Lover Boy escrita por TVDsamy


Capítulo 1
Lover Boy


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem, eu admito que eu chorei litros escrevendo essa One-Shot e, por mais triste que seja, eu realmente espero que vocês gostem. É algo que estava no meu caderninho há algum tempo, e eu quis compartilhar com vocês.
Eu acho lindo um amor impossível mesmo que eu sempre espere por um final feliz. Mas, vocês sabem, eles nem sempre acontecem.
Enjoy it ;)



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Porque é melhor conviver com a dor de um coração partido, conhecer alguém e amá-lo, mesmo que essa pessoa não possa ser sua, do que nunca amar.

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Durante muito tempo, tudo o que havia no coração dele, era ódio e desejo de vingança. Cometeu muitos erros durante sua vida e sofreu com sua solidão.

Tinha apenas oito anos, quando perdeu todos aqueles que amava. Eles foram mortos pela pessoa que mais admirava, e mais amava no mundo—seu irmão mais velho. Desde esse dia, tudo o que queria, era obter a vingança para seu clã que tão impiedosamente havia sido assassinado. Havia buscado o ódio como se esse fosse seu único refúgio e, por muito tempo, se escondeu em sua própria solidão. Mas, quando se viu como um dos membros do time 7, algo que jurou para si mesmo que seria somente um incômodo—com um loiro idiota e perdedor, que não conseguia fazer nem um Jutsu simples de transformação, e uma fã-girl irritante de cabelos estupidamente róseos que, além de um ótimo controle de chakra e uma inteligência inegável, era tão inútil quanto seu outro companheiro de time e, por fim, um Jounin que era realmente muito forte, mas por outro lado, não respeitava a mínima conduta ninja, e sempre se atrasava para seus compromissos.

Eles, na maior parte do tempo, somente o irritavam e o faziam se desviar de seu caminho como um vingador—Naruto com sua estúpida lealdade e infantilidade, Sakura com seus constantes, estúpidos e encantadores sorrisos, e Kakashi, com seu estúpido livro pervertido e áurea paternal. Porém, por mais irritantes que seus companheiros de time fossem, aos poucos, se viu, mesmo que a contragosto, aceitando-os em seu coração. E mesmo que havia jurado que nunca mais se permitiria fazer isso, criou laços fortes com cada um deles.

Naruto—com toda a sua glória de ninja número um, hiperativo e cabeça oca­—havia se tornado seu melhor amigo. Alguém que sabia que sempre poderia contar. Era como um irmão. Kakashi havia se tornado a figura paterna em sua vida, alguém de quem aceitaria conselhos e que o ajudaria a ficar mais forte. E Sakura... era Sakura. Ela era importante, alguém que tinha certeza de que sempre estaria lá para ele, amando e cuidando de si, independente da forma fria com qual a trataria. Porém, não sabia como rotular exatamente o que ela era para ele. Era mais do que somente uma amiga, mas não sabia como descrever isso perfeitamente. E isso, mais do que qualquer outra coisa, era... Irritante.

O dia em que finalmente decidiu sair de Konoha e ir para Orochimaru, se sentiu um pouco surpreso ao encontra-la lá, esperando-o. Mas, mesmo assim, por algum motivo, não pode deixar de ficar com a sensação de que já sabia que ela iria estar lá, em alguma parte de seu interior. As palavras que disse foram frias, mas não tinha a intenção de machuca-la. Reconhecia o amor que ela havia sustentado por ele, e era grato por isso—por amá-lo, mesmo sabendo de todas as imperfeições que tinha, de seu lado mais sombrio. Não saberia dizer, porém, quando foi que ela havia deixado de ser somente uma fã-girl irritante, para verdadeiramente amá-lo, por mais estranho e errado que isso parecesse. Não a olhou nos olhos em nenhum momento, porque não queria que ela visse o quanto aquilo estava machucando-o também—dizer adeus para alguém importante, alguém que havia preenchido o vazio em seu coração. Mas fez. Porque por mais que uma voz em seu interior o dissesse que estava fazendo a escolha errada, assim mesmo decidiu seguir em frente.

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Se eu pudesse tirar toda a dor e colocar um sorriso no seu rosto.

Amor, eu faria.

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O dia em que descobriu sobre a verdade em torno do massacre do clã Uchiha, se sentiu insano. Era como se um vazio sem fim houvesse se apoderado sobre si. Havia matado seu próprio irmão. Seu coração, mais uma vez havia se quebrado e, cegamente, desejou vingança sobre aqueles que acusava de serem culpados de sua desgraça. Mas, na realidade, não havia nenhum outro culpado, a não ser ele—e talvez os anciões de Konoha. Os cidadãos da vila não tinham nada a ver com a tragédia que havia sofrido. E demorou muito tempo para perceber isso, para perceber que estava sendo manipulado por Madara—ou Obito, como viera a saber mais tarde.

Precisou se ver cara a cara com os antigos Hokages, para que finalmente pudesse voltar a enxergar com clareza. E, por fim, finalmente resolveu voltar para seus antigos companheiros de time. Naruto agora conseguia controlar perfeitamente o chakra da raposa de nove caudas, e havia dominado o modo Sennin. E Sakura... parecia totalmente diferente da forma que se lembrava dela. Agora não mais permanecia atrás deles, sendo protegida por Naruto e ele. Agora lutava lado a lado com eles. Não pode deixar de se sentir orgulhoso dela.

Depois que a guerra finalmente acabou, e estavam sozinhos em uma tenda médica, com ela curando-o de suas feridas, mesmo aparentando estar exausta depois da luta contra a Juubi, pediu desculpas a ela. Pediu perdão porque não tinha direito de ter tentado mata-la, ou de sequer pensar sobre isso—porque era Sakura, a única garota que já havia deixado realmente se aproximar dele. A garota que era importante, mesmo que não soubesse exatamente o que ela significava para ele—e quando ela sorriu, e disse que estava tudo bem agora, porque ele finalmente estava de volta, não pode deixar de sorrir de volta, com algum tipo de reviravolta estranha percorrendo seu estômago.

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Ele se apaixonou por sua melhor amiga.

Quando ela está por perto, ele não sente nada, além de alegria.

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Quando finalmente entendeu os seus sentimentos—enquanto ela discutia alguma coisa idiota com Naruto, e os olhos dela brilhavam em reflexo aos seus punhos cheios de chakra—decidiu que não faria nada sobre isso. Não somente por causa de seu orgulho, mas porque não queria fazê-la sofrer mais e, infelizmente, isso era tudo o que conseguia fazer—trazer mais dor ao seu coração.

Naquela época, não havia pensado no que isso implicava exatamente—porque ainda a tinha sempre ao lado dele. Sorrindo e olhando-o como se fosse à única pessoa no mundo todo para ela. Não havia pensado sobre isso, porque estava cego demais com a felicidade que sentia no peito, toda a vez que a via.

Mas, com o passar do tempo, isso mudou. Porque ela se cansou de amá-lo e nunca receber nada em troca. E, por isso, ela aceitou ter um encontro com Naruto—o loiro que por mais idiota que fosse, nunca havia deixado de amá-la, e de cuidar dela. Naruto nunca havia a decepcionado como tantas vezes fizera e, mesmo que uma parte dele gritasse que isso era terrivelmente errado, que deveria ser ele a leva-la em um restaurante e aproveitar a companhia dela—somente ignorou.

Naruto era a pessoa certa para Sakura—Havia repetido isso para si mesmo, tantas vezes que já tinha perdido a conta. Fazia isso todas as noites, enquanto pegava a antiga foto do time 7, e olhava para o rosto sorridente da garota de cabelos róseos. Dizia isso para si, todas as vezes que passava a mão pelo rosto dela, através da foto, e se lembrava de ouvi-la dizer que o amava. E ignorava o sentimento que fazia seu coração palpitar de alegria, ao se lembrar disso.

Durante todas as vezes que via Sakura, e observava o mesmo olhar no rosto dela, o olhar que dizia que ainda o amava—tudo o que fazia era ignorar.

E Sasuke viu, pouco a pouco, a mulher que amava com todo o seu coração, começar a se distanciar dele, e a amar Naruto. E por mais que isso doesse, se sentiu feliz por seu melhor amigo.

Mas, quando Naruto o abordou dizendo que Sakura e ele iriam se casar, sentiu algo dentro dele se quebrar. Mas, fiel a seu jeito Uchiha, simplesmente aceitou quando Naruto o pediu para ser seu padrinho de casamento. Escondendo toda a sua dor, dentro de seu peito.

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Eu queria poder te abraçar forte e nunca mais te deixar ir.

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Quando a viu entrar pela porta da igreja, ao lado de Kakashi, achou que era a mulher mais linda que já havia visto em toda a sua vida. E, por um momento, se permitiu fingir que era na direção dele que ela estava vindo, não de seu melhor amigo. Mas essa fantasia terminou, quando a escutou dizer sim para a Hokage, e era Uzumaki que aparecia em seu sobrenome agora, não Uchiha.

Naquela noite, Sasuke chorou.

Chorou porque sentia que o coração dele estava sangrando.

Porque nunca poderia ter a única mulher que já havia amado durante toda a sua vida.

Porque sabia que nunca deixaria de amá-la.



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Quando você ama alguém, você quer sempre estar perto dessa pessoa, independente de qualquer outra coisa.

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E passou todos os dias ao lado dela, depois que ela havia se casado com Naruto. Havia cuidado dela da melhor forma que podia, e se sentia grato por ainda ter sua companhia, mesmo que isso somente fazia com que o coração dele se machucasse ainda mais—porque sabia que não era para ele que ela voltaria, que não era nos braços dele que ela dormiria à noite.

Quando Naruto e Sakura tiveram seu primeiro filho, finalmente decidiu que era hora de reviver seu clã. Nunca havia se incomodado em tentar amar outras mulheres, em tentar se apaixonar, porque sabia que era inútil. Era um Uchiha, e Uchihas amavam somente uma mulher para toda a vida.

E, quando havia se casado com Karin, tinha apenas um propósito—o de reviver o clã Uchiha. Havia amado todos os três filhos que tiveram, mas nunca havia conseguido amar sua esposa, e nem havia tentado. Porque tudo o que conseguia ver, quando olhava para a mulher de cabelos vermelhos, era rosa. Era um cabelo rosa longo e brilhante, e lindos olhos verde-esmeralda. Era uma personalidade doce e firme, e alguém que via através dele, e que sabia repreendê-lo quando era necessário, que conseguia compreende-lo—não uma mulher que fazia qualquer coisa que pedisse, e que nunca contrariava nada do que dissesse.

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Eu não me importo em não ter você pra mim, somente... Diga que me ama.

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O dia mais feliz de sua vida foi o dia em que morreu. O dia em que havia dito a ela, aquilo que mais tinha ansiado dizer durante toda a sua vida—que a amava. E foi naquele dia, que Sakura havia se jogado sobre ele, e lhe dito que nunca havia deixado de amá-lo, nem por um segundo. E por esse motivo, assim como seu irmão, morreu com um sorriso no rosto.

Porque poderia nunca ter a beijado antes. Nunca ter a tocado. Mas se sentia satisfeito, porque sabia que ela o amava e isso era tudo o que poderia pedir.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que vocês me mandem reviews com suas opiniões ;)
Daqui a pouco vou postar o resultado do concurso no meu Tumblr, e em breve teremos novos capítulos de NLU e DHM.
Beijoos ;)