Luz Dos Olhos escrita por Mi Freire


Capítulo 13
Surpresa da mamãe




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— Você quer que eu vá com você? – Nicolas perguntou a Melina durante umas das trocas de aula, depois de a ouvido falar.

— Não. Obrigada Nick – eles caminhavam até a próxima sala. — Vou aproveitar meu dia de folga. E também, não quero criar problemas para você no trabalho.

Depois da aula, naquela tarde de folga, Melina passou em casa para tomar um banho e trocar de roupa.

— Definitivamente, estou ficando gorda – Daniele estava nervosa consigo mesma. — Engordei dois quilos. Eu me pesei hoje.

— Olha Dani – Melina calçava uma sapatilha. — para mim, você parece ótima!

Em meios a tantos elogios, Daniele ainda assim, não se sentia satisfeita consigo mesmo. Iria começar uma dieta.

Na cozinha, Ariela almoçava na companhia de Marcela, que mal olhou para Melina. A verdade é que elas poucos se falavam, por mais que Melina tentasse uma aproximação. É como se Marcela não a quisesse por perto.

— Antes de sair – Melina já estava com a mão na maçaneta da porta. — Limpe o xixi da sua cachorra, no chão do meu quarto.

Melina ficou chocada com o que ouvia. De novo?

— Não se preocupe Meli – a defensora de Melina surgiu de repente. Daniele. — Eu limpo para você! Pode ir amiga.

— Não. Deixa que eu limpo. – Melina deu meia volta, mas Daniele a impediu.

De qualquer forma, Melina não iria protestar com sua amiga, se ela estava disposta a limpar, ela faria. Não há quem a impedisse. Assim, ela agradeceu.

— E é por isso que essa patricinha não sabe nem fritar um ovo – Marcela disse assim que Melina saiu pela porta.

Daniele a ignorou.

Fazia sol aquela tarde. Melina dirigia cuidadosamente até o hospital onde seu pai trabalha há tanto tempo.

Chegando lá, foi bem recepcionada por todos, afinal, todos já estavam acostumados com a presença dela por ali.

Melina subiu de elevador até a sala de seu pai, mas não o encontrou. Sua secretário, serviu chá para Melina, pedindo que ela esperasse, pois ele estava no meio de uma consulta de rotina.

Enquanto esperava, a jovem folheou algumas revistas, deu uma olhada em suas redes sociais pelo celular, fitou a parede por minutos que pareceram eternos e foi pega de surpresa por um telefona de sua mãe.

— Melina! Querida! Você nem vem mais ver sua pobre mãe – Verônica estava aborrecida. Melina bem que telefona vez em outra, mas há quase um mês não aparecia em casa. — Estou muito aborrecida!

— Desculpe mamãe – Melina não sabia o que dizer. Sua ausência não tinha justificativa. Ela sentia-se mesmo ausentada na vida de sua mãe, muito diferente, de alguns meses atrás, no ano anterior, quando as duas compartilhavam praticamente tudo, desde que ela nascera.

— Tudo bem, depois conversaremos sobre isso. Mas o que eu tenho a dizer agora é mais importante. Na verdade, é um convite, do qual me recuso que você não aceite – Melina suspirou fundo, já podendo imaginar o que estava por vir. — Almoce aqui no sábado, filha? Convide Thomaz, há tempos não vejo meu querido genro.

— O.K mamãe. Eu vou sim, tá? – Alberto entrou pela porta e ficou surpresa em ver sua filha. Ela não avisara que viria. — Combinado. – sua mãe tagarelava do outro lado. — Tenho que desligar agora mãe. Ah... Tá bom... Eu o chamo sim... Tá mãe... Não se preocupe. Tchau.

Ao desligar, Melina levantou-se rapidamente e abraçou seu pai, como se há muito tempo não o via.

Os dois trocaram meia dúzia de palavras, Alberto não teria nada programado para aquele momento, os dois aproveitaram para descer até a praça de alimentação do hospital.

Os dois pediram pão-de-queijo e café.

— Pai, aquela ali não é a doutora Juliana? – Melina se reveria, com discrição, a uma médica loura, cabelos medianos, magra, de olhos caramelados na casa de seus trinta e tantos anos.

Uma velha colega de trabalho de Alberto. Com ela, ele falou poucas vezes. A doutora Juliana é considerada uma das melhores clinica de todo o hospital. Admirada por todos, ela esbanja simpatia. É divorciada e não tem filhos. Mas está sempre rodeada de muitos amigos.

— E a outra, é a enfermeira Leila? – Alberto assentiu. Entre as duas ele preferia a enfermeira.

A enfeira Leila não trabalha há muito tempo no hospital, no máximo há uns três anos. A doutora Juliana quem arrumou o cargo para ela. Pois são muitos amigas desde a adolescência.

Leila é viúva, tem um filho de dez anos, Enzo. Leila é bem mais baixa do que Juliana. Ela tem os cabelos pretos cortados acima dos ombros, os olhos escuros e a pele branquinha. É extremamente bonita, está sempre sorridente e trata a todos com carinho e educação. Também tem trinta e poucos anos.

— Vocês as conhece pai? – Melina se voltou para seu pai, assim que as duas se sentaram em uma mesa próxima dali.

— Bem pouco, filha. Mas as conheço sim – Alberto tomou um gole de café. — Por quê?

— Elas serão as escolhidas papai – Melina sorriu satisfeita. — São duas mulheres lindas e admiráveis. Sei que o doutor Renato gostará de qualquer uma delas. Nos próximos dias faça o favor de criar vínculos com elas, depois, chame-as para sair. Um jantar entre amigos, sem qualquer tipo de más intensões.

— Melina, isso não será possível filha. Eu mal falo com elas e não tem como eu... De repente...

— Pai, sem desculpas – Melina se levantou e jogou sua bolsa nos ombros. — Você consegue. Eu sei que sim. Faça isso, por mim. – a garota beijou o rosto do pai. — Tchau pai. Eu ligo.

Alberto permaneceu ali, observando sua filha ir embora, estava boquiaberto com o que acabara de ouvir de sua filha. Se ela estava determinada a fazer algo, se empenhava de todas as formas. E não há nada que alguém pudesse fazer para impedi-la.

Gosto de como ela me faz sentir vivo.

— Oi doutora Juliana – Melina cumprimentou com um rápido acendo as duas ao passar pela mesa que elas estavam sentadas. — Olá enfermeira Leila. Tenham um bom dia!

Melina tinha todas as possibilidades de aproveitar seu dia de folga, mas enquanto caminhava pelo shopping, de olho nas vitrines, não conseguia se imaginar fazendo nada que lhe consumisse pelo dia inteiro, sem que ela se sentisse entediada.

— O que faz aqui? – Nicolas perguntou assim que a viu entrar pela porta da loja com algumas poucas sacolas de compras.

— Eu tentei, juro que tentei. Tentei aproveitar meu dia de folga, mas não consegui. Estive pensando em você e queria saber como você está. Eu sei que nos falamos hoje mais cedo na faculdade. Mas...

Melina andava pelo shopping a procura de uma ideia. Em uma loja de roupas femininas viu algo que na hora lhe lembrou de Daniele. Comprou-lhe então um presente. Na livraria viu muitos livros, muitos deles poderia agradar a Nicolas. Assim, ela comprou um para dar-lhe de presente. Nunca antes havia dado presentes aos amigos. Queria agrada-los por eles estarem sendo tão maravilhosos com ela desde que os conheceu. Em especial, Nick, agora, seu melhor amigo.

— Comprei isso para você – ela lhe estendeu a sacola. Intrigado ele pegou de suas mãos, ao mesmo tempo surpreso.

Nicolas adorou o que viu. O livro que ele tanto cortejava desde seu lançamento no mês passado.

— Nossa! Obrigado Meli – ele foi abraçá-la. Apertando-a carinhosamente em seus braços. — Obrigado mesmo!

— De nada – ela sorriu. — Mas não passei aqui só para lhe presentear ou saber como você estava, mas também para te convidar para jantar lá em casa hoje. Farei uma surpresa.

— Outra?

— Sim, outra. Não se atrase. Te espero as oito.


~*~


Na internet Melina procurava por uma receita fácil. Sim, ela não sabia cozinha. Nunca soube. Pois nunca precisou. Sua mãe sempre a cercou de todos os tipos de mimos. Mas agora estava disposta a tentar. Tinha tempo livre e também vinha aprendendo muito com Daniele nas ultimas semanas.

— Obrigada pelo presente! Ficou ótimo no meu corpo gordo – Daniele brincava. As duas riram juntas.

— Não diga isso! Ficou ótimo! – era uma blusinha de seda cor branca de mangas longas.

— Encontrou alguma coisa ai? – Daniele guardou o presente nas gavetas do guarda-roupa. — Eu posso te ajudar se quiser.

— Você vai sim me ajudar. No momento certo. – Daniele sentou-se ao seu lado. — Eu convidei o Nick para essa noite, tudo bem?

— Eu gosto tanto do Nick! – Daniele abriu um largo sorriso. — Vocês se tornaram grandes amigos, não é mesmo?

— Mais do que isso – Melina tirou os olhos da tela do computador para olhar para sua amiga. — Quase irmãos.

Marcela não conseguia nem se imaginar sendo forçada a comer a comida de uma iniciante como Melina. Preferiu marcar com algumas amigas para comer fora. Por outro lado, Ariela adoraria poder ficar para o jantar, seria uma surpresa Melina no comando da cozinha, mas ela tinha marcado com um paquera de saírem para pegar um cineminha.

A receita escolhida para aquela noite foi: panquecas recheadas. Melina não foi tão mal assim. A massa ela mesma preparou passa-a-passo como na internet ensinava. O recheio ficou por conta de Daniele, que tinha mais facilidade com essas coisas, por ser mais trabalhoso.

Nicolas aproveitou e comprou o refrigerante.

— Hum, está ótimo! – ele comentou durante o jantar. — Parabéns a vocês duas!

— Obrigada Nick – Melina sentiu seu rosto corar. Era a primeira vez que se desempenhou para valer na cozinha.

— Nick, se você não fosse meu amigo, eu me casaria com você hoje mesmo. Você é sempre tão fofo com todos! - Dani quem falou.

Os três sorriam um para o outro.

A noite estava sendo especial. Melhor do que Melina imaginou.


~*~


— Desculpe me atrasar querida – Melina já esperava por Thomaz na frente do prédio. Estava ficando impaciente quando o viu chegar.

Ele estava impecável como sempre. Beijou-a e deu-lhe um rápido abraço que ela retribuiu cheia de saudades.

— Estou tão feliz por está com você esse sábado – ele comentou durante o percurso em seu carro, até a casa da sogra. — Há tanto tempo não vejo sua mãe! Qual será o motivo desse almoço?

— Eu não sei – Melina refletia nas mil e uma possibilidades. — Mas já posso imaginar.

Verônica recebeu a filha e seu namorado com um abraço caloroso, ela distribuiu a simpatia. Além de estar linda em um vestido longo cor vinho e saltos altos, cabelos presos em um penteado especial para a ocasião.

— Teresa! – Verônica chamou pela empregada. Teresa não via Melina há tempos. Abraçou a garota quando a viu. Tinha por ela um amor especial, de mãe de criação. — O almoço será servido em poucos minutos. O convidado de honra está chegando.

— Poxa Verônica, eu pensei que eu quem era o convidado de honra desse almoço. – Thomaz brincou.

— Você é mais do que isso. – Verônica pegou-lhe a mão. — Você é o futuro esposo de minha filha. Fico tão feliz por isso!

Os dois iniciaram uma conversa animadora, da qual Melina se manteve fora, já que não se sentia tão à vontade em falar de economia, as ultimas noticias das celebridades e sobre os últimos lançamentos das marcas mais caras de roupas e sapatos.

A campainha então tocou.

— Eu atendo Teresa! – Verônica levantou-se ao ver a empregada se aproximar. — Você veio! – ela abraçou um rapaz. Thomaz e Melina observavam de longe. — Estávamos esperando por você.

Verônica fechou a porta e pegou a mão do seu convidado de honra, conduzindo para o meio da sala. Onde Melina e Thomaz aguardavam-no, já de pé, para recebê-lo.

— Esse aqui é Jonathan, meu namorado – Verônica não conseguia conter a alegria.

Melina forçou um sorriso ao cumprimentar o rapaz alto, forte, mais ou menos da mesma idade de Thomaz, de pele dourada, sorriso impecável, barba curta, cabelos bem cortados e olhos pretos.

Muito parecido com um galã de cinema.

— Você deve ser a filha preciosa de Verônica – Jonathan falou após cumprimentar Thomaz. Voltando-se para Melina.

Ela apenas assentiu constrangida.

Os quatros foram até a sala de jantar, sentaram-se a mesa. Melina de frente para Jonathan, ao lado de Thomaz.

Teresa e outros criados serviram-nos.

Melina se manteve calada durante todo o almoço, por mais que Verônica tentasse inseri-la no meio da conversa, ela apenas respondia em poucas palavras sem mostrar muito interesse.

Já os outros três, conversavam animadoramente. Jonathan e Thomaz tiveram mais afinidade ao momento em que tentavam se conhecer melhor. Melina deduziu que os dois eram de um único mundo e que seriam grandes amigos.

— Me deem licença – Melina levantou-se cuidadosamente. — Mas vou ver como está Teresa. Há tanto tempo não falo com ela!

Melina arranjara uma desculpa, depois de muito tempo de sair dali sem parecer grosseira.

Na cozinha, ela falou com todos, eles moviam-se rapidamente para fazer o melhor para a patroa, Verônica. Coitadinhos. Teresa estava em um dos cantos, mexendo numa panela no fogo e nem viu a jovem se aproximar abraçando-a por trás.

— O cheirinho parece ótimo! – Melina beijou seu rosto. — Como você está Tê?

— Melhor agora – ela deixou a panela de lado e abraçou Melina. — que você está aqui.

As duas sentaram-se a mesa e iniciaram uma conversa que há muito tempo não tinha. Falavam sobre tudo: sobre os quatro filhos de Teresa que ela criava sozinha com força e garra; falavam sobre a vida de Melina nos últimos tempos e como as coisas estavam por ali, na mansão.

Melina sentia-se muito a vontade de falar com Teresa, a empregada, do que com sua própria mãe, que muitas vezes preferia falar a ouvir qualquer coisa que ela tinha a dizer.

— Eu sinto tanta sua falta Tê. Prometo que um dia desses, quando a mamãe não estiver em casa, eu passa aqui pra te ver mais.

— Combinado! Venha mesmo! Você faz falta aqui nessa casa, você não sabe o quanto!

Ao ouvir esse comentário, Melina lembra quando muitas vezes sua mãe tratava os empregados com grosseria e ignorância, especialmente Teresa, por ter ciúmes dela por ter se dado sempre tão bem com a filha, e muitas das vezes Teresa saiu chorando e Melina foi atrás, porque achava injusto e não gostava da forma de tratamento de sua mãe.

Pensando nessas coisas, Melina imagina se as coisas tenham melhorado entre as duas, já que não tem mais motivos para sua mãe ter ciúmes da empregada, pois ela não mora mais ali, entre elas.

— Melina! – Thomaz entrou na cozinha. — Sua mãe está chamando. Ela tem algo importante a dizer.

— Já estou indo. – Melina virou-se para Teresa. — Cuide-se. Lembre-se que eu amo muito você.

Antes de ir, Melina deu um beijo na testa de Teresa.

Melina voltou a se sentar-se à mesa e aguardou.

— Tenho algo importante a dizer: o verdadeiro motivo do almoço dessa tarde – Verônica segurou a mão do namorado. Eles sorriram um para o outro.

Como quem já prever, Melina sente o coração bater mais forte. E resolve bebericar um pouco do seu suco sobre a mesa. Que a essa altura já está quente e sem gosto.

— Eu e Jonathan resolvemos nos casar – Verônica disse com a maior naturalidade possível. Sorrindo para ele.

Ao ouvir a ultima frase, Melina sentiu vontade de cuspir o suco de sua boca. Mas se conteve. Engoliu sentindo dificuldades. Não conseguia olhar para ninguém. Todos estavam com aqueles sorrisinhos forçados e ela não suportaria ver aquilo.

— Como você pode? – ela sentia as lágrimas de ódio escorrer por seu rosto que queimava de raiva. — Você não faz ideia da gravidade do que acaba de dizer?

Todos olhavam para Melina sem entender.

— Isso é ridículo! – Melina riu sarcástica. — Hoje é ele! Amanhã será outro! E você ainda pensa em se casar?

Com vergonha de si mesma pela possibilidade de estar sendo dura demais com sua mãe, Melina saiu da sala de jantar as pressas tentando conter o choro. Ignorou os gritos de sua mãe e o chamado de Thomaz.

Melina correu para o seu lugar preferido, quando morava ali: o jardim nos fundos. Onde ali ela tinha boas lembranças de sua infância com seu pai e os amiguinhos. Um lugar com grama fresca, piscina, um jardim, um pequeno playground e algumas cadeiras, na qual ela se sentou em uma e escondeu o rosto molhado entre as mãos.

Isso é patético!

— Melina? – alguém se aproximava. Por favor, não seja minha mãe, nem Thomaz. Não estraguem as coisas ainda mais! — Tudo bem querida?

Ao levantar a cabeça, ela viu Teresa preocupada.

— Não, você não está bem! Vou pegar um copo de água para você se acalmar. Volto já!

Teresa saiu rapidamente deixando a jovem mais a vontade.

O dia ainda estava claro e o ar mais gelado. Mas Melina não se importava, só queria chorar e ficar sozinha por um tempo até assimilar aquela novidade. Não sabia dizer se sua mãe estava brincando e tentando tira-la do sério. Ou se ela estava sendo injusta com sua mãe por não aceitar que ela fosse feliz.

— Eu preciso sair daqui – disse ela a si mesma enxugando as lágrimas que insistiam em banhar seu rosto. — Antes que qualquer um deles venha atrás de mim.

Mas para quem recorrer? A primeira pessoa que surgiu na sua mente foi Nicolas. Mas se fosse se encontrar com ele, sabia que o garoto insistiria em saber o motivo da sua tristeza e da sua raiva. Melina não está se sentindo bem para conversar. Não agora.

Outra pessoa poderia ser Thomaz. Mas ele estava ali e também não era a melhor pessoa para se conversar sobre essas coisas. Ele nunca entenderia e estaria contra ela.

Seu pai? Bom, ele era sim um de seus melhores amigos, mas conversar com seu pai sobre a mulher que ele ainda amava e suas loucuras não seria justo com ele.

A vovó também era uma possibilidade descartada, já que ela poderia contar tudo, depois, para seu pai. E ele não precisava saber desse casamento. Não agora.

E por fim, tinha suas duas novas amigas: Ariela e Daniele. Melina até poderia contar com elas. Mas não iria se sentir a vontade em compartilhar problemas de família. Então, não. Melhor não.

Sem mais saber por onde recorrer, ela colocou a cabeça para funcionar rapidamente, antes que algum deles, ali presente aquela tarde, viessem atrás dela saber qual fora o motivo de seu surto.

Uma ideia brilhante faiscou em sua mente: Ele.

Porque não?

Por sorte ela estava com o celular, procurou seu numero, e decidiu que era melhor telefonar. Quem sabe até ele poderia tira-la daquele abismo. Ele parecia uma ótima opção. Já que há tempos não se falavam e não se viam. E ela não teria que contar nada a ele, já que provavelmente ele nem perceberia, pois mal a conhecia e não suspeitaria que ela estivesse triste por algum motivo.

O telefone chamou... Chamou... E nada.

Ele não vai me atender.

Por desespero ela saiu dali, antes mesmo de Teresa trazer-lhe o copo com água. Saiu pela porta dos fundos sem que ninguém pudesse vê-la. Melina correu pelas ruas desertas do condomínio. O mais depressa que pôde. Sentindo os cabelos ao vento, ainda chorando, ao pensar no ultimo acontecimento.



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Notas finais do capítulo

O que você achou da atitude de Melina: Foi correto ela ter surtado ao saber da ultima novidade? Ou ela agiu mal? Comente! Seria muito bom que você pudesse participar mais e colaborar comigo.



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