Soul escrita por Writer


Capítulo 25
Testando meus limites


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, de verdade. Eu estava muito enrolada, ainda estou na verdade



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Ela olhou para mim, e ficou um tempo nisso. Pensei que ela fosse começar a falar logo, ou me mostrar algo. Mas ficamos naquele silêncio constrangedor.

–Você tem dois milênios de vida, mais ou menos. Basicamente viveu em Atenas, quando deuses ainda eram cultuados por todos de lá. - Ela parou de falar. Provavelmente esperando eu processar a ideia. Respirei fundo e fechei os olhos. Ter uma existência simples, sem complicações, era difícil? - Ocorreu todo aquele processo, que todos os pais de semideuses passam. Sua mãe e Tânatos se apaixonaram, bla bla bla, ela engravidou, você nasceu, eles ficaram juntos por mais um tempo depois ele meio que largou ela. Sua mãe ficou louca, e tocou fogo na casa. Se matando, e levando a sua filha de cinco anos junto. Fim.

Respirei com dificuldade. Eu já tinha vivido, uma breve e curta vida mas que já acontecera. Eu tive uma mãe, que em um certo ponto deve ter me amado. Meu pai era unido á minha mãe. Eu tive uma família. Qual deve ter sido a aparência da minha mãe? Como ela era, antes de enlouquecer? Meu pai havia amado ela de verdade?

Eu recebi uma resposta e ganhei várias dúvidas a mais. E como a garota na minha frente era a única que eu tinha para conversar, decidi tentar arrancar mais dela.

–E depois? Eu morri ou o que? Você não pode me deixar no escuro assim. Eu não sei nem porque diabos de razão eu estou presa aqui! Nem seu nome.

–Cuidado Aimée, não vai querer me irritar e dormir mais umas semanas adiantadas. - Me encolhi como se ela tivesse me dado um tapa. Por que foi exatamente como eu me senti. - Os detalhes sórdidos eu não conheço, pois a história é sua, não minha. Não me interesso por cada detalhe. O que acontece depois, eu conto quando for necessário. E como você não desiste de saber, meu nome é Korinna.

–Nós nos conhecemos antes?

–Já. Nós temos.. Uma história e tanto.

–Você falando assim, não parece algo bom. Tentei te matar ou algo do tipo?

–Algo do tipo. - Ela respondeu simplesmente.

Encolhi as pernas e abracei-as, me protegendo de nada e ao mesmo tempo de tudo. Pensei um pouco.

–Esse nome que você me chama, ele é francês. Mas você diz que eu sou da Grécia Antiga. E você tem um nome de lá. Porque?

–Quem somos nós para discutir a escolha de nomes da sua mãe. Na época, devia ser uma versão diferente.

Ela estava sendo estranhamente simpática comigo, o que eu não sabia se era um bom sinal ou se era um dos sintomas de uma psicopatia. Falar com ela era como andar em uma rua completamente cheia de ovos, e quando não se tinha ovos, era uma meleca. Para não se falar outra coisa.

Voltamos ao silêncio, e eu usei esse tempo para tentar cavar na minha mente um pouco. Forçar a parede de tijolos que havia dentro da minha cabeça até haver uma rachadura. O que era extremamente difícil, porque eu não fazia ideia do que havia do outro lado da parede. Ou porque eu queria acessar o outro lado.

Era uma curiosidade enorme, mas ao mesmo tempo era uma necessidade. De entender o mundo que, no momento, estava ao meu redor. Descobrir algo sobre Korinna e o que eu estava fazendo ali.

Ela não me contaria, não tão cedo. Eu acho. Ela era aquele tipo de pessoa que gostava da sensação de ver uma pessoa totalmente no escuro e dentro de uma caverna cheia de buracos, bichos e coisas pontiagudos, percebi. Decidi tentar forçar Korinna, sem tentar trazer a raiva dela.

–Não pode, por favor, me dizer o que eu estou fazendo aqui? Porque está me prendendo? As vezes eu posso te ajudar. - Ela deu uma risada cheia de escárnio. De repente, meu coração acelerou e me senti com medo.

–Você já está me ajudando estando aqui, querida. Só não sabe disso. Poder te contar, eu até posso. A questão é querer fazer isso.

Como se eu fosse dispensável, o que na opinião dela eu devia ser, ela saiu da sala sem dizer mais nada.

Suspirei e fechei os olhos, torcendo para não ficar lá dentro para sempre.

Nico

O Argus II deu uma virada brusca. Uma espécie de monstro com asas de morcego passou raspando pelo lado do barco voador. Me segurei na amurada para não sair escorregando pelo convés.

–Mas que droga! - Gritou Leo. Aquilo foi o mais próximo que eu havia visto de ver ele bravo de verdade. - Para de bater no meu barco seu... Merdinha!

Festus cuspiu fogo, mas o animal desviou.

Havia quase um mês que Sophie havia sumido, e nós havíamos descoberto onde ela estava. Mas como era em um lugar relativamente perigoso de estar, pelo menos para nós, tivemos que pegar o barco nada discreto de Leo. Não que eu esteja reclamando. Mas aquela coisa chamava muita atenção.

Seja lá quem fosse que estivesse mantendo Sophie presa, tinha um grande poder sobre monstros. Estávamos sendo atacados pelo menos uma vez durante o dia e outra de madrugada. Tínhamos sorte quando éramos atacados apenas uma vez.

Tânatos havia nos ajudado a encontrar a localização de Sophie. Na verdade ele havia trabalhado muito e ido mais além do que deveria para rastreá-la. E quando conseguiu, passou para nós. Isso foi uma semana atrás. Conseguimos sair da América do Norte haviam dois dias, estávamos indo em direção à África. Mais especificamente, Egito.

O que era uma espécie de afronta, por que o Egito era lugar de outros deuses. Os quais eu preferia ficar longe, mas não tivemos muita escolha quanto a isso. Percy e Annabeth estavam na viagem por que disseram que poderiam nos manter seguros quando chegássemos lá, seja lá o que eles quisessem dizer com isso.

Todos quiseram vir mas só eu, Leo, Annabeth e Percy fomos autorizados a vir.

–Isso é só uma missão de busca e resgate. Não precisam de tantas pessoas. O barco vai ser apenas uma ajuda para locomoção, e quem sabe oferecer uma proteção. - Quíron dissera. - Vão precisar de toda que puderem, já que vão para um lugar em que não deveriam nem pensar em ir.

Mas é claro que as irmãs filhas de Éolo não escutaram. Se esconderam nos estábulos do navio uma noite antes de sairmos, só descobrimos que estavam lá muito depois de partimos. Tivemos que contar para Quíron, que a contragosto as deixou continuar por lá por que elas poderiam das uma ajuda caso ocorresse algum ataque aéreo.

–Podemos criar uma corrente de ar ao nosso redor, ir para longe dele. - Anunciou Elizabeth enquanto subia as escadas que davam para o convés. Sua irmã estava atrás.

–Isso seria uma ajuda boa. - Opinei.

–Também acho. - Leo gritou enquanto atirava uma faca que havia pego em seu cinto de ferramentas.

Saquei a espada e fui ajudar Leo a tirar o bicho de dentro do barco. Sim, ele havia conseguido entrar.

O bicho era uma espécie de demônio. Um corpo humanóide, asas e rosto que pareciam de morcego. Mas era grande o suficiente para fazer o barco tombar um pouco.

Depois que conseguimos matar o demônio alado, as meninas limparam o convés. Me apoiei na amurada e tomei água. Estávamos descendo para o mar, imaginando que lá não íamos estar tão vulneráveis.

Era o cair da noite, estávamos viajando fazia uma semana e não estávamos nem na metade do caminho.

As irmãs de Éolo estavam controlando aquelas coisas, aqueles demônios do vento ou sei lá, para nos fazer ir mais rápid. Enquanto Leo andava pelo convés conferindo se estava tudo bem para descansar um pouco. De vez em quando dava umas olhadas não-tão-discretas em Elisa. Eu não iria dizer de novo para ele agir logo com ela, e olha que eu não sou do tipo de dar conselhos românticos ou algo do tipo. Mas, eu acho que existe um limite de tempo que a garota ia esperar por ele. E estava quase acabando.

Percy e Annabeth subiram até o convés e Percy ficou visivelmente feliz de ver que estávamos em alto mar.

–Alguma mudança no cronograma? - Perguntou Annabeth, para ninguém em especial.

–Não. Estamos em ritmo normal, milagrosamente. Um pouco mais à frente eu diria.

Subi na amurada, esperando Leo gritar comigo para descer e não danificar seu barco (o que era meio complicado já que a estrutura era de madeira reforçada de bronze celestial), mas ele mal me notou. Estava ocupado demais admirando o quão poderosa Elisa parecia enquanto gritava ordens em grego antigo para o vento, literalmente.

–Ótimo, então chegaremos lá em...? - Perguntei dessa vez.

–Uma semana e meia, quase duas.

Uma semana e meia imaginando as formas em que Sophie estava sofrendo. A ideia era quase insuportável. Respirei fundo e tentei me acalmar, o que era algo que eu fazia muito ultimamente. Eu estava a caminho, isso que importava.

–Vão tomar um banho, Percy e eu tomamos conta daqui. Depois, poderemos ir jantar.

Sua ordem foi obedecida sem reclamações. Todos nós descemos em silêncio, e cada um foi para o seu quarto.

Meu quarto era básico, em madeira e branco. Nada muito pessoal, a não ser minhas roupas espalhadas e minha espada jogada pelo chão. Ela estava comigo, na verdade. Mas assim que passei pela porta, a joguei do outro lado do quarto e fui direto para o banheiro.

Fui tomar um banho, e depois de me vestir, me joguei na cama. Dormi pelo que pareceram apenas alguns segundos, quando acordei com batidas na porta. Olhei para o relógio do lado da cama e percebi que havia dormido por cerca de uma hora e meia.

–Nico, vamos jantar! - Leo gritou batendo na porta com força.

–Já vou. - Murmurei e gritei ao mesmo tempo.

Cinco minutos depois estava passando pelo corredor que dava para a sala de jantar. Eu podia ouvir o barulho estridente das talheres batendo nos pratos e conversas calmas.

Cheguei e nem notaram que eu havia chegado até eu me sentar. Estavam ocupados discutindo a brutalidade romana x grega. Felizmente a discussão estava pacifica porque não havia ninguém romano a bordo do barco. Havia Percy, mas ele não era totalmente romano. E ele sendo, bem ele, estava do lado grego da situação. Enquanto Annabeth racionalizava e ia para o lado dos romanos.

Me sentei na mesa com o meu prato e o copo, logo surgiu um macarrão de molho vermelho no prato e um suco de laranja no copo.

Observei-os tendo essa discussão, e vi o quão profundamente ia o vínculo de amizade entre todos eles. Talvez todos nós. A missão de Gaia havia feito um estrago, mas também havia construido muitas coisas.

–Eu acho os romanos mais agressivos. Gregos gostam mais de filosofia e esse tipo de coisa. Os romanos, estratégia, jogos de guerra. Ok que os gregos também gostam, mas não do mesmo tanto que os romanos. - Falei dando fim a discussão enquanto colocava uma garfada de macarrão na boca.

Depois que todos terminaram de comer, ficamos sentados, curtindo a paz. Elizabeth estava quase dormindo na poltrona, Annabeth e Percy não estavam muito diferentes enquanto estavam de mãos dadas.

–Nós podíamos ver um filme. - Elisa sugeriu, olhando para Leo enquanto falava. Então, não entendi se ela estava chamando ele para ver um filme ou todos nós.

Percebi que não fui só eu que fiquei perdido, por que Percy olhou pra mim e fez uma expressão de interrogação. Dei de ombros em resposta. Elizabeth apertou os lábios para esconder um sorriso.

Quase meio minuto depois, ela notou seu erro e seu rosto ficou vermelho que nem um tomate.

–Eu digo... Todos nós. A gente podia ver alguma coisa.

–Eu lido com a louça enquanto vocês escolhem. - Disse.

–Eu faço uma pipoca. - Elizabeth disse se levantando antes de mim.

Juntei as coisas com Elizabeth e nós levamos tudo até a cozinha.

A cozinha era simples, com um fogão, microondas, forno, geladeira, armários e uma pia com grandes bancadas. Era tudo normal, tirando que os móveis eram pregados no chão com grandes parafusos e muita solda.

Comecei a lavar as louças, enquanto Elizabeth ia de um lado para o outro procurando pipoca de microondas ou uma de panela normal. O silêncio só não era tão constrangedor porque os pratos e talheres estavam fazendo barulho, assim como as portas dos armários que ela abria e fechava.

–Então... - Ela começou a falar, mas logo parou ao bater a porta do armário com força. - Cade a droga da pipoca?

–Armário aqui embaixo da pia, eu acho. - Respondi tentando não rir, por que ela havia procurado em todos os lugares, menos onde realmente estava. Ela me empurrou de leve para o lado enquanto bufava de forma impaciente. - Vai querer saber onde está o microondas também?

–Ah vai cagar. - Ela disse e eu ri.

Terminei de ensaboar as coisas e comecei a enxaguar.

–Começando de novo, como você está?

–Conversas profundas não são exatamente as minhas favoritas. - Murmurei. - Mas vou te responder. Nada bem. E como vai você?

–Uma das minhas melhores amigas sumiu, e pode estar sendo... sei lá, torturada. Péssima. Só quero poder chegar lá o mais rápido possível.

–Eu poderia. Você sabe, chegar mais rápido. Mas duvido que alguém ao menos me deixe tentar.

–Eu iria com você, se quiser ir, sabe? Minha irmã está se divertindo, tendo todo esse tempo com Leo. Não digo que ela não se importa com nada além disso, só digo que a tortura não é tão grande quanto é para mim ou você. E Percy e Annabeth, eles são pacientes.

Não tive o que dizer depois disso. Nós dois estávamos agoniados e podíamos fazer algo, então não havia uma forma de não considerar fugir e agir por conta própria. Podíamos invadir seja lá onde Sophie estivesse. Não éramos muitos, mas éramos fortes o suficiente.

–Está falando a verdade? Nessa história toda?

–Com toda a certeza. - Ela disse e saiu da cozinha levando o saco de pipoca para a sala.

Sophie

Eu acordei depois de ter tirado um cochilo, e tentei imaginar quanto tempo eu tinha dormido. Seria apenas um dia, umas horas ou um mês.

A sala ainda era insuportávelmente branca. E eu acordei atada à uma mesa.

Isso mesmo. Meus pulsos estavam presos na mesa com uma tira larga de metal, que era obviamente forte. Mas eu sendo eu, tentei forçar para me soltar.

–Korinna! - Gritei para nenhum lugar em especial. - Seja lá o que você quiser, me solta dessa droga de mesa! Não vou mais te bater, juro.

Em resposta, nada aconteceu. Eu esperei, e esperei. Até que comecei a ficar entediada, e comecei a medir o tamanho da sala de acordo com o tamanho das placas que revestiam a sala.

Um metro e meio, um metro e setenta e cinco...

Enquanto media a distância da parede que estava do meu lado, a porta se abriu.

–Finalmente! - Eu basicamente gritei em um misto de alívio e medo.

Uma bandeja flutuante entrou, com a mesma comida que eu havia comido antes. Ela pousou, na minha frente e eu esperei.

–Ah pelo amor! Não pode esperar que eu coma de mãos atadas. Sério. Só me solte para eu poder comer, Korinna.

Segundos de silêncio depois, as barras se abriram. Senti o alívio surgir na parte do pulso que estava preso. Murmurei um obrigada, mas obviamente não houve resposta.

Comi tudo do mesmo jeito que havia comido antes. O pão junto com a sopa, depois tomei a sopa e bebi o copo de água.

Aquele estava sendo um cativeiro extremamente estranho.

Assim que terminei e coloquei os braços sobre a mesa, e uma força estranha forçou meus pulsos a voltar ao lugar de onde estavam presos, e a algema se fechou. Soltei um grito em protesto, junto com alguns xingamentos à tudo que eu imaginei.

–... E vá para o Tártaro vocês todos, sejam lá quem são, que estão me mantendo nesse inferno cheio de tédio e coisas que flutuam!

–Quando é que você vai calar a boca?

Korinna havia entrado lá, e eu nem havia percebido. Na verdade, ela podia muito bem ter brotado do chão, do jeito que ela era. Seu cabelo longo e castanho estava preso em um rabo de cavalo alto, e vestia uma calça jeans e camiseta. Parecia quase como uma pessoa normal.

–Quando você me tirar desse lugar.
Quando me explicar que merda eu estou fazendo aqui. Me dar uma comida melhor. Talvez um videogame daqueles que você compra em loja de 10 reais para eu matar o tédio. Diminuir a quantidade de branco nessa sala. E também...

–Cale! - Ela disse e sacou uma adaga do bolso. Colocou ela no meu pescoço, me forçando a nem ao menos respirar. - Eu poderia cortar a sua língua fora, se isso não fosse me atrapalhar em algumas coisas que eu quero que você me diga.

Fiquei paralisada em um misto de choque, medo e uma pontada de desespero. Prendi a respiração até ela retirar a adaga do meu pescoço mas para o meu pavor manteve ela em mãos. Eu me sentia mais do que vulnerável na posição que estava. Literalmente de mãos atadas. Se ela me atacasse eu não tinha nenhuma chance de defesa. Eu poderia mordê-la, mas isso não era muito eficaz.

–Assim é melhor. - Ela disse, se afastando. Eu tinha medo do que ela iria fazer se eu dissesse uma palavra, então acabei ficando quieta. - Não quero mais ouvir nenhuma gritaria vinda de você.

Ela estava se virando para ir embora, e eu a detive falando em um tom calmo e controlado.

–Mas por favor, não me deixe aqui morrendo de tédio. Estou presa por razões que eu nem conheço, sem ter o que fazer nem ao menos o que pensar.

–Não se preocupe, não vai ficar entediada por muito mais tempo. Não vai lembrar de nada daqui a um tempo, na verdade.

–Espera! O que quer dizer com isso?

–Claro, vou sentar aqui e discutir meus planos malignos com você. Por que isso é algo tão inteligente de se fazer. - Ela foi até a porta, abriu e saiu. Mas continuou falando, até fechar a porta atrás de si. - Sério, volto mais tarde para contar mais detalhes.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam? Vou tentar não demorar tanto pra postar o próximo, mas não tenho certeza se vou conseguir



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