Dois simples sentimentos tomaram conta de mim naquele momento: a tristeza e a culpa.

Eu tinha consciência que a sua morte tinha sido de fato por minha culpa. A única coisa que eu podia fazer naquele momento era chorar e pedi a Deus que me perdoasse, sei que o que eu fiz não foi de agradar ninguém e a sua morte eu levaria pro resto da minha vida em minha mente.

Alessandro Narrando~

Vê-la daquela forma fazia me sentir mal, mas não sabia o por quê. Fiquei na porta por um longo tempo, observando a forma como ela abraçava a Cristina, e ela nem se quer percebeu a minha presença ali. Então decidi entrar e coloquei minhas mãos sobre seu ombro tenso, quem me recebeu com um olhar de tristeza e culpa.

– O corpo da sua mãe tem que ser levado pro necrotério. – Disse, quem a mesma se levantou quase sem forças.

– Por quê? Foi tão de repente... – As lágrimas voltaram a cair de seu rosto. – Foi minha culpa... – Disse ela caindo aos prantos sobre mim.

Eu não sabia como contar a ela que a Cristina já estava doente há muitos anos.

– Fernanda a culpa não foi sua... sua mãe já estava doente a muito tempo. – Ela na mesma hora me olhou, então logo percebi que ela não sabia de absolutamente nada. Um breve silêncio foi feito ali, e do nada ela se afastou de mim e saiu hospital a fora. Quando coloquei a mão no bolso, havia um papel que resolveria grande parte dos meus problemas.

Rubi Narrando~

Já havia muito tempo que a Fernanda não aparecera aqui, e isso já estava me aborrecendo de uma tal forma que ninguém possa imaginar. Até o Toledo eu fui procurar mas não adiantou de nada, ele não tinha nenhuma notícia dela... “aonde está essa garota, por que até agora não veio me dar notícias?”; pensei em voz alta.

Eu estava ansiosa demais, eu queria saber como as coisas andavam, queria saber se o Alessandro já tinha se divorciado da maldita manca.

NO DIA SEGUINTE...

Fernanda Narrando~

Um dos piores lugares era o cemitério, obscuro e sem vida. O pior é que eu fiz de tudo pra morrer na praia, nem um enterro digno consegui dar a minha mãe... Eu era a única ali, não havia mais ninguém, todos já haviam ido embora, até que senti uma mão macia sobre o meu ombro... “não pode ser...”, pensei. Claro que podia, e era ele, mas o que ele fazia aqui.

– Não podia deixar você sozinha numa situação como essa. – Disse ele com um sorriso no rosto. O que me chamou mais atenção foi o seu jeito, o seu “estilo”, ele havia mudado absolutamente tudo! O cabelo não tinha mais cachos, agora tinha um corte bem melhor e mais moderno. Ele parecia estar malhando, seu físico era outro. O estilo de roupa agora também era outro, ele usava camisas e bermudas esportivas.

Sem dúvidas ele não era o mesmo Pedro de antes.

Alessandro Narrando~

Verifiquei o local três vezes e todos os três da vão ali, mas eu não conseguia acreditar em que ponto uma pessoa sozinha havia chegado. Só acreditei de fato que era ali o lugar que eu estava procurando porque vi o Toledo, quem me recebeu e me viu com espanto.

Rubi Narrando~

Batiam na porta a todo instante.

–Entre logo Toledo! – Gritei mais de uma vez e nada, aquilo já estava me deixando irritada. Tive que me levantar e ir até a porta e quando eu abri...

– Toledo eu tinha dito … Alessandro? – Eu disse totalmente surpresa.

CONTINUA [...]