Passionné escrita por Anitha Tunner


Capítulo 33
Amaldiçoada por Judith


Notas iniciais do capítulo

Anitha/: Hola pessoal! Obrigada aos comentários deixados no outro cap! Espero que gostem e boa leitura! Beijos.



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Amaldiçoada por Judith

Judith estava irritada e enraivada.

Seus olhos estavam avermelhados como se tivesse chorado por horas e sua respiração fora do ritmo normal. Judith levantou-se de sua cama, e levou a mão até seu pescoço marcado; machucada. Aquilo realmente havia acontecido.

Judith rosnou e levantou-se em um átimo, abrindo a porta com um estouro, desceu as gigantes escadas de sua casa em segundos. Na sala, sentada no sofá surrado estava Cora, ao lado Kelly e Erika estavam falando com ela, palavras do tipo: "Você tem que manter mais a calma, querida."

Fique longe dela, Judith. Jack barrou Judith. Judith riu assentindo.

Você não tem o direito de me impedir. retrucou Judith.

Você não tem o direito de tocar nela, Judith. o olhar de Jack era frio.

Eu posso perfeitamente fazer a distância Jack franziu o cenho e antes que Kelly pudesse avisar Jack, Cora gritou atirando-se ao chão e Judith começou a praguejar palavras desconexas em romeno, Cora contorcia-se de dor. Erika caiu ao chão ao lado de Cora, o olhar preocupado sobre a filha. Jack rosnou e pegou Judith pelo pescoço, tão forte e brutal, que fez a mulher parar de falar e cravar as unhas nas grandes mãos de Jack. Jack apertou mais a mão no pescoço de Judith e a olhou com ódio, um olhar pesado e profundo, de repente, Judith gritou quando uma dor tão forte quanto uma facada atingiu seu coração. O sorriso de Jack surgiu gigantesco o rosto.

Desfaça o que você fez. mandou ele.

Nunca. ladrou Judith, e foi ao mesmo tempo em que Judith falou que Cora parou de gritar, caindo na inconsciência. Jack olhou para a ruiva deitado ao chão, sendo afagada por Erika e por Kelly e então, voltou a olhar Judith. Jack soltou à velha, que sorriu longamente andando para trás.

Erika olhou inconsolável para Judith que sorria.

Ela não merece o Dom que tem Henriqueta. Erika negou. Os Poderes dela voltaram para as mesmas Sombras de onde vieram. Erika soluçou e Judith riu, olhando para todos ao mesmo tempo. E vocês; quero todos fora da minha casa junto da sua namoradinha de estimação Judith apontou para Jack. antes do próximo por do sol. e então, dando um passo para trás, Judith havia se camuflado entre as sombras; desaparecendo dali junto de um sorriso amargamente maldoso.

― ―

Eu ainda estava de olhos fechados, mergulhada na escuridão, mas ainda sim escutava os burburinhos a minha volta… Escutava Erika histérica e revoltada, Kelly tentando acalmar a todos e Jack resmungando em romeno, mas também escutava Lana ronronando próxima de mim.

Tentei me acostumar com a forte claridade do quarto, mas fui obrigada a fechar os olhos e abri-los até o momento que parasse de arder e eu me acostumasse com a forte luz fluorescente.

Sentei-me na cama de casal acolchoada com uma colcha violeta e Jack no mesmo instante apareceu sentado ao meu lado. Os olhos azuis totalmente cintilantes e os lábios esticados em um sorriso irônico. Ao meu lado, Lana dormia aconchegada em um travesseiro.

― Belo soco ― Jack piscou. ― Quase quebrou um dente de Judith.

― Você está bem? ― questionei lembrando-me do casulo onde Judith havia prendido Jack. Ajoelhei-me na cama, me aproximando de Jack que deslizou uma mão até meu quadril enquanto a outra acariciava a maçã esquerda de meu rosto. Os olhos azuis de Jack semicerram-se e faiscaram como fogo, libertando quase invisivelmente uma essência lilás.

― Acho que eu sou quem deveria fazer esse pergunta. ― Jack desceu a mão até meu queixo, puxando com leveza e roçando seus lábios nos meus. Um suspiro rouco entrecortou-se de minha garganta e eu aproximei meus lábios dos seus, sentindo um choque espalhar-se por nossos corpos no mesmo instante que nossa bocas se tocaram.

Houve uma ardência entre meus lábios e os de Jack, ardente como fogo e perigoso como veneno. Jack gemeu entre minha boca e me agarrou pelos cabelos, aprofundando o beijo; parecia faminto por aquilo.

Um enorme desejo de afundar mais ainda aquele beijo tomou conta de mim, mas outra parte de mim gritava para tirar os lábios dos de Jack, eu não queria morde-lo novamente, mas quando dei por mim, já era tarde demais.

― Eu devia me afastar de você… ― Jack me prendeu com mais força, os braços em volta de minha cintura com força fazia-me ficar colada nele. Seu olhar era sério.

― A única coisa que você deve fazer é ficar perto de mim, Bella. ― Jack puxou minha mão, fazendo meu dedo indicador tocar no lábio ensanguentado. Meu dedo indicador puxou maior parte do sangue, exibindo um lábio curado e intacto em Jack novamente. ― Viu? Processo de cura acelerado; nem doeu.

― Está mentindo.

― Esquece isso, agora, ok? ― Jack enterrou a cabeça no vão de meu pescoço, suspirei e deixei meus dedos agarrarem seus cabelos negros, acariciando-os com leveza. ― Pense em outras coisas.

― Como o que? ― Jack afastou meu cabelo do pescoço e começou a dar um beijo vagaroso ali. Arfei baixo e ele sorriu.

― Como que vocês estão transando na cama onde eu estou dormindo. ― Lana rosnou alto; olhei para a pantera negra. Esticada em suas quatro patas, com os pelos arrepiados e os olhos semicerrados. Jack tirou os lábios de meu pescoço e sinalizou algo a Lana que desceu da cama, rebolando até a porta, ela parecia irritada.

Lana virou-se e me olhou irritadamente:

― Venha logo Bella, você deve estar com fome. ― ergui uma sobrancelha e Jack riu amargamente, apenas concordando.

[…]

Não reconheci aquela casa.

Não era a casa de sempre, era outro casa, mais especificamente, um apartamento grande e luxuoso.

As paredes eram pintadas em um tom azul escuro (e também cheias de quadros) e as janelas brancas. A sala era larga e com uma lareira que exalava uma chama assustadoramente grande, os sofás eram quadrados e brancos e o carpete felpudo e vermelho-sangue.

Lana, que caminhava em minha frente, guiou-me até uma cozinha mediana. Um fogão, uma pia e uma geladeira preenchiam o lado direito da parede. Já no lado esquerdo da cozinha branca, tinha-se uma janela branca aberta, onde Erika estava sentada e também havia uma mesinha de mármore escorada na parede, exatamente de dois lugares, sendo que um deles era ocupado por Cora.

Cora fungou e ergueu o rosto; o rosto inchado das lágrimas e os olhos cobertos por uma cortina de tristeza. Cora secou as lágrimas e abaixou o rosto novamente, constrangida. Caminhei até a mesa e sentei-me na frente de Cora:

― Hey, o que houve? ― Cora ergueu o rosto outra vez.

― Judith… Ela… ― Cora respirou profundamente, engolindo o soluço enquanto as lágrimas caiam espontaneamente de seus olhos. ― Ela… Tirou… Ela tirou meus Poderes.

― Por enquanto Cora. ― avisou Erika em um tom firme.

― Vai fazer o que, mãe? ― Cora encarou revoltada Erika. ― Eu sou humana agora e você não vai poder fazer nada para mudar a situação!

― Nunca mais ouse falar isso, Cora Elizabeth. ― o olhar de Erika tornou-se enraivado e descrente. ― Você voltará a ser uma Bruxa e isso não mudará; conte os dias de sua humanidade, irá durar pouco.

― Bruxas podem fazer isso, Erika? ― questionei. ― Tirar os Poderes de outra da raça?

― Apenas Feiticeiras como Judith podem. ― Erika puxou um cigarro do bolso da jaqueta de couro e o colocou na boca, a chama acendeu-se sozinha. Erika tragou e soltou uma linha de fumaça.

― Existe alguma forma de Cora recuperar seus poderes? ― Erika tragou novamente e soltou a fumaça.

― Não sabemos ainda se Judith tirou totalmente os Poderes dela, se tiver pegado apenas 75% dos Poderes dela, Cora recuperará aos poucos, como se estivesse se recuperando de um acidente de carro…

― E os Poderes ainda serão de uma Leucósia? ― Erika negou e Cora secou as lágrimas.

― Será apenas uma Bruxa, imortal e que controla quatro elementos e mais algumas coisas… ― Erika deu de ombros.

― E se tiver pegado tudo?

― Tentaremos um ritual no Halloween e tudo se resolverá. ― Erika sorriu e Cora suspirou, o sorriso de Erika se desfez e seu olhar tornou-se severo e ameaçador. ― Deixe de pensar assim Cora Elizabeth, posso não ter sido severa na sua criação, mas isso não me impede de dar uns tapas em você hoje.

― Erika tem razão, Cora. ― Kelly entrou na cozinha sorridente. ― Dei uma olhada nas Cartas e elas acham que você tem grandes chances e Bella, você terá visita quando chegar a sua casa. ― o olhar de Kelly tornou-se inexpressivo.

― Visita? ― ri. ― E quem?

― Seria contra meus juramentos contar, mas de qualquer forma, feche a porta na cara dele.


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Cora pessoal... Quero opiniões! Comentem! Beijos.



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