Love Comes When You Least Expect It escrita por Shin


Capítulo 9
Chapter Nine


Notas iniciais do capítulo

Duh, Duh, Duh ~ Mais um capítulo !
Este ficou bem grande, só para avisar HSUAHUSAUASA ><'

Ah, outro aviso importante: o meu querido computador está dando o mesmo erro que deu antes de o HD pifar . Então, se eu sumir por alguns dias, já sabem .. - computador dumaw '-'

Bem, ignorando esses avisos chatos ( u-ú ), espero que gostem do capítulo ! o/

And ... Obrigada pelos review's, como sempre UHSAUHSAUHAHU :3



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Smoker caminhou até uma cadeira na proa de seu navio, sentando-se. Seus olhos observaram o mar azul, vagarosamente. As águas estavam calmas, batendo suavemente contra o casco da embarcação.

Atrás do marinheiro as velas estavam infladas pelo vento que soprava ininterrupto, impulsionando o navio para frente.

Ao olhar para o horizonte o albino não conseguiu ver nenhuma anomalia. Tudo estava indicando que seria uma viagem calma até a próxima ilha.

Smoker começou a tatear seu casaco em busca de um isqueiro. Grunhindo, descobriu que não havia nenhum.

O comodoro considerou momentaneamente a ideia de ir procurá-lo, mas logo desistiu. A preguiça que ele estava sentindo era maior do que seu empenho.

Normalmente o marinheiro não costumava se deixar levar por aquela vontade de não fazer nada o dia todo, mas aquela manhã era uma exceção.

Uma vez que sua preguiça não foi embora nem mesmo depois de ele tomar um banho gelado, achou melhor se render.

Levantando-se, o albino foi checar o Log Pose, contente ao notar que não houvera nenhuma mudança na rota durante as últimas horas. Se continuasse nesse ritmo ele certamente alcançaria os Mugiwaras em alguns dias.

Segundo o que estava escrito nos relatórios que tinha recebido, Monkey D. Luffy tinha sido visto causando confusão na Ilha de Jaya, ao bater em outro pirata.

Smoker procurou se informar e descobriu que ainda haviam pelo menos mais oito ilhas antes que ele pudesse chegar à Jaya. Isso significava que ele tinha que navegar o mais rápido possível, se quisesse encontrar os piratas antes que o próximo mês viesse.

Se recusando a sentar-se novamente, o marinheiro resolveu dar uma checada em como andavam as coisas pela embarcação, uma vez que era o único acordado por ali.

Ah, sim. Todos os seus subordinados estavam dormindo, sofrendo de uma ressaca que Smoker imaginava ser terrível. O comodoro agradecia por não ter aceitado muitas bebidas na noite anterior, ou estaria como eles.

Tashigi era uma exceção. Ela não tinha bebido nada alcoólico ontem, mas passara a noite acordada botando o navio em movimento e fazendo a vigia noturna. O albino achou melhor deixá-la descansar, então mandou-a ir dormir assim que saiu de seu quarto.

Smoker andou até a popa da embarcação após ter checado o interior do navio. Até o momento tudo estava normal, então ele não tinha muito com o que se preocupar.

Quando chegou à parte traseira o comodoro também encontrou tudo em seus devidos lugares. Satisfeito, encostou-se à grade da embarcação, fitando o céu. Porém algo incomum chamou sua atenção.

O marinheiro olhou descrente para um pequeno barco que estava amarrado ao seu navio, sem ninguém dentro.

O albino inclinou-se um pouco, tentando lembrar se já tinha visto-o em algum lugar. Depois de alguns segundos Smoker concluiu que nunca tinha visto aquele barco na vida.

Uma sensação ruim começou a invadir seu corpo. Algo estava errado.

Mordendo a ponta dos charutos, já que ainda não encontrara nenhum isqueiro para acendê-los, o comodoro relembrou dos acontecimentos daquela manhã, procurando por algo fora do comum.

Franzindo o cenho, o albino descobriu que não tinha nenhum indício de que algo estava errado.

Mas mesmo assim... Por que diabos tinha um barco preso ao seu navio?

– Sabe.... Até que a comida dos marinheiros não é ruim, Smokey. Quem foi que a preparou?

Smoker virou-se, encarando atônico o rapaz. Com os olhos arregalados e a boca aberta, o rosto do comodoro era um perfeito retrato de choque.

Ace olhou despreocupadamente para o albino, pegando o garfo com a mão direita e levando-o até a boca, ronronando ao saborear a comida. Em sua outra mão estava um prato cheio, ainda quente.

– O que.. Como você... ? Quando diabos você.. ? - o maior murmurou confuso, sem saber ao certo o que deveria perguntar primeiro.

O pirata lambeu os lábios, aprovando a refeição.

– Acho que eu deveria pegar a comida dos navios da Marinha mais vezes... Não sabia que era tão boa - comentou, enquanto voltava a comer.

Smoker olhou para o chão de madeira, cerrando os punhos. Seus olhos ficaram encobertos pelo cabelo cinzento, escondendo parcialmente a crescente ira que estava invadindo-o.

Não, ele não achara que aquele rapaz seria estúpido o bastante a ponto de invadir o seu navio. Na verdade o albino pensava que não iria voltar a vê-lo depois que saísse da ilha que ficara cuidando temporariamente.

O marinheiro mordia cada vez com mais força a ponta de seus charutos, amaldiçoando o sumiço do isqueiro.

– Portgas - grunhiu, o tom de sua voz soando como a de um demônio encarnado - você está no meu navio.

– Huhum - o pirata concordou, sem parar de comer.

– Você subiu a bordo do meu navio e está comendo a minha comida - Smoker continuou no mesmo tom.

Ace limpou o prato, sentindo-se satisfeito. Olhando para o maior como se ele estivesse apenas dizendo que o céu estava bonito, respondeu:

– É.

O marinheiro perdeu a paciência com aquela resposta. Em um movimento que pegou o jovem desprevenido, o albino alcançou seu jutte, usando-o para prender o pirata contra uma parede.

O moreno sentiu a ponta da arma pressionando sua garganta. Pego de surpresa, quase que instintivamente abriu as mãos, deixando o prato cair no chão e quebrar-se em pedaços. Smoker estava bem próximo a ele, olhando-o com muita raiva, mas sem realmente se preocupar com o objeto caído.

Você, maldito pirata. Quem diabos você pensa que é para ousar invadir o meu navio?– o marinheiro rosnou, controlando-se para não começar a gritar com o jovem. Sem dar tempo para o último responder, continuou ameaçadoramente - Acha mesmo que você vai sair daqui ileso, Portgas?

Ace fez o melhor que pôde para ignorar a desconfortável sensação de ter algo pressionando seu pescoço a ponto de roubar-lhe o fôlego.

– Essa não é exatamente uma boa atitude para você ter com quem veio visitá-lo, Smokey - o moreno retrucou com a voz rouca. Depois acrescentou, com um sorriso arrogante - Mas eu sei que eu vou sair daqui ileso, sim. Você não iria querer que eu incendiasse o seu navio acidentalmente, não é?

Smoker estreitou os olhos.

– Acho que você está incapacitado de fazer isso no momento - lembrou, movendo levemente sua arma para ilustrar o que tinha dito.

Como resposta o pirata apenas olhou com repulsa para o objeto que lhe prendia.

– Vou ser bem claro, Portgas. Você é um pirata e eu sou um marinheiro, somos inimigos. Inimigos não se visitam - o comodoro murmurou, avaliando o rapaz preso à sua frente - então, obviamente, você está aqui por outro motivo. Quero saber qual é.

Ace riu, apreciando a lógica do maior, mas um aperto mais forte em sua garganta o fez interromper o som.

– Está bem, comodoro. Você está certo. Eu não vim aqui apenas para ver você - o moreno concordou.

Smoker esperou impaciente a continuação da fala do jovem, mas o último não se pronunciou.

– Então. Qual é o motivo? - interrogou.

– O motivo.... Eu conto se você me soltar - o pirata propôs, sorrindo.

– Acha mesmo que eu vou fazer isso, moleque? - o marinheiro indagou, olhando com desdém para o rosto do menor.

– Não é tão ruim assim, Smokey. Tudo que você precisa é confiar em mim - Ace sussurrou provocativamente, inclinando-se um pouco mais à frente para aproximar seus rostos, enquanto ignorava a dor que sentia na garganta - prometo que não vou destruir o seu navio ou machucar alguém daqui.

O albino continuou olhando firmemente para o jovem, sem se afastar quando o rapaz aproximou-se. Fitando longamente os olhos castanhos do garoto aprisionado, Smoker lentamente afrouxou a pressão do jutte contra sua garganta.

– Está bem - murmurou, afastando-se - mas se você fizer algo eu juro que irei pessoalmente te escoltar até Impel Down - rosnou.

O moreno inspirou o ar com certo alívio ao sentir a arma perigosa se afastar de si.

– Que bom que temos um acordo, Smokey - falou com um sorriso triunfante no rosto.

O comodoro fez o possível para ignorar a expressão de vitória que estava estampada na face do rapaz.

Grunhindo, passou pelo jovem, começando a caminhar.

Entendendo a dica silenciosa, o pirata prontamente seguiu-o, fingindo ter esquecido do prato estilhaçado no chão.




Smoker trouxe a cadeira em que estivera sentado algum tempo atrás bem para o centro do convés, e apontou para ela.

O jovem sentou-se, olhando ao redor, curioso.

– Ei, Smokey. Onde estão os outros marinheiros? Pensei que seu navio estivesse cheio deles, mas não encontrei ninguém desde que embarquei.

O albino encostou-se ao mastro, cruzando os braços com uma expressão antipática no rosto.

– Estão ocupados.

– Ocupados? - o menor questionou, arqueando a sobrancelha. Ele não conseguia pensar no que podia estar mantendo todos eles fora de vista, principalmente a segunda marinheira no comando, Tashigi.

– Sim. Já que eu fui obrigado a ficar naquela maldita festa ontem a noite, eles foram também. Por causa das apostas idiotas de você e aquele Capitão maluco, eles beberam até cair e hoje estão com uma ressaca dos infernos.

Ace não conseguiu controlar o riso. Ah, sim. Ele e Keiichi tinham desafiado praticamente todos os outros marinheiros para ver quem aguentava beber mais. Tinha sido muito divertido, mesmo que o comodoro tivesse se recusado a participar.

O pirata sabia que Smoker nunca admitiria, mas o real motivo de o albino ter ficado naquela festa foi para vigiá-lo. Aquele era o único motivo plausível, já que o maior poderia ter ido embora quando bem entendesse.

– Está rindo do quê, moleque? - o marinheiro ameaçou, irritado.

Aos poucos o moreno conseguiu cessar a risada, olhando com um sorriso torto para o comodoro.

Levantando-se, Ace caminhou até Smoker, atrevido. Fazendo uma chama surgir em seu dedo indicador, o pirata entendeu a mão, usando-a para acender os charutos do albino.

O marinheiro franziu o cenho perante à ação.

– De nada - o moreno murmurou, sorrindo docemente enquanto abaixava o braço e voltava a sentar-se.

– Eu não lembro de ter pedido para você fazer isso - o marinheiro rosnou, acompanhando os movimentos do rapaz.

– Não pediu, mas deveria. Não é nenhum incômodo para mim te ajudar - informou, divertindo-se.

– Eu não preciso da ajuda de um pirata, Portgas - o albino retrucou, aspirando a fumaça proveniente de seus charutos - e não tente mudar de assunto. Quero saber o porquê de você ter invadido meu navio.

O jovem fez uma careta.

– Invadir é uma palavra muito forte, Smokey. Prefiro pensar que eu simplesmente embarquei sem ninguém me ver.

– Não tente me enrolar, Portgas - o albino bufou.

Suspirando, o pirata desistiu de tentar desviar a atenção do comodoro. Assumindo uma expressão séria, Ace encarou o marinheiro.

– Eu estou atrás de uma pessoa, Smoker.

O anfitrião ficou confuso com a resposta.

– Uma pessoa?

– Sim. Já ouviu falar em Marshall D. Teach? - o menor perguntou inexpressivamente.

O albino franziu a testa, sua atenção despertada ao ouvir a menção do “D.”

– Marshall D. Teach - murmurou para si mesmo, procurando em sua memória alguma coisa que se relacionasse a esse nome.

Mas Smoker não se lembrava de nada. Era a primeira vez que ouvia aquele nome. Mesmo assim... Ele não conseguia ignorar o fato de que seis dos sete D’s que ele conhecia tinham causado problemas ao Governo Mundial, um deles sendo o próprio Rei dos Piratas.

Seu instinto alertou-o, prevendo que esse novo D. também causaria problemas.

– Não, nunca tinha ouvido esse nome antes - o maior respondeu depois de vários segundos.

Ace assentiu, já esperando por aquela resposta.

– Ele é um pirata - o moreno revelou, provando que as suposições do marinheiro estavam corretas - provavelmente você nunca ouviu falar dele porque ele ainda não fez nada significativo o bastante a ponto de atrair a atenção da Marinha.

Smoker ficou em silêncio, fitando o rosto do rapaz.

– Teach ainda não tem uma recompensa, mas se eu bem o conheço, não vai demorar muito para ele ter - Ace informou - eu estou perseguindo-o, Smoker. E segundo o que eu sei ele foi há alguns dias para a mesma ilha que o seu Log Pose está apontando.

Tomando fôlego, o jovem continuou.

– Seria muito arriscado para mim se eu simplesmente fosse até lá com o meu barco, já que ele não é exatamente o que alguém poderia chamar de discreto. Ao que me parece o Teach ainda está naquela ilha, então eu preferi não arriscar e aproveitei para pegar uma carona no seu navio - concluiu.

O pirata olhou durante vários segundos para o rosto pensativo do comodoro, até que o último se pronunciasse.

– E por que você está perseguindo-o? É uma ordem de seu Capitão? - questionou.

Ace franziu a testa.

– Não, meu pai não queria que eu fosse atrás dele. Mas é uma questão de princípios, Smoker. Eu quero me vingar dele.

O albino arqueou a sobrancelha.

– Está atrás de vingança?

– Sim. Ainda alguns meses atrás Teach fazia parte da minha divisão, e como seu antigo comandante eu tenho o dever de dar a ele o devido castigo pelo que ele fez.

Foi a vez de Smoker fitar o rapaz inexpressivamente.

– Ao contrário do que vocês, marinheiros, pensam, nós também temos regras na nossa tripulação - o moreno continuou - e ele quebrou a mais importante delas. Nunca devemos matar um de nossos companheiros. Mas aquele covarde matou o Thatch. E eu não posso deixar que ele saia impune disso, Smoker. Não posso - afirmou decididamente.

O maior tinha que admitir que estava surpreso. Ele com certeza não esperava que aquele garoto estivesse perseguindo alguém por um motivo tão sério como aquele.

Até entre os marinheiros era inconcebível que um deles matasse outro companheiro. Smoker estava bastante admirado com a decisão que Ace havia tomado, preferindo gastar seu tempo procurando um assassino a ignorar a morte de seu companheiro.

Suspirando, o comodoro desencostou-se do mastro, caminhando até a proa da embarcação para verificar o horizonte.

– Se quer ficar aqui é bom que não deixe ninguém te ver passeando por aí, moleque - o albino resmungou baixo, mas num volume suficiente para o moreno ouvi-lo - estou te avisando que se alguém te vir por aqui, vou deixar garantida uma cela bem nas profundezas de Impel Down só para você.

Um sorriso de felicidade lentamente brotou no rosto do pirata, que levantou-se, indo até o mais velho.

– Arigatoou, Smokey! - o rapaz agradeceu alegremente, passando as mãos pelo abdômen do marinheiro e lhe abraçando por trás - Eu sabia que no fundo você não era tão insensível quanto parecia ser.

O corpo de Smoker ficou tenso com o contato, e novamente o albino aproveitou-se do poder de sua Akuma no Mi para escapar dos braços do jovem.

– Não confunda as coisas, Portgas - o maior murmurou, e Ace ficou impressionado ao notar que não havia nenhum tom de irritação em sua voz - nós ainda somos inimigos.


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