Aria

Quando tinha cinco anos fui deixada em um orfanato com a minha irmã gêmea, não demorou muito tempo para que nos fossemos separadas por pais adotivos, minha nova família era formada por um homem excêntrico, solteiro. Esse não é o padrão que o orfanato permitiria para uma adoção, mas aquele homem não era só um homem, ele era um bruxo.

Sua forma de ensinar era bruta, mas dava resultados, fui aprendendo cada vez mais sobre a magia e como manipula-la. Um dia Magnus,o homem que me adotou desapareceu,deixando um livro de feitiços e uma carta. Ele não era um bruxo qualquer isso eu sabia.

*

Estava procurando a casa dela há meses, hoje eu finalmente achei, com a minha aparência de quinze anos, fui encontra-la. Aparatei para o limite da barreira, que tinha envolta da mansão a qual o feitiço me levou.

O lugar era enorme, dava para ver pelo portão, no meio dele tinha uma enorme letra ‘B’, abri o portão com um movimento da minha magia, como era bom não precisar de uma varinha.

Achei um furo na barreira e usei-a para enfraquecê-la até eu poder passar. Caminhei em direção àquela mansão.

– Não me decepcione.....

*

Isabelly

Estava me arrumando no meu quarto quando sinto uma magia poderosa se aproximando da mansão Black. A magia era bem poderosa, conseguiu achar a fraqueza da barreira e entrar nos limites da mansão.

– Ora, Ora! Nem nos encontramos e você já dês faz minha defesa... – disse dando as costas para o espelho. – É melhor eu avisar o Sirius.

Sai do quarto e fui descendo as escadas, encontrei meu pai no final da escada, ele parecia normal, claro que ele não estava sentindo a magia que vinha em direção as portas da mansão.

– Temos visita – informei em quanto andava até a sala de jantar, para tomar meu maravilhoso café da manhã. Sentei na ponta da mesa, Sirius se sentou ao meu lado. Peguei dois pedaços de bolo diferente, um de chocolate e outro de cenoura, duas panquecas e me servi com suco de laranja.

– Quem vem? – perguntou se servindo também

– Já esta aqui – comia calmamente, Sirius me encarava com um olhar desconfiado. – Lia! – chamei a elfa, que apareceu no mesmo instante. – Traga nossa convidada aqui.

Em cinco minutos o ser misterioso chegou à entrada da sala, olhei para ela admirada, ela era igual a mim, tirando o fato de ainda usar a cor original do cabelo.

Levantei da cadeira, Sirius fez o mesmo, olhei para ele e dei um pequeno sorriso, voltei minha atenção para a garota, que me olhava com os olhos cheios de lagrimas.

– Há quanto tempo Aria – disse caminhando em sua direção

– Espere! – seus olhos transmitiam duvidas e medos, o que me deixou um pouco intrigada.

– Sei que faz tempo que a gente não se vê, mas não precisa ficar na defensiva – disse parando alguns metros dela.

– Recite! – disse Aria, por um segundo eu não entendi o que ela queria dizer com aquilo, mas minha ficha caiu.

– Ah! Esta bem – respirei fundo e comecei a recitar,era um tipo de juramento que inventamos,era algo para a gente se lembrar, mesmo que estivéssemos longe uma da outra.

“Por mais que eu esteja longe nunca a esquecerei

O elo que nos junta como o fio da vida não se rompera

A marca que ninguém vê, é visível para mim.

Por tanto sempre saberei quem você é, mesma que tenha mudado”.

Quando terminei de recitar percebi que Aria falava junto comigo. Nos abraçamos,ela tinha mudado tanto,mas ao mesmo tempo continuava a mesma garotinha.

– Finalmente te achei maninha – disse Aria depois de encerrarmos o abraço.

– Alguém pode me explicar o que esta acontecendo? – perguntou Sirius irritado e bem confuso.

– Acho que esqueci de dizer que não sou filha única – disse com uma voz sínica,o que fez Aria rir.