Death Note: Os Sucessores escrita por Nael
Notas iniciais do capítulo
O tabuleiro está pronto, as peças em posição os peões dão a partida, o jogo começou.
"É 10% de Sorte.
20% de Habilidade
15% de Força de vontade concentrada.
5% Satisfação
50% de Dor
e 100% de razões para lembrar o nome."
{Musica: Remember The Name - Fort Minor}
Não gosto muito, nem acho que a música inteira encaixe no capítulo, mas essa parte com toda certeza.
As seis horas da manhã em ponto a mãe adotiva de Maisy bateu na porta do quarto para acordá-la.
– Maisy. – chamou. – Está na hora.
– Acorde e brilhe, Maisynha. – seu pai falou do corredor. Ela odiava aquilo. – Hã? O que foi filha? – eles abriram a porta.
Entraram no quarto e viram Maisy deitada de costas pra eles. Ela se sentou colocando a mão na cabeça e fazendo cara de doente.
– Não é nada. Estou indo. – ela disse se levantando, mas caiu de joelho.
– Maisy! – os pais correram até a garota caída no chão.
Seu pai Raiden a pegou no colo e levou de volta pra cama enquanto sua mãe, Lain colocou a mão em sua testa suada.
– Meu Deus. Ela está ardendo em febre. – e puxou as cobertas para longe da garota.
– Não. – Maisy reclamou. – Estou com frio.
– Ei Mana, posso entrar. – seu irmão Masao chegou na porta. – Quero uma opinião feminina sobre que roupa... O que foi Maisy?
A garota resmungou.
– Sua irmã está doente. – disse o pai.
– Só estou com um pouco de frio, talvez seja só um resfriado. – resmungou e Ryuk achava todo aquele circo uma maravilha.
– Mas ontem eu ajustei a temperatura da casa. Está fazendo 28 graus aqui. Como pode estar com frio? – Masao perguntou e Maisy respondeu com uma falsa porém convincente crise de tosse.
– Eu vou chamar o Dr. Yamazaki. – disse o pai saindo do quarto. – Masao termine de se arrumar.
– Sim, pai. – o garoto saiu correndo também.
Lain colocou o termômetro na boca de Maisy e ela começou a tossir.
– Posso beber água, mãe? Minha garganta está doendo.
– Vou trazer um xarope também.
Ela saiu do quarto e Maisy se sentou na maior disposição deixando a cara de doente de lado. Ryuk quase tinha se esquecido de que era mentira, ela era bem convincente.
– Fique de olho na porta. – ela intimou e o shinigami se apressou. Ela então ligou o abajur e começou a esquentar o termômetro. – Vai, vai. – ela estava impaciente.
– Maisy... – Ryuk alertou e ela colocou o termômetro na boca e deitou rapidamente. Mas era só Masao correndo pela casa atrás de alguma coisa.
– Francamente. – ela reclamou e voltou a esquentar o termômetro.
– Sua mãe está vindo. – Ryuk informou e ela voltou para sua posse de doente. Sua mãe entrou no quarto atravessando o Shinigami.
Maisy bebeu o xarope e ficou fazendo seu drama de doente ao som das gargalhadas de Ryuk.
– Mas por que eu tenho que ir pra escola quando a Maisy vai ficar em casa? Não é justo.
– Você tem sorte por não estar doente. – disse Maisy ainda deitada na cama enquanto sua mãe terminava de arrumar seu irmão para a escola.
– Mas eu não quero ficar doente, só quero ficar em casa dormindo e vendo TV. Tá o maior frio lá fora. – eles riram do garoto.
– Quando você voltar, se eu estiver melhor, te ajudo com o dever de casa, que tal?
– Jura? Faz muito tempo que não estudamos juntos. – o garoto se empolgou.
– Juro. Em troca pegue meus deveres e a matéria de hoje pra mim?
– Pode deixar. Você é o máximo, mana. – ele se despediu e saiu satisfeito.
– Vou terminar de preparar o café enquanto o médico chega. Se precisar de qualquer coisa me chame.
– Tá bem, mãe. – ela fingiu mais uma tosse e Lain saiu. Maisy se virou pro shinigami. – Ryuk eu vou ficar doente de verdade toda essa sua agitação.
Ela encarou o Deus da Morte que se divertia de mais com a cena. Ria, flutuava, rolava e batia palmas.
– É que isso é bom demais.
– Ah, que seja. Mas vê se você se controla. Tenho a impressão de que vão te ouvir a qualquer instante por causa dessas suas gargalhadas escandalosas.
– Está certo.
– A propósito Ryuk, toma . – ela jogou a bolsa térmica nele. – Guarda isso de novo quando ninguém estiver na cozinha.
O médico chegou para examiná-la. A garota conseguiu tapear o médico que diagnosticou apenas um ataque de sinusite causado pela mudança de tempo e como também estava frio causou uma gripe que a levou a ter febre. Receitou alguns remédios e vitaminas. A mãe que não poderia faltar ao trabalho chamou uma enfermeira conhecida da família para ficar e cuidar de Maisy.
Depois de um tempo a casa estava vazia. Apenas Maisy, Amanda e Ryuk ficaram lá. A garota fingiu que tomou os remédios e por isso devia dormir o dia todo. A enfermeira então ficou mexendo no seu notebook adiantando um pouco o trabalho.
O Shinigami se aproximou dela com um lenço umedecido de substâncias que Maisy garantiu que fariam a mulher dormir. Ela tinha misturado alguns remédios que pediu a Ryuk que pegasse na maleta dela.
Por ser um Deus da Morte fez o lenço ficar invisível e deixou bem próximo do nariz e boca da mulher. O efeito foi instantâneo, a enfermeira logo ficou zonza e acabou desmaiando. Ele aplicou uma injeção no pescoço dela e a colocou de modo que parecesse que havia pegado no sono em cima do notebook fechado. Mas talvez ele devesse ter olhado na tela...
– Pronto Maisy. – ele avisou e a garota que estava escondida no corredor desceu as escadas. Já tinha trocado de roupa.
– Bom trabalho Ryuk. Agora vamos e vê se você se livra disso. – e saíram porta a fora.
–--------------------
Sophie se preparava para se encontrar com os membros da SPK. Seguindo as recomendações de Watari e Scott ela estava se arrumando para ficar apresentável. Colocou roupas mais formais e limpas. Passou maquiagem, principalmente para esconder as olheiras e tentou, em vão, dar um jeito no cabelo rebelde. No final das contas o prendeu em um rabo de cavalo.
– Está muito... – começou Watari e ela o encarou. – Elegante, senhorita.
– Me sinto péssima. Mas já vesti coisas piores. Bancar a detetive certinha vai ser o de menos.
O homem sorriu.
– Uma noticia acabou de chegar para você. Não acho que seja nada relevante, mas pediu par mantê-la informada sobre qualquer alteração na rotina de Maisy.
– Sim? – ela não parecia prestar atenção e tentava melhorar o cabelo
– Ela não foi a escola hoje. – a garota parou de se arrumar e focalizou Watari pelo espelho. – Parece que está doente.
Sophie saiu correndo e pegou o primeiro telefone que encontrou. Discou o número da casa de Maisy. Nada. Tentou o celular da garota.
– Caixa postal... – sussurrou e no mesmo momento viu no seu notebook uma luz piscando, abriu o e-mail.
– Algum problema Sophie?
– Sim. Watari, vá até a Central de Operações e diga que não irei mais comparecer.
– Entendido. Mas devo dizer que todos estão ansiosos com sua aparição. Isso pode complicar sua relação com eles.
– Caso seja questionado quando a isso diga apenas que encontrei uma pista importante de Kira e fui investigar pessoalmente.
O homem pareceu preocupado, quase em pânico, mas apenas disse:
– Entendido, L.
Watari era o fiel companheiro de L. Aceitou trabalhar sob seus termos e por tanto não devia ficar questionando suas ordens. Mas naquele momento seus olhos demonstravam toda a preocupação que não ousava dizer.
Sophie como sempre percebeu isso. Eles decifravam um ao outro e por isso trabalhavam tão bem juntos.
– Não se preocupe. – ela foi até sua cômoda e abriu uma gaveta. De um lado havia mascaras do outro facas, adagas e pistolas automáticas. – Eu vou tomar cuidado.
– Morrer seria perder pro Kira, Sophie. – disse o homem sorrindo.
– Eu sei. E isso é inaceitável, está fora de questão.
Enquanto saia se recordava do e-mail...
"Estou na casa dos Takeshi. Maisy está fingindo uma gripe e não tomou nenhum dos remédios que dei. Achei que gostaria de saber.
–A"
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
"Ryuk: De tanto acompanhar Maisy eu acabei aprendendo sobre xadrez. É realmente um jogo complicado, difícil e que imita a vida real.
L a pegou. Sei que será questão de tempo até L descobrir quem é o Kira. Mas também não demorará até Maisy ver o rosto do L. E então...Sinto que os peões já caíram nessa partida. Hehe. Significa que sou uma peça mais importante. O jogo entre elas está finalmente começando.
E embora eu espere que Maisy ganhe, ela não será meu Rei."