P.O.V Carol

Tudo no Acampamento era lindo! Eu estava maravilhada com tudo, e olha que não me refiro somente aos lugares. As pessoas também.

Mas logicamente que estando do lado do Guilherme a coisa toda estava chata, eu ainda me sentia ressentida por ele não ter me “protegido” antes, mas isso eu teria que resolver depois, pois metade do chalé de Hermes estava ali e eu precisava de novos amigos.

Bryan não me parecia má companhia, então assim que Guilherme saiu do chalé eu fui falar com Bryan.

- Hey Bryan! – ele me olhou como se falar com ele fosse algo de outro mundo.

- Ahn, oi Carol – ele disse meio sem jeito

- Posso saber por que você esta falando assim? Até poucos minutos atrás você estava todo prestativo a me ajudar, agora nem oi mais direito dá.

- Desculpa ok, mas eu não quero me meter em briga com o Guilherme, principalmente por sua causa.

Ok, eu realmente não estava entendo. Tudo bem que o Guilherme meio que se exaltou pela tentativa de ajuda do Bryan, mas cara, isso não tinha sido nada demais.

Era melhor procurar outros amigos então... Sai do chalé sem nem ao menos me despedi do Bryan, estava na hora de fazer amigos, mas antes teria que ficar bem com o Guilherme, por mais estranho que pudesse ser, eu queria que ele me achasse legal pelo menos.

Não fazia ideia de onde começar a procura-lo, então fui em direção a parte que os campistas treinavam. Imaginei que pelo porte físico dele, ele deveria treinar muito. Suposição realmente errada caros colegas, olhei em tudo quanto de lá e nada de Guilherme, mas uma menina de lá me chamou a atenção. Ela lutava com bravura e determinação, tanta que chegava a dar medo só de olhar. Acho que ela percebeu que eu não parava de encarar ela:

- Qual é, vai ficar aí me olhando ou vai ficar duelar?

- Eu? – olhei ao redor e só tinha eu, então deve ser comigo mesmo – Não sei lutar, e estou procurando uma pessoa...

- Desde quando um semideus não sabe lutar?

- Já não disse que estou procurando alguém? Seria cortesia você me perguntar se pode ajudar.

- Não sou fã de cortesia garotinha.

- Então ta na hora de começar a gostar, sabe onde esta o Guilherme?

- Guilherme? Guilherme, filho de Hermes?

- Esse mesmo, sabe onde esta?

- Vi passando por aqui, devia estar indo a Casa Grande. Mas diz aí, por que você ta procurando ele?

- Acho que isso não é do seu interesse – impressionante como essa garota me tirava do sério – mas, valeu quem quer que seja você.

Sai correndo e fui em direção da casa grande, cheguei lá ofegando de tanto correr. Entrei correndo na sala de Quíron sem ao menos pedir licença, mas pelo jeito cometi um erro tremendo, porque me deparei com vários olhos me observando.

P.O.V. Guilherme

A discussão já estava feia o suficiente, mas sempre tinha como minha vida piorar, e a chegada da Carol era o meu azar grandioso.

- Ahn, estou atrapalhando algo certo? – minha vontade era de dizer “claro, preciso de um óculos ou um descônfiometro novo?”

- Acho que é melhor você voltar outra hora moçinha – Quíron disse.

- Mas, eu preciso realmente falar com o Guilherme – ok, isso me surpreendeu, o que será que ela queria me falar pra chegar ofegante assim?

- Viu Quíron? Preciso salvar o dia mais uma vez... Quem sabe eu penso no que você disse e um dia te respondo certo? Certo. Ok pessoal, até mais tarde! Tchau galera!

Acho que dava pra perceber meu nervosismo, saí de lá correndo e empurrando a Carol casa a fora.

- Fico te devendo essa? A Clarisse deve ter te avisado que eu precisava de uma ajuda lá né? Mas agora eu tenho que ir indo. Valeu Carol..

Eu já ia andando quando ela me segurou pelo braço, e quem diria a garota tinha força.

- Não te tirei de lá a toa e não faço ideia de quem seja Clarisse.

- Então quer dizer que você falou sério quando disse que precisava falar comigo? – falei isso com um certo sarcasmo, mas estava ficando preocupado com o que ela queria falar.

- A gente não pode simplesmente conversar Guilherme?

- Claro que podemos, SE fossemos amigos, algo que você aparentemente não esta disposta a ser.

Ela olhou para o horizonte, como pedindo paciência a Zeus para ter essa conversa.

- Vamos andando sim?

Meio que relutante concordei com um movimento de cabeça, não é todo dia que você é salvo de uma reunião desconfortável por uma garota incrível, mas também incrivelmente teimosa e orgulhosa.

- Olha, eu ainda me sinto ressentida por você ter aparentado...

Nem a deixei terminar de falar – Olha sinto muito ok? Podemos esquecer isso?

- Me deixe terminar antes que desista de dizer tudo ok? Eu AINDA estou ressentida, mas quero saber da minha vida, do meu pai, de quem sou, de tudo. E também quero amigos, e você apesar de tudo parece ser um bom amigo, e... Eu não quero estar sozinha, então...

- Pera, você quer ser minha amiga? Você?

Há-Há-HÁ não dava nem pra acreditar nisso, ela estava ruborizando então achei melhor parar de rir.

- Olha, eu não tenho nada contra uma amiga nova, então por mim esta tudo ok?

Eu achei aquele papo meio estranho, mas se ela estava falando sério, por que não?

- Ahn, eu tenho que ir, tenho que fazer as alianças pra caça a bandeira. A gente se vê por aí Carol..

Sai em direção ao chalé de Ares, nada melhor que uma aliança com eles. Bati na porta de lá, e pra variar apareceu uma Clarisse esbravejando:

- MAS QUEM... (?)

- Ah qual é, sou eu, o amor da tua vida!

- O que foi Guilherme?

- Abaixa a guarda aí ok? Eu só vim resolver as questões da caça a bandeira, queria uma aliança com seu chalé.

- Seria... Interessante... Acho que você ganhou uma sombra – ela disse apontando com a cabeça.