Era estranho voltar à cidade depois de tudo o que aconteceu, minha vida tinha se transformado completamente muita coisa acontecera desde então e agora alguns meses depois estava eu de volta a cidade com minha filha recém-nascida em meus braços. Alicia era minha razão de viver nos últimos meses eu precisava voltar e encara tudo por ela eu não tinha ideia como as pessoas meus parentes e amigos iam reagir a minha volta mais eu precisava fazer isso...

Eu sabia que não seria fácil encontrar todos depois de ter ido embora do país sem dar explicações sem me despedir de ninguém mais meus pais acharam que era a melhor saída por isso fui embora sem dar explicações sem dizer nada a ninguém... Quer dizer só uma pessoa sabia de tudo minha melhor amiga a única que eu achei que deveria dar uma explicação mais que meus pais não sonhavam com o fato de que tinha entrado em contato com ela e durante todos esses meses eu tinha mantido contado desabafado com ela, e havia prometido a ela que assim que eu voltasse ao Brasil ela seria a madrinha da minha filha ela seria madrinha da Alicia eu não poderia escolher ninguém melhor que ela.

Eu sabia que não haveria ninguém para me receber no aeroporto, minha mãe já havia me avisado que mandaria nosso motorista me buscar no aeroporto ela e nem meu pai sabia que eu havia mantido contato com a Mirella que ela sabia de tudo que havia acontecido: da minha briga com meu namorado, e o que havia acontecido depois que me levara a sair do país por uns meses.

Então eu vi um carro parar e o motorista buzinar, levei alguns segundos pra perceber que se tratava do motorista da minha família ele abriu a porta do carro para que eu pudesse entrar e disse com um sorriso.

-Olá senhorita Isabella seja bem vinda de volta!

-Obrigada!-Eu respondi retribuindo o sorriso entrando cuidadosamente no carro carregando meu pequeno anjo em meus braços.

A ida para casa levou uns quarentas minutos com todo aquele transito que se tinha na cidade logo de manhã.

As coisas continuavam do jeito que havia deixado meses atrás quando fui para os Estados Unidos ficar uma temporada na casa de parentes... O jardim da casa continuava bonito como sempre com as roseiras e arbustos espalhados pelo jardim tudo aparentemente estava no seu lugar.

Meu quarto ainda continuava o mesmo, a única diferença agora era de que tinha berço ali o berço aonde minha filha iria dormir. Era quase hora do almoço quando eu havia terminado de organizar minhas coisas desfazer as malas e arrumar tudo m seu lugar quando meu celular tocou eu o peguei e vi que era a Mirella que estava me ligando e sem pensar das vezes atendi o celular.

-Alo.

-Isa como você está você já está de volta ao país?!

-Cheguei hoje de manhã Mi, eu estava terminando de arrumar as coisas organizar tudo.

-Quando nós vamos poder nos ver eu queria te ver matar as saudades... Ver minha afilhada!

Eu respirei fundo e disse animada com a ideia de ver minha amiga, minha melhor amiga depois desses meses longe dela iria ser tão bom ter alguém para conversar.

-Porque você não vem hoje mesmo Mi, venha daqui à uma hora mais ou menos ate lá eu terei conseguido me organizar e arrumar minhas coisas.

-Está bem passo ai em uma hora Isa... Nos vemos mais tarde!

-Tá ate mais tarde Mirella!

Desliguei o celular encerrando a chamada, e fui terminar de arrumar as minhas coisas enquanto Alicia dormia tranquilamente em seu berço. Eu já tinha terminado de arrumar e organizar tudo em meu quarto quando minha mãe entrou em meu quarto, eu estava muito chateada nem ela e nem meu pai

tinham ido ate o aeroporto me buscar e agora ela entrava de forma natural em meu quarto como se eu não tivesse passado alguns meses longe.

-Oi. -Ela disse com uma voz seria.

-Oi. -Eu respondi de forma natural.

-Como foi a viagem?

-A viagem foi tranquila, era só isso que você queria saber?!

-Isabella a gente precisa conversar...

Tudo o que eu menos queria era conversar as conversas com minha mãe nunca davam resultado a gente sempre acabava discutindo.

-Eu não tenho nada pra conversar com a senhora!

-Isabella Marie Prado eu sou sua mãe e você ainda me deve respeito você goste ou não disso!

-E porque eu deveria te respeitar? Logo a senhora que me humilhou disse que eu não prestava e não tinha juízo... Que eu era a vergonha da família que eu não prestava pra nada!

-E você acha que eu não tenho razão Isabella? Você tem dezoito anos e já tem uma filha, você nem é casada ao menos você jogou todo seu futuro pela janela Isabella.

-Era pra isso que você queria que eu voltasse pra casa pra você continuar a me humilhar dizer que eu não presto?!

-Não eu queria que você voltasse porque eu queria você e minha neta perto de mim, queria me redimir por tudo o que eu fiz por tudo que eu te disse Isabella, eu não sou tão ruim quanto você pensa.

-E porque você acha que eu vou acreditar nisso? A senhora nem ao menos foi me ver no aeroporto muito menos meu pai, você não faz ideia de como me senti hoje de manhã?

-Isabella minha filha você precisa entender foi difícil pra mim e pro seu pai você estava noiva feliz você ia se casar com o Eduardo e de repente vocês terminam e você vai pra cama com o melhor amigo dele e ainda engravida você queria que seu pai e eu reagíssemos como?

-Acontece que eu amo o Charles mãe e eu não me arrependo do que eu fiz mãe e eu gostaria que a senhora aceitasse esse fato porque eu não vou desistir dele.

-Você acha mesmo que vale a pena desisti do Eduardo? Lutar pelo amor do Charles?

-Sim mãe eu acho, eu tive esses meses para pensar e refletir sobre esse assunto e eu só vou desistir dele se ele não quiser ficar comigo.

Ela se levantou veio em minha direção e disse me abraçando chorando nervosamente.

-Então se é essa a sua decisão eu apoio você filha, eu apoio sua decisão eu só quero que você seja feliz, e se isso te faz feliz eu estarei ao seu lado nisso tudo.

-Obrigada mãe. -Eu disse abraçando-a e começando a chorar também.

Ela se afastou um pouco e disse secando as lagrimas de seu rosto.

-Então onde está a minha neta? Eu quero vê-la, ver com quem ela se parece.

-Dormindo no berço, ela deve acorda daqui pouco... Eu acho que os olhos são do Charles a cor o formato...

Ela se aproximou do berço, e sorriu ao ver Alicia dormindo no berço ela me olhou por cima do ombro e disse.

-Ela parece você quando era um bebê, tão linda e espero que ela seja

parecida com você em todos os sentidos eu tenho muito orgulho de você Isabella.

-Obrigada mãe será que a senhora pode olhar ela uns minutos enquanto eu tomo um banho?

-Claro filha vá tomar seu banho eu olho minha netinha, só não demora esta quase na hora do almoço.

Eu estava feliz por ter feito as pazes com a minha mãe eu realmente estava feliz em saber que ela estaria ao meu lado e me apoiaria nas minhas decisões talvez eu tivesse feito a escolha certa em voltar eu já tinha o apoio dela e de minha melhor amiga e aquilo era o que realmente importava pra mim. Agora eu precisava fazer coisas que teriam seus preços eu precisava falar com o Eduardo e depois ter uma conversa franca com o Charles eu precisava explicar a ele meu sumiço repentino e contar a ele sobre a Alicia e essas coisas não seriam nada fáceis de fazer eu estava correndo o risco de acabar com uma grande amizade por causa dos meus sentimentos. Eu estava decidida a encarar os problemas de frente e era isso que eu ia fazer eu não ia me acovardar ou não teria voltado para o país e para casa teria ficado o mais longe possível de tudo eu iria lutar com todas as minhas forças iria enfrentar tudo e todos.