Konoha Boarding School escrita por Yellow Flash


Capítulo 12
Capítulo - An inspector's boyfriend




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Capítulo XII A inspector's boyfriend

Eu e Ino acabávamos de chegar do quarto da inspetora. É, vocês me entenderam. Estávamos no quarto da inspetora. Por quê? aquela mulher não é normal. Ela nos arrastou pra lá e nos obrigou a frequentar uma cerimônia de casamento entre os gatos dela. Nós ficamos lá um tempão, e sem que dava, a Ino me lembrava que foi culpa minha por querer ajudá-la. Ficamos lá por horas tentando enfiar os gatos em vestidos e ternos, aquelas foram as horas mais longas da minha vida. Não foi culpa minha, eu só quis ajudá-la. E também eu não sabia que isso iria acontecer.

Meus braços e rosto estavam cheios de arranhões, e aquilo ardia demais. Eu não conseguia nem movê-los direito, só fazia deixá-los estendidos e imóveis o tempo todo. Devagar e com medo de esbarrar meus braços em alguma coisa eu me sentei no pequeno sofá que havia ali no centro do nosso quarto. Olhava cada um dos pequenos cortes que haviam em meu braço, feitos por aqueles gatos assassinos. Eu me perguntava porque eles são tão violentos. Acho que são assim porque tem que aguentá-la e eu não os culpo por isso.

Ao contrário da Ino, eu sempre gostei de animais, especialmente de gatos. Mas animais violentos assim não. Ao olhar para a Ino pude vê-la andar até o espelho. Ela estava tão ruim quanto eu, mal conseguia mover os braços. No topo da cabeça dela havia uma bola de pelos branca. Pensei em avisá-la mas já que ela estava de frente ao espelho não teria porque eu fazer isso. Ela olhava cada um dos arranhões com cara de desespero. Eu ri baixinho mas parei de rir, assim que senti o corte na minha bochecha arder.

Ela continuava a se olhar no espelho e a bola de pelos continuava lá. Ou ela não havia visto ou seus braços ardiam tanto que ela nem aguentava movê-los, como eu. Meu Smarthphone começou a vibrar no bolso detrás da minha bermuda jeans azul-bebê. Droga. Não conseguia mover meus braços e guiá-los até lá. Me levantei devagar e parei de pé em frente ao sofá em que estava sentada antes. Movi um dos meus braços.

Porcaria, como arde, pensei enquanto guiava minha mão direita até lá. Percebi que quanto mais eu fazia isso, mas os arranhões pioravam de aparência. Desisti de tentar e me sentei no sofá novamente. A porcaria do celular continuava a vibrar. Seja quem for queria mesmo falar comigo. Por que a pessoa não insiste assim quando estou normal e demoro pra atender? que seja, pensei. Olhei novamente para o espelho e lá estava a Ino com a bola de pelos ainda no topo da cabeça. Parecia estar muito concentrada cuidando do rosto que ela tanto adora.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa a ela, avisando-a sobre isto, ouvi tocarem a porta. Que droga, tomara que não seja ela. Nem me levantar eu estava conseguindo. Pedi pra Ino ir atender já que ela estava de pé. Ela andou até lá e abriu a porta. Olhei e felizmente, quem estava ali não era a inspetora, mas sim Temari e TenTen. As duas entraram e estranharam tudo.

– Nossa, o que aconteceu com vocês? caíram em uma piscina de gatos raivosos? - a Tenten perguntou.

– Quase isso. - a Ino respondeu. - A inspetora nos obrigou a ficar no quarto dela ajudando na cerimônia de casamento dos gatos dela.

– Espera aí, o quê? - a Temari perguntou, rindo do que havia acabado de ouvir.

– Isso mesmo. Ela está fazendo um casamento para os gatos dela. Passamos horas lá tentando enfiar aqueles gatos malucos em vestidos e ternos. - ela concluiu.

– Aquela mulher é louca! - falei. - Os gatos não gostaram nada de ficar vestidos daquele jeito e fizeram isso com a gente.

– É por isso que eu odeio animais! - a Ino disse.

– Não é culpa deles. Devem estar cansados de viver com aquela maníaca. - a Temari disse, e rimos todas juntas.

– Andem, venham cá. - a Tenten nos chamou.

– Pra quê? - eu e Ino perguntamos, em uníssono.

– Vamos jogar álcool nesses arranhões. - ela nos respondeu.

– O QUÊ?! - perguntamos em uníssono, outra vez.

– É isso mesmo. Vai queimar por um tempo mas logo vai passar e vocês poderão mover os braços com liberdade.

Só depois nós fomos perceber que ela estava falando sério, quando nos mostrou a garrafa de álcool. Mas é, eu acho que ela está certa. Sempre ouvi falar que o álcool ajuda a ''fechar'' ferimentos como esses. Nunca ouvi de um médico, mas, o que eu tenho a perder? Já estou péssima mesmo. Resolvi ir e colocar. Até porque agora eu não podia fazer mais nada já que as duas vinham em nossa direção e provavelmente iriam nos forçar.

(...)

Algumas horas mais tarde depois do que elas nos fizeram a força, já podia mover normalmente meus braços e pernas. Estava muito melhor. Não é que elas tinham razão? Sorri comigo mesma, enquanto olhava os arranhões. Depois de passar álcool nós fomos até a enfermaria e agora estamos aqui, outra vez. Os cortes estavam cobertos por curativos e já não estavam mais ardendo como antes. Mas essa alegria era passageira, pois já sabíamos que logo logo a inspetora louca estaria de volta.

Estamos sentadas no sofá, de frente para Tenten e Temari, que estavam sentadas no beliche. A Ino estava penteando os cabelos e retirava os curativos para maquiar os cortes. Mania de patricinha. Dizíamos a ela que não era bom fazer isso, mas ela sempre terminava dizendo que não iria andar por aí cheia de curativos pelo corpo, dizendo que iria parecer uma louca, o que de certa forma me ofendia. Eu estava sentada, pensava em alguma coisa.

Todas nós, com exceção de Ino, pensávamos em alguma coisa. Tentava bolar uma forma de fazê-la largar do nosso pé. Não conseguia pensar em nada. Porcaria. A idiota da Ino nem estava tentando nada, só se importava com a sua aparência.

– Já sei. - a Temari disse. - E se vocês tentassem, de alguma forma, juntar ela e o ex-namorado dela?

– Não é uma má ideia. Ela estava sempre dizendo o quanto sentia a falta dele. - respondi.

– Tá legal, mas... aonde acharemos ele? - a Tenten perguntou.

– Ela disse que a essa hora ele sempre lancha fora daqui da escola, lá no ''Sea Side''. – eu disse.

– Vamos lá. - a Tenten falou.

– Esperem eu acabar de maquiar meus arranhões. - a Ino disse.

– Vem logo.- Falei puxando ela pelo braço.

(...)

Naruto pov's

Acabava de sair da sala de aula, acabei de ter aula de ciências com o professor substituto, o Kakashi. Ele é um cara estranho, mas para as meninas parece que não. A cada 5 minutos as meninas que passavam no corredor paravam lá pra ficar babando por ele. E não eram só as meninas de fora que faziam isso, as que estavam na minha sala também. Isso já me irritava o bastante quando elas fazem com o Sasuke, agora é com ele? Não acredito que até o professor tem mais sorte com as meninas do que eu.

Andava pelos corredores a caminho do meu quarto, quando vejo Kiba vir em minha direção. Após se aproximar ele parou ao meu lado, sorrindo.

– E então? - ele perguntou.

– E então o quê? - perguntei.

– Quando vai se declarar pra Sakura?

– Cara, eu já te disse que não vou fazer isso. Seremos só amigos, tá legal? Ela só me vê como um amigo, nada mas e nada menos que isso.

– Você não sabe se é verdade. Nem perguntou a ela. Tem que se declarar, não pode ficar escondendo isso dela a vida toda.

– E pra que eu faria isso? pra ela me dar um fora e nem amigos nós sermos mais?

– Você é quem sabe, cara. Mas se ela gosta de você, eu posso dizer o que você está perdendo. A Sakura é uma gatinha. - ele me disse sorrindo e eu lancei a ele um olhar de reprovação, o que o fez parar de sorrir.

– Quando você decidir dizer isso a ela pode ser tarde demais. Vai que o Sasuke decida ter alguma coisa com ela. E você sabe que aquele cara tem a garota que quer.

Sakura nunca ficaria com alguém como ele. - falei confiante.

– Tem certeza? Eu ouvi dizer que a Ino já esteve apaixonada pelo Sasuke. Acho que você está subestimando o Uchiha. E além dele tem esse Gaara que chegou há pouco tempo na escola mas já é adorado pelas garotas, igual ao Sasuke. Mas eu sei que você não liga pra isso, ela é só sua amiga, não é?

– Cara, dá pra ficar quieto?! - pedi. Aquilo já estava me deixando furioso. - Pára de falar nisso. Você também não tem namorada.

– Ei! eu já estou dando um jeito nisso. - ele falou.- Vou esperar a prima do Neji se matricular aqui.

– A prima do Neji vai vir estudar aqui? - perguntei surpreso.

– É. Ele me contou. E nem adianta criar esperanças com ela porque já é minha.

– Ela nem sabe que você existe.

– Mas vai saber. - ele falou, sorrindo. - E quando começarmos a namorar, serei lembrado como uma lenda na escola. Já dá até pra imaginar ''Kiba Inuzuka, o garoto que namorou a Beauty Queen dos Estados Unidos''.

É isso mesmo que vocês ouviram. A prima do Neji é famosa como a ''Beauty queen'' dos Estados Unidos, uma modelo das mais bonitas. Nunca imaginei que ela viria estudar aqui. Isso não importa mesmo, nem eu e nem o Kiba teremos chance com ela. Detesto admitir mas, se tem alguém aqui nesse colégio que conseguiria alguma coisa com ela, esse alguém é o Sasuke. Afinal de contas, eu virei o quê desse cara? Paga-pau? Estou pior que as garotas, tudo por causa do idiota do Kiba.

– Cara, dá o fora do meu lado, vai! - eu disse, empurrando ele.

– Não me empurra! - ele me empurrou também.

Me segurei para não fazer o mesmo com ele outra vez, já que conhecendo ele ficaríamos naquilo pra sempre.

(...)

Sakura pov's

Nesse momento, eu e Ino estamos paradas na entrada do salão do restaurante aonde o ex-namorado da inspetora come. Já que no quarto dela nós vimos uma foto dele, pudemos identificá-lo. Ele estava sentado na última mesa, uma que ficava um pouco a frente de uma planta e estava comendo peixe frito. Temari e Tenten não estão porque foram buscar a Tsunade.

Que demora. Daqui a pouco o cara acaba de comer e elas ainda não trouxeram a Tsunade. O vimos levantar. Que porcaria, cadê aquelas duas?

– Ele está indo embora! - a Ino disse.

– Onde estão a Temari e a Tenten?

Ele estava pagando a conta a uma garçonete, ela era muito bonita. Espero que a Tsunade não chegue agora e pense coisas erradas.

– Zin! - tarde demais.

Ela parecia brava. Andou na direção dele e parou de braços cruzados.

– Acha que ela viu os dois conversando e pensou coisa errada? - perguntei.

Inesperadamente ela pegou o copo d'água que estava em cima da mesa e jogou toda a água na cabeça dele. Droga. Como pode ser tão ciumenta?

– É, ela viu os dois conversando e pensou coisa errada. - a Temari disse.

(...)

– O que vamos fazer agora? - a Ino perguntou.

– Eu não faço a menor ideia. - respondi.

– Ouvi dizer que o professor Kakashi está solteiro! - ouvimos uma garota comentar com a outra, enquanto andavam para seus respectivos dormitórios.

Estávamos sentadas no centro da ala dos dormitórios, num local aberto e aonde tinha muitos sofás e puff's. Um monte de gente passava ali o tempo todo, e acho que essa garota me deu uma ideia. Sim, é isso mesmo que vocês estão pensando. Se descobriram, parabéns.

– Gente, eu tive uma ideia! - falei, sorrindo. - Uma grande ideia, que pode funcionar.

– O que foi? - a Ino perguntou.

– Vamos juntar o professor Kakashi e a inspetora. - falei.

Em seguida eu tive que ouvi-las gargalhar. Elas riam com vontade. Agora que parei pra me ouvir foi engraçado mesmo. E com elas rindo, tive ainda mais certeza. Elas riam tanto que estavam ficando sem ar.

– Qual é, gente. Pode funcionar. - eu disse.

– Essa foi a coisa mais maluca que eu já ouvi hoje. O que alguém como o professor Kakashi iria querer com alguém como ela? - a Ino me perguntou.

– Vale a pena tentar. - a Tenten disse. - Mas sabemos que não vai dar certo.

– Como vamos fazer isso? - a Temari disse.

– Relaxem, eu tive uma ideia. - a Ino falou, nos surpreendendo.

– Ino? Você tendo ideias? - perguntei, surpresa.

– É. Por quê? O que está querendo dizer? - ela me perguntou.

– Nada. Fala logo, o que é?

– Venham comigo.

(...)

Andávamos até a sala dos professores. Nós três não fazíamos ideia do que a Ino iria fazer pra conseguir falar com ele, ela não revelou. Mas seja o que for, tomara que funcione e ele aceite vir com a gente. Paramos na porta da sala e lá estava ele, lendo um livro. Ao lado dele haviam várias meninas, secando ele, que nem havia percebido. Todas estavam com o olhar de apaixonadas.

A Ino foi andando até lá e o chamou.

– Professor, tem um inseto horrível lá no salão! - ela disse.

– Ah. Eu estou ocupado, não dá pra chamar outro professor? - eu o ouvi perguntar.

– Nenhum deles quis vir comigo. Por favor, eu odeio insetos! - ela disse.

– Tudo bem. - ele falou, fechando e guardando o livro no bolso de trás da calça.

Primeira parte do plano concluída, pensei assim que os vi caminhar em nossa direção.

(...)

Depois de muito andar, finalmente chegamos na área dos dormitórios femininos. E lá estava a inspetora, sentada em frente a uma mesa, um banquete. A Ino o guiou até ela, ele foi até lá estranhando tudo aquilo, como eu já esperava. Ela o sentou na mesa, a frente da inspetora.

– O que é isso? - ele perguntou.

– Fizemos um jantar pra vocês dois. - ela explicou.

– Um... jantar? - ele perguntou. - Pra quê?

– Não fala nada, só come. - ela disse.- Desperdiçar comida não é bom.

– É, isso aqui parece estar bom e não vou perder nada. Tudo bem. - ele disse.

Após vê-lo começar a comer, a Ino correu de lá e se aproximou de nós, agora estávamos todas juntas observando-os comer. Quando olhamos para fora, algo inesperado aconteceu. Lá vinha o ex-namorado dela, e não parecia nada bem. Será que ele vai estragar tudo? Porcaria, por quê?

Tsunade! – ele gritou.

– Zin?! - ela disse, se levantando. - o que você tá fazendo aqui?

– Eu termino com você por algumas horas e você acha que tem o direito de encontrar outro namorado? - ele perguntou.

– Acho. - ela disse.

– Você vem embora comigo. - ele disse, puxando ela pelo braço.

– Não, eu não quero ir! - ela disse, tentando se livrar.

– Ei, não faça assim, não vê que está machucando ela? - o professor Kakashi disse, se aproximando dos dois.

– Bonito e cavalheiro. - a Ino disse. Em seguida, nós três suspiramos em uníssono.

– Dá o fora daqui, cara! - ele disse, empurrando o professor e o arremessando para longe.

– Minha nossa! - falei.

– Vamos lá ajudar ele! - a Tenten falou.

– Tsunade, eu quero você de volta.

– Você terminou tudo comigo, estava com outra lá no restaurante e agora volta me dizendo esse tipo de coisa?

– Eu não estava com outra. E eu terminei com você porque... eu estava maluco. Posso aguentar seus ciúmes, a única coisa que não posso aguentar é ficar longe de você. - oh, que lindo... suspiramos, enquanto colocávamos o professor em cima do sofá.

– Oh... eu aceito. Vamos pra casa! - ela disse, sorrindo.

E os dois saíram dali.

(...)

Estávamos todas na sala da enfermaria. Eu, Ino, Shizune (a enfermeira), Temari e Tenten estávamos ''cuidando'' do professor Kakashi. Mesmo machucado ele continuava lindo. A que mais estava afim ali era a Shizune, ela nos deixou ficar ali contanto que não contássemos isso a ninguém.

– Gente, eu já estou bem. É sério. - ele dizia, tentando se levantar da cama.

– Não, fica deitadinho aí. Você ainda tem que descansar um pouco. - ela dizia, acariciando os cabelos dele.

– Gente. - a Ino nos chamou.- Pose pra foto.

Paramos todas ao lado dele e a Ino tirou nossa foto.

......


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