De Volta a Mystic Falls escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 1
Capítulo 1 - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Eitchaaaaaaaaaaaaaaa!!! Olha eu aqui outra vez e com mais uma fanfic beeeeeem instigante pra vcs!!!Bem, conforme prometido, a fic é uma crossover entre Supernatural e The Vampire Diaries. Espero que todo mundo goste e se emocione e dê bastante risada porque eu me diverti muito escrevendo. Sim, a fanfic está bem adiantada, só estou revisando os capítulos e terminando os capítulos finais, então vou conseguir postar mais rapidinho.Por enquanto, divirtam-se com o primeiro capítulo e não esqueçam de comentar! Bjo!



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O despertador tocou e Mia esticou o braço para desligá-lo. Viu que era seis horas da tarde. Hora de levantar e ir para o Mystic Grill onde tinha conseguido um emprego uma semana antes e trabalhar até de madrugada.

Ficou deitada na cama por mais alguns minutos olhando para o teto. Em seguida olhou para a poltrona ao lado da cama. Precisava se livrar dela o quanto antes. Ela lhe lembrava alguém que não lembrava dela. Levantou devagar, abriu as cortinas do quarto e se apoiou no parapeito. Mystic Falls podia ser uma cidade meio maluca, mas também era linda. Ficou observando o movimento de pessoas e pensando quantas delas sabiam sobre as criaturas sobrenaturais que viviam entre eles e quantas viviam na mais completa ignorância.

Se afastou da janela e foi até o banheiro. Se olhou no espelho por alguns instantes e pensou em tudo o que viveu até ali. Sentia falta da época em que vivia na ignorância. Era mais seguro. Sentiu-se patética por pensar isso e se afastou do espelho. Despiu-se e entrou no chuveiro. Uma hora depois saiu do banho e se vestiu. Desceu as escadas da mansão Salvatore e ouviu a provocação:

– Bom dia, Sunshine!

– Muito engraçado, Damon. - devolveu ela parando perto do sofá onde ele estava sentado bebendo algo extremamente vermelho - Eu durmo de dia porque trabalho à noite. Você sabe disso.

– Ele sabe disso. - afirmou Stefan aparecendo na sala e entregando a garrafa térmica para Mia - Mas ele não resiste.

– Obrigada. - agradeceu Mia guardando a garrafa na bolsa e depois ficou olhando para os dois antes de sentar no sofá e continuar - Sabe... Isso não está certo.

– Pode parar por aí. - interrompeu Stefan.

– Não... Isso não está certo. - insistiu Mia - Tudo bem, Elena me ajudou, vocês me ofereceram abrigo, mas eu estou aqui há um mês. Damon está certo, eu estou incomodando aqui.

– Eu não disse que você está incomodando, eu só insinuei que você dorme demais. - esclareceu ele.

– Ótima forma de dizer que ela é bem vinda. - brincou Elena entrando na sala sorrindo e sentando ao lado Damon.

Os dois se olharam por alguns instantes e Mia sentiu que Stefan ainda sofria com o namoro dos dois. Então resolveu continuar para distraí-lo:

– Tudo bem, Elena, eu sei que eu estou incomodando. Vocês me acolheram quando o mundo estava desmoronando à minha volta e eu nunca vou conseguir agradecer por isso, mas eu já estou aqui há um mês. Eu preciso seguir em frente. Quem sabe agora com esse emprego eu consigo alugar um lugar só pra mim?

Damon se acomodou melhor no sofá antes de esclarecer:

– Mia, você não está incomodando e pode ficar o tempo que quiser. Desde que aqueles seus amigos não venham atrás de você...

– Sam e Dean? - deduziu ela sorrindo - Não se preocupe, eles não fazem ideia que eu estou aqui. E mesmo que façam, eu duvido que eles venham. Eles estão muito ocupados tentando salvar o mundo... Mas eu pensei que você gostasse deles? Que toda aquela rivalidade fosse coisa do passado. Vocês até ficaram amigos.

– Damon também está brincando quanto à isso. - explicou Stefan - Nossa rivalidade com os Winchester ficou no passado. Nós até gostamos um pouco deles, não é, Damon?

– Claro! Eu adoro aquele que se acha engraçado. Como é mesmo o nome dele? - brincou Damon.

Mia pegou uma almofada e jogou nele antes de responder:

– Dean. O nome dele é Dean. Você sabe muito bem disso.

– Isso! E o outro é o grandão... Sam! - brincou ele novamente - Quer saber, eu até tenho saudades daqueles caras... E quer saber? Eles são bem vindos se vierem te procurar. Desde que não tentem arrancar o meu coração, por mim tudo bem.

Mia levantou sorrindo e garantiu:

– Eles não virão atrás de mim, Damon. Aliás, eles devem ter pensado que eu morri ou coisa do tipo... Melhor assim.

Mia pensou por alguns instantes no que tinha dito e só então se deu conta de que sentia falta de Sam e Dean. E notou que Stefan, Damon e Elena a observavam como se tivessem entendido o que ela estava pensamento. Com certeza, eles tinham entendido...

– Trabalho! Eu preciso ir! - lembrou ela começando a sair da sala enquanto os vampiros permaneceram em silêncio - Eu estou atrasada de novo... Ai meu Deus, eu vou ser despedida na primeira semana...

Algum tempo depois, Mia chegou no Mystic Grill e correu para os fundos do restaurante para colocar o uniforme.

– Você está atrasada de novo. - repreendeu o Sr. Smith, gerente do lugar.

– Eu sei... Me desculpe... - disse ela indo para o balcão.

Arrumava alguns copos quando escutou alguém batendo no balcão. Se virou e viu que era Stefan.

– Uísque. Dose dupla. - pediu ele.

– Você está bem? - perguntou ela enquanto pegava a garrafa e um copo para serví-lo.

– Sim. Eu estou ótimo. Por quê?

Mia o observou por alguns instantes sem acreditar e continuou:

– Você não sabe mentir, Stefan. Vamos lá, fala logo. O que está acontecendo?

– Nada... - desconversou o vampiro, mas ao ver o olhar insistente de Mia, confessou - Ok, digamos que eu já tive dias melhores.

– Isso é sobre Damon e Elena? - deduziu ela.

– É sobre tudo. - desconversou ele novamente, mas diante do olhar de Mia, confessou mais uma vez - Sim, é sobre Damon e Elena.

Mia sorriu e lhe serviu mais uma dose enquanto ele continuou:

– Sabe... Eu sei que eles estão apaixonados e que eu não posso fazer nada em relação à isso, mas... Eu não vou negar que é difícil ver os dois juntos. Não se deixa de amar uma pessoa só porque ela deixou de te amar. E isso... Machuca.

Mia pensou um pouco e acabou lembrando de um certo anjo enquanto Stefan se lamentava. Pegou mais um copo e serviu um pouco do Uísque antes de dizer:

– Quer saber de uma coisa? Eu vou beber com você.

– Eu não sei se o Sr. Smith vai gostar disso... - alertou o vampiro enquanto Mia dava o primeiro gole sem se importar.

– Eu queria saber dizer a coisa certa, Stefan. - continuou ela - Mas eu não sei o que dizer. A não ser o que todo mundo costuma dizer... Dê tempo ao tempo. Tudo passa.

– No seu caso, passou? - quis saber ele.

– Essa conversa não é sobre mim. - desconversou ela.

– Vou encarar isso como um não. - deduziu ele bebendo mais um pouco - Tudo bem se você não quiser entrar em detalhes, mas como você está? Como você está realmente? Com tudo que aconteceu?

Mia pensou um pouco e bebeu mais uma dose de Uísque antes de responder:

– Digamos que eu já tive dias melhores... - e como Stefan parecia não ter ficado satisfeito, ela continuou - Ok, eu ainda estou me adaptando, é difícil, mas eu vou ficar bem.

– E quando você vai procurar Sam e Dean? Ou... Castiel? - questionou o vampiro.

– Nunca. - respondeu ela prontamente deixando Stefan surpreso - Olha, Sam e Dean estão melhores sem mim. Eles não precisam de mais um fardo neste momento. E Castiel... Bem, ele nem lembra quem é realmente, então tudo o que posso fazer é tentar esquecê-lo também.

– Primeiro, você não é um fardo para os Winchester, nem para o Damon, embora ele goste de te provocar. Segundo, Sam e Dean merecem saber que você está bem e viva. E terceiro, Castiel pode não se lembrar de nada no momento, mas eu tenho certeza que lá no fundo os sentimentos dele ainda estão bem vivos. Eu tenho certeza que um dia tudo isso vai se resolver e vocês vão ficar juntos novamente. Talvez até mais cedo do que você imagina. - argumentou o vampiro.

– Quando foi que essa conversa se tornou sobre mim e Castiel? E sobre os Winchester? Nós estávamos falando dos seus sentimentos. Não mude de assunto. -disse Mia.

– Eu não estou mudando de assunto, mas o seu caso parece mais simples do que o meu. - argumentou ele.

– Simples? - repetiu ela incrédula enquanto bebia mais um gole - O cara que eu gosto nem lembra de mim.

– Mas foi como eu disse, o fato dele não lembrar de nada, não significa que ele não sinta nada. Quer saber, eu acho que você desistiu cedo demais. Você devia ter ficado e lutado. - opinou Stefan.

– Não, eu desisti na hora certa. - lembrou ela com um olhar distante - Além disso, eu não estava em condições de lutar naquele momento. E foi melhor assim. Houve complicações, você sabe. E novamente estamos falando de mim. - notou ela dando um sorriso e depois de alguns instantes, prosseguiu - Olha, eu sei que você ainda ama Elena, mas se ela não te ama mais, talvez é por que não era para ser. O que eu quero dizer é que talvez ela não seja o grande amor da sua vida. Talvez o grande amor da sua vida ainda nem tenha aparecido ou... Talvez ela esteja mais perto do que você imagina.

Neste momento, Caroline se aproximou do balcão e colocou a mão no ombro de Stefan.

– Mia está certa. - concordou ela - Dê tempo ao tempo. Tudo vai passar.

Mia e Stefan se olharam e lembraram do começo da conversa. Riram.

– Qual é a graça? - estranhou a vampira - Ok, não importa. O que eu estou dizendo é que eu tenho certeza que você ainda vai ser muito feliz, Stefan, porque você merece isso.

– Obrigado. Às duas. - agradeceu ele por fim e em seguida colocou algum dinheiro sobre o balcão.

– Fica por conta da casa. - sugeriu Mia.

– Eu não sei se o Sr. Smith concordaria com isso. - recusou Stefan se afastando e saindo do Mystic Grill.

Mia colocou o dinheiro no caixa ao mesmo tempo em que Caroline perguntou:

– Como você está?

– Um pouco bêbada, mas bem. Obrigada por perguntar. - respondeu ela tranquilamente.

Caroline sorriu e insistiu:

– Eu estou falando sério. Como você está, Mia?

– Eu estou ótima. - garantiu ela - Por que todo mundo fica me perguntando isso?

Caroline observou Mia abrir a garrafa térmica e beber um pouco de café. O Sr. Smith se aproximou e indagou ao ver dois copos no balcão:

– Por acaso você não estava bebendo em serviço, estava?

– Claro que não. - mentiu Mia - Não seja ridículo...

– Como é? - surpreendeu-se ele.

– Ah... Não, eu não estava bebendo, chefe. Isso seria inapropriado. - corrigiu ela enquanto Caroline tentava segurar o riso.

Ele passou a mão na cabeça e ordenou um tanto irritado:

– Vai atender a mesa 5 antes que eu te demita.

– Claro! - concordou ela se afastando e indo até a mesa que ele havia indicado, mas parou em choque ao reconhecer quem eram os clientes - Meu Deus...

– Não, eu sou o Dean. - corrigiu ele e indicando o irmão ao lado, continuou - E este é o Sammy, caso você não se lembre dele também.

– Muito engraçado... - deixou escapar ela.

– E você é a garota sem coração que desapareceu no mundo sem nem se despedir da gente, nos deixando completamente doidos de preocupação e sem saber ao menos se você estava viva, morta ou algo do tipo. - continuou ele indignado.

– Eu não desapareci, Dean. Eu simplesmente fui embora. É diferente. - argumentou ela falando baixo, mas com firmeza.

– E quando você "simplesmente foi embora" você simplesmente esqueceu como se manda a droga de um SMS?! - indagou ele ainda mais exaltado.

– Dean, calma... - pediu Sam ao ver que todos os clientes se viraram para olhar a mesa deles.

– Por favor, fala baixo... - pediu ela.

– Por quê?! - gritou ele.

– Porque eu preciso deste emprego, gênio. - respondeu ela - E eu agradeceria se você me ajudasse a mantê-lo. Agora, por favor, peçam alguma coisa logo e me deixem sair daqui ou eu serei demitida se você continuar fazendo este escândalo. - pediu calmamente enquanto olhava em volta.

– Escândalo?! - repetiu ele indignado.

– Dean... - repreendeu Sam num tom baixo enquanto também olhava em volta.

Dean fez o mesmo e só então reparou que todos estavam olhando para eles enquanto o gerente observava Mia de um jeito reprovador. Então Dean sorriu pra todo mundo, abriu o cardápio e pediu:

– Torta.

– Surpreendente... - murmurou Mia.

– De frutas vermelhas. - acrescentou ele - E hambúrguer. E uma soda. E uma porção de fritas também porque eu estou morrendo de fome.

– Muito saudável... E você, Sam? - perguntou ela enquanto anotava o pedido de Dean.

– Apenas um café. - respondeu ele.

– Ok, eu volto logo. E por favor, Sam, tenta controlar o nervosinho aí. - disse antes de se afastar.

– Do quê que ela me chamou? - quis confirmar Dean.

– Algum problema com a mesa 5? - perguntou o Sr. Smith quando Mia se aproximou.

– Não. Tudo sob controle, chefe. - respondeu ela.

– Você conhece aqueles dois? - desconfiou ele.

– Graças à Deus, não. São dois mal educados... O mais alto nem tanto, mas o outro... - mentiu ela.

– Você quer que eu mande outra pessoa atendê-los? - sugeriu o gerente preocupado.

– Não! - respondeu ela prontamente o assustando - Não precisa... Eu faço questão de dar o melhor atendimento para aqueles dois.

– É isso que me preocupa... - resmungou ele enquanto Mia entregava o pedido na cozinha.

Dez minutos depois, ela voltou carregando uma bandeja e se aproximou da mesa dos Winchester.

– Senhores... - disse enquanto os servia.

Quando ela ia se virar para ir embora, Dean segurou seu braço discretamente e pediu:

– Sente-se.

– Eu não posso. Eu estou trabalhando. - respondeu Mia.

– Por favor... - insistiu ele.

Mia olhou em volta e não viu o gerente. Então puxou uma cadeira e sentou com eles.

– Como vocês me encontraram? - perguntou ela.

– Eu descobri que a última ligação que você fez foi para Elena Gilbert e então resolvemos rever a cidade. - explicou Sam.

– Você me hackeou? - surpreendeu-se ela.

– Sim, mas não se preocupe, não foi a primeira vez. - esclareceu ele.

– O que aconteceu depois... Depois... Depois que você acordou daquele pesadelo e saiu do Hotel Califórnia? - quis entender Dean.

Era justamente o que Mia não queria: lembrar. Mesmo assim resolveu responder sem entrar em muitos detalhes:

– Eu estava ferida e saí do carro. Roubei outro na estrada, eletrecutei a mão de um cara... Aquilo foi divertido... E dirigi até o Kansas tentando falar com vocês durante toda a viagem. Sem sucesso, aliás.

– Por que você ligou para a Elena? - perguntou Sam.

– Como eu disse, eu estava machucada. Minha perna. - disse ela.

– E por que você não foi para um hospital? - questionou Dean.

– Porque não daria tempo, Dean. - respondeu Mia lembrando daquela noite e depois continuou - Eu quase morri. Por sorte, eu tenho uma amiga vampira que correu como a velocidade da luz, me encontrou e me curou bem a tempo. E aqui estou eu. E vocês? Como anda a eterna missão de salvar o mundo?

– Os Anjos caíram das nuvens. - contou Dean - E desde então não sabemos mais nada sobre eles.

– Sério? - surpreendeu-se ela.

– Sim, está tudo inexplicavelmente silencioso. - confirmou Sam.

– Então, enquanto não descobrimos como resolver a situação deles, decidimos fazer o que sempre fazemos nesses momentos. - continuou Dean.

– Que seria? - quis entender Mia.

– Fazer o que está ao nosso alcance. E aqui estamos nós. - explicou Dean.

– Por isso nós viemos procurar você. E vamos dar um jeito de encontrar o Cas também. - respondeu Sam.

– Claro... OK, sem querer ser rude, mas se vocês vieram até Mystic Falls só para ter certeza que eu estou bem, então vocês já podem ir embora. Eu estou ótima. E quanto àquele anjo nerd... Boa sorte. Ele nem lembra que é um anjo. - disse Mia visivelmente incomodada com aquela situação.

– Como você sabe disso? - estranhou Dean.

– Porque eu o encontrei naquela noite. Completamente perdido... - lembrou ela - Parecia outra pessoa.

Os irmãos se entreolharam e Sam disse por fim:

– Mia, eu sinto muito. Se serve de consolo, nós acreditamos que é possível... Consertá-lo. Eu não sei exatamente como, mas nós vamos encontrar um jeito de fazer ele se lembrar, recuperar a graça e voltar a ser um Anjo do Senhor. De sobretudo.

Mia pensou um pouco e perguntou intrigada:

– Espera um pouco, como vocês sabem de tudo isso? Como vocês sabem que ele não lembra quem ele é realmente e que aparentemente não é mais um anjo se eu acabei de contar?

– Porque... Nós também o encontramos, Mia. - revelou Dean - Depois daquela noite. Aliás, nós sabemos onde ele está neste exato momento.

Mia pensou um pouco e disse enquanto se levantava:

– Se vocês acham que eu quero saber onde ele está ou como ele está, vocês estão enganados. Acabou.

– Sente-se. - pediu Dean segurando seu braço - Nós ainda não terminamos.

Ela obedeceu e Sam continuou:

– Mia, nós entendemos que você esteja magoada...

– Magoada? - repetiu ela - Vocês não entenderam o que eu disse? Acabou. Mesmo. E não por que ele não se lembra de nada ou de mim, acabou no momento em que ele decidiu ir embora. Se vocês vieram aqui para falar sobre ele, por favor, vão embora.

– Ok, você não quer falar sobre o Cas, tudo bem, não vamos falar sobre ele. - propôs Dean - Pelo menos, por enquanto... Mas nós não viemos até esse fim de mundo só pra checar se você estava viva ou para falar dele. Nós temos uma coisa pra você.

Mia os olhou desconfiada e pediu:

– Defina "coisa".

– Uma surpresa. - respondeu Sam com um sorriso que deixou Mia ainda mais desconfiada.

– Ok, defina "surpresa". - pediu ela de novo.

Dean colocou uma chave em cima da mesa e explicou:

– Está lá fora reformado e estacionado.

Mia sorriu e pegou a chave enquanto se levantava e dizia:

– Vocês só podem estar brincando...

E quando ela chegou do lado de fora entendeu que eles não estavam brincando. Lá estava o seu Mustang. E ninguém diria que há um mês ele tinha passado por um acidente.

– Como vocês o encontraram? - quis saber ela.

– Charlie hackeou o GPS. - respondeu Sam.

– Quem é Charlie? - estranhou ela - Não importa, se ela ajudou a encontrar o meu bebê, eu já considero minha amiga.

– Desculpe, Mia, se tivéssemos rastreado antes, você não teria passado por todo aquele pesadelo. - lamentou Sam.

– Está tudo bem, Sam... Vocês estavam bem ocupados tentando salvar o mundo aquele dia. - disse a garota enquanto se aproximava e passava a mão pelo capô e pelas portas - À propósito, o mundo está desmoronando e vocês resolvem consertar o meu carro?

– Bem, nós ainda não sabemos como consertar o mundo desta vez, mas o carro de uma amiga, sim. - explicou Dean.

Ela os olhou e ficou um tanto envergonhada por tê-los tratado com frieza há alguns minutos. Então se aproximou deles e os abraçou.

– Obrigada. - agradeceu ela antes de se afastar - Mas agora, se vocês me derem licença, eu tenho um emprego para manter.

– Por falar nisso, que história é essa de emprego? - estranhou Sam - Nós entendemos por que você veio para Mystic Falls, Mia, mas por que você ficou?

– É complicado. - desconversou ela.

– E o que aconteceu com o lance de ser caçadora? - quis saber Dean - E os seus pesadelos? Visões? Como está tudo isso?

– Na verdade, os pesadelos e as visões deram uma trégua. E eu ainda caço. Na verdade, eu estou trabalhando em um caso no momento. - contou ela.

– É mesmo? Que tipo de caso? - interessou-se Dean.

– E como assim os pesadelos deram uma trégua? - estranhou Sam.

– Eu não sei, Sammy. Estamos em Mystic Falls, coisas inexplicáveis acontecem. E sobre o caso, quanto menos vocês souberem melhor. Acreditem. - desconversou ela mais uma vez enquanto os acompanhava até o Impala.

– Por quê? - insistiu Dean sentindo que Mia estava escondendo algo.

– É complicado... E eu preciso voltar ao trabalho. - respondeu ela.

Sam e Dean se olharam e Dean sugeriu:

– Tudo bem. Que horas você vai deixar o trabalho?

– Às 3 horas. Por quê? - disse ela.

– Então é melhor deixar para amanhã... - refletiu Dean.

– Deixar para amanhã o quê? - estranhou ela.

– Nós ainda temos muito o que conversar, Mia. - disse Dean.

– Espera um pouco, quanto tempo vocês estão pensando em ficar por aqui? - temeu a garota.

– É melhor conversarmos amanhã. - insistiu Sam.

– Sobre o quê? - quis saber ela - Eu estou ótima e viva. Sem ofensa, mas vocês já podem ir embora. Eu vou ficar bem.

– Nossa... Pelo visto, a hospitalidade de Mystic Falls contagiou você também. É só colocarmos os pés neste lugar e já nos perguntam quando nós vamos embora. - resmungou Dean.

– Vocês são caçadores. É natural que as pessoas perguntem isso. - explicou Mia.

– Da última vez que eu chequei você também era. - lembrou Dean - E no entanto, aqui está você. E trabalhando como garçonete.

– Isso é só um disfarce, gênio. - confessou ela - Sério, o que está acontecendo?

– Nós temos um novo trabalho para você. - revelou Sam por fim.

– Que tipo de trabalho? Eu estou meio ocupada no momento... - disse ela cada vez mais desconfiada e curiosa.

– Servindo mesas e bebendo atrás do balcão? - provocou Dean.

– Como eu disse, isso é um disfarce. Na verdade, eu estou caçando. - esclareceu Mia.

– Caçando o quê? - quis saber Sam.

– É melhor vocês não saberem. - respondeu ela.

– Tudo bem. Mas é bom arranjar um lugar na sua agenda porque o nosso caso com certeza é mais importante. - sugeriu Dean enquanto abria a porta do Impala.

– Que caso? - insistiu Mia com um misto de curiosidade e desconfiança.

– É complicado. - devolveu Dean sorrindo.

– Amanhã, Mia. - sugeriu Sam abrindo a outra porta - Ah! À propósito, onde você está hospedada?

Mia olhou para os dois e sorriu antes de responder:

– Eu acho que vocês não vão gostar nada de saber.


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Notas finais do capítulo

Reviews, please!!! Eu amo e me divirto com os coments de vcs!!! Gostaram desta introdução??? Vai ficar ainda mais legal! Aguardem e confiem!