A Feia Mais Bela. escrita por Val-sensei


Capítulo 2
Aproximação.


Notas iniciais do capítulo

Sera que ele vê além da minha alma.
Sera que deixarei de ama-la...

Val-Chan



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Depois de jantar Goten deu boa noite a sua mãe e seu pai e voltou para o seu quarto, tinha que terminar o trabalho afinal valia nota e ele tinha que se esforçar mesmo não gostando do curso e nem gostando muito de ir à faculdade, mas já que estava na chuva ia se molhar.

Goku aproveitou que seu filho subiu e abraçou a sua amada novamente usando o ar quente de sua boca no pescoço dela enquanto ela lavava a louça.

— Goku...  -ela suspirou fundo. – Deixa ao menos eu lavar a louça – ela se virou para ele e sorriu dando lhe um beijo.

Ele se afastou e subiu para o seu quarto esperando a sua esposa.

***

Goten fez seu trabalho e o terminou quase de madrugada. Fechou os livros, olhou as horas, suspirou fundo, trocou a roupa, se jogou na cama colocando suas mãos detrás da cabeça e olhou para o teto.

“Será que eu deveria voltar a falar com o Trunks? E aquela professora, ela tem algo nela que me deixou meio estranho”. Goten logo adormeceu.

****

Na manhã seguinte ele se levantou, vestiu uma camisa gola polo branca, uma calça marrom clara, um tênis preto, encarou o trabalho em cima da sua mesa de estudo, o pegou, ergueu a frente de seus olhos e respira fundo.

“Hoje eu vou encarar o Trunks. Eu estou bancando o covarde, por causa de uma garota que nunca gostou de mim. Por mais que eu esteja magoado não posso impedir os dois de ficarem juntos. Também eu tenho sangue saiyajin então é hora de ser um.” Ele pensou firme e desceu para tomar seu café da manhã com o seus pais.

— Bom dia mãe! – deu um beijo no rosto dela.

— Bom dia filho, dormiu bem?

— Não muito, pesquisar e fazer um trabalho de faculdade não é muito fácil – ele sentou-se à mesa suspirando cansado.  - Bom dia pai – cumprimentou o pai que estava de frente a ele sentado à mesa esperando a grande refeição.

— Bom dia! – ele respondeu – ele o olhou sorridente.

Chichi colocou a mesa e eles foram tomar o desejejum em silêncio depois Goten se despediu e saiu voando para a faculdade.

Alguns minutos depois desceu em uma rua vazia e começou a caminhar a pé.

Assim que Goten virou a rua viu Trunks já entrava pelo portão quando sentiu o ki do amigo e resolveu esperar.

— Bom dia sumido! – Trunks aproximou-se do amigo.

— Bom dia Trunks – Goten o encarou sério.

— É impressão minha, ou você andou me evitando? – ele perguntou caminhando em direção ao pátio da faculdade. – Eu liguei na sua casa, bati várias vezes na sua janela, mas nem sinal de ti.  Parece que não estava vindo há faculdade, pois eu não sentia seu ki - ele falou parando um pouco e o encarou.

— Eu estava um pouco ocupado esses dias, por isso, eu dei uma sumida - comentou Goten, mas ainda sentia a magoa do amigo.

— Que tal uma luta, quem sabe assim eu te animo mais – Trunks deu um tapa em suas costas.

— Eu não posso matar a aula hoje, eu tenho um trabalho para entregar – ele olhou para o portão e viu a garota chegando com o mesmo casaco, a mesma saia comprida e alguns livros na mão.

— Chegou a tribufu – Trunks viu a garota entrar. – Como aceitam uma pessoa assim em uma faculdade – Trunks olhava ela caminhar.

— Olha Trunks, só por que ela é diferente não devemos tratá-la assim. – Goten falou a olhando.

— Você só pode estar brincando Goten – ele olhou o amigo com reprovação. – Sério, ela é mal educada, feia e acha os ricos mimados.

— E você é diferente, certo? – ele ergueu a sobrancelha.

— Claro que eu sou - ele falou vendo a moça caminhar e um dos alunos pôr o pé no frete dela fazendo ela tropeçar e cair com os dois joelhos no chão e espalhando os livros para todos os lados.

Os alunos ali por perto começaram a rir. Goten respondeu Trunks:

— Não estou para brincadeiras, Trunks – ele estava sério e correu até ela, abaixou e pegou os livros; depois ele a ajudou a se levantar.

— A senhorita está bem? – perguntou Goten a vendo fazer algumas caretas.

— Eu pareço bem senhor Son Goten? – ela perguntou grossa, esfregou o joelho por cima da saia e o encarando.

— Desculpe, eu só queria ajudar – ele abaixou a cabeça meio sem jeito e viu que ela começou a caminhar com dificuldades.

Goten suspirou fundo e foi novamente até ela.

— Senhorita, eu posso acompanha-la até a enfermaria e...

— Não precisa Goten, mas obrigada pela gentileza - ela foi mais cordial.

Goten apenas ficou olhando-a caminhar com dificuldades e seu amigo aproximou-se dele:

— Parece que ela arrumou um admirador - ele riu divertido. – Cara você vai ter coragem de encarar isso? – perguntou Trunks divertido a Goten e olhando a professora andando com dificuldade em direção à sala dos professores.

— Não sei por que às críticas Trunks, também é diferente, aliás somos diferentes, somos saiyajins. – ele cochichou. – Ela só não é bonita e daí qual o problema nisso. Pelo ao menos ela pode ser ela mesma e nós temos que esconder nossos poderes e fingir sermos normais - ele o deixou ali e foi para sala de aula.

Trunks ficou olhando para o lugar vago que o Goten tinha deixado repirou fundo. “Ele ainda está chateado comigo por causa da Maron.” Pensa ele e vai para seu curso.

Às aulas seguiam normais naquele dia. Goten finalmente encarou o amigo, mesmo assim ainda se sentia chateado, mas ele sabia como acabar com essa chateação, nada como um acerto de contas entre saiyajins e em breve ele iria fazê-lo.

Assim as aulas terminaram e Goten foi para a sua casa, pensativo, confuso, mas ainda sentindo o seu coração apertado em frustração.

Os dias se passavam até que chegou mais uma manhã e Trunks aproximou-se do amigo novamente para cumprimentá-lo.

— Hoje eu irei lutar contigo - ele sorriu animado encarando o amigo.

— Hum, decidiu deixar as magoa de lado? - perguntou o amigo rindo a ele quando novamente chegou à garota com as mesmas roupas. – Essa garota não tem outra roupa. – Trunks olhava pra ela. – Achou que vou pedir a mamãe pra dar umas dicas de moda a ela.

—Trunks! – reprimiu Goten.

— Eu já sei o que vai dizer, mas para uma professora ela é tão desagradável até de se olhar – Trunks comentou, já havia tido uma ou outra aula dela. – Então pronto? – ele perguntou ao amigo vendo a loira chegar.

— Oi Goten – Coralina sorriu ao garoto.

— Olá Coralina, pode por gentileza, anotar a matéria pra mim hoje? – ele perguntou com os olhinhos brilhantes.

— Goten, já vai começar a matar as aulas? – Coralina em tom de reprovação.

— Coralina não custa vai, é só hoje – Goten suplicava com os olhinhos brilhantes. – Por favor.

— Está bem, mas só hoje entendeu – ela falou indignada e brava.

— Obrigado – ele saiu a caminhar com o amigo para uma área mais deserta da faculdade para poderem sair voando.

*******

Kiria entrou na sala de aula que Goten estudava e deu por falta do garoto, estranhou o fato, mas como ali os alunos tinham o livre arbítrio, ela apenas desviou o olhar da carteira vaga e começou a passar a matéria aos alunos.

Apesar de não demonstrar, ela sentiu-se incomodada com a falta do moreno, mas continuou a sua rotina.

********

Bem distante dali Goten e Trunks pousavam em um lugar bem gramado, ao lado de um lago, algumas árvores mais distantes, o sol alto clareando aquela bela manhã.

— Então Goten pronto para uma grande luta? – perguntou Trunks se posicionando a sua frente.

— Claro – Ele partiu para cima do amigo já deferindo socos, mas Trunks conseguia defender a maioria.

Trunks parou de defender e deu lhe um chute, mas Goten protegeu com o braço. O treino estava de igual para igual, mas Trunks se transformou em super sayajin e lançou uma energia em direção a Goten o mesmo tentou bloquear com o braço aumentando o ki, mas não conseguiu foi atingindo em cheio, sendo lançado um pouco mais distante e faz uma pequena cratera no chão.

Trunks foi até o amigo usando a sua velocidade e estendeu a mão a ele. Goten limpou o filete de sangue que escorria da sua boa e pega a mão do Trunks para se levantar.

— Você me pegou de jeito – Goten sorriu se afastou também, se transformou em super sayajin e começou a dar uma sequência de chutes e socos no amigo.

Trunks não conseguiu defender todos e levou um forte soco no rosto e o fez cuspir saliva. Trunks sentiu a dor e lançou uma energia no amigo que defendeu rapidamente com o braço a lançado para longe.

Logo uma explosão surgiu um pouco distante levantando um fumo esbranquiçado e poeira.

Goten sorriu ao amigo e o verdadeiro treino ia começar agora lavando a alma de Goten por completo, tirando todo o peso da magoa, do rancor e do amargor do coração do Goten.

*********

Na faculdade as aulas terminaram e Kiria já guardava os livros quando um aluno passou por ela.

— Como você consegue ser tão feia? – perguntou um dos alunos parando em frete a ela fez Kiria o olhar.

— Ela dá pesadelos em qualquer um – o outro aluno que já ia saindo falou olhando de rabo de olho.

Kiria nem deu moral e saiu logo atrás.

 O corredor estava com vários alunos, alguns descendo as escadas para ir para casa e Kiria estava atrás; ela descia degrau por degrau para ir embora para casa quando um dos alunos disfarçadamente colocou o pé na frente do pé da garota. Ela tropeçou e caiu rolando as escadas.

Algumas garotas gritaram enquanto o corpo da professora rolava os degraus abaixo até ela cair no chão, desacordada, alguns cortes leves no rosto e na testa, alguns arranhões pelos braços e pernas, as roupas rasgadas em alguns lugares.

Uma das alunas pegou o celular e começou a discar para emergência enquanto os outros iam se aglomerando, professores e alunos olhando a garota desmaiada.

— O que aconteceu aqui? – perguntou o reitor chegando ao local.

— Ela deve ter tropeçando e caiu rolando a escada - respondeu um dos alunos.

— Já chamara a ambulância? – perguntou o reitor.

— Sim – respondeu a outra aluna olhando a mulher machucada, com esfoliações pelo corpo, sangue escorrendo em alguns lugares da perna, do rosto e do braço.

Os barulhos das sirenes já aproximavam da faculdade, enquanto o aluno que a fez tropeçar saiu de fininho e com um sorriso nos lábios, se sentindo vitorioso.

“Aquela mocréia nunca mais vai dar aulas”.  Ele pensa com a maldade no seu coração.

*******

Na faculdade os paramédicos já imobilizavam a jovem professora, depois ergueu a maca, a empurrou para dentro da ambulância e saiu a levando a toda a velocidade para o hospital.

Coralina olhava um pouco distante o ocorrido, abaixou a cabeça um pouco triste, olhou para todos os lados e apenas viu o povo indo para casa comentando o “acidente”, depois foi para casa.

*******

Trunks e Goten estavam exaustos, machucados, ralados e com as roupas um pouco rasgadas. Eles estavam deitados na grama olhando o céu azul, as poucas nuvens quase transparentes no céu e o sol a brilhar com seus raios amarelos aquecendo o dia.

— Estamos em ótima forma, Goten – comentou Trunks de olhos fechados em baixo da árvore, sentindo o mormaço quente atravessar as folhas.

— Sim – ele falou com um sorriso quando o celular do Trunks tocou.

— Alô – atendeu o rapaz de cabelos lilases. – Oi meu amor – falou ele ouvido a voz da garota. – A sim, certo... – Estou indo... – Ele despediu e desligou o celular voltou-se para o Goten que agora estava um pouco mais sério.

— Bom eu tenho que ir, a Maron e eu vamos almoçar juntos – ele sorriu para o seu amigo e viu que ele olhava para o outro lado – Olha Goten eu...

— Não precisa Trunks...  Ela sempre gostou de você – ele se levantou e saiu voando para casa, sem ao menos ouvir o amigo.

Trunks deu um suspiro fundo e voou em direção contraria. Iria conversar com ele sobre esse assunto.

****

No hospital Kiria estava sendo atendia na sala de emergência e fazendo os exames necessários para o seu tratamento, ainda desacordada pelo tombo.

Algumas horas depois de todo o tumulto na faculdade; alguém chegou ao hospital e perguntou;

— Onde está a Kiria e como ela está?

— Kiria? – a moça da recepção perguntou.

— Sim a moça que rolou das escadas na faculdade – ele estava calmo, tinha um porte ereto, usava um smoking preto com um colete na cor prata por dentro, uma corrente que saia da gola e ia até o bolso na lateral direita um pouco no rumo do tórax.

— A sim – respondeu a recepcionista o olhando de cima em baixo. – O que o senhor é dela? – perguntou a moça, vendo o homem tirar o relógio de dentro do bolso sacudindo a corrente.

— A eu sou o mordomo dela – ele falou a encarando de modo imponente, seus cabelos levemente grisalhos voavam com o vento do ar condicionado.

— Desculpe senhor só podemos passar informação à família – a moça digitava algumas coisas no computador a sua frente.

— Mas eu sou como da família – o mordomo falou e pegou a mão da moça. – Por favor, me deixe vê-la, saber como ela está – as lágrimas começaram a saírem dos olhos do homem e desceu por alguns pés de galinha do seu rosto.

— Vou chamar o médico, um momento – ela se levantou a foi até a ala médica.  

Passados alguns minutos o médico vem andando ao lado da recepcionista em um corredor, logo a recepcionista chega à recepção do hospital e explica ao médico quem era o homem e o mesmo diz:

— Doutor como a Kiria está? – o mordomo perguntou vendo o médico parar e o olhar para ele enquanto a recepcionista havia acabado de explicar.

— Bem... – Ele o olhou e sorriu. – Ela sofreu três fraturas na perna e bateu a cabeça, mas na cabeça não foi nada sério. Ela passa bem... – Ele o olhou profundamente, percebeu que aquele homem era realmente alguém próximo da garota.

— Ainda bem. – Ele respirou fundo. – Posso vê-la?

— Claro que sim. Acompanhe-me – o médico seguiu por um corredor com pessoas aguardando atendimento, algumas com gesso no braço, ou na perna.

Logo eles chegaram a um quarto.

— E aqui – Ele estendeu a mão para o quarto.

— Obrigada doutor – agradeceu o homem e viu o médico abrir a porta do quarto.

— Não demore muito, ela está acordada, mas ainda sente dores e está um pouco fraca pelo tombo – ele alertou, o deixou ali para entrar no quarto e o mordomo entrou e viu Kiria sorrir agora sem o aparelho postiço.

— Kiria... - correu até ela e pegou a mão. - Eu disse que se vestir daquele jeito não ia dar certo.

— Eu sei Lui... – ela sorriu fracamente deitada na cama. – Mas sabe que eu procuro, não sabe? – Perguntou ela o olhando carinhosamente a ele, seus olhos meios opacos pela dor.

— Sim... A senhorita quer encontrar alguém que olhe para senhora como a senhora é e não pela herança da sua família.

— Isso Lui... – ela virou o rosto lentamente e viu a janela coberta por uma cortina branca.

— Encontrou? – ele perguntou segurando a mão dela.

— Acho que não... – ela virou o rosto lentamente para olhá-lo, deu um sorriso fraco. – Um... Rapaz... Parece simples... A falta dele na aula de hoje me incomodou um pouco... Mas nada de mais – Ela segurou a mão dele com um pouco mais de força. – Quando eu estiver melhor voltarei a dar aulas – Ela deixou uma lagrima escorrer.

— Kiria... Quando estiver bem, vai continuar dando aulas por causa desse rapaz? – ele sorriu como um pai satisfeito.

— Talvez...  Tem algo nele que é diferente...  – Ela o olhava, seus olhos castanhos e foscos penetravam nos brilhantes e azuis de seu mordomo. – Ele não parece se importar com a minha “feiura” e parece não se importar com riqueza, mas os outros rapazes que se já se aproximaram de mim, foi pelo meu rico dinheiro e pelo que o meu pai me deixou – ela segurou a mão do homem. – O único mais perto de pai que eu tenho é você.

— Sim, mas agora eu preciso ir. Você tem que descansar – ele soltou a mão dela e a beijou na testa.

— Obrigada Lui, pela vista – ela viu o homem sair e olhou a janela.

“Acho que não foi uma boa ideia me disfarçar de feia daquele jeito.” Ela pensa ainda olhando os pingos que começavam a cair naquele inicio de tarde fazendo barulho na pequena janela. “Acho que eu fiz as pessoas me odiarem”. Ela pensa olhando um ponto qualquer no teto.


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