Luz Dos Olhos escrita por Mi Freire


Capítulo 57
Longe de casa, longe de tudo.


Notas iniciais do capítulo

Confesso que meu coração se partiu um pouco ao escrever esse capítulo.



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— Tem certeza de que vai ficar tudo bem? E as aulas na faculdade, como vão ficar? – Nicolas está próximo de Melina, em seu quarto, enquanto ela arruma as malas com rapidez. — Tanto eu quanto Henrique estamos preocupado com você.

— Eu sei que sim. Mas eu preciso desse tempo. É a única escolha e a minha ultima esperança. – ela fecha o zíper da ultima bolsa. — Sei que meu pai cuidará de tudo enquanto eu estiver distante. Não se preocupem – ela abriu um sorriso, esperançoso. — eu sei me cuidar.

— Nós... Eu... Tenho medo que você se sinta sozinha e perdida em um lugar desconhecido. Afinal, para onde você vai?

— Ainda não sei. Talvez para alguma das propriedades da minha mãe em um canto longe daqui.

— E por quanto tempo vai ficar distante? – Nicolas pegou as mãos dela para segurar.

— Pelo tempo que for preciso. Não se preocupe – ela ainda sorria. Seu sorriso era a única coisa que lhe reconfortava. Nicolas sabia que aquilo era loucura. Como Henrique teria permitido? — Diga a Henrique que eu o amo. E assim que estiver preparada, entrarei em contato. E isso serve pra você também, Nick. Eu o amo. Sabe disso. Cuide de Daniele.

Não foi difícil convencer Verônica a ceder uma de suas propriedades para Melina ficar sozinha. Já que a mãe, ao lado do noivo, vivia uma eterna lua de mel antes mesmo do casamento. Desde a volta do casal é assim, vivem grudados.

Alguns minutos antes de partir em direção ao seu destino final, em uma viajem longa de carro até o litoral, Melina telefonou para o pai e lhe explicou a situação. De uma forma que não conseguiu explicar a Verônica. Mas não entrou em muitos detalhes.

Alberto pediu que ela se cuidasse e garantiu que cuidaria das coisas a seu pedido.

Melina chegou ao seu destino no final daquele mesmo dia, um pouco antes da meia-noite. A casa construída praticamente toda de vidro fica de frente para o mar. Uma praia desértica, que recebe apenas turistas dos lugares mais diversos do mundo. A casa pertence a uma das luxurias de Verônica.

Quando pequena Melina passou boa parte da infância ali.

Ao entrar na casa, foi recebida por alguns empregados já a sua espera. Um dos homens ajudou-a com a bagagem e uma das mulheres a ajudou com a acomodação em um dos tantos quartos.

Aliviada, uma das primeiras coisas que Melina vez ao dispensar os empregados para ficar sozinha, foi tomar banho na banheira da suite.

Demorou-se dentro da água morna com espuma. Fechou os olhos e se pôs a imaginar tudo que deixou para trás por puro capricho.

Melina bem que gostaria de pode estar ali, aproveitando cada minuto, com Henrique ou com Nicolas. Mas essa era a grande questão: qual dos dois ela escolheria? Não poderia ficar com os dois, apesar de gostar dos dois na mesma intensidade. Não seria justo e deveria escolher entre um deles.

Essa seria uma escolha que ela teria tempo até se decidir. Deixou tudo para trás justamente para ficar sozinha e poder repensar em sua vida longe dos problemas diários. Na esperança, que as pessoas mais importantes de sua vida pudessem compreendê-la e deixa-la mais a vontade com os próprios pensamentos até poder desvenda-los.

Melina tinha consciência que perderia aula e horas no trabalho, mas deixou que seu pai cuidasse disso. Eles vão me entender, ela disse a si mesma. Quando voltasse e estivesse realmente preparada, faria de tudo possível para repor tudo que perdera.

~*~

Rebeca passa o dia inteiro limpando a casa, lavando e passando roupa, colocando tudo em ordem e ainda sobrou tempo para preparar o jantar de Thomaz. Em poucos minutos ele chegaria do trabalho e iria querer encontrar tudo perfeitamente em ordem como ele ordenou antes de sair de casa.

Há algum tempo atrás, Rebeca se recusaria a fazer exatamente como ele pedira. Essa não seria ela. Mas desde que estava ali, finalmente com ele, morando junto, se amando toda noite e recebendo presentes como agradecimento por sua total dedicação; Rebeca mudara completamente. Assim como Thomaz. Vinha mudando aos poucos, muitas vezes sem nem perceber.

Querida, sinto muito. Mas vou me atrasar. Pedi que você preparasse o jantar, mais novamente vou decepciona-la. Assim que eu chegar sairemos juntos para jantar fora. Espero que não tenha problema. Beijos!

Rebeca estava no banho e sorriu ao saber da novidade. Em seu closet ela procurou pelo vestido mais bonito e os sapatos mais altos. Os dois ela havia ganhado recentemente de Thomaz. Sempre que ela fazia o que ele queria que fizesse, ele acabava lhe presenteado com algo. Muitas vezes ela podia escolher o que queria. Além de presenteá-la, ainda lhe proporcionava uma noite de amor calorosa.

Sua vida não poderia estar mais perfeita. Tinha tudo que uma mulher sempre quis: presentes, roupas, sapatos novos, joias, uma casa luxuosa, um carro e o marido que pediu aos céus. Para ficar tudo ainda mais completo, só faltava o casamento oficial. Festa, aliança de ouro e vestido de noiva. Mas era tudo uma questão de tempo. Assim poderia esfregar na cara daqueles que desacreditaram nela que acabou conseguindo o que sempre quis.

— Você não vai com essa roupa, vai? – Thomaz perguntou depois de beija-la. Acabara de chegar do trabalho.

Rebeca sentiu-se estupidamente mal. Antes dele chegar sentia-se linda e radiante. Na certa iria trair o olhar de todos por onde quer que passe. E isso importava muito. Rebeca gosta de chamar a atenção. Mas o mais importante, Thomaz, não gostou do seu traje.

— Qual é o problema da roupa? – ela se olhou no espelho.

— Olha só esse decote. É extremamente exagerado! – ele tirava o terno de trabalho. Preparava-se para o banho. — E o tamanho desse vestido? Não! Muito curto. E também está muito justo no seu corpo!

Rebeca estava alarmada.

— Todos vão olhar para minha mulher! – Thomaz gritou, deixando claro suas apalavras. — Tire já isso. Vista algo mais descente!

— Thomaz...

— Tire já isso! – ele gritou outra vez, com fúria nos olhos. — Porque ainda está ai parada me olhando? Vamos! Ou você não quer sair pra jantar? Prefere ficar aqui essa noite sozinha? Porque eu vou sair.

Rebeca sentia tanta raiva que sentiu as lágrimas invadirem os olhos negros. Que outro vestido ela colocaria que fosse ao gosto dele? Todos os vestidos eram curtos, decotados e justo no corpo. Era assim que ela gostava e foi assim que ele a conheceu e sempre gostou. Porque agora era diferente?

— Thom, eu vou assim mesmo. Com esse vestido.

No mesmo instante ele parou o que estava fazendo e virou-se bruscamente para ela. Ainda estava muito vermelho de raiva. Rebeca sabe como lhe tirar do sério de muitas maneiras. Mas ela que não ousasse contraria-lo. Será que já não havia deixado isso muito claro?

— Apenas faça o que estou mandando! – ele foi até ela, com passos duros no chão. Thomaz começou a rasgar o vestido dela. — Se você ainda quer se minha mulher tem que saber que as coisas têm que funcionar do meu jeito! Eu te dou tudo. Faço de você uma rainha. O que mais você quer? Me envergonhar? Olha só pra suas roupas! – ele estava deixando-a praticamente nua. O vestido novo todo rasgado por suas próprias mãos.

Rebeca estava horrorizada, nem conseguia reagir.

— Mulher minha não usa decotes, nem saias ou vestidos curtos. Também não é necessário que vista algo tão justo. Pra que? Para se mostrar para os outros? Não! Você é minha mulher! E tem que ficar bonita só pra mim. Isso basta.

Rebeca chorava calada. Antes, era uma mulher forte, imponente e decidida. Mas agora, tornara-se uma mulher vulnerável, domada pelo marido, frágil e sensível.

O pior de tudo é que não conseguia se livrar disso e nem queria. A vida que Thomaz lhe proporciona foi à vida que ela sempre desejou. Era uma mulher de sorte e sabia disso. Não queria estragar tudo por atos mal pensados. Faria de tudo que ele quisesse. Pois além dele ser o que sempre quis, custou tempo para conquista-lo e agora que o tinha ao seu lado não deixaria escapa-lo por nada.

Thomaz se preocupada comigo. Thomaz me ama.

~*~

Rafael tem pensando muito em Daniele e sua gravidez. Imagens dela sorrindo, ajeitando o cabelo atrás da orelha, cuidando dele como quem realmente se importa e lhe emprestando dinheiro mesmo não sendo completamente confiável, lhe tiram o sono todas as noites. Não que isso seja algo ruim. Afinal, melhor pensar nela, a única garota que realmente o levou a sério, do que pensar em fazer alguma bobagem de sua vida. O tem mais feito desde que saiu da casa dos pais.

O quartinho onde ele está hospedado desde que saiu de casa, o apartamento que dividia com os amigos, é um lugar pequeno, imundo, sujo, fedido e não atrás boas sensações. É difícil até de respirar. Rafael vive como um rato de esgoto. Acuado e escondido.

Foi uma escolha, como todas as outras. Com o pouco dinheiro que ele tinha, era a única coisa que pôde pagar para não ter que passar fome ou necessidades. Sim, agora ele poderia estar em casa, jogado no sofá e comendo alguma porcaria qualquer. Feliz em sua vidinha medíocre e miserável. Mas não, estava ali, escondido, sozinho e perdido, pois preferiu fugir da própria realidade com medo de não ser um bom pai.

Rafael não quer ser como um dia seu pai foi para ele. Seu pai era um inútil, alcoólatra, gastava o pouco dinheiro que tinha em jogos nos bares e com prostitutas. Sua mãe era outra infeliz, que aceitava tudo calada, pois se abrisse a boca para reclamar, acabava sendo esbofeteada pelo próprio marido. Imagine como foi difícil para Rafael superar todos os traumas de sua infância e adolescência.

Hoje em dia ele não sabe nada dos pais, que praticamente não serviam de nada, além de alimenta-lo e dar-lhe abrigo. Mas ser pai não é só isso, afinal, vai muito além que algumas obrigações. Envolve afeto, carinho, sentimentos e especialmente amor e dedicação.

Rafael chora com tais lembranças.

Diante dos amigos, da vida em que levava, eles costumava ser retratado como forte, mal-humorada e um tanto detestável. O que poucos sabiam é que seu jeito durão de ser era apenas uma camuflagem para proteger sua sensibilidade, suas carência e necessidades.

Com Daniele foi diferente, pois mesmo não sabendo exatamente como ele era e vendo o que ele fingia ser, ela ainda assim, gostou dele, o amou e cuidou. Como ninguém antes fez, nem mesmo seus pais. Ela é doce, meiga e adorável. A melhor pessoa que ele já conheceu. E agora, ela está esperando um filho dele. O que foi uma surpresa. Rafael não sabia, soube depois por uma das amigas dela, tal de Melina. Pois no momento do ato de amor que surgiu entre eles, Rafael estava bêbado, inconsciente e não lembra muita do que exatamente aconteceu.

Alguns flashes passam voando por sua mente. Faz com que ele se lembre de pequenos gestos de amor e carinho. Todos eles foram reais, disso ele tem certeza. Daniele não foi à primeira com quem ele se deitou, mas foi a primeira que despertou dentro dele algo completamente desconhecido até então.

Não posso abandona-la assim.

Daniele precisa de Rafael. Ele tem noção que para meninas certas coisas são bem mais intensas do que para os garotos. Toda garota sonha em um dia ser mãe. Se não todas, boa parte delas. E agora que ela vai ser mãe não tem o mais importante para compartilhar essa alegria: o pai da criança. Ele não sabe se ela está bem, se precisa ou falta alguma coisa e como ela imagina o futuro. De repente, ele se vê preocupado tanto com Daniele e ainda mais com o bebê.

Ela precisa de mim. E eu preciso dela.

~*~

Melina não tem feito muita coisa além de dormir e pensar.

Faz calor lá fora, o sol aquece a areia da praia e o som das ondas do mar é praticamente hipnotizante. Mas Melina não vê motivações para aproveitar aquele momento estando sozinha, tendo em mente uma decisão a tomar em um curto período longe de sua vida.

Há três dias ela não tem contato com mais ninguém, além de seus pais. Melina preferiu se manter desligada do mundo por uma questão de manter a mente focada somente no que é importante no momento.

Ela tomou o café da manhã na varanda sentindo a brisa do mar toca-lhe o rosto. Em seguida, já satisfeita, ela olhou para o lado e avistou o telefone celular. Encarou-o por alguns minutos e percebeu que sentia muita saudade de Henrique e Nicolas. Precisava ouvir pelo menos o som da voz de cada um deles.

— Eu só quero que você saiba que eu penso muito em você. O que sinto por você vai muito além da imaginação. O que sinto por você não cabe em palavras. É especial, é único, é verdadeiro. Eu não quero que isso acabe. Gostaria que o nosso tempo eternizasse e nunca precisássemos nos separar. Eu não suporto ficar longe de você, logo agora que te tenho comigo. Mas só quero que você entenda que não é por muito tempo. Isso vai passar. Eu vou saber o que fazer e isso vai se resolver de um jeito ou de outro.

— Melina – Henrique a interrompe. Ele sorri. — Se você soubesse o tamanho da minha compreensão não estaria tão amedrontada. Eu amo você, é amar não é algo simples, nem sempre é compreensível, mas acima de tudo, é suportável, por mais doloroso que às vezes isso se torne. Você está longe de mim. Mas é como se não estivesse. Eu estou com você e você está aqui comigo. – ele suspira. — Eu penso em você antes de dormir e depois de acordar. Só quero que você esteja bem e que tudo se acerte. Demore o tempo que precisar até se sentir bem. Sua felicidade será a minha felicidade. E quando quiser voltar, meus braços estarão estendidos a sua espera.

Eles conversaram por mais um longo tempo, até ela ter que desligar. Com o rosto banhado pelas lágrimas e sorriso bobo estampado no rosto por Henrique ser tão bom.

Agora é a vez de ligar para Nicolas. Ele faz mil e uma perguntas cheio de preocupações. Melina tenta acalma-lo e garante que tudo está bem e ela logo voltará. Ela também faz questão de saber como andam as coisas pra ele e ele responde tudo com precisão.

— Apenas cuide de Daniele por mim. Logo mais agora que o bebê está tão perto de nascer.

Melina aproveitou o dia para deitar-se na areia da praia desértica com seus óculos escuros lhe cobrindo os olhos da radiação.

Cada vez que parava para pensar no rumo incerto de sua vida, sentia uma tristeza profunda lhe invadir o peito. Ela se vê perdida, mas não quer que ninguém a encontre. Melina se vê sozinha, mas no momento não deseja a companhia de mais ninguém além dela mesma e por fim, se vê desparrada, mas ainda não sabe qual dos dois ela gostaria que estivesse ali ao seu lado para consola-la.

Se fosse possível, escolheria os dois.

~*~

— Nicolas! Você realmente vai levar o pedido de Melina ao pé da letra? – Daniele o encara, tentando conter o sorriso.

Nicolas está sentado na escrivaninha do quarto das meninas, com livros e caderno aberto, repleto de exercícios a resolver. O sol fraco do fim de tarde entra pela janela.

Daniele está deitada, lendo um bom romance, enquanto toma um copo de leite e devora alguns biscoitinhos de chocolate.

— Não é necessário que você me monitore o tempo todo!

— É realmente necessário. Eu quero e Melina me pediu esse favor. Eu prometi a ela! E além do mais, tirei meu dia de folga no trabalho para cuidar de você, não seja tão respondona. – ele vai até ela e se senta ao seu lado, acomodando as costas em um dos travesseiros. — Como você está se sentindo?

— Estou bem. – ela pega a mão dele, sorrindo. — Sinta isso! – Daniele pousa a mão do ruivo sobre a barriga estufada. — A Manu se meche o tempo todo!

— E isso não dói? – ele sente os movimentos dentro do ventre da amiga, impressionado.

— Não muito! É como um choquezinho sabe? Mais ou menos parecido com o toque da pessoa amada em você. 

Os dois ficaram em silêncio.

— Por falar nisso, como vai Analu?

— Ela ainda não superou o fato de eu ter me esquecido dela depois do acidente. Ela também não consegue entender porque eu preferi me afastar. Já que éramos “namorados”.

— Nick, você realmente não se lembra dela? – Daniele pergunta diretamente. Nicolas não se incomoda.

— Sim, eu não me lembro. Às vezes é como uma lembrança de infância. Você sabe que ela está ali, mas não consegue se lembrar de todos os detalhes e nem como muita precisão.

— Se você realmente a amasse, se lembraria.

Daniele se arrepende logo depois do que disse.

— Você tem razão. Eu não a amo e nunca amei.

— E você acha que eu não sei disso? – Daniele solta um risinho cúmplice. Quando ela ri, a barriga arredonda feito uma melancia se chacoalha. — Nick, certas coisas são evidentes quando se olha bem.

— Como, por exemplo?

— A sua amizade e a de Melina. Desde o inicio é tudo muito mágico. Vocês são lindos juntos e sempre se deram bem. Quando estão juntos são como peças de um jogo que se completam quando se encaixam. É como uma melodia, a voz do vocalista entra em sintonia com os instrumentos. – ela pausa, confusa. — Para muitos isto não passa de mera coincidência. Mas para mim, desde o principio, eu sempre suspeitei que dentro dos olhos de cada um de vocês há um brilho especial quando estão juntos.

Nicolas reflete em suas palavras.

— Eu amo Melina.

— Sim, eu sei. – ela segura sua mão. — Apenas confesse a si mesmo que esse amor não é um amor qualquer. Não é o amor que existe entre dois amigos ou dois irmãos. É um amor que só se sente uma vez na vida. Um amor que leva marcas pra vida inteira. O amor que você tem por ela é o amor que existe entre um casal de namorados. Vocês precisam um do outro. Vocês se completa e têm a necessidade de ficarem juntos. Pois você não consegue imaginar seu futuro ao lado de mais ninguém que não seja ao lado dela.

Nicolas sorriu para si mesmo com a profundidade das palavras que lhe atingiram em cheios.

Afinal, Daniele tem ou não razão?

— E ai, vai ficar aqui parado esperando o tempo resolver por si só o que você pode fazer por si mesmo?


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Notas finais do capítulo

O que será que o Nicolas vai fazer agora? Quero palpites! O próximo capítulo já está escrito. Mas é bom saber sobre vocês leitores ♥



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