Anjinho Do Amor escrita por Mnicole


Capítulo 1
Flor amorosa


Notas iniciais do capítulo

Então, eu volto a dizer que eu tive a ideia na cabeça e postei, não foi nada ''formal''.



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‘’Summer after high school when we first meet...’’

Era verão quando nos conhecemos. Mesmo assim, estava com clima chuvoso. Eu estava estranha, já que meu primeiro namorado havia dado um basta em nosso conto de fadas por um motivo de canalhice, na data de hoje.

Eu poderia parecer triste, mas não tinha nenhum traço que aparentasse isso em mim. Até porque já fizeram alguns meses desde que isso aconteceu.

Flashback On:

‘’Estava sentada em um banquinho de madeira próximo ao meu prédio, já que havia esquecido as chaves na casa da minha mãe e ela ainda não chegara para me dar de volta. A chuva corria solta pela cidade toda, enquanto eu tinha que andar sempre arrastando um guarda-chuva comigo, se quisesse me manter inteira e seca, sem adoecer.

–Juvia! Te achei! –Chegava meu ‘’príncipe encantado’’, Bora. O Salamandra que usava as chamas de fogo.

–Oi, amor da Juvia. –Disse e fui lhe dar um beijo. Mas tive uma surpresa quando ele virou o rosto e apertou minha mão. –O que foi?

–Não te quero mais.

–Co-como... Assim? Hoje é uma sexta-feira treze, dia de lua cheia. Você está brincando comigo, não é? Meu amor...

–Não, Juvia Lockser. Nosso namoro acaba aqui e agora! –Afirmou enquanto meus olhos embaçados por lágrimas deixou escapar algumas de suas gotas amargas.

–Mas eu te amo tanto... Você disse que me amava... Qual o motivo?! –Gritei chorando, não estava sendo forte o suficiente.

–Você é a mulher da tristeza. Tudo que sai de você é a tristeza. Chuva, água, tristeza. Seu cabelo azul-realeza é fruto da tristeza. Eu não te amo mais, Juvia. Não posso continuar com isso.

Depois disso eu permaneci chocada. Triste. Comecei a acreditar que eu era a mulher da tristeza e que ninguém iria me aceitar. Mas... Quer saber? Se alguém vier me aceitar, vai ter que ser do jeito que eu sou. Vai ter que gostar de passar tristeza ao meu lado.

Saí de onde eu estava à mais de minutos e fui andar pela cidade. Eu não estava apenas com aquele sentimento triste no fundo do coração, eu também tinha raiva. Metade de meu fragmento de vida era domado por essas trevas. A outra era domada por lágrimas.

Fui andando em frente, em linha reta até ver uma pessoa que eu conhecia muito bem, por sinal. Era ele. Era o Bora. Me escondi atrás de uma moita e o vi falando com outra garota até a beijar. Isso para mim foi o estopim. Eu não estava mais agüentando, até que, eu tive uma surpresa.

–Scatty, você quer namorar comigo? –Como assim? Não fazia nem uma hora que ele me dispensara e já está abrindo as asas para ela?! Que canalha!

–Oh? Mas e aquela sua namoradinha ridícula? Como era mesmo o nome dela... Julia... Ruvia... Ah! Juvia! –Pausou e olhou para ele, com nojo. De mim.

–Terminei com ela para ficar com você, minha deusa. –Minha deusa... Foi assim que ele me chamou quando disse que me amava pela primeira vez.- Eu não amava ela, nunca amei.

Nisso eu fiquei gelada, não estava mais triste. Estava com o corpo inteiro soterrado no ódio.

–Nossa, já estava na hora. Eu aceito sim.

Então eles se beijaram novamente e eu decidi sair.’’

Depois que recordei esta amarga lembrança, percebi que comecei a pensar no dia em que conheci um mago de gelo, que se chamava Gray. Gray Fullbuster.

‘’Em uma noite aconchegante eu estava assistindo televisão quando fiquei com muita vontade de comer paçoca. Caminhei até o armário e achei chocolates, jujubas, pirulitos, chicletes e até açúcar confeitado. Achei de tudo, menos paçoca. Decidi ir até o quiosque da Albina Mirajane, que ficava do outro lado da rua.

–Mira-san, teria paçoca para vender à Juvia? –Cheguei de surpresa enquanto ela atendiaum cliente. Esse cliente me chamou atenção... Apenas de bermuda enquanto falava com um rapaz que aparentava ter a mesma idade, de cabelos brancos.

–Ora, ora. Como vai, Juvia? Eu tenho sim suas paçocas.

–Juvia vai bem. Mira-san está bem?

–Sim. –Respondeu com seu lindo sorriso e me dando um saco de paçocas.

–Muito obrigada, Mira-san. Quanto Juvia tem de lhe dar?

–Essas são de graça. Seu aniversário é próxima semana, certo?

–Nossa! Muito obrigada. Como sabe da data do aniversário da Juvia? –Perguntei admirada, enquanto devorava com muita fome aquela comida divina, vulgo, paçoca.

–Ora, não se lembra? –Balancei, negando. –Foi quando eu cheguei de viajem e te dei uma lembrancinha... Aí você perguntou: ‘’É lembrancinha ou é por hoje ser aniversário da Juvia?’’. Então, eu memorizei a data até hoje. Parabéns, Juvia! –Disse saindo de dentro do quiosque e indo me dar um abraço.

–Muito obrigada, Mira-san. Juvia fica muito agradecida! –Sorri para ela, que entrou novamente e fez um sinal de preocupação, colocando uma mão na cabeça e a outra no coração.

–Droga! Esqueci de levar a raspadinha de Gray! –Gray? Quem diabos é este? De repente, vi ela indo falar com o homem sem camisa. Cabelos pretos... Marca de guilda no peito... Fairy Tail...-Gray! Perdoe-me, eu atrasei sua raspadinha. Mas, aqui está! –Disse suando, em sinal de que teve ser mais rápida que a velocidade da luz para poder montar a raspadinha.

–Nada não, Mira. –Ouvi ele se pronunciar pela primeira vez e me deslumbrei com a sua voz. Sem mais nem menos ele engoliu, no sentido da palavra, a raspadinha e se levantou. –Vou ali, já volto.

–Certo, vai querer outra? –Mira-san, Mira-san... Acho que estava muito visível em seu rosto aquele olhar de vendedor quando quer empurrar mais produtos em clientes.

–Vou. Capriche! –Dizendo isso ele veio andando em minha direção e olhou para mim. Meu coração saltitava. Eu decidi ir me sentar e desviei os olhares, mas, algo inesperado aconteceu.

Eu tropecei numa pedra, levando tudo ao chão. Eu poderia me salvar e colocar as mãos na minha frente, mas, decidi salvar meu saquinho de paçoca. Fechei os olhos e senti o impacto no chão. Depois, senti dois braços me puxarem para cima com muita delicadeza, então, abri os olhos e me levantei com auxílio de alguém, que, quando virei para observar...

–Tudo bem com a senhorita? –Sim, era ele! Gray-sama perguntava se eu estava bem.

–S-sim, tudo bem com a Ju-Juvia. –Estava abismada com tanta perfeição em uma pessoa só, que até gaguejei.

–Juvia? Mas foi você quem levou a queda, não? Quem é Juvia? – Ele estranhou em eu falar em terceira pessoa, como na maioria das pessoas. Então, eu apenas apontei para mim e ele fez um sinal de espanto. –Ah, sim! Claro! Desculpe-me, não estou acostumado com pessoas falando na terceira pessoa.

–Certo... Obrigada por ajudar Juvia a se levantar.

–Não foi nada, Juvia. Até outro dia, se cuida! –Foi novamente para o seu destino anterior e eu fiquei parada, pensando.

Uma nova parte de mim acordou depois de seis meses. Seis meses atrás foi o dia de meu primeiro pé-na-bunda

Foi neste dia que conhece Gray Fullbuster.’’

Decidi parar de lembrar das sombras do passado e foquei no presente. Meu presente é muito melhor. Agora sou amiga de Gray e faço parte de sua guilda. Fairy Tail, uma guilda de loucos. Pelo menos, nessa guilda eu nunca passei tristeza. Quando um fica triste, todos o consolam. Quando não é suficiente, todos também se sentem tristes.

Todos sofrem juntos. Mas, também, todos comemoram juntos.

Hoje era dia de festa, eu ainda não sabia o motivo. Estava tudo tão animado... Um clima tão festivo...

–Ei, sua estranha! –Berrava o eterno inimigo/melhor amigo de Gray-sama, Natsu.

–O que foi agora, Natsu? Vai me dizer que não posso matar o Happy?! –A minha ‘’ex rival do amor’’ gritava. Assim que eu entrei para a guilda, vi que ela, Gray-sama, Natsu-san, Erza e Happy eram um time. Isso me deixou morrendo de raiva e acreditando que eles tinham algum relacionamento. Ah, sim. Eu disse que ela era minha ex rival pelo fato de estar namorando Natsu.

–Não, Luce. E o que o Happy te fez de mal?

–Tsc, ele disse que eu você nos ‘’goooshtamos’’!

–NÃO É MENTIRA! –Finalmente o inocente gato se pronuncia.

–Mas, o que tem de mal nisso? Somos namorados, meu amor. –Falou enquanto a olhava de forma apaixonada, deixando-a corada.

–Eu sei que não é mentira, certo? Mas ele me deixa envergonhada...

Ele riu dela, mas logo a beijou. Ah, como eu queria que Gray-sama estivesse me beijando!

Bom, ele estava do meu lado, mas não me beijando.

–Juvia, podemos conversar? –Eu assenti. – Lá fora, tudo bem?

–Certo, Gray-sama. –Então ele me puxou para o jardim das cerejeiras, onde uma pequena mudinha colorida estava brotando.

–Juvia... Eu preciso te falar algo.

Nessa hora eu comecei a me entusiasmar. Será que é uma declaração de amor? O que devo fazer?!

–O-o que é-é? –Gaguejei.

–Não é muito importante, mas... –Fale logo! Pode ser de muita importância a mim! –Eu acho que estou gostando de alguém e queria sua ajuda para decifrar isso. –Oh... Fui decepcionada.

–Ah... De quem? –Suspirei tristemente.

–Bom, ainda não posso falar... Eu preciso de uma certeza primeiro.

–A-ah. Então... Como se sente quando fica ao lado dessa pessoa? –Perguntei.

–Bom, meu coração fica acelerado e começo a suar muito. Eu tento evitar olhar a pessoa com outros olhos, mas, às vezes não consigo.

–Nossa, parece que Gray-sama se apaixonou. –Disse, triste.

–Apaixonado? –Se fez de incrédulo e corado. –Nossa...

–Então, agora que já sabe... Pode me dizer quem é? –Perguntei pelo menos no anseio de ver se esta pessoa poder fazer ele feliz.

–Bom, vou dar dicas. Tem cabelo azul, fala na terceira pessoa, controla a água, é linda, tá na minha frente. –Não... Pode ser! Eu?!

–A... Juvia?!

–Sim, é você. Eu disse que não tinha tanta importância, já que não sei se você sente o mesmo... Então, se você achar melhor ignorar isto, se for lhe fazer bem, pode ig...- Eu o surpreendi.

Me aproximei dele enquanto falava isso e dei um beijo nele. Ele estava espantado, mas logo me puxou pela cintura e acariciou meus cabelos. Uns dois minutos depois nos separamos.

–Juvia não vai se esquecer... Juvia também tem o mesmo sentimento. –Ele pareciamuito assustado. Mas era verdade.

–S-sério? –Pela primeira vez, gaguejava.

Eu assenti com a cabeça e ele me olhou muito surpreso, pegou minhas mãos e me arrastou para a guilda.

Chegamos de mãos dadas, isso fez com que a briga que começou novamente entre Lucy e Happy parasse. Vejetar Eco parou a sua dança. Macao e Wakaba pararam de conversar sobre a nova geração da Fairy Tail. Evergreen e Elfman pararam de se olhar . Makarov e Mira pararam de conversar. E, o mais importante de tudo... Erza parou de comer seu bolo de morango.

–O-oi? –Eu perguntei meio inserta e corada. Não sabia porque tanto espanto.

–Tão namorando! Tão namorando! – Coro geral de todos os magos.

–É, gente. Finalmente estamos juntos. –Gray-sama... Ele disse isso com tanta certeza, que me senti feliz.

–Finalmente... –Repeti bem baixinho.

Segundos depois fui arrastada por um grupo de meninas, me fazendo muitas perguntas. Eram tão absurdas que prefiro nem comentar aqui. Achei melhor acabar logo com toda a avalanche e fui me despedir dele, alegando ir para casa.

–Gray-sama, Juvia já vai.

–Mas já? –Me olhou com carinha triste. –Tudo bem... Eu vou te legar para casa então.

–Tem certeza? Juvia mora à cinco quarteirões.

–Sim. É perigoso deixar uma linda dama sair por aí nessa hora do dia. Digo, noite. –Então eu me dei conta de que eram oito e meia.

–Ah, obrigada Gray-sama!

Saímos da guilda de mãos dadas e seguimos para a minha casa olhando as estrelas. Estava muito silencioso, quando...

–Juvia, olhe aqui! –Que coisa mais fofa... Ele soltou nossas mãos entrelaçadas e foi pegar uma flor jade azul, linda. Chegou ao meu lado e a pôs em meus cabelos. Isso me deixou vermelha.

–O-obrigada. Juvia achou linda. –Disse e sorri para ele. Ele pegou novamente minhas mãos e beijou a minha testa, voltando a andar logo em seguida.

Já passamos por todos os quarteirões e quando estávamos na frente de meu prédio ele volta a falar.

–Juvia, tome cuidado, certo? –Ele me olhou preocupado. –Já está na frente de seu prédio e esse bairro é meio perigoso... Qualquer coisa, você usa um lácrima de telefone e entra em contato comigo. Virei te ver sempre.

–Muito obrigada, Gray-sama! –Abracei ele com força.

–De nada... Juvia, sei que não fazem nem quatro horas em que começamos a namorar, mas eu venho sentindo que te amo desde que entrou na guilda.

Eu estava espantada.

–Nossa... Só espero que você não me faça sofrer ou ter raiva... Como o Bora...

Eu disse isso, já que ele sabia sobre o Bora. Ele ficou sabendo quando saiu em uma notícia inusitada a foto dele, liderando tráfico de garotas. Eu nunca soube que ele fazia isso. Na verdade, nunca o vi trabalhando.

–Mas, eu te amo, não é? Ele não te amava, ele te iludiu. Se eu te fizer sofrer, você pode me bater, me socar, me chutar. Pode fazer qualquer coisa, contanto que você fique feliz. Eu não vou te fazer sofrer e não vou deixar que ninguém te faça sofrer. Acredite em mim, meu amor.

–Oh... Eu também te amo, Gray –sama. –Disse e dei um longo beijo nele.

–Pronto, minha princesa. Agora que sabe que eu te amo, já está tranqüila. Vá subindo que eu vou embora. As luzes dos refletores das ruas serão apagadas em meia hora e eu não quero perambular por aí no escuto, à mercê de ladrões. Durma bem. Xau, meu anjinho do amor...

–Até amanhã, amor da Juvia... Durma bem.

Depois que disse isso, subi e retirei a flor de meu cabelo para colocar num vaso. Tomei banho pensando em como estaríamos mais próximos e troquei de roupa. Dei uma última olhada na flor e fui dormir.

Adormeci pensando nele.


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Notas finais do capítulo

Mesmo não sendo formal, fiz com carinho.
Muita gente para de fazer um monte de coisa pra escrever aqui... Pensem. Eu sempre comento quando leio, então, vale à pena você comentar e fazer a gente feliz :3
Comente.