoal, estou muito feliz aqui terminado este capitulo, sei que fiquei uns dias sem postar, mas acontece que eu fui para a praia e não tinha internet.
Esclarecendo algumas dúvida:
Eu já tenho um pai para a Monique, mas para ficar divertido colocarei nos capítulos seguintes algumas pistas, umas falsas e outras verdadeiras. Se for o caso de uma pista falsa, logo vai ficar esclarecido, OK?

Beijos, e não deixem de comentar, adoro os comentários de vocês!