Tinha apagado quando voltou a si estava deitada em um chão de mármore, envolta de vários círculos mágicos. Conhecia aquele lugar, já tinha estado naquela sala com sua mestra, quando sua magica estava muito instável e não conseguia controlar, lembrava vagamente do que tinha acontecido naquela época, não conseguia lembrar certas coisas da sua infância, mas sabia que o motivo de ter estado naquele lugar uma vez era para controlar sua magia.

— Que bom que acordou – disse uma voz feminina que não escutava há anos – Pensei que demoraria mais algum tempo.

— E eu achando que depois de ter aparecido para mim com sua verdadeira face não precisaria mais usar essa mascara, Merlin – retruquei.

— Língua afiada – observou, se eu pudesse ver sua expressão agora poderia ver o meio sorriso que ele dava – Mas tem razão – senti sua aproximação, suas vestes faziam leves barulhos quando eram arrastadas pelo chão – Embora eu já soubesse que você sabia sobre mim quando eu fui até a você assim – sua voz tinha mudado, revelando mesmo sem eu poder ver que ele estava em sua verdadeira forma – O que me entregou? – perguntou curioso. Era estranho ele me perguntar isso, ele lia mentes, poderia muito bem descobrir a resposta da sua pergunta.

— A espada em cima da lareira – menti, a espada nunca ficou em cima da lareira, ficava amostra na biblioteca dentro de uma caixa de vidro.

— Sabia que não deveria ter colocado a Excalibur ali – comentou, seguindo o que eu disse.

Algo estava errado, mas eu não sabia o que era, poderia ser um falso Merlin? Possível, mas como saberia que Merlin usava a face feminina quando estava comigo? Mas ele não seguiria com uma mentira, a não ser que...

— Isso não é real – declarei

— Acho que o poder foi demais para você – comentou

— Fui induzida a um coma magico – comecei a minha teoria – Isso explica porque você não me deixou para morrer na casa dos Malfoy como provavelmente faria e ainda jogaria na minha cara a minha grande estupidez ou que não sabe que a Excalibur fica na biblioteca, e também explicaria o fato de ter se juntado com os inomináveis. Isso não é real!

Minha vista estava embarçada, estava começando a perder a consciência. Abri meus olhos e vi um rosto desesperado batendo no vidro na minha frente, parecia um homem. Deixei-o de lado e vi que estava com uma mascara no rosto e presa em um lugar apertado, estava submersa em um liquido estranho, comecei a me desesperar, quando dei por mim eu estava batendo no vidro junto com aquele homem. O vidro começou a rachar até que juntos conseguimos quebra-lo. Caí em cima do homem, descobrindo em seguida que era Merlin.

— Desde quando? – perguntei

— Desde que você foi à mansão Malfoy e esta há um ano aqui – respondeu em quanto me cobria com uma manta – Mas falaremos sobre isso em outra hora e em outro lugar, feche os olhos – sabia que essa era a deixa para aparatar.

— E a Aria? – perguntei antes de partirmos

— Não esta aqui.

Senti aquela sensação estranha no estomago, segundos depois estava em outro lugar, mas não fiquei acordada tempo o suficiente para descobrir.