Death Note: Os Sucessores escrita por Nael


Capítulo 19
A Caçada – Parte 1: Missão de Campo


Notas iniciais do capítulo

O tabuleiro está pronto, as peças em posição os peões dão a partida, o jogo começou.


"É 10% de Sorte.
20% de Habilidade
15% de Força de vontade concentrada.

5% Satisfação
50% de Dor
e 100% de razões para lembrar o nome."

{Musica: Remember The Name - Fort Minor}

Não gosto muito, nem acho que a música inteira encaixe no capítulo, mas essa parte com toda certeza.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/383814/chapter/19

As seis horas da manhã em ponto a mãe adotiva de Maisy bateu na porta do quarto para acordá-la.

– Maisy. – chamou. – Está na hora.

– Acorde e brilhe, Maisynha. – seu pai falou do corredor. Ela odiava aquilo. – Hã? O que foi filha? – eles abriram a porta.

Entraram no quarto e viram Maisy deitada de costas pra eles. Ela se sentou colocando a mão na cabeça e fazendo cara de doente.

– Não é nada. Estou indo. – ela disse se levantando, mas caiu de joelho.

– Maisy! – os pais correram até a garota caída no chão.

Seu pai Raiden a pegou no colo e levou de volta pra cama enquanto sua mãe, Lain colocou a mão em sua testa suada.

– Meu Deus. Ela está ardendo em febre. – e puxou as cobertas para longe da garota.

– Não. – Maisy reclamou. – Estou com frio.

– Ei Mana, posso entrar. – seu irmão Masao chegou na porta. – Quero uma opinião feminina sobre que roupa... O que foi Maisy?

A garota resmungou.

– Sua irmã está doente. – disse o pai.

– Só estou com um pouco de frio, talvez seja só um resfriado. – resmungou e Ryuk achava todo aquele circo uma maravilha.

– Mas ontem eu ajustei a temperatura da casa. Está fazendo 28 graus aqui. Como pode estar com frio? – Masao perguntou e Maisy respondeu com uma falsa porém convincente crise de tosse.

– Eu vou chamar o Dr. Yamazaki. – disse o pai saindo do quarto. – Masao termine de se arrumar.

– Sim, pai. – o garoto saiu correndo também.

Lain colocou o termômetro na boca de Maisy e ela começou a tossir.

– Posso beber água, mãe? Minha garganta está doendo.

– Vou trazer um xarope também.

Ela saiu do quarto e Maisy se sentou na maior disposição deixando a cara de doente de lado. Ryuk quase tinha se esquecido de que era mentira, ela era bem convincente.

– Fique de olho na porta. – ela intimou e o shinigami se apressou. Ela então ligou o abajur e começou a esquentar o termômetro. – Vai, vai. – ela estava impaciente.

– Maisy... – Ryuk alertou e ela colocou o termômetro na boca e deitou rapidamente. Mas era só Masao correndo pela casa atrás de alguma coisa.

– Francamente. – ela reclamou e voltou a esquentar o termômetro.

– Sua mãe está vindo. – Ryuk informou e ela voltou para sua posse de doente. Sua mãe entrou no quarto atravessando o Shinigami.

Maisy bebeu o xarope e ficou fazendo seu drama de doente ao som das gargalhadas de Ryuk.

– Mas por que eu tenho que ir pra escola quando a Maisy vai ficar em casa? Não é justo.

– Você tem sorte por não estar doente. – disse Maisy ainda deitada na cama enquanto sua mãe terminava de arrumar seu irmão para a escola.

– Mas eu não quero ficar doente, só quero ficar em casa dormindo e vendo TV. Tá o maior frio lá fora. – eles riram do garoto.

– Quando você voltar, se eu estiver melhor, te ajudo com o dever de casa, que tal?

– Jura? Faz muito tempo que não estudamos juntos. – o garoto se empolgou.

– Juro. Em troca pegue meus deveres e a matéria de hoje pra mim?

– Pode deixar. Você é o máximo, mana. – ele se despediu e saiu satisfeito.

– Vou terminar de preparar o café enquanto o médico chega. Se precisar de qualquer coisa me chame.

– Tá bem, mãe. – ela fingiu mais uma tosse e Lain saiu. Maisy se virou pro shinigami. – Ryuk eu vou ficar doente de verdade toda essa sua agitação.

Ela encarou o Deus da Morte que se divertia de mais com a cena. Ria, flutuava, rolava e batia palmas.

– É que isso é bom demais.

– Ah, que seja. Mas vê se você se controla. Tenho a impressão de que vão te ouvir a qualquer instante por causa dessas suas gargalhadas escandalosas.

– Está certo.

– A propósito Ryuk, toma . – ela jogou a bolsa térmica nele. – Guarda isso de novo quando ninguém estiver na cozinha.

O médico chegou para examiná-la. A garota conseguiu tapear o médico que diagnosticou apenas um ataque de sinusite causado pela mudança de tempo e como também estava frio causou uma gripe que a levou a ter febre. Receitou alguns remédios e vitaminas. A mãe que não poderia faltar ao trabalho chamou uma enfermeira conhecida da família para ficar e cuidar de Maisy.

Depois de um tempo a casa estava vazia. Apenas Maisy, Amanda e Ryuk ficaram lá. A garota fingiu que tomou os remédios e por isso devia dormir o dia todo. A enfermeira então ficou mexendo no seu notebook adiantando um pouco o trabalho.

O Shinigami se aproximou dela com um lenço umedecido de substâncias que Maisy garantiu que fariam a mulher dormir. Ela tinha misturado alguns remédios que pediu a Ryuk que pegasse na maleta dela.

Por ser um Deus da Morte fez o lenço ficar invisível e deixou bem próximo do nariz e boca da mulher. O efeito foi instantâneo, a enfermeira logo ficou zonza e acabou desmaiando. Ele aplicou uma injeção no pescoço dela e a colocou de modo que parecesse que havia pegado no sono em cima do notebook fechado. Mas talvez ele devesse ter olhado na tela...

– Pronto Maisy. – ele avisou e a garota que estava escondida no corredor desceu as escadas. Já tinha trocado de roupa.

– Bom trabalho Ryuk. Agora vamos e vê se você se livra disso. – e saíram porta a fora.

–--------------------

Sophie se preparava para se encontrar com os membros da SPK. Seguindo as recomendações de Watari e Scott ela estava se arrumando para ficar apresentável. Colocou roupas mais formais e limpas. Passou maquiagem, principalmente para esconder as olheiras e tentou, em vão, dar um jeito no cabelo rebelde. No final das contas o prendeu em um rabo de cavalo.

– Está muito... – começou Watari e ela o encarou. – Elegante, senhorita.

– Me sinto péssima. Mas já vesti coisas piores. Bancar a detetive certinha vai ser o de menos.

O homem sorriu.

– Uma noticia acabou de chegar para você. Não acho que seja nada relevante, mas pediu par mantê-la informada sobre qualquer alteração na rotina de Maisy.

– Sim? – ela não parecia prestar atenção e tentava melhorar o cabelo

– Ela não foi a escola hoje. – a garota parou de se arrumar e focalizou Watari pelo espelho. – Parece que está doente.

Sophie saiu correndo e pegou o primeiro telefone que encontrou. Discou o número da casa de Maisy. Nada. Tentou o celular da garota.

– Caixa postal... – sussurrou e no mesmo momento viu no seu notebook uma luz piscando, abriu o e-mail.

– Algum problema Sophie?

– Sim. Watari, vá até a Central de Operações e diga que não irei mais comparecer.

– Entendido. Mas devo dizer que todos estão ansiosos com sua aparição. Isso pode complicar sua relação com eles.

– Caso seja questionado quando a isso diga apenas que encontrei uma pista importante de Kira e fui investigar pessoalmente.

O homem pareceu preocupado, quase em pânico, mas apenas disse:

– Entendido, L.

Watari era o fiel companheiro de L. Aceitou trabalhar sob seus termos e por tanto não devia ficar questionando suas ordens. Mas naquele momento seus olhos demonstravam toda a preocupação que não ousava dizer.

Sophie como sempre percebeu isso. Eles decifravam um ao outro e por isso trabalhavam tão bem juntos.

– Não se preocupe. – ela foi até sua cômoda e abriu uma gaveta. De um lado havia mascaras do outro facas, adagas e pistolas automáticas. – Eu vou tomar cuidado.

– Morrer seria perder pro Kira, Sophie. – disse o homem sorrindo.

– Eu sei. E isso é inaceitável, está fora de questão.

Enquanto saia se recordava do e-mail...

"Estou na casa dos Takeshi. Maisy está fingindo uma gripe e não tomou nenhum dos remédios que dei. Achei que gostaria de saber.

–A"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Ryuk: De tanto acompanhar Maisy eu acabei aprendendo sobre xadrez. É realmente um jogo complicado, difícil e que imita a vida real.

L a pegou. Sei que será questão de tempo até L descobrir quem é o Kira. Mas também não demorará até Maisy ver o rosto do L. E então...Sinto que os peões já caíram nessa partida. Hehe. Significa que sou uma peça mais importante. O jogo entre elas está finalmente começando.

E embora eu espere que Maisy ganhe, ela não será meu Rei."



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Death Note: Os Sucessores" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.