Lo Puedes Lograr escrita por Lari


Capítulo 5
Grita que sientes


Notas iniciais do capítulo

Olha só, aqui estou.
Milagre eu não ter demorado pra postar né? UAIHSAIUHSAIUSH
bem, não tenho muita coisa pra falar aqui hoje, então...
Enjoy!



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Angie permanecera parada na porta enquanto esperava uma resposta, porém meu pai somente a mediu da cabeça aos pés e disse sequer uma palavra para ela. Ficamos por um tempo daquele jeito, naquele clima bem tenso até que meu pai colocou o seu “novo” tênis, me deu um beijo na testa e saiu sem dizer palavra alguma, e sem olhar na cara da Angie.

Pude notar que logo após a saída de papai, Angie ficou sem reação. Ela olhava para os lados na tentativa de esconder a sua vergonha, mas era como se ela estivesse perdida e talvez se sentisse culpada. Eu pensei em ir até ela para reconfortá-la quando notei que ela carregava uma mala atrás de si, o que provavelmente significava que ela queria voltar a morar conosco, mas fora completamente ignorada pelo dono da casa.

- Você está bem, Angie? – Eu perguntei enquanto me aproximava para ajudá-la com a mala.

Ela olhou para os próprios pés e suspirou.

- É, estou sim. – Deu um sorriso sem humor e finalmente adentrou a casa.

- Ei, você pode falar a verdade pra mim. – Eu disse e fechei a porta em seguida.

Angie caminhou até o sofá e sentou-se nele.

- Eu não estou saindo com o Pablo, Violetta. O Pablo é o meu melhor amigo desde sempre e isso não vai mudar, mas a maldade é tão grande na cabeça das pessoas que elas já pensam besteira só de eu falar com o Pablo. – Disse cabisbaixa.

Por um momento eu me senti mal com aquilo. Eu tinha distorcido completamente a imagem da Angie naquele dia mesmo, e ela sempre se mostrara uma pessoa incapaz de ferir os sentimentos de alguém daquela maneira, ainda mais do meu pai. Balancei a minha cabeça tentando me desviar dos meus pensamentos, quando acabei falando a maior besteira que poderia ter falado:

- Mas eu o vi passando a mão pela sua cintura hoje. – Só fui me dar conta da merda que havia feito depois de tê-la feito. – Quer dizer, eu, eu...

- Tudo bem, Violetta. É natural que as pessoas pensem daquela maneira. – Suspirou. – Eu não estou com o Pablo, mas eu não posso cortar o vínculo com ele, entende? Nós já estivemos juntos e alguns hábitos demoram a mudar. Só que eu realmente amo o seu pai.

- Angie, eu sempre soube que você amava o papai. Só que é evidente que você também ama o Pablo, eu conheço muito bem esse olhar. Já passei por isso, lembra?

Ela finalmente soltou uma risada.

- É, eu lembro bem do seu drama com o León e o Tomás.

Eu nem queria lembrar daquilo, mas infelizmente era necessário.

- Pois é, mas com o tempo eu pude perceber que amava o León mais do que tudo. E dei sorte, pois o Tomás é um tremendo de um babaca.Imagina se eu estivesse no lugar da Ludmila agora?

Angie arregalou os olhos.

- Eu não acredito que estou ouvindo conselhos de uma garota de dezenove anos. – Riu. – E não quero nem imaginar você no lugar da Ludmila, se você engravidasse o seu pai com certeza mataria o cara, independente de quem fosse.

- Eu sei bem disso. Por isso me conservo bem. – Sorri.

- Essa é a minha sobrinha! – Angie me deu um abraço. – Bem, muito obrigada, estou bem melhor. Pode subir para o seu quarto se quiser, eu vou esperar o seu pai chegar para que nós possamos conversar sobre a minha volta para esta casa, e até lá ficarei assistindo alguns filmes, se importa?

- De maneira alguma. – Respondi prontamente. – Fique à vontade, a casa é sua. – Sorri e me retirei.

Subi feliz para o meu quarto. Era muito bom saber que Angie voltaria pra esta casa, pois ela sempre fazia a alegria da mesma. Pela primeira vez em dias eu conseguia dormir tranquilamente mesmo sabendo que meu pai estava na farra, ainda mais com a mensagem linda de boa noite que León havia me deixado, aquilo realmente era reconfortante.

*****

Uma semana se passara e estávamos a dois dias da festa de aniversário do León. Este havia me convidado para ir até a sua casa, afirmando que as coisas por lá estavam uma loucura por culpa de sua mãe, e eu tinha o “poder” de salvá-lo daquela insanidade toda.

As coisas estavam correndo muito bem, já que papai havia aceitado que Angie voltasse a morar conosco (mas somente como na época em que ela era minha governanta, eles não estavam mais juntos), e esta estava tentando controlá-lo para que não fosse mais às baladas. Olga e Ramalho finalmente voltaram também. Eu nunca pensei que ter a casa tão barulhenta seria tão reconfortante.

Desci do meu quarto com pressa, pois León já havia estacionado o carro na frente de casa. Quando cheguei à sala pude notar todos reunidos e dando altas risadas, como se fossem uma família feliz. Fiquei muito contente com aquilo até notar que o assunto era eu.

- Então a Violetta ficou cheia de chantilly na cara naquele aniversário. – Meu pai disse e todos (inclusive León) começaram a rir descontroladamente.

Eu corei de imediato.

- CAHAM. – Dei uma pigarreada “sutil” e então todos olharam para mim. – Vamos, León?

- Claro. – León disse e se levantou do sofá.  – Tchau gente. – Ele sorriu para as outras pessoas que se encontravam ali.

- Tchau. – Todos responderam em uníssono, exceto pelo meu pai.

- Cuide bem dela hein? Senão já sabe. – Meu pai disse em seu tom mais assustador, mas não dava para levá-lo a sério, exceto por León que o respeitava em excesso.

- Pode deixar senhor Germán. –Sorriu e pegou a minha mão. – Não vou demorar a trazê-la.

Meu pai assentiu e nós fomos para o carro. Como sempre, León fizera questão de ficar me lembrando de colocar o cinto e todas aquelas coisas (de velho, diga-se de passagem) que o deixavam chato. Depois de meia hora discutindo, León deu partida no carro e finalmente estávamos rumando a casa dele, que não era muito longe dali.

- Minha casa está uma loucura. – León dissera enquanto se concentrava na pista.

- Deixe-me adivinhar... Sua mãe?

- Sim. Se não bastasse a tal festa, ela está tentando fazer tudo sozinha, sem ajuda de decorador ou qualquer coisa do tipo. Você imagina a joça que aquilo vai ficar?

- Calma, amor. Tenho certeza de que ela irá fazer algo bom.

León somente balançou a cabeça negativamente.

- Tudo bem, vá. Vou acreditar em você. – Sorriu.

Eu realmente acreditava na possibilidade da mãe de León fazer algo realmente bom para festa, mas o fato de ela não ter me chamado para nada ainda martelava na minha cabeça. Será que ela estava chateada comigo ou algo do tipo? Só esperava que a resposta para isso fosse negativa.

Não demorou muito até que finalmente chegamos à casa. León estacionou o carro na garagem e nós fomos juntos até a entrada. Tudo corria perfeitamente bem até ali, mas tive uma surpresa quando chegamos à cozinha, onde se encontrava a mãe de León, e uma pessoa que eu não queria ver nem pintada.

- Ludmila? Mãe, o que ela está fazendo aqui? – León praticamente gritou com a sua mãe. Evidentemente também estava surpreso.

- León Vargas! É assim que você recebe os convidados? – A mãe de León o repreendeu.

- O que ela faz aqui? – León cerrou os punhos.

- Ei, calma. – Ludmila falou antes que mais alguém ali pudesse interromper. – Sua mãe me chamou para ajudar na decoração da sua festa, só isso.

- Pois é, eu não achei ninguém mais indicada para me ajudar. – A Sra. Vargas disse.

Aquilo foi como uma facada na minha barriga. NINGUÉM MAIS INDICADA? Qual é, será que alguém já tinha falado pra ela que EU sou a NAMORADA do filho dela?

- E por que não chamou a Violetta? –León parecia desconfiado.

- Ah, León. Sabe como é... Eu te conheço bem. – Ludmila disse e sorriu.

Infelizmente eu senti um pouco de malícia naquele sorriso, parecia que ela sugeria algo para ele, como se ele soubesse MUITO BEM do que ela estava falando.

León não disse uma palavra, somente me puxou pelo braço e se retirou com muita fúria do local. Este me arrastara até o seu quarto, evidentemente estressado. Ao chegar lá, jogou todas as suas coisas na cama e sentou na mesma. Eu fiz o mesmo logo em seguida.

Tudo estava muito silencioso, e minha cabeça fazia questão de pensar em todas as besteiras possíveis. Eu lembrava vagamente da época em que León e Ludmila namoravam, pois eles pareciam ter um namoro completamente superficial para mim, porém parecia que eu estava enganada. Havia algum motivo forte o suficiente para que a mãe de León a escolhesse ao invés de mim, e isso me preocupava.

- Me desculpe por essa cena, meu amor. Eu realmente não sabia... – León disse com frustração enquanto acariciava o meu rosto. – A Ludmila não estava aqui antes de eu sair.

- Tudo bem. – Eu disse sem muita animação.

Evidentemente León percebeu que eu não estava muito bem, e também percebeu a minha desconfiança.

- Ei, pode falar. – Ele disse.

- Falar o que?

- Eu sei que você está pensando alguma coisa, pode falar agora.

Como sempre eu não conseguia esconder nada de León, como sempre eu não tinha vontade alguma de expor as besteiras que se passavam pela minha cabeça, mas não era bom ter um relacionamento baseado em dúvidas, mentiras e hipocrisia.

- León... – Suspirei. – Uma coisa que a Ludmila disse lá embaixo não consegue parar de martelar na minha cabeça.

-Diga. – Ele disse em um fio de voz, como se já tivesse certeza do que eu iria falar.

- Sabe... Quando a Ludmila disse que te conhecia bem, não me interprete mal, você sabe que eu tenho a imaginação fértil. – Dei uma breve pausa. – Eu senti que ela sabia exatamente do que estava falando. E me entenda, eu não estou com ciúmes nem nada, só quero saber...

- Fala logo. – Ele disse com frustração.

- Você e a Ludmila já... Já... Você sabe... Fizeram... ? – Eu finalmente disse, morrendo de medo da resposta.

León arregalou os olhos ao dar-se conta do que eu estava falando.


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Notas finais do capítulo

Eae? Polêmica hein IUAHSAIUSHAIUHS
enfim, já sabem, deixem MUITOS reviews pra que eu saiba o que vocês estão achando da história (inclusive podem me xingar se tiver horrível) ahaha
ok, parei.
Enfim, esperando ansiosamente por vcs aqui u-u
beijin