Impossível escrita por Livia Cullen


Capítulo 24
Capítulo 23 - A fuga e revelações.


Notas iniciais do capítulo

Depois de muito tempo longe e sem poder postar nenhum capítulo, aqui estou eu! o/ Eu peço sinceras desculpas aqueles que estão com vontade de ver minha cabeça numa forca, mais eu tenho estado realmente sem tempo nos últimos dias. Espero poder postar mais capítulos o mais breve possível. Espero que gostem!! Boa leitura meus amores!



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- Gaby. – David murmurou.

- Shhh, ela está aqui. – Peter murmurou de volta.

- Peter?! – sua voz estava meio rouca e sem emoção, sem vida.

- Sim. Agora descanse. Preciso de você bem para sair daqui. – Peter deitou David e começou a retirar suas algemas. Nesse momento, eu já havia começado a chorar novamente.

Toquei os meus pulsos e senti a dor e o peso das algemas que até pouco estavam aqui, pensei na dor que meu amor está sentindo.

- Peter, eu acho que você deve colocar o seu capuz de volta. Se o “chefe” voltar e te ver assim, as coisas não ficarão muito boas para o seu lado.

- Eu vou fazer isso. Mas antes, - ele cobriu David com uma espessa manta, foi para perto da porta e pegou um saquinho e uma garrafa. – Aqui. Foi tudo que eu consegui arranjar. – dentro do saquinho tinham dois pães de sal, recheados com queijo e presunto, e na garrafa continha água. – Amanhã cedo eu trago mais, quando fugirmos desse lugar. Eu fiquei maravilhada com o pão. Estava com tanta fome que já havia cogitado a idéia de comer a areia que estava por todo o lado do celeiro. Peguei meu pão e comecei a comer.

- Só por curiosidade, que horas são? – perguntei com a boca cheia de pão, sem me importar por estar falando com a boca cheia de comida.

- 20h15min

- Vou ter que esperar muito até você aparecer. – eu estava chocada com o sentimento de perda que eu estava sentindo.

- Eu volto antes do sol aparecer. – ele se aproximou de mim e beijou o alto da minha testa. – Durma bem minha querida. – antes que ele me soltasse, eu o abracei bem forte.

- Peter, tome cuidado. Estou com um mau pressentimento. – ele me abraçou de volta e ficamos assim durante um tempo.

- Olha, não precisa se preocupar comigo. Eu estou bem. Esse seu mau pressentimento deve ter a ver com o fato de você estar presa em cativeiro. E é por isso que eu preciso que você me faça um favor. – ele ficou me segurando pelos ombros.

- Qualquer coisa. – respondi de pronto, olhando em seus olhos e percebendo uma grande onde de preocupação neles. Ele retirou uma coisa pequena e prata do bolso, facilmente identificável, para mim.

- Eu quero que você tenha isso em mãos. – eu já estava começando a protestar quando ele me interrompeu – Eu não devo demorar, mas isso pode te proteger contra algum imprevisto. Por favor, Gaby. Guarde-a com você. – Ele me estendeu a pequena arma, que eu peguei com muita cautela. – Mais uma coisa. Você sabe como usá-la?

- Sim. Fiz aula de tiro logo depois que a minha amiga morreu. – Lembrar da morte de Ana foi como jogar sal numa ferida não cicatrizada. Vi seus olhos se escurecerem um pouco, mas ele se endireitou rapidamente.

- Ok. Então a guarde do seu lado e tome muito cuidado. - Tomarei. Vi enquanto ele se afastava rapidamente pelo cativeiro. Senti o pânico se apoderar de mim. Estaria Peter a salvo?!

 

- Gaby? – depois de algumas horas vagando em pensamentos, David finalmente dera sinal de vida.

- Meu amor, como você está? – levantei-me o mais rápido que pude e me sentei ao seu lado. Segurei sua mão e ela estava gelada. Ele mal abriu os olhos.

- Nada bem. – como se para comprovar, ele começou a tossir.

- Nós vamos embora o mais rápido possível daqui e você ficará bem. Eu prometo. – abracei-o e senti que ele estava fervendo em febre. Puxei minha manta e o cobri com ela.

- Como... – ele voltou a tossir.

- Shhh, vai dar tudo certo. – como eu conseguiria tranqüilizá-lo se nem eu mesma confiava na minha palavra?! Acabei adormecendo com David em meu colo. Acordei com Peter falando.

- Gaby. Vamos. Consegui um carro para irmos embora. – ele estava cutucando o meu braço.

- Mas o David não consegue andar. – respondi com toda a minha sonolência indo embora, dando lugar a adrenalina. – Ele está doente, Peter! – respondi em desespero.

- Calma. Eu vou conseguir carregá-lo. Vou tentar andar o mais rápido possível para voltar e te buscar.

- Não. Eu vou tentar acompanhar você. Não teremos muito tempo. – mesmo assim fiquei pensando em tentar correr com esse maldito gesso. A visão em minha mente não foi muito boa.

- Mas você não vai conseguir andar rápido com esse troço no pé! – Peter ecoou meus pensamentos.

- Mas talvez não dê tempo, então é melhor eu tentar com esse gesso de qualquer jeito. – ele me olhou preocupado, mas fez um sinal afirmativo com a cabeça.

– E me prometa uma coisa?

- Prometo. – agora ele me olhava com olhos confusos.

- Você continuará o caminho sem mim, se eu cair ou se o chefe chegar. Levará o David embora desse lugar para ele se recuperar. Promete?

- Não vou te deixar aqui. – ele respondeu trincando os dentes.

- Me prometa que fará isso e o que for preciso para deixá-lo a salvo. – pedi passando a mão em seu rosto.

- Não vou conseguir. – ele chiou.

- Apenas me prometa.

- Eu... Eu... Eu prometo. Mas farei de tudo que estiver ao meu alcance para você ficar a salvo.

Acordamos o David, mas ele mal conseguia abrir os olhos. Peter o pegou no colo e nós fomos andando até a entrada do cativeiro. Abri-a e não tinha sinal de ninguém por perto. Seguimos um caminho escondido, olhando para trás o tempo todo para ver se estávamos sendo seguidos. Conseguimos finalmente chegar ao carro.

- Coloque-o no banco de trás e cubra-o com esta manta. – fiz exatamente o que Peter me pediu. Peter se enroscou na manta e ficou ali, aquecido. Fui para o lado de Peter e ele segurava duas coisas.– Coloque isso, por favor. – ele me entregou um chapéu que cobriria facilmente todo o meu rosto e uma blusa azul.

- Onde eu vou trocar de roupa? – perguntei, olhando ao redor.

- Gaby, eu te dou mil reais se você me mostrar algo que eu nunca tenha visto. Ande logo. Daqui a pouco eles estarão por aqui, e não ficarão muito felizes de não te encontrarem lá. – eu me senti corar quando retirei a blusa e fiquei apenas de sutiã na sua frente. Ele olhou de relance, e pareceu gostar do que viu, depois virou o rosto para qualquer coisa que não fosse eu. Ele entrou no carro e eu segui para o banco do carona, desejando desesperadamente fugir desse lugar.

- Peter, quem é o “chefe”? – já tínhamos chegado à estrada e até agora eu segurei essa pergunta com medo de alguém nos escutar, mas agora eu finalmente a coloquei para fora.

- Eu acho melhor esquecer tudo isso Gaby. Conseguimos sair de lá, isso é o que importa. – sua voz estava calma, mas suas mãos estavam agarrando o volante com muita força.

- Não fuja do assunto! Eu preciso saber quem fez isso comigo e usou o David como isca, para eu conseguir me proteger! – falei, exasperada. Ele ficou um tempo apenas encarando a estrada. Passou alguns minutos.

- Seu pai. – ele falou.

- O que tem ele? – falei, com medo de ter acontecido alguma coisa com ele também.

- Ele é o “chefe”. – Peter sussurrou sem olhar para mim.

- Eu acho que eu não entendi. – eu estava em choque.

- Seu pai foi quem organizou esse seqüestro. – ele falou, um pouco mais alto.

- Mas... Por quê? – eu já estava chorando. Por que meu pai iria fazer algo contra mim?

- Sua amiga morreu naquela noite porque ela sabia de um podre do seu pai, que ela estava indo te contar, mas ele percebeu.

- Então ele a matou? – eu estava soluçando. Ele não respondeu, mas acenou afirmativamente.

- Como você sabe disso? – Peter me entregou um lenço.

- Eu era irmão dela. – ele olhou para mim e vi que também estava chorando. – Ela tinha me contado que precisava falar urgente com uma amiga dela quando eu lhe liguei na quinta à noite. Perguntei sobre o que era e ela não quis me contar, apenas que tinha a ver com o seu pai e tráfico de drogas. Quando ela veio para cá, seu pai a matou para que ninguém descobrisse seu segredinho. – ele estava gritando para a estrada. Eu estava chorando ainda mais ao ver que ela queria me alertar sobre meu próprio pai. Ao ver também que meu pai matou a minha melhor amiga.

- E ele me seqüestrou por quê? – eu não pude deixar de perguntar.

- Seu pai achou que David tinha descoberto o segredinho dele também, quando ele o viu chorando lá na sua casa. Deu um jeito de contratar uma de suas ex-namoradas e uma fã psicótica para conseguir levá-lo para o cativeiro. Ele queria que você estivesse lá apenas para ver o David morrendo e sair contando para a sua família.

 

Três importantes coisas eu descobri nesse momento. Primeira: David fora seqüestrado por minha causa, e ele sabia disso, mas foi para mim que ele ligou quando pode. Segundo: meu pai era uma pessoa sem coração que matava os outros para manter as aparências. Terceira: Eu teria que fazer uma coisa horrível agora, mas seria para o bem de todos, inclusive o de David.


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Notas finais do capítulo

Gente, nesse capítulo eu nem consegui escrever um diálogo final com os personagens... Vou deixar para o próximo capítulo.

Vocês acham que a fic deve terminar nessa temporada mesmo ou eu devo escrever uma segunda?!

Adoraria receber os reviews que tanto alegram a minha vida!!

Beijos meus queridos!! ;*