Interfectorem escrita por Bruhs2


Capítulo 1
Capítulo 1- Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ai vai a minha primeira fic original aqui no Nyah! Depois de muito tempo sumida! ENJOY



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Prólogo:

22 de Outubro de 2004 – Belfast, Irlanda do Norte.

-Parabéns meu filho! Ande, assopre as velas!

-Sim mamãe!- o garoto que acabava de completar seus nove anos de idade. As mãos agitadas e o sorriso estampado em seu rosto representavam sua ansiedade para assoprar as famosas velinhas do bolo.

As bochechas rosadas se inflaram de ar e soltaram o ar suavemente apagando as velinhas azuis. A família toda comemorou dizendo ‘’parabéns’’, batendo palmas e sorrindo como se nunca tivessem tido um problema... Ou era isso que as duas crianças da sala pensavam. Mal sabiam do terrível segredo do passado de sua família que mudaria seus destinos...

- Quando meu desejo vai se realizar mamãe? – ele levantou olhando para mãe com os olhos brilhantes.

- No dia certo querido. – ela acariciou os lisos cabelos do filho.

O pai, segurava a pequena menininha ruiva de aproximadamente dois anos em seus braços enquanto a mãe, também ruiva, cuidava de servir o bolo para os quatro. Scott, o aniversariante, lambia os lábios rosados morrendo de vontade de atacar o tão atrativo bolo, Gemma, sua irmãzinha bagunçava os cabelos do pai de forma carinhosa, enroscando seus dedinhos nos fios negros. O garoto pegou seu pedaço de bolo sentando-se na mesa e começando a comer. Naquela noite a cidade parecia mais tranquila do que o normal, mais calada, raramente se escutava o barulho de algum carro passando pelas ruas. A brisa estava fria e leve e a lua estava linda. Lá fora, o homem coberto por um capuz de couro, andava normalmente pelas ruas mal iluminadas, como se nada fosse acontecer, como se a sua vingança não estivesse quase completa. Poderia ser um dia normal ara todos, menos para ele.

Ele parou em frente a casa. Então aquela era a casa onde moravam, onde tudo iria acabar. Onde seu sofrimento seria vingado. Duas leves batidas na porta foram o bastantes para alertar o Sr. Bernard. Toc toc. O barulho suave vindo da porta ecoou pela casa. ‘’Quem poderia ser a essa hora?’’ perguntou a si mesmo. As crianças haviam subido com a mãe e ele estava na sala, lendo seu jornal. Um frio percorreu sua espinha. Ele parecia já saber o que o futuro o esperava, por alguma razão, mas isso não o impediu de ir até a porta.

No andar de cima, a Sr. Bernard estava se levantando da cama quando, sentiu a mão do pequeno garoto sobre a sua. Virou-se para ver o que acontecia:

-O que foi filho?

-Nada mãe... É só que eu queria que você lesse uma história pra mim...

-Está tarde querido, talvez amanhã, ok?

-Mas é meu aniversário! Por favor! – olhou com os orbes verdes suplicantes e a mulher não teve como resistir ao apelo do garotinho.

-Tudo bem, você venceu. Que história você quer que eu leia? – sentou-se na cama.

- Aquela que você inventou do astronauta!

-Mas essa de novo?

-SIM! SIM!

- Ok, era uma vez... – ela início mas foi cortada por um som vindo lá de baixo. Com quem ele falava a essa hora da noite? No andar de cima, as duas crianças já dormiam tranquilamente até que ao sair do quarto a ela ouviu que conversa parecia tomar um rumo perigoso. Desceu a escada cautelosa e arrependeu-se de ter o feito. Viu o homem que já não via há anos e que pensava que nunca mais veria, a frente de seu marido segurando uma arma. A mulher parou, nervosa no topo da escada. Ela que, de algum jeito ele iria voltar, mas nunca disse nada. Queria poder estar errada...

-Saia daqui! Você não é bem vindo! – exclamou Sr. Bernard. – O que faz aqui, alias? Você deveria...

- Deveria o que?! Ter ficado naquele fim de mundo que vocês me enfiaram? Haha! Que piada, Downright*! – A mulher, lembrando-se de que seus filhos dormiam no andar de cima, cautelosamente, começou a voltar nos degraus da escada. – Os únicos que não são bem vindos aqui são vocês! – Mas, como se o destino quisesse uma desgraça, ao chegar no décimo degrau, a madeira rangeu sobre seus pés, chamando a atenção dos dois homens que brigavam. – Olha, se não é minha "querida"...

- Cale-se! Não ouse declamar mais nenhuma alegação contra minha família!

-Como se eu fosse obrigado a te obedecer, por favor! – o homem começou a andar por entre a mobília. – Venha querida, junte-se a nós! – ele abriu os braços enquanto se apoiava no sofá. – Como é bom reencontrar velhos "amigos", não é Augustus?

Scott remexeu-se em sua cama ao ouvir a gritaria. ‘’O que está acontecendo? Cadê a mamãe?’’. Se levantou em passos ligeiros e furtivos para fora do quarto, em direção a escada.

- Aproveitaram muito esses anos que eu estava longe, não é? – o garotinho espiava por entre frestas no corrimão, ouvindo atentamente tudo o que acontecia no cômodo. – Ah, mas querem saber de uma coisa? Aprendi muita coisa quando estava "fora"... – um sorriso irônico invadiu seu rosto quando ele colocou a mão no bolso, sacando uma arma de lá. – Tipo atirar! – Foi tudo rápido demais, para que Scott pudesse raciocinar. Primeiro um forte barulho, depois o grito de seu pai, e no mesmo instante, o sangue jorrava de sua perna esquerda. O choro estridente de sua mãe invadiu o local, mas, antes que ela pudesse ir ajudar seu marido, o homem a puxou pelos cabelos, jogando-a no sofá. Lágrimas brotaram em seus olhos, Scott queria ajudar, mas suas pernas não se moviam, queria gritar para parar, mas não saia voz de sua boca. Fechou os olhos pensando que talvez aquilo tudo sumisse... Que fosse só um pesadelo. Mas não era...

Ficou observando enquanto tentava imaginar o que acontecia. Talvez a mente não estivesse formada o suficiente para entender sobre certos atos humanos. Logo ouviu aquele barulho

alto de novo, e quando percebeu, sua mãe já havia parado de gritar. Abriu os olhos rapidamente e tudo o que viu foi à cor vermelha se espalhando por toda a sala. Sua mãe e seu pai estavam mortos, com sangue jorrando de suas cabeças.

O homem misterioso fechou sua calça, largou a arma no chão e subiu as escadas. Scott saiu furtivo, escada a cima, de volta para seu quarto. Chegando lá, enfiou-se embaixo dos cobertores e cobriu o rosto. Ouviu os passos fortes se aproximando vagarosamente de sua cama e apertou o cobertor contra si, mas foi surpreendido ao sentir o mesmo sendo tirado de suas mãos.

-Então você é o filho daquele wretch**!? Não se parece nada com ele! – ele gargalhou - Você viu o que eu fiz com seus pais?? Hunpf! Você vai querer se vingar não vai? - Scott, com lágrimas nos olhos, olhou para o rosto coberto do homem e com muito esforço chutou sua barriga.

-DAMN! WRETCH! Garoto, com certeza um dia eu vou matar você... Mas vou deixa-lo vivo, ouviu? O que acha de um desafio...? – um sorriso irônico invadiu seus lábios - Vai ser divertido, como em um jogo de pega-pega, em que o último sobrevivente é o vencedor! - O homem soltou, rispidamente, o garoto e saiu pela porta, sem mais nem menos. Deixando o pequeno menino desolado e perdido, sem os pais naquela que seria a casa em que o destino daquele mudaria drasticamente...

Continua...

Leanann...


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Notas finais do capítulo

*Francamente em irlandês.

** Desgraçado em irlandês.

Espero que tenham gostado! Em breve o capítulo 1!



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