Impossível escrita por Livia Cullen


Capítulo 18
Capítulo 18 - A dor


Notas iniciais do capítulo

Genteeee... fico muito feliz com os reviews de vocês e por favor nao queiram me espancar viu?!

Beijoooos e boa leitura!!



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POV Gaby

 

 

Fiquei esperando ele dizer alguma coisa, mais ele só ficou com cara de bobo. Será que ele ainda não sabia?! Ou só ficou sei lá, em choque, porque eu descobri e ele queria ficar me enrolando?! Nenhuma das duas opções me pareceu muito boa...

 

- Você é o Jump ou now, não é?!

Ele continuou olhando para mim, e depois pigarreou.

- Sou... sou sim.

- Coincidência né?! Conversamos durante tanto tempo sem sabermos que éramos parentes.

- Muita.

Ele ainda estava com cara de abestalhado. Que bicho mordeu ele?!

- Achei o colchão. Você pode levar ele lá para o quarto fazendo um favor?!

- Posso sim.

Ele começou a sorrir. Esse cara é estranho.

- Priminha, você não está chateada comigo?!

Olhei para ele. Estávamos em silêncio, em direção ao meu quarto. Dava para ouvir a televisão, parecia estar em algum canal de musicas.

- Por que eu estaria?

- Hum, eu já sabia a verdade. Descobri ontem ou antes de ontem, não tenho certeza.

É, ele não queria me contar. Fiquei chateada, mas eu não iria dar o braço a torcer. Gosto muito dele, quero dizer, eu o amo, mas isso é palhaçada. Ainda bem que o amigo dele é um gato. Posso muito bem tirar proveito disso. Como ele omitiu isso, eu posso omitir várias coisas.

- E porque não me contou antes? – perguntei, ao abrir a porta.

- Porque eu não sabia como contar. – respondeu ele simplesmente.

Ele largou o colchão perto de onde estava o dele e veio na minha direção.

- Eu não tinha idéia de como conseguir contar para você.

- Contar o que?! Que você me enganou?! Que brincou comigo, com meus sentimentos?! Que tudo o que você me disse era mentira?! Que você só estava me usando para tornar as suas férias um pouco mais divertidas?! Se for isso, eu já descobri por mim mesma. Não preciso de sua ajuda.

Eu me surpreendi. Falei tudo calmamente. Ele ficou chocado por eu ter descoberto seu planinho. Virei as costas e sai do quarto rápido, o mais rápido que eu conseguia com essa porcaria de gesso no pé. Percebi que ele ficou paralisado dentro do quarto. Cheguei na escada e não consegui descer de tanto que chorava. Comecei a soluçar e a dor era tanta que até respirar doía. Percebi que a televisão não estava mais ligada.

- Gaby, não chore pequena. – Peter passou seus braços em volta de mim e me abraçou. Retribuí o abraço e devo ter deixado sua camisa totalmente encharcada. Ele passou suas mãos por minha cintura e por minhas pernas e me levantou, em direção ao meu quarto. Eu tentei protestar, mas ele já tinha me colocado em minha cama. Abracei meu travesseiro e me encolhi toda, para tentar diminuir a dor. Não funcionou. Continuei chorando.

Peter saiu do meu lado e foi para o canto do meu quarto, onde David estava sentado, ainda em choque.

- O que você fez com ela seu imbecil?

- Eu... não... fiz... nada! – ele falou cada palavra pausadamente. Cada uma delas me fizeram chorar ainda mais. Ele era muito hipócrita! Como assim?! Ele estava me usando e isso não era nada?! Eu ouvi um barulho alto. Não olhei para ver o que era, mas veio do lado onde eles estavam conversando.

- Isso é para você aprender a agir corretamente! Porra David! Ela está sofrendo! O que você fez com ela?! Quer saber, não me interessa. Sai daqui. Deixa-a descansar.

Eu não vi se ele saiu ou não, mas parecia que uma parte de mim estava me deixando.

Peter voltou e se sentou do meu lado. Pegou minha mão e ficou me confortando durante um longo tempo.

 

 

POV David

 

 

Estava tentando o que aconteceu...

Como ela ficou tão estressada de repente. Como ela teve a coragem de dizer que eu a estava usando! Eu que a fiz descobrir a verdade! Eu não consegui contar por mim mesmo por conta do medo de sua reação. E agora ela esta furiosa comigo, me acusando de várias coisas sem nenhum fundamento. Eu a amo mais que tudo, nunca faria nada disso com ela. E agora eu estou do lado de fora, com um olho roxo por conta do soco que meu melhor amigo me deu, e ele está lá, do lado da garota que eu amo. Como esse mundo é injusto.

 

 

 

POV Gaby

 

 

Consegui parar de chorar, mas meu corpo todo doía, parecei que eu tinha levado uma surra. Ainda bem que minha tia estava fazendo compras com minha mãe, o que significava que elas só chegariam tarde da noite. Peter ficou o tempo todo do meu lado, apenas enxugando as lagrimas que teimavam em cair e passando a mão em meu rosto, em meus cabelos, em meus braços, sem dizer uma só palavra, apenas me confortando. E eu me senti confortada. Mas a dor era demasiada para eu poder agradecê-lo por estar do meu lado. Era de se imaginar que ele, por ser um garoto, estaria do lado do amigo, mas ele preferiu ficar do meu lado, e isso significa muito para mim, mesmo não conhecendo ele direito. Consegui largar o travesseiro e me sentei. Abracei Peter o mais forte possível, e ele me aconchegou em seus braços. Ele me deitou na cama e disse que voltava em um minuto. Eu não me importei de ficar sozinha. Até era melhor, para finalmente pensar com clareza, sem lágrimas e sem ninguém do meu lado.

1º: Eu estava perdidamente apaixonada pelo David, cada célula do meu corpo doía ao tentar negar isso.

2º: Ele tinha me usado, e cada fragmento do meu ser doía por causa disso.

3º: Peter ficou do meu lado, mesmo sendo amigo de David de vários anos.

4º: Eu não sei mais o que pensar!

O cara que eu amo me usou. Seu amigo me consolou. E meu coração está todo partido e quebrado em mil pedaços.

Olha, isso dá até letra de musica...

FOCO Gaby! Você está sofrendo, lembra?! O que eu vou fazer agora?!

- Gaby, eu sei que você nem deve estar se lembrando, mais já passou da hora do almoço e você nem comeu nada ainda. Então, eu trouxe uma lasanha para você. Achei na geladeira e esquentei para você.

O cheiro da lasanha me deu uma fome. Peguei um prato na bandeja em que trouxe dois pratos com lasanha e arroz, uma garrafa de coca, e uma barra de chocolate. Ai, chocolate!

Comecei a comer a lasanha e Peter se sentou do meu lado. Comemos conversando besteiras, sem nunca mencionar o nome dele. Ri algumas vezes das caretas que ele fazia contando sobre sua família. Ele é muito engraçado. Terminamos de comer a lasanha, bebemos a garrafa de coca e atacamos o chocolate. No final, eu estava cheia e nem me agüentava sentada. Deitei no colo do David.

- Sabe, há tempos eu não tenho um amigo mesmo.

- Há tempos eu não tenho uma amiga.

- Sério?! Por que não?

- Hum... – ele olhou sério pra mim. – Porque os namorados delas sempre sentem ciúmes delas comigo. Eu não sou o tipo de garoto que agarra alguém na primeira oportunidade. Sei diferenciar as coisas. Mas eles não conseguem entender isso.

- Bom, pelo menos agora você tem uma amiga que você pode sempre contar e confiar. – Ele estava mexendo em meus cabelos. Isso estava me deixando com sono. Bocejei.

- O que você acha de dormir um pouco?! – ele tirou uma mecha do meu cabelo que estava em cima do meu olho e sorriu quando viu que eu estava praticamente adormecida. Não consegui esquecer a dor em meu peito, mas ela estava adormecida, assim como eu. Acabei dormindo com o seu riso baixinho ecoando em meus ouvidos e com um beijo em minha testa.

 

 


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Notas finais do capítulo

David: Creeedo... quase nem apareço nesse capítulo!
Peter: É porque você não é importante, otário.
Livia: Calma garotos, sem discução.
Gaby: Sem discução?!Peter, quebra ele por mim!
Peter: É pra já madame!
Livia: Nada disso! Sem mais socos por favor!
David: Só porque eu ia dar o troco... ú.ú


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