Luz Dos Olhos escrita por Mi Freire


Capítulo 15
Gravidez indesejada




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O silêncio dentro do carro, do parque de volta ao prédio de Melina, foi apavorador. Ela pensava em nunca mais vez Henrique antes mesmo de conhecer o melhor que ele poderia ser. Como ele mesmo havia prometido mostrar se tivesse a oportunidade de se conhecerem melhor. Já Henrique pensava como todos seus planos foram por água baixo na tentativa de impressiona-la e surpreendê-la. Agora, para ele, já era tarde demais, já que os dois havia decidido que o melhor seria nunca mais se encontrarem, para evitarem atritos.

— Legal, a atitude do segurança em devolver suas coisas – ela queria evitar o assunto do “adeus”. Ainda não conseguia aceitar que juntos não poderiam dar certo, nem como simples amigos.

Os dois já estavam de frente para o prédio dela.

— É. Legal – ele sorria. — Pelo menos não perdi meus skates, eles são muito preciosos para mim.

— É, eu imaginei – ela também sorriu. — Então, é isso. Eu vou deixar você ir.

— É isso – ele assentiu. — Eu vou deixar você subir. – ele suspirou. Também não estava preparado para se despedir.

Melina deu um ultimo sorriso antes de dar o primeiro passar para entrar na portaria do seu prédio. O segundo passo também foi fácil, já que ela mal saiu do lugar. Henrique esperaria que ela desaparecesse por completo até ele ter que voltar para o carro e ir embora.

— Então, tá decidido – ela virou-se para ele, passando uma mecha do cabelo por trás da orelha. — É isso?

— Para o bem de nós dois: é isso. – eles sorriram, quase sem compreender a finalidade daquela decisão.

— Tá bem – agora sim, o ultimo sorriso antes de partir. — Para o bem de nós dois.

Melina subiu as escadas pensativa, mal percebendo que o prédio estava mais movimentado aquele sábado, pois estava tendo uma festa no ultimo andar. No apartamento dos rapazes que moram juntos.

— Onde você esteve? – Nicolas foi o primeiro a saudá-la quando ela pisou o pé dentro do apartamento. — Fiquei tão preocupado!

— Venha! – ela o chamou pelo corredor. — Que bom que você está aqui. Tenho tanto para falar.

Com Nicolas como seu melhor amigo, Melina contou tudo a ele, desde o almoço com sua mãe até o passeio com Henrique.

Nicolas ouviu tudo calado, prestando o máximo de atenção nas palavras de sua amiga. Por fim, quando ela não tinha mais nada para falar e foi trocar de roupas, ele se pegou imaginando o porquê estava com ciúmes da aproximação de Melina e o tal de Henrique.


~*~


Naquela terça-feira, o movimento na loja estava bastante parado, o doutor Renato decidiu que fecharia mais cedo, tanto por causa do pouco movimento e também porque ele iria se preparar para o jantar que teria naquela noite com Alberto, pai de Melina, e algumas colegas de trabalho.

— Mais tarde eu passo na sua casa, tá? – eles caminhavam lado a lado pelas ruas ensolaradas. — Eu vou direto pra casa, antes que meu pai enlouqueça de ansiedade por aquele jantar.

Melina caminhou sozinha até o prédio, subiu as escadas vagarosamente. Um garoto descia na direção oposta, desviando-se dela e fez um comentário completamente desnecessário antes de sumir.

— Que beleza em. Você é muito linda, gatinha! – ele transbordava malicia. Melina ignorou-o.

Em casa, ela deparou-se com o vazio. Ariela avisou na noite anterior que ficaria na faculdade até mais tarde, Marcela há dias não aparecia e Daniele, Melina não fazia ideia de onde poderia encontra-la.

Na geladeira, Melina procurou pelo o que comer. Como não sabia fazer nada sem uma receita da internet, colocou sobre a bancada pão de forma, frios e uma caixinha de suco. Bel, sua cachorrinha, se aproximou ao perceber a movimentação que sua dona fazia.

Com seu sanduiche improvisado já em mãos, Melina sentou-se no sofá e ligou a tevê à procura de algo para poder assistir enquanto comia. Mas nada lhe agradava em nenhum dos canais. O melhor foi desligar a televisão e ouvir o barulho das ruas.

De repente ela ouviu um choro baixinho. Imaginou que seria um bebê de alguns dos vizinhos ou a tevê de algum deles. Mas o choro foi ficando cada vez mais próximo e nítido. Melina olhou para Bel, e Bel olhou para Melina. Ambas intrigadas.

Melina levantou-se e foi à procura do choro. Seria um bebê no apartamento? Não! Isso seria pouco provável. Já que ela estava sozinha, somente ela e Bel. No quarto de Ariela e Marcela, nada, além da bagunça das duas. No banheiro, também nada encontrou. Na varanda, nenhuma possibilidade de um bebê.

Seu quarto estava escuro, as janelas todas fechadas. Uma movimentação vinha da cama de Daniele. Como se ela estivesse ali, toda coberta, mesmo fazendo um calor absurdo do lado de fora. Ela estaria dormindo e sonhado? Melina ligou o interruptor de luz.

— Daniele? – Melina se aproximava vagarosamente. — Dani? Você está ai? Você está bem?

— Tô. – sua amiga respondeu, com a voz embargada entre lágrimas que Melina rapidamente percebeu.

Melina sentou-se na cama.

— Quer conversar? – ela passava a mão pelo que deduziu ser as costas de sua amiga coberta.

— Não Meli – Daniele chorava, sim, é claro que chorava. Não tinha como disfarçar. Sua voz lhe entregava. — Quero ficar sozinha.

Algo de muito ruim estava acontecendo, Melina pôde perceber pelo clima no ambiente. Fechado, abafado e escuro. Como se não tivesse sido aberto para o ar entrar a muito tempo. Ela não estava nenhum pouco disposta a sair dali sem uma explicação. Achou melhor em insistir e ver o que estava de fato acontecendo com sua amiga.

— Me diga, o que você tem? Porque está coberta? Porque está chorando? Você está doente? Não se sente bem?

— Melina eu já pedi: me deixe sozinha. Por favor. Eu estou bem, só quero ficar sozinha.

Daniele tirou o edredom do rosto, deixando transparecer a aflição em seus olhos acinzentados que se desmoronavam em lágrimas.

— Não. Eu vou ficar aqui. Até você me dizer o que está acontecendo.

Daniele voltou a se cobrir suspirando forte, em questão de segundos, ela estava chorando compulsivamente entre soluços.

— Melina – sua voz estava rouca, falha. Melina ficou com medo das respostas de suas tantas perguntas. — e-e-eu estou grávida.

Gravida? Melina não conseguia compreender. Como grávida? Simples! Ela teve relações sexuais com um cara e no mínimo esqueceu-se de usar caminha.

— Me conta como tudo isso aconteceu. – por mais tola que sua pergunta fosse, Melina precisava de explicações mais concretas.

Daniele escondeu o rosto entre as mãos, ainda chorando descontroladamente. Sentou-se na cama, ainda trajada em seus pijamas, sinal de que ela nem havia ido para faculdade aquela manhã.

Melina abraçou-a tentando da melhor forma possível reconforta-la, mas não saberia, nesse caso, se suas palavras amigas, seus gestos de carinho, seriam suficientes para acalma-la.

— Eu conheci um cara, assim que me mudei pra cá. Lembra que eu te contei mais ou menos essa história nos primeiros dias em que você chegou aqui?

Melina assentiu.

Daniele tentou explicar mesmo ainda desejando chorar.

— Ele me ajudou na mudança e tudo mais. Foi fácil me apaixonar. Eu sempre me apaixonei com tanta facilidade e dessa vez não foi diferente. – ela sorriu em meio às lágrimas perdida nas próprias lembranças. — Foi difícil me aproximar dele depois do dia da mudança. Ele é um cara fechado, isolado, muito calado e reservado. Não gosta muito de conversa. Mesmo assim, eu insisti porque gostava de tê-lo por perto. Seus mistérios e sua arrogância meio que me enfeitiçavam todas as vezes que nos encontrávamos.

Ela pausou, secando algumas lágrimas que ainda insistiam em escorrer por sua face.

Melina ajeitou os cabelos louros da amiga por trás da orelha, muitos deles pregavam no rosto molhado de Daniele. A temperatura do quarto fechado estava muito elevada. Melina tinha dificuldades de respirar normalmente.

— Eu sei que ele me evitava, muitas das vezes preferia que eu não estivesse por perto e sei que ele talvez nunca tenha sentido o mesmo por mim. Eu já estava completamente apaixonada, mesmo ele sendo grosso comigo na maior parte do tempo. Mais um dia – ela não resistiu e chorou ao lembrar-se do dia. — o encontrei debilitado. Cheirando a cigarro e bebida. Ele acabara de vir de uma festa de universitários. Mal conseguia ficar de pé e ria sozinha como se tivesse tendo alucinações. Naquele momento, tudo que eu mais queria, era pega-lo em meu colo e cuidar dele como se fosse um bebê. Vê-lo naquele estado me deixou muito entristecida. – Melina meio que podia imaginar. — Fomos até seu apartamento, não tinha ninguém, joguei-o de baixo do chuveiro de roupa e tudo. No quarto em procurei por roupas limpas para que ele pudesse se trocar. Mas foi muito difícil pra ele fazer qualquer coisa sem a minha ajuda, mesmo depois do banho gelado e do remédio que eu lhe ofereci para dor de cabeça. Assim, eu me dispus a ajudar. Deitei-o na cama, com a cabeça dele em meu colo e o acarinhei até que ele pegasse no sono. Mas ele estava tão agitado, mal conseguia falar algo fizesse sentido e não dormiu. Pelo contrário, teve um momento em que ele olhou para mim, meio que agradecido por tudo que eu fiz por ele aquela noite, e ficamos nos olhando por um bom tempo. Que pra mim poderia ter durado uma infinidade.

Daniele respirou fundo.

— Pela primeira vez desde que o conheci, ele me tocou, naquela noite. Primeiro, fez carinho em minhas bochechas, depois tocou meus cabelos, passou os dedos entre meus lábios e a essa altura eu já sabia quais eram suas intensões. Estava estampada em seus olhos. E ao mesmo tempo em que eu sentia medo, eu tinha vontade que ele o fizesse. Mas resisti quando ele avançou mais um pouco. Não queria que fosse daquela maneira e ali, assim, do nada sem planejamento. Mas ele, que não foi bobo nem nada, insistiu. E quando eu me levantei apavorada para ir embora, ele me puxou, disse coisas lindas e me convenceu a ficar, para que eu pudesse cuidar dele. Eu fiquei, boba e ingênua, mais fiquei porque o amo. E então, quando acreditei que mais nada aconteceria, não sei se por meu desagrado ou pra minha sorte, ele fez com que tudo parecesse normal, como cena de filmes. Foi carinhoso, amoroso e agressivo a medida certa. Exatamente como havia imaginado. Quando me dei por mim, já tínhamos feito amor.

Mas as coisas não acabaram por ai, depois que Daniele chorou o suficiente para se sentir melhor, ela resolveu continuar:

— Foi lindo! Minha primeira vez! E com o cara que eu amo! – ela conseguia sorrir. — Eu não poderia imaginar que tivéssemos esquecido do preservativo. Afinal, essa não era minha maior preocupação quando tudo aconteceu. Eu tinha medo de muitas coisas: que alguém chegasse que eu me arrependesse depois, que doesse e que não fosse especial. Mas não me lembrei das camisinhas. E nem ele! Os dias seguintes foram normais, eu me sentia nas nuvens a maior parte do tempo em que me pegava imaginando como tudo aconteceu. Mas ai fui percebendo que meu apetite tinha aumentado, eu estava engordado aos poucos, mesmo que pouco, mas estava. Minha menstruação atrasou. Mas até ai tudo bem, quem nunca teve a menstruação atrasada? Eu mesma já tive antes. E não me preocupei. Mas ela estava realente demorando dessa vez. Eu não comentei nada com ninguém. E uma noite alguns maus pensamentos vieram na minha mente. No dia seguinte, fui até a farmácia. Comprei e fiz o teste. O resultado dos três que comprei foi positivo. Mas então me lembrei de que eles poderia errar. Marquei uma consulta com o médico ginecologista. O resultado saiu no sábado agora. Eu tive medo de abrir e especialmente escondi de todos. Quando criei coragem de ver o resultado, não foi muito diferente do que eu já havia pressentindo nos últimos dias: outra vez deu positivo. Eu estou grávida!

Melina não sabia se dava pulos de alegria por aquele marcante especial na vida de toda mulher: ser mãe. Ou se chorava junto de sua amiga por aquele marcante está acontecendo no momento errado, cedo demais. Afinal, Daniele só tem dezoito anos.

— Mas e ele? Já sabe disso? Você contou não foi? Disse a ele que acidentalmente você engravidou.

— Eu não disse! – foram motivos suficientes para ela chorar ainda mais. — Não tive coragem! Depois daquele dia, poucas vezes me encontrei com ele e todas as vezes que nos encontramos ele fingiu que não me conhecia, como se nada nunca tivesse acontecido entre nós. Isso só fez com que meu coração se partisse ainda mais.

Melina deu outro forte abraço em sua amiga.

— Melina, eu estou perdida – disse ela entre soluços. — Esse filho não está vindo em boa hora. Eu não posso ter esse filho! Eu estou no primeiro ano da faculdade e nem tenho um trabalho. Como vou sustenta-lo? Como irei cria-lo? Imagine só quando meus pais souberem, eles nunca mais vão querer me ver na vida. E se a Marcela e Ariela descobrirem essa gravidez vão querer me expulsar daqui.

— Não diga isso! – Melina acarinhou a cabeça da amiga de encontro ao seu peito. Melina também estava desesperada. Não conseguia imaginar como seria dali para frente com a gravidez de Daniele. — Eu estou aqui. Eu sempre estarei com você.

— Eu sei, mas... – Daniele se afastou bruscamente. — Por favor, não conte isso a ninguém. Ainda não estou preparada para as criticas em ser uma mãe jovem. Eu penso seriamente em não ter esse filho!

— O quê? – Melina se levantou em um salto. — Eu não ouvi isso! Não me diga que por um momento você pensou em... Não! Não! Isso não é verdade Daniele. Me diga que não é? É o seu bebê! O seu filho! Como você é capaz de pensar em querer mata-lo?

Daniele chorou, estava exausta. Por um momento, ela pensou sim em tirar essa criança. Assim, tudo voltaria a ser como antes: ela, uma estupida apaixonada por um cara que nem dá bola pra ela.

— Eu pensei sim – ela confessou. — Mas foi só uma possibilidade! Enquanto esse feto ainda tem o tamanho de um grão de arroz!

— Não diga bobagem! – Melina se alterou, elevando a voz. — Esse feto é o seu filho! E ele tem o direito de viver! Não é culpa dele vocês terem sido tão irresponsáveis!

Melina saiu do quarto furiosa batendo a porta tão forte que fez as paredes tremerem, deixando Daniele aos prantos por seus maus pensamentos individualista e egoístas. Melina estava repleta de raiva. O tipo de raiva que só Henrique tem o direito de causa-lhe.

Melina foi até a varanda e não resistiu ao próprio choro. Um choro não só de tristeza, por não saber o melhor a se fazer naquela situação. Mas também um choro de ódio.

Nesse momento, seu celular tocou no chão da sala. Ela não pensou suas vezes até correr para atendê-lo.

— Filha? Querida! É a mamãe! Será que poderíamos conversar sobre a sua histeria no almoço daquele dia?

— Não mãe! Não podemos conversar! Não agora – Melina praticamente gritou no telefone, assustando sua mãe do outro lado. — Estou muito ocupada agora! Desculpe.

Ela atirou o aparelho no outro lado da sala.

Melina se jogou no sofá sentindo-se esgotada. Teria agido mal deixando sua amiga sozinha dentro daquele quarto abafado agora que ela estava gravida? Ou teria agido bem por deixa-la sozinha para que pudesse refletir mais sobre suas atitudes?

— Melina! – Nicolas entrou inesperadamente sem bater na porta. Com um sorriso de orelha a orelha. — Meu pai vai enlouquecer! Para o jantar de hoje a noite, ele ficou indeciso entre mais de cinco peças de roupa. Parece até uma mulherzinha indecisa. – ele riu. — Ei, espera. Porque você está chorando? Não era para você está feliz?

Nicolas sentou-se no sofá ao lado da jovem que tentava esconder o rosto molhado.

— Nick, promete que não vai contar a ninguém? – ela endireitou-se para poder sentar. — Você é meu melhor amigo! Se eu não conversar com você, vou explodir!

— Claro! Não contarei a ninguém. Você nem precisava pedir – ele sorriu satisfeito. — Pode falar: o que houve afinal? Porque você está chorando?

Melina não resistiu e contou a ele sobre a gravidez de Daniele, enquanto relatada tudo que sabia, não resistiu segurar as lágrimas, o tipo de choro que não teve coragem de chorar na frente da amiga quando soube de toda a verdade.

Nicolas a abraçou.

— O que é que está acontecendo aqui? – Marcela entrou no apartamento pegando todos desprevenidos.

Ela estava maravilhosamente bonita com um jeans justo ao seu corpo volumoso e uma blusa de seda verde.

— Qual é o motivo desse choro? – ela perguntou, jogando as sacolas de compras no sofá . — Posso saber?

— Nada em especial – Melina se afastou do amigo e conteve o choro respondo-a de maneira agradável.

— Hum. Sei – Marcela duvidava. Mas aceitava que eles tinham suas particularidades. — Onde estão as meninas?

— Ariela está na faculdade – Melina secou as ultimas lágrimas. — Daniele está no banho. Nós combinamos de sair.

Percebendo que Melina não tinha condições para continuar aquela conversação de maneira passível. Nicolasdecidiu que estava na hora de tomar uma iniciativa.

— Nossos pais vão jantar essa noite. Eu chamei as meninas para fazermos um programinha entre amigos. Quer ir junto?

— Eu? – Marcela não esperava pelo convite. Nunca tinha saído com eles antes. — Oh, não. Vou aproveitar a casa vazia só pra mim.

Melina assentiu, pediu para que Nicolas esperasse na sala que ela iria ver como Daniele estava no quarto. E como ela mesma já havia deduzido: a jovem estava no banho.

— Eu e Nick decidimos sair para comer algo, que tal? – Melina sugeriu a ela, assim que ela saiu do banho enrolada em uma toalha.

— Não sei – sua amiga virou as costas para procurar uma roupa em seu guarda-roupa. — Não estou me sentindo muito bem, ainda.

— Você quem sabe – Melina deu de ombros. — Ou você prefere ficar em casa com a Marcela? Ela chegou.

Daniele fez uma careta, assim como Melina, ela detesta Marcela por sua estupidez em achar que todo mundo mereça ser tratado inferior a ela por ser sentir sempre um máximo.

— O convite ainda está de pé...

— Tá. Eu vou.

Elas sorriram.





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Notas finais do capítulo

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