Whatcha Say escrita por Lady


Capítulo 6
Capítulo 6 - Somebody That I Use To Know


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões!!!!!!!!Sério, me desculpe pela demora, eu realmente tentei postar antes mas estava em um bloqueio criativo (felizmente minha imaginação resolveu voltar para a mamãe aqui :D)!Espero que gostem deste capítulo, pois realmente fiz com carinho. Sei que ficou meio triste, mas o próximo vai ser animado, juro (e vai ter beijo *spoiler on*)!Não esqueçam de comentar!Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382495/chapter/6

A lança elétrica de Clarisse perfurava um boneco alvo com força.

Seu elmo de bronze cobria-lhe boa parte do rosto abatido pelo cansaço.

Eram três horas da manhã.

Mas Clarisse não conseguia dormir, não por falta de tentativas, mas sim por pura insônia.

Ela havia tentado de todas as maneiras, tal como se revirar na cama, colocar o travesseiro no rosto, beber água e por os pés para cima (segundo as técnicas de ioga de Silena, colocar os pés para cima acalmava o espírito interior).

Abalada e irritada por não conseguir dormir, Clarisse saiu sorrateiramente do chalé 5 com o único objetivo de ir até a Arena e acertar alguns bonecos com sua lança, se acalmar, pegar um ar para depois voltar para seu chalé.

Mas não foi isto que aconteceu.

Clarisse atirava sua lança diversas vezes em um boneco alvo (que a certo momento ficou sem a cabeça e os dois braços). Já se fazia um certo tempo que a menina estava ali, e diferente de seu objetivo, ela estava nervosa e suava frio.

Ela apenas queria esquecer.

Só queria esquecê-lo.

Só queria esquecer Chris Rodriguez.

Clarisse grunhiu e atirou a lança elétrica longe, logo se sentando no chão.

Lágrimas.

Apenas algumas lágrimas.

Poucas, porém contendo grande tristeza.

Uma tristeza verdadeira.

De um amor verdadeiro.

A filha de Ares colocou as mãos no rosto e logo depois limpou as lágrimas com uma raiva descomunal.

Chris Rodriguez não merecia suas lágrimas.

Provavelmente ele nem deveria mais ligar para ela... Se é que um dia ele ligara.

Depois de um longo suspiro, Clarisse finalmente apoiou suas mãos no chão para tentar se levantar, mas nem chegou a conseguir se impulsionar para cima.

Antes mesmo de compreender o que acontecera, sua visão começou a ficar turva e escurecer.

Apenas um segundo antes de apagar ela conseguiu ver algo.

Um all star marrom.

Mas ela conhecia bem demais este all star.

***

Clarisse foi recobrando os sentidos de pouquinho em pouquinho, mas logo percebeu que estava em uma espécie de sala.

Ela estava sentada no chão e uma vela acesa estava em sua frente.

Ao redor paredes de pedra formavam um quadrado perfeito, e um vulto estava em um canto, talvez em uma distância um pouco exagerada de Clarisse.

A filha de Ares fechou os olhos com força com a esperança de que isso fosse apenas um sonho ruim, um pesadelo terrível. Já Chris se adiantou alguns passos para ficar frente a frente de Clarisse.

– Olhe Clarisse, eu apenas quero...

– Não – a menina o cortou. Seus olhos ainda estavam fechados, agora em uma tentativa de não deixar as lágrimas escaparem.

– Clarisse, por favor, eu quero apenas... Eu quero... Por favor, Clarisse, converse comigo.

Um silêncio se instalou no cômodo e Chris sentou-se na frente de Clarisse, apenas a vela os separando.

– Rodriguez – ela murmurou – por que, Rodriguez?

Ela balançou a cabeça negativamente.

– Claire, eu juro... Eu juro... Eu sinto muito Clarisse, mas eu precisava. Era muita injustiça, e Cronos pode mudar isso, ou pelo menos podia – sussurrou ele – me perdoe Honey, por favor.

Ela balançou a cabeça novamente.

– Não, Rodriguez, não. Como você pode Chris? Como? E Cronos não fará nada por você, ele está te persuadindo, não compreende? Você sabe disto, bem no fundo você sabe.

– Honey, por favor... Por favor, me perdoe.

Os olhos de Clarisse se abriram e ela finalmente ganhou coragem para encarar Chris nos olhos.

– Pare de me chamar de Honey. Você perdeu esse direito faz tempo.

– Clarisse! Por favor Clarisse, procure entender. Eu juro que não quis te magoar, eu só queria... – ele parou de falar.

Chris colocou as mãos em seu próprio cabelo, incapaz de olhar a menina nos olhos.

– É Rodriguez. Você não queria me magoar, porem sabia que magoaria – irritou-se ela – e a tese se mostrou verdadeira.

A última frase dita por Clarisse não passava de um leve sussurro quase inaudível, porém Chris conseguiu escutar.

Novamente, um silencio incomodo e constrangedor prevaleceu no cômodo por um breve período.

– Como você entrou no acampamento? – falou ela depois de um tempo.

Chris não respondeu.

– Rodriguez – ela murmurou irritada – você me deve uma informação, no mínimo uma. Isso é mais que justo.

Ela cogitou por um tempo, imaginando se seria muito punido caso falasse dos planos de seu superior Ethan Nakamura. Mas que mau teria? Ethan talvez não descobrisse.

– Punho de Zeus. O labirinto e tudo mais.

– Certo – ela levantou o queixo – Por que me trouxe aqui?

– Eu... Bem, eu precisava te ver.

A sobrancelha direita da menina ergueu-se.

– Pois bem, agora que já me viu pode me dispensar.

Com um movimento rápido Chris colocou a vela ao seu lado e segurou as mãos de Clarisse.

– Por favor, Claire! Vamos conversar – ele falou em tom de urgência – Por favor!

Bruscamente, a filha de Ares retirou suas mãos das de Chris e balançou a cabeça negativamente.

– Não.

– Honey!

– Não.

– Por favor, apenas dois minutos!

O pânico nos olhos de Chris era imenso. Ele não queria que Clarisse o odiasse, pelo contrário, ele queria que ela o perdoasse.

Cansada a insistência do garoto, Clarisse bufou.

– Três perguntas Rodriguez, apenas três, e depois você irá me levar embora!

– Qualquer coisa?

Ela bufou novamente.

– Ande logo seu estúpido!

– Sim, sim – ele fez uma pausa – primeiro... Você ficou magoada quando eu fui embora? Seja verdadeira!

Clarisse crispou os lábios.

– Isso não é importante.

– Clarisse.

– Okay! Eu fiquei parcialmente chateada – murmurou ela enquanto revirava os olhos escuros.

– Segundo... – continuou ele – Você consegue me perdoar?

A menina deu de ombros.

– Não tenho ideia. Talvez quando nós vencermos Cronos e você venha pedir piedade para nós te acolhermos, talvez, apenas talvez eu pense em lhe perdoar.

Chris suava frio.

– E terceiro... – sua expressão era de tristeza – você me amava? Digo, de verdade apesar de tudo que eu fazia.

Os punhos de Clarisse estavam cerrados e tentava esconder a vontade de chorar fuzilando-o com o olhar.

– O que isso interessa? Pronto, agora me leve de volta para o acampamento!

Chris assentiu com a cabeça e Clarisse se virou de costas para o mesmo. Suas mãos estavam tocando a parede de pedras com bolores.

– Está bem, não vou te forçar a responder isto – falou ele visivelmente chateado – mas você não quer nem saber se eu te amava?

Clarisse cruzou os braços e soprou com raiva uma mecha de cabelo que lhe caia sobre o rosto.

– E então Chris Rodriguez, você me amava? – ela perguntou irritada provocando uma reação diferente do imaginável nele.

– Eu não te amava Clarisse, eu ainda te amo.

A filha de Ares fechou os punhos.

– Pare de tentar me enganar Rodriguez! Me leve de volta agora.

E ele levou.

Mas deixou um bilhete junto.

Ele lhe pedia perdão, mas ela não queria aceitar.

Mas infelizmente, querer não é poder.

E Clarisse podia aceitar seu perdão.

E assim o fez quando o encontrou totalmente louco no labirinto.

Pois ela não o amava. Ela ainda o ama.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam! Apenas postarei o próximo caso eu ganhe reviews, então fantasminhas, comentem!Bjos e até a próxima o/( mereço recomendações?)