Entre Lobos E Vampiros escrita por mrs montgomery


Capítulo 17
Dama de Preto


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou grandinho, nem sei como consegui escrever tanto assim, só sei que escrevi! Quero agradecer ao Ricardo GeenGreymanne pela recomendação diva e a todos que estão lendo e gostando =X
É isso, boa leitura *-*



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Já devia ser em torno das duas da manhã e Kathleen ainda estava acordada. Ela teve o mesmo sonho, aquele com o baile e o banho de sangue, nas três vezes em que tentou ter uma noite de sono calma. Aquilo já estava deixando-a assustada. Ela sentia que precisava fazer alguma coisa naquele baile, mas estava proibida de ir. Se ela fosse, os Sanguinários a matariam em pleno baile.

Então o que fazer?

A única saída era ir ao baile. Bem, seria um baile de máscaras, então isso diminuiria o perigo. Só diminuía, porque mesmo assim ela corria risco de vida. Mas agora a única coisa que passava pela sua cabeça era o fato de ela não ter um vestido para ir. Isso significava que ela teria que sair da casa e ir encarar os dias frios de Hillwood.

Tentou mais uma vez pregar no sono, e como esperado, não deu certo. Só de lembrar-se daquele banho de sangue de seu sonho, o sono desaparecia e não voltava tão cedo. Levantou-se da cama e saiu do quarto em direção a cozinha, pois queria beber um leite ou coisa assim.

Desceu lentamente as escadas, mas parou na metade delas porque ouviu duas pessoas conversando na porta. Sarah e Rachel. As duas estavam conversando a respeito do baile e Kathleen parou para ouvir.

– Você vai? – Sarah perguntou.

– Sim. – Rachel respondeu com ânimo na voz. – Você trouxe?

– Aqui. – Sarah entregou uma caixa a Rachel, provavelmente com um vestido. – Mais uma coisa... Eu sei que você está com a Van Gould.

– Não conte pra ninguém! Eu vou jogá-la na floresta para os lobisomens a matarem na noite do baile. Damon insistiu para que acolhêssemo-la.

– E o lobinho?

– Ela não vai mais vê-lo. Esse foi o trato: Ela está proibida de vê-lo, mas em troca será protegida.

– Aquele garoto vai fazer de tudo para salvá-la. Não deixe que isso aconteça. Ela tem que morrer. Notifique o grupo quatro quando você for jogá-la na floresta. Nós pegamos o lobinho.

– Certo. Encontre-me no castelo daqui a dez minutos, hoje é dia de caça. – Rachel assentiu e Sarah saiu da casa.

Rachel colocou a caixa no sofá, abriu, torceu o nariz e fechou-a. Provavelmente não gostou do vestido e não iria usá-lo de jeito nenhum. Pegou uma capa azul marinho que estava jogada no sofá, vestiu e saiu da casa. Kathleen deu um sorriso e voltou para seu quarto. Ela já sabia como conseguir seu vestido.


–♥-






– O que acharam deste? – Amy estava usando um longo azul escuro tomara que caia com cauda sereia. Ela estava em uma loja para comprar um vestido para o baile, junto com Ella, Sam, Carrie e Jack. Apesar de estarem ainda em choque com a morte de Kathleen – Com exceção de Jack – eles acharam que o baile iria ser uma forma de descobrir o motivo da morte de Kate, já que o baile era em comemoração desse acontecimento.





– Ah, é bonito igual aos outros dez que você experimentou. – Jack disse em tom de provocação, mas Amy apenas revirou os olhos. Ele já estava cansado de ver Amy experimentar todos os vestidos da loja e nunca se decidir, então se jogou na poltrona. – Por favor, Amy! Só vamos nesse maldito baile para descobrir alguma coisa sobre Kathleen! Pra que tanta demora em escolher um vestido? Estamos nessa loja desde que amanheceu!




– Acho que é esse! – Carrie disse, sorrindo para Amy. – Ficou perfeito em você!




– Você sabe que ela só tá dizendo isso para você se decidir logo e parar de obrigar o atendente a revirar a loja toda né? – Zombou Jack e as meninas riram, exceto Amy, que apenas mostrou a língua para o rapaz.


Ele conhecia aquelas garotas há pouco tempo, mas ele já as considerava grandes amigas e elas também o consideravam um grande amigo. Eles ficaram mais unidos principalmente depois da trágica notícia que Kathleen morreu enforcada. Jack sabia que era mentira, sua vampira estava viva, mas ele não deixava de pensar no fato de ela não querer estar com ele e que ele não sabia onde ela estava, ou melhor, com quem estava. Jack não quis contar para as meninas, seria um grande choque para elas, e nem ele mesmo estava acreditando que ela estava viva.

– Carrie! – Amy fez uma careta tão engraçada e conseguiu arrancar risadas dos amigos, por mais tensa que a situação fosse.

– Ai amiga! Você não se decide. – Carrie retrucou. Depois um tenso silêncio tomou conta do local.

– Galera... – Sam começou, engasgando nas próprias palavras. – Eu acho que Kathleen não está morta.

– Mas ela foi enforcada. Quem sai viva de um enforcamento? – Disse Ella, surpresa com o próprio pessimismo.

– Eu perguntei ao cara que limpa o hotel onde estamos e ele disse que ela não resistiu e morreu rápido. – Sam fez uma pausa. – Eu suspeito de que ela fingiu que estava morta para se salvar.

– Isso pode ser verdade. Mas então porque ela não nos procurou?

– Zumbis não costumam procurar vampiros. – Jack ironizou. Não queria dizer às amigas que Kathleen estava viva e vagando por ai sozinha. Por algum motivo, ele preferia que ela estivesse sozinha a acompanhada. – Mas se querem mesmo saber, eu tenho toda a certeza de que ela está viva.

– Eu também. – Disse Amy. – Como vamos encontrá-la?

Um silêncio tomou conta da sala, até que Jack o quebra.

– No baile.


–♥-






Já eram dez da manhã e Kathleen ainda estava deitada na cama. Sua mente queria que ela se levantasse e fosse começar os preparativos para o baile, mas seu corpo estava cansado demais para isso. Agora, mais do que nunca, ela tinha que ir ao baile. Era isso ou ser jogada na floresta morta com lobisomens vorazes prontos para matá-la da mesma forma que seus pais.





Pronto, foi só pensar isso que logo o garoto de olhos castanhos e cabelos negros bagunçados lhe veio a mente, e ela foi obrigada a se levantar e fazer alguma coisa para não se deixar cair nas lágrimas novamente. Era só isso que fazia nos últimos dias. Chorar por um garoto que nem sequer podia ver era a atividade mais comum para ela nos últimos dias. Virou um hábito, que precisava ser mudado com urgência.




Levantou-se sonolenta da cama e foi em direção ao banheiro, fazer sua higiene matinal e logo depois foi à cozinha, e encontrou a mesma vazia. Um bilhete preso a mesa lhe chamou atenção e ela foi ler.

“Eu e Rachel saímos e não sabemos que horas iremos voltar. Não saia de casa e nem atenda a porta, Damon”


Kathleen deu um sorriso fraco e foi até o quarto de Rachel procurar a caixa com o vestido, e talvez até pegasse algumas maquiagens emprestadas. Abriu a porta com cuidado e viu a caixa em cima da cama. No mesmo instante, abriu a caixa e arregalou os olhos. Era o vestido do seu sonho. Isso só poderia ser um sinal para que ela fosse ao baile, agora não havia mais saída. Pegou algumas maquiagens na penteadeira de Rachel e foi para seu quarto com a caixa nas mãos e em cima da mesma as diversas maquiagens.


–♥-






Rachel e Sarah andavam lado a lado pelos corredores exuberantes do castelo gótico dos Sanguinários. O salão estava pronto para o baile, que iria acontecer daqui a três horas, com lustres negros e melodias macabras, dando um ar fantasmagórico ao local.





As duas seguiram até a sala onde Sarah levou Kathleen para ser morta, a sala principal especificamente, e abriram a enorme porta de madeira negra.




Henry, Elliot, Joseph estavam sentados em um sofá de veludo vermelho enquanto Octavio sentava em seu macio trono banhado de ouro. Ao ver as duas vampiras entrando, deu um largo sorriso.




– Então, queridas, como foi a caçada e qual foi à cidade-alvo?


– Aquela cidadezinha perto de Rosewood, Cimetrio. – Disse Sarah. – Foi boa, atacamos durante a noite então foi uma coisa bem calma.

– Bem, animadas para o baile?

– Claro! – Rachel sorriu. - Nada como uma festa para animar os ares!

– Damon vai aparece? – Joseph perguntou.

– Claro. Todos de Hillwood irão vir, e nós Sanguinários principalmente!

– Ele tem andando meio afastado recentemente. – Comentou Henry. – Será que foi a Van Gould?

– Aquela pateta? Duvido muito. E ela está morta agora, porque ele se importaria?

– Tem razão. – Começou Octavio. - Meninas, vão se arrumar! Temos um baile para hoje!


–♥-






Kathleen estava em frente ao espelho analisando-se pela milésima vez, garantindo que ninguém a reconheceria e ela pudesse ir ao baile tranquilamente. Bem, não tão tranquilamente, já que o sonho que ela tivera a deixou um tanto receosa ao baile, mas ela sentia que devia ir.





O vestido lhe caiu muito bem, parecia ter feito exatamente para ela e era incrivelmente semelhante ao vestido de seu sonho, exceto pelos babados vermelhos que não existiam no vestido real, apenas os negros. Mas mesmo assim o vestido era maravilhoso. Ela estava com uma máscara preta e vermelha com algumas jóias negra nas bordas nas mãos, para colocá-la quando chegar ao baile. Também tinha passado uma sombra escura bem marcada nos olhos, um blush rosado, bastante rímel, delineador gatinho e um batom vinho nos lábios carnudos, o que fez com que o cujo dito ficasse bem marcado. Fez um coque despojado, porém elegante. O vestido deixava suas cicatrizes à mostra, mas ela não ligou porque as mesmas não estavam muito aparentes.

Passou mais uma camada do batom e colocou as máscaras, que deixavam seus olhos profundos vermelhos ainda mais marcados. Saiu do quarto, desceu as escadas com cuidado para não tropeçar com os saltos pretos finos que usava e saiu da casa de Damon e Rachel.

A rua estava vazia e escura, toda Hillwood estava no castelo dos Sanguinários para o grande baile. O grande castelo podia ser visto e percebido de longe, graças a sua brilhante iluminação e a música alta que ecoava por todo o reino. De longe, Kathleen podia ver pessoas atravessando a ponte para ir ao baile, já que o castelo era separado do resto da cidade por um rio. As mulheres com exuberantes vestidos, dignos de princesas e rainhas, e os homens com vestimentas como as de um príncipe ou rei.


Kathleen chegou à entrada do castelo e adentrou o salão. No mesmo instante, atraiu olhares desejados de rapazes jovens e raivosos de moças invejosas, com raiva por seus pares estarem olhando para outra rapariga. Kathleen continuou andando pelo salão, em busca de um par. Ela tinha se esquecido deste pequeno detalhe. Por sua sorte, ou talvez azar, um rapaz lhe perguntou por trás:

– A dama de preto está sozinha?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero vocês nos reviews =)



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