Percy Jackson E A Filha De Hades escrita por Jenny Felton


Capítulo 3
Capítulo 3




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Eu fiquei o dia inteiro trancada no quarto. Não queria sair, o mundo lá fora é uma droga e a melhor coisa que eu faço é simplesmente nada. Liguei o som que tinha no meu quarto e enfiei um CD qualquer nele, reconheci o ritmo logo como It Nerver Ends da banda Bring Me The Horizon.

Sentei no chão peguei um lápis, uma borracha e um papel. Meu passatempo preferido, desenhar. Saiu uma coisa meio medonha, como um anjo. Só que um anjo negro, um anjo da morte. Que se foda, o desenho não vai sair do meu quarto mesmo.

- Merida, eu vou sair, ok? Volto antes das 19h00min prometo! – Gritei para minha querida “mamãe” – sentiu a ironia? – Peguei minha chave que estava em cima do balcão e saí praticamente voando do prédio.

As ruas de Nova York estavam frias, enfiei a mão nos bolsos da jaqueta que eu usava ( Roupa de Nicole: http://www.polyvore.com/nicole/set?id=88026155 ). Os anéis em meus dedos estavam gelados, o que não ajudava muito. Eu sou meio que viciada em anéis e hoje eu estava usando o meu favorito ele era um dos menores, porém era cheio de pedras preciosas e tinha uma caveira o enfeitando.

Entrei em uma galeria qualquer, ela estava meio vazia. Sentei em um bando e comecei a olhar o movimento. Tenho mania de fazer isso, é estranho, mas eu me sinto mais calma. Tudo estava completamente normal no meu dia até um bando de mulheres gritando feito loucas passarem por mim, dizendo algo como “cobra!”, “ah, socorro”, “ah, cobraaa!”.

Vi que logo atrás delas uma cobra enorme, tipo, enorme mesmo, se rastejava. Ela deveria ter mais ou menos 1,5m no mínimo. Sua pele escamosa variava entre tons de verde e preto, as mulheres estavam muito desesperadas. Não sei se foi pelo fato de ser uma cobra realmente grande ou pelo fato dela estar cuspindo fogo.

É, a cobra estava cuspindo fogo. Levantei-me tentando não entrar em pânico e saí caminhando dali. Olhei para trás e vi que a cobra me seguia, ótimo, vamos tentar lembrar: “Não entrar em pânico, não entrar em pânico.”. Tarde demais, já estou correndo e gritando feito uma louca.

Eu corria feito uma galinha - sim, uma galinha. – e a cobra tentara tacar fogo em meus pés duas ou três vezes. Virei à esquina deixando-a para trás, parei um pouco para tentar recuperar o folego, mas ele não subia, entrei em desespero. Daqui alguns minutos a cobra vai me alcançar e eu estou sem folego para correr – como eu sou sortuda, não?

Eu ainda continuava ali encostada na parede tentando recuperar o folego quando a cobra apareceu. Fechei os olhos esperando ela dar o bote – ou tacar fogo, quem sabe. – contei mentalmente até 10 e quando abri os olhos lá estava a cobra. Esmagada por um pedaço da pedra da calçada. Como isso aconteceu? Eu não sei.

A cobra se desintegrou e se transformou em um pó parecido com areia. E eu volto à pergunta, como isso aconteceu? Ainda não sei. Ignorei o fato de ver a cobra se transformando em pó na minha frente e segui meu caminho de volta para o apartamento.

* * *

Quando cheguei no apartamento Merida estava sentada no sofá lendo algum romance água com açúcar. Ela me olhou de cima a baixo e retorceu a cara.

- Você já estava ruim antes, agora tá ainda pior. O que aconteceu?- Perguntou calma voltando para sua tão importante leitura.

- Ah nada demais. – Nesse momento vi Charles meu padrasto saindo de um dos quartos e se sentando ao lado da minha mãe. – Uma cobra cuspidora de fogo me perseguiu até ser esmagada por uma pedra e virar areia.

- O quê? – Falou Charles. Merida arregalou os olhos e olhou primeiramente para Charles e depois pra mim.

- Querida, vá para o seu quarto. Preciso conversar com Charles. – Fui pro meu quarto e encostei-me à porta para ouvir a conversa, primeiro motivo para suspeitar de algo: Ela me chamou de querida não de aberração, monstrinho, estranha ou qualquer outra coisa.

- Se o que ela disse era verdade ela precisa sair daqui imediatamente! – Falou Charles

- E para onde ela iria, gênio?

-Para o acampamento, oras! – Merida ficou muda por um tempo.

É isso mesmo sociedade? Eu quase sou morta e eles querem me mandar para um acampamento?

- Lá pelo menos é mais seguro que aqui.

- Então chegou a hora? Ela vai ter de ir para o acampamento?

- É a única chance dela. – Finalizou Charles.

Me encolhi em um canto, eu iria para um acampamento... Ótimo! Mais um tempo sem ver Merida!

- Nicole, arrume suas malas. Amanhã viajaremos. – Falou Merida entrando no meu quarto.

- Para onde vou?

- Você vai para um acampamento de verão.

- Ok.

Peguei a mala que eu havia esvaziado há pouco tempo e comecei a socar as roupas lá dentro. Mal chego já vou embora, ótimo não? Terminei de socar tudo que eu consegui lá dentro e fui dormir, amanhã seria um dia e tanto.

* * *

“Let's fuck
'Till the sun comes up
Because we haven't got long”

Jogaria meu despertado no chão se ele não fosse meu celular, é me julguem meu toque de despertador chega a ser assustador. Desliguei o despertador e levantei da cama esfregando os olhos. Me olhei no espelho da penteadeira, não estava tão ruim.

Meus olhos estavam cheios de olheiras o coque que eu havia feito antes de dormir estava todo bagunçado e metade do cabelo estava solto. Não estava tão ruim, eu só estava péssima.

Entrei no banheiro e fiz minha higiene matinal. Penteei meus cabelos até eles ficarem aceitáveis, fiz um coque e coloquei um lenço preto com detalhes brancos na cabeça para disfarçar o ninho que estava minha franja. Até que ficou aceitável.

Fiz um traço grosso de lápis preto em volta dos olhos para disfarçar a noite mal dormida. Me vesti com algo que não me deixasse passar frio, joguei minha mochila – http://www.polyvore.com/nicole/set?id=88051146 – nas costas e saí arrastando minha mala até a sala.

Charles e Merida tomavam café quando cheguei. Peguei uma maçã e comecei a comê-la.

* * *

Nós já estaríamos no acampamento se Merida não fizesse Charles parar em cada loja que ela via. Já era de noite, mas ao invés desse concentrar em me levar para o acampamento ela se concentrou nas comprar e jogou todas as sacolas possíveis na minha cara. Merida, sempre tão humilde...

E ainda para melhorar meu dia começou a chover, o bom é que com chuva não tem compras para Merida o ruim é que fica difícil de dirigir no escuro e embaixo de chuva. Charles dirigiu por mais alguns minutos, - não alguns, muitos minutos. – e Merida ficava reclamando por que queria fazer compras.

Quando chegamos vi uma entrada de madeira com uma escrita conhecida, grega se não me engano. Minha dislexia logo entrou em ação fazendo com que as letras “pulassem” para fora e tomassem uma ordem diferente. “Acampamento meio sangue” era isso que dizia se não me engano.

Merida e Charles praticamente me jogaram para fora do carro e partiram. E como eu vou me virar aqui? Não sei. Passei tranquilamente arrastando minha mala, até ouvir gritos. Oh céus, por que coisas assim só acontecem comigo?

Um homem barbudo e uma garota mais nova que eu de cabelos loiros encaracolados apareceram. Eles olharam pra mim surpresos.

- Quem é você? – Perguntou a garota

- Você primeiro.

- Não temos tempo para isso! – Falou o homem. – Ele deve estar por aqui.

Foi quando chegou um ser se arrastando junto a outro, ele aparentava cansaço e estava sujo. Ele levantou a cabeça e o reconheci, Percy, e logo e desmaiou.

- É ele. Tem de ser. – Disse a garota.

-Silêncio, Annabeth – fiz “há” mentalmente ao ouvir o nome da garota e o homem continuou. – Ele ainda está consciente. Traga-o para dentro.


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