Let Me Love You - Klaroline escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 10
Capítulo 9 - O quanto mais rápido


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ;)
*Leiam as notas finais*



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"Niklaus"

Acordar sentindo o delicado corpo de Caroline ao meu lado, foi uma sensação completamente estranha. Uma sensação estranha "boa".

Mesmo que essa noite tivesse sido a mais especial de toda minha vida - algo que jamais imaginei que diria um dia - eu ainda estava tão furioso a ponto de explodir a qualquer momento. Quando no nosso momento mais íntimo, vi a nudez de Caroline, eu senti meu corpo tremer. Não era por excitação com o momento, era de raiva. Havia marcas por todo seu corpo. Algumas já cicatrizando, outras marcas pareciam que ficariam alí presente por muito tempo.

Saber que Caroline sofreu daquela maneira no seu passado, era uma coisa, agora ver as provas disso, era completamente outra. Meu corpo se corroia enraivado por saber que aquele animal tocara em Caroline daquela forma tão grotesca a ponto de deixá-la com marcas para toda vida.

Mesmo que Caroline tentasse, ela jamais conseguiria esquecer seu sofrimento. Seu próprio corpo era a mostra de seu sofrimento com Galen.

– Você não me acordou. - escutei a voz manhosa de Caroline logo cedo.

Ela estava me observando com certo receio. Eu não sabia qual seria seu receio, mas tinha o meu receio que fosse por Camille. Ela tinha deixado a pequena garota com Sheila Bennett, a única pessoa que Caroline tinha em confiança para deixar sua tão amada e preciosa filha.

Eu suspirei. As imagens de Caroline sofrendo nas mãos daquele homem me deixavam angustiado. Eu precisava fazer algo. Eu precisava ajudar Caroline.

– Você estava tão bela, imaginei que seria um pecado se eu fizesse isso. - falei, esbolçando um sorriso.

Carolie se apoiou num braço, com seu corpo virado para mim. Ela vestia apenas sua lingerie vermelha. Sua mão segurou meu rosto e ela me olhou cuidadosa.

– O que você tem? Me parece tão preocupado. - falou ela, preocupada.

Segurei em sua mão e a beijei delicadamente. Caroline sorriu no mesmo instante.

– Não é nada, querida. Bobeiras da empresa.

Ela sorriu, sapeca.

– Por que este sorriso?

– Bem, estou me sentindo um pouco... importante. Sabe, estou deitada na cama do cara importante mais importante de Mystic Falls. Posso me gabar um pouco, o que acha?

Acabei rindo. Caroline era tão humilde. Nem mesmo a doce e ingenua Elena Gilbert podia ser comparado a minha querida Caroline. Sentei-me na minha cama e a loira fez a mesma coisa.

– Que tal se gabar um pouco enquanto tomamos café da manhã? Assim, buscamos Camille depois e passamos o resto do dia juntos, o que acha?

– É uma ótima ideia! - ela concordou empolgada.


Depois de um banho, Caroline precisou vestir os mesmos trajes do dia anterior. Com seus cabelos presos numa maneira desleixada, ela estava deslumbrantemente linda naquele fim de manhã.

Estávamos quase entrando na hora do almoço, mas graças nosso tempo na cama, teríamos de tomar nossa primeira refeição justamente agora. Descemos as escadas ouvindo o silencio costumeiro da casa.

Ou nem tanto...

– Bom dia! Ou será que devo dizer "Boa tarde"? - era Katherine.

Sentada pomposamente na sala de estar, com uma revista em mãos e uma roupa justa e sensual. Elijah vinha da cozinha naquele instante.

Caroline me olhou um tanto envergonhada, logo não imaginando que dividiriamos essa manhã com meu irmão e a megera que é a esposa dele.

– Eu não imaginava que teríamos visita nessa manhã. - declarou a cópia de Elena Gilbert.

– Eu não imaginava que você estaria acordada a essa hora, Katerina. - audaciei e a vi ficar incrédula em dizer seu verdadeiro nome.

– Oh, você se esqueceu, Niklaus? - perguntou Katerina, uni meu cenho, desconfiado de suas palavras.

– Essa noite é o coquetel dos sócios da empresa, você marcou sua presença. - ditou Elijah, pomposamente - E bom dia, Caroline.

– Bom dia. - respondeu ela, com seu jeito carinhoso.

Eu ainda tentava me lembrar desse coquetel. Foi assim que me recordei da ideia que surgiu há algumas semanas na empresa. Tínhamos conseguido novos sócios e em comemoração a ideia de um coquetel surgiu. Eu não tinha planejado algo para isso, apenas me recordava vagamente.

– Você deveria levar Caroline, Klaus. - sugeriu Katerina, sorrindo de orelha a orelha - Eu preciso ir, tenho hora no salão de beleza e ainda preciso comprar meu vestido.

Katerina beijou os lábios de Elijah e nos deu um aceno enquanto partia rumo a desperdiçar o dinheiro de minha família. Olhei para Caroline que esperava por alguma coisa vinda de mim. Apenas suspirei pesadamente e Elijah sumiu na direção do escritório.

– Acho que nós temos um jantar para irmos essa noite. - sorri para Caroline, que me olhou espantada.

Caminhei na direção da cozinha e Caroline me seguiu apressadamente.

– O quê? Que história é essa, Nik? - ela perguntou.

– Você acabou de escutar.

– Nik, eu sinto muito, mas eu irei trabalhar essa tarde no Grill e não posso deixar Camille novamente com a senhora Sheila, é abusar de mais pelo dinheiro que estou dando. - ela admitiu - Eu realmente adoraria ir, mas...

– Vocês duas irão. - admiti e ela me olhou espantada novamente - Não há nada de mais...

– Nik, está tudo bem, eu não ficarei chateada se você não me levar, eu juro, está tudo bem. - ela falou segurando em meu braço.

Eu olhei nos seus olhos.

– Seria injusto se eu não te levasse. - comentei, incerto e ela sorriu segurando meu rosto gentilmente.

– Nik, é um jantar empresarial, sua família e sua empresa é muito conhecida... Eu não quero correr o risco de... ser reconhecida. - suas últimas palavras sairam num sussurro e comecei a compreende-la.

"Caroline"

– Está tudo bem, Caroline? - perguntou-me Bonnie, confusa quando me encontrou no balcão, estávamos próximas ao fim do expediente.

Eu estava tão distraída, de repente, eu comecei a me sentir preocupada e aquilo chegava a doer minha alma. Eu já tinha ligado a senhora Sheila algumas vezes, apenas para ter a certeza de que Cami estava bem. Klaus viera me ver ha algum tempo, antes de ir ao jantar de negócios e ainda assim, mesmo sabendo que ele estava bem, minha alma parecia estar sofrendo de preocupações.

– Bonnie, está tudo bem se eu te deixar para fechar o Grill, eu não estou me sentindo muito bem. - digo, incomodada.

Bonnie concorda, preocupada e ainda pede para que Jordan me desse uma carona. Pela primeira vez, eu não recuso. Jordan, em silêncio me leva para apanhar Camille e logo me leva de carona para minha casa. Minha pequena estava sonolenta, devido a tantas brincadeiras e veio em meu colo, agarrada a um desenho que tinha feito no dia anterior.

– Eu posso ver esse desenho, querida? - pergunto, enquanto visto Camille com o pijama rosado dela.

Cami sorri um pouco envergonhada.

– Mamãe, promete que não fica brava? - pediu ela, acanhada e fez um biquinho meigo.

– Claro que não, minha pequena! - digo rindo e ela deita-se em minha cama.

Camille já tinha perguntado por Nik e estava ansiosa para vê-lo novamente. Era incrível a forma que ela já o adorava, mesmo com tão pouco tempo de convívio. Ela me esticou a folha já meio amassada, devido ela carregá-la para todos os lados, segundo a senhora Sheila. Vejo os rabisco de minha filha e compreendo ser três pessoas. Logo eu a reconheci tão pequena e loira naquele desenho, de mãos dadas a um casal. A mulher loira eu imaginei a ser eu e o homem, também loiro, causou-me arrepios.

– Que-Quem é este, Camille? - perguntou apontando para o homem que ela dá a mão no desenho.

Minha filha se encolhe sobre minha cama, triste por algo que não compreendo. Só então percebo que estou nervosa. Nervosa por saber que minha filha desenhava um homem conosco, loiro e alto.

– É o Nik, mamãe. - sussurrou ela, assustada e meus olhos se arregalaram - Ele é o rei, você é a rainha e eu sou a princesa, mamãe. - completou, tristonha.

– Querida... - sussurro espantada por saber que não era Galen no desenho. Minha filha tinha posto Niklaus no lugar de seu pai.

– É que eu queria que ele fosse meu papai. Ele é legal, mamãe, ele gosta de mim. E não briga, não grita e nem faz dodói.

Meus olhos ficaram pesados quando as lágrimas os invadiram. Camille estava tão sincera, de olhos baixos e um sorriso triste. Meu coração se apertou quando a imagem de Galen a agredindo se fez presente.

– Me desculpe, querida. - eu a abraço imediatamente e Cami fica confusa, ainda assim retribuindo ao meu abraço - Olhe aqui para a mamãe. - peço, puxando seu rostinho triste e confuso - Eu sei que você gosta muito de Klaus, meu amor... Mas... Você sabe que em breve nós teremos de ir embora, não sabe?

– A gente leva o Nik, mamãe! - falou ela, inocente, como se fosse simples - Ele tem um carro, aí a gente não precisa nem comprar passagens!

Acabei rindo, sentindo meu rosto molhado com as lágrimas. Camille podia ser tão inocente, ao mesmo tempo era tão esperta. Ela segurou no meu rosto e limpou minhas lágrimas.

– Não chora, mamãe. O Nik vai cuidar da gente, ele prometeu para mim.

– Prometeu? - sussurrei confusa e ela concordou sorrindo - Quando ele te falou isso, Camille?

– No dia que ele me buscou na senhora Sheila, mamãe. - ela falou, como se fosse óbvio - Ele disse que sempre ia cuidar da gente e prometeu também que o Galen não ia mais machucá você, nem grita comigo.

Meus lábios tremeram e mais lágrimas desceram pelo meu rosto. Afastei as mãos de Camille do meu rosto, para conseguir chorar. Eu não podia fazer isso com os dois. Camille e Klaus não mereciam isso. Era culpa de Galen. Era tudo culpa dele. Eu não tinha opção, uma hora ou outra eu estaria os magoando e precisava ser o quanto mais rápido.

"Niklaus"

"Coquetel" de negócios. Teria coisa mais suportável do que isso? E o pior: meus pais estavam presentes. Não somente meus pais, a família Mikaelson inteira, com exceção de Rebekah. Até mesmo Finn estava presente essa noite, com sua esposa. Kol, o qual nunca participava, também estava e o circo parecia estar armado. Por mais chato que fosse, minha família era muito desunida, com exceção meus irmãos Elijah, Kol e Rebekah e eu. Meus pais nunca foram aqueles pais preocupados e dedicados, como vemos na televisão. Meu irmão mais velho Finn, quando teve a oportunida, deixou sua família e construiu a sua própria. Até mesmo quando Elijah era casado com Tátia, ele sempre manteve-se unido, principalmente a mim, Rebekah e Kol. Nosso irmão mais novo Henrik, também era ligado a nós, porém era muito mais ligado a mim e a Kol.

– Eu odeio usar gravata. - resmungou Henrik, dentro de meu carro, enquanto eu dirigia de volta para casa e pensava em Caroline. Se ela estivesse comigo nessa noite, aposto que meu humor estaria muito melhor.

– Vai se acostumando, em breve terá de usar todos os dias, quando estiver na empresa. - digo rindo de leve e ele bufa irritado.

– Pode me deixar na casa de Jeremy? Ele fará uma festa, aproveitando que Elena foi viajar hoje com Damon. - pediu ele sorrindo empolgado.

– Você sabe que a cópia boa não é tão boazinha assim quanto parece, certo? Avise isso ao pequeno Gilbert. - falo mudando meu caminho agora - E aproveite que está tão formal para conquistar algumas garotas.

– Qual é? Eu sou Henrik Mikaelson, eu não preciso de roupas para isso. - ele gabou-se rindo e acabei rindo junto.

Em breve chegamos na casa movimentada onde moravam os Gilbert. Eu sabia que Jeremy deveria estar com Katherine, mas eu tinha a certeza de que a gêmea má pouco se importou quando soube da festa, e tinha a certeza de que tinha ajudado o garoto. Não que Katherine não se importava com o irmão, ao contrário, ela estava sempre fazendo todos os mimos do garoto e aposto que gastou o dinheiro de minha família para bancar a festa que o irmão mais novo gerou sem o conhecimento de Elena.

Após garantir que Henrik já estivesse na festa e saber que ele saberia cuidar de si próprio, mandei uma mensagem a Kol, aavisando-lhe onde estaria o Mikaelson mais novo, afinal, em algum momento nossos pais perguntariam do garoto, mesmo que Mikael estivesse ocupado de mais com sua amante e Esther esbanjando-se na luxúria.

Vendo-me tão perto de onde Caroline morava, não resisti em mudar meu destino e seguir pelo lado mais vazio de Mystic Falls, na direção de onde Caroline morava. A casa dos Gilbert era um tanto distante da casa de Caroline, ainda assim eu prossegui, ansioso para encontrar as duas mulheres loiras com sorrisos lindos. Era impossível não se apaixonar pelas duas, principalmente por Camille, tão pequena e esperta. Ela era adorável e mesmo com tão pouco tempo que tivemos juntos, eu me sentia enraivado por saber que aquele monstro tocou nela e lhe fez tão mal.. Tão pequena, tão indefesa, a única coisa que Camille merecia era ser feliz, sem sofrer e nem chorar. Eu a queria perto de mim, queria protegê-la, da mesma maneira que faria a sua mãe. E eu precisava tomar uma medida para que nada de ruim acontecesse a elas, novamente.

Estaciono meu carro a frente da pequena e velha casa. Desço do carro, notando a casa estar escura e receio em pensar que elas podem estar dormindo. Mas vejo a entrada aberta e aquilo me assombra. Caroline tinha medo de deixar janelas e portas abertas a noite e isso me preocupou.

Apresso minha caminhada e adentro na casa, notando o vazio e o silêncio presente. Acendo a luz da pequena sala e a encontro vazia, organizada e silenciosa. O quarto está a mostra e também vazio. Não há nada sobre a mesa ao lado do único sofá. Não há a foto de Camille com Caroline.

Corro para o quarto e encontro o armário de portas abertas e vazio, não tão vazio quanto meu interior.


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Notas finais do capítulo

Ow, onde será que a Caroline está? Quem acha que o Galen esta envolvido nisso ou não?
Ah... Gente, que saudades de vocês. Eu me sinto tão mal por ter demorado tanto. Sério, estou me sentindo a pior pessoa da terra! Eu amo, definitivamente eu amo mesmo, minhas histórias, elas são meu xodózinho! Mas eu me apressei tanto em criar tantas de uma vez, que isso prejudicou não apenas a Gabi Mikaleson Salvatore, como a Gabriela! Vocês me entendem? Eu fiquei muito atolada, escola, vestibular, vida pessoal e Nyah! Agora estou tentando colocar tudo nos eixos. LMLY está sendo a prioridade, devido ao tempo que estou sem postar e podem ter a certeza de que (Eu juro) não irei abandoná-la. Essa história não é longa, como Addicted To You, por isso pretendo priorizá-la por um tempo. Não, eu não vou deixar minhas outras histórias de lado, tanto porque, eu AMO a minha saga A Stranger e sou viciada em ATY, então não se preocupem, quem lê alguma delas. Eu estou atolada? Estou. Vai começar minhas aulas na faculdade? Vai. Vou começar a trabalhar? Sim. Mas eu vou arranjar (e vou conseguir) um tempo para minhas histórias. Porque escrever é minha vida e não há nada nesse mundo que me fará parar de escrever fanfics ou histórias originais - as quais não tenho coragem de postar AINDA.
Talvez seja pedir de mais que comentem, mas eu preciso saber se devo continuar e se vocês me desculpam pelo atraso. Não vou prometer que volto logo, mas pretendo. Eu já quero começar a preparar o próximo capítulo, porém preciso de um pouco de inspiração! Conto com o incentivo de vocês, queridas!
Um beijo no coração de vocês e até breve!
XOXO