Desde pequena, considero o amor um sentimento injusto. Quero dizer, porquê é que todos veneram este sentimento? O amor faz pessoas fazerem coisas estúpidas; muitos de nós matam e morrem por este sentimento; sofrem, pois nem sempre o amor é um sentimento mútuo, uma troca. 

Apesar de - como qualquer outro ser humano - ter esse sentimento, eu nunca fui uma grande adoradora dele. Talvez eu não o entendesse muito bem, mas quem é que o entende? 

Quando pequena, eu amava meus pais, mas não meus brinquedos ou filmes de desenho animado, como qualquer outro coleguinha de classe. Afinal, meus pais retribuíam esse amor, e é claro que objetos não demonstravam quanquer coisa por mim. Talvez eu fosse egoísta em pensar assim. Era algo como ''só amo quem me ama (mas também não amo todos que me amam)", que pode parecer um pensamento infantil, mas, se você parar para pensar, é totalmente sincero e verdadeiro. Eu nunca dizia que amava sem amar, porque já entendia que o amor, por mais desconhecido e pouco adorado por mim, era algo importante.

Sempre me perguntavam "O que, para você, é o amor?" A pequena eu tentava explicar tudo isso, tudo o que se passava pela cabecinha, e então, depois de não entender absolutamente nada, a pessoa voltava a perguntar sobre o ódio. Simplesmente chegavam á conclusão de que eu era uma garotinha com inclinações para o mal.

O que não era verdade, claro. Hoje faço 15 anos e, até agora, nunca fiz nada fora da lei, que eu saiba. A não ser pelo dia em que eu tinha recém completado 14 anos e alguns colegas me embebedaram pela simples diversão de ver a garota deslocada da sala ficar doidona; e eu realmente não dou a mínima para o fato de eles terem feito isso, eu até gostei, tipo, no momento, então tudo bem.

Voltando ao assunto, eu estou prester a completar 15 anos e não terei nenhuma festa mirabolando, só vou passar o dia com as únicas pessoas da Terra que e aguentam (fora meus pais): Minha melhor amiga, Ella; Um amigo, vizinho, Cid; e meu primo Keegan. Nós quatro, fazendo nada o dia todo. Verdadeira diversão, para mim. Quem sabe eu não fique bêbada de novo? Parece divertido, até mais do que fazer nada (lembrando que sou uma grande fã desta atividade: fazer nada).