Mãe: Vamos rápido. São 15:30. Temos uma hora para fazer compras. Quero chegar lá mais cedo. Vai que o voo é adiantado?! Não quero saber da minha irmã plantada num aeroporto.

Entramos na Mercedes prata da minha mãe e fomo ao supermercado. O bom de estar no mesmo carro que minha mãe, é que você não precisa falar nada. O ruim, é que ela não cala a boca.

Quando chegamos, finalmente, no supermercado, eu peguei um carrinho e escolhi todas as coisas que eu não vivo sem: chicletes; balas; muitos, MUITOS, tipos diferentes de chocolates; etc. Minha mãe pegou as coisas que ela gosta e m outro carrinho cheio de todos os tipos de comidas. Isso me surpreendeu... Dona Luiza comprando coisas mais que o necessário?! Realmente uma grande mudança.

Mãe: Já terminou Gaby?

Eu: Sim.

Mãe: Então vamos. Sua tia chega daqui 40 minutos. Vou te deixar em casa e você arruma as coisas para mim?

Eu: Pode deixar comigo.

Esse era o tipo de coisa que eu adorava fazer.

Mãe: E você poderia preparar um lanche para eles?

Eu: Claro. Sem problemas.

Eu A-D-O-R-O cozinhar. E principalmente sem ninguém me perturbando.

Chegamos em casa, já eram 16:30 e minha mãe ficou desesperada.

Mãe: MEU DEUS! ELES CHEGAM DAQUI A POUCO!

E saiu correndo assim que eu sai do carro com as compras. Quase que me atropela na garagem. Maluca.

Entrei na cozinha, guardei as compras, peguei algumas barras de chocolate e deixei no meu quarto, afinal, as barras eram minhas!

Voltei para a cozinha e comecei a fazer um bolo de coco. O bolo de chocolate de mais cedo tinha acabado e eu não vivia sem essas coisas. Eu sinceramente não entendo como ainda sou magra. Eu deveria ser obesa pelo jeito desesperado que eu avanço em doces.

A massa do bolo ficou pronta, eu coloquei um recheio que eu tinha acabado de preparar, que também era de coco, e joguei calda por cima do bolo já recheado.

Eram 17:05 quando minha mãe me ligou.

Eu: Alô?

Mãe: Gaby, o voo está 15 minutos atrasado. Você já terminou de preparar o lanche?

Eu: Quase. Mas dá tempo. Eu já fiz a parte mais demorada.

Mãe: Então tá. Tchau.

Nem deu tempo de responder. Ela já tinha desligado o telefone. Realmente dona Luiza está estressada por ter visitas em casa. Já vi que vai sobrar pra mim...

Preparei alguns hambúrgueres, um suco de laranja e coloquei uma Coca no freezer. Quando terminei, já eram 17:20. Então o voo deve ter acabado de chegar. São 10 minutos do aeroporto até aqui, então dá tempo de trocar de roupa.

Tomei uma ducha, escovei meus dentes e escovei meus cabelos bem rapidamente, deixando a escova cheia de cabelo. Coloquei um vestido de alcinha lilás e uma havaiana branca, passei lápis de olho e um pouco de brilho labial. Coloquei um brinco de argola médio em meu primeiro furo e um brinco de pedrinha no meu segundo, pus um cordão curtinho, tipo uma gargantilha, de prata, para combinar com os brincos. Desci para a sala de estar, deitei no sofá e liguei a TV. Coloquei na Warner e estava passando Friends, meu seriado favorito. Passado alguns minutos, escutei um barulho de carro se aproximando, o que não é muito comum na minha rua, por isso deveria ser minha mãe. Endireitei-me no sofá e desliguei a TV.

Mãe: Gaby, chegamos!

Levantei do sofá e fui até a porta receber minha tia. Tinha tanto tempo que eu não a via que eu nem me lembrava dela direito. Nem do nome dela!

?: Meu Deus! Gaby! Como você cresceu!

Ela largou as malas no chão e foi me abraçar. Agora que eu a vi, me lembrei. É a tia Bel.

Bel: Quanto tempo, pequena! Você está tão linda!

Eu: Obrigada, tia!

Ela me soltou e eu estava muito alegre por ela estar aqui. Tia Bel, se eu bem me lembrava, era a pessoa mais divertida e animada que existe.

Bel: Luiza, onde eu posso colocar as malas?

Mãe: Lá em cima. Tem um quarto só para você!

?: Mãe, (entrando pela porta, carregando muitas malas) onde eu posso colocar as suas malas?

Bel: David, o quarto é lá em cima. Mas antes, você não vai falar com a sua prima não?

Ele largou as malas no chão e veio falar comigo. Parei de respirar. Ele era perfeito! Seus olhos eram de um azul tão profundo que eu me senti hipnotizada.

David: Oi, prima!

Ele me abraçou e eu senti seu perfume.

Meu Deus!

David (no meu ouvido): Como você é linda! Ainda bem que temos um mês juntos para nos conhecermos melhor.

Eu (me arrepiando toda e ficando vermelha): Concerteza.

Ele era bem maior que os meus 1,60m. Ele se abaixou para me dar um beijo no rosto. Quando eu fui retribuir, ele já tinha levantado, por isso eu acabei dando um beijo m seu pescoço. Admito que foi muito bom. Ele olhou para mim com um olhar malicioso e depois sorriu, mostrando todos os seus dentes perfeitos. Só me dei conta que estava parada feita idiota quando minha mãe começou a gritar comigo.

Mãe: Gaby! O que aconteceu?! Não importa. Mostre a sua tia o quarto em que ela vai ficar e arrume um colchão para o David no seu quarto.

Para tudo! Ele vai ficar no MEU quarto? Essa perfeição da natureza vai dormir no mesmo ambiente que eu?!

Eu: C-c-claro.

Olhei para o David e ele ainda estava sorrindo, mas agora estava muito malicioso. Isso não podia ser bom.