Descobrindo O Erro! escrita por Lizzy


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Aí vai o próximo capítulo, espero que gostem!

P.s: Andressa Silva obrigada por favoritar minha fic!:D



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- Talita? – Perguntou com estranhamento – O que você quer aqui?

- Nossa, Nícolas! Não é porque a gente terminou que a gente tem de se tornar inimigo. – Explicou ela.

- Concordo. – Disse Nícolas, sério - Mas, foi você mesma quem quis assim, ou você se esqueceu daquela vez que me disse para vestir minha capa da invisibilidade e sumir da escola?

- Ai, Nícolas, como você é bobo! – Exclamou Thalita, rindo – Eu só disse aquilo porque eu tava com raiva de você ter me trocado pela Julie. Afinal, a gente tinha acabado de terminar, ainda doía muito aqui. – Colocou a mão no coração, e olhou pra ele de forma sedutora - Mas, isso são águas passadas. Agora, o que importa mesmo é a gente voltar a ser amigo. Você topa? – Perguntou, e estendeu a mão pra ele, amigavelmente.

Nícolas olhou para mão estendida de Thalita, e não pôde evitar de dar uma olhada de soslaio para porta. Teve medo de Julie entrar naquele momento do aperto de mão e o interpretar mal. Não que ele estivesse fazendo algo errado, não,  mas sabia muito bem da richa que existia entre as duas, queria apenas evitar um mal estar. Só isso, pensou.

Em meio ao seu pensamento, Thalita continuava com a mão estendida.

- Topo. – Respondeu por fim, e apertou sua mão, sorrindo.

Thalita também sorriu, mas não por causa do aperto de mão,e sim porque sabia que aquele era o primeiro passo de um plano infalível.

- Que bom! Fico feliz por termos feito finalmente as pazes. – Disse de forma natural – Eu vou indo agora, ainda quero fazer um lanchinho antes de começar a aula, beijinho. – Soltou um beijo no ar, despediu-se balançando os dedos, e saiu, rebolando, como sempre.

Julie estava entrando na sala de aula, quando Thalita passou pela porta com uma expressão vitoriosa no rosto. Fez cara de estranhamento e se dirigiu até seu namorado, pois sabia que era de lá que Thalita vinha.

- Virou amiguinho da Thalita de novo, foi? – Quis saber Julie.

- Foi. – Respondeu ele, seco – Não é porque a gente terminou que a gente tem de virar inimigo, né?! – Julie apertou os olhos, não sabia se concordava com aquilo. Sabia em seu íntimo que aí tinha coisa – E você... - Enlaçou a cintura de Julie, pegando-a totalmente de surpresa – Fica linda quanto está com ciúmes – Concluiu lhe dando um selinho. Julie arregalou os olhos, afinal, eles estavam na sala de aula. Se no pátio da escola era proibido beijar, imagina dentro da sala de aula. Estavam correndo um sério risco.

- Tá louco! Se pegam a gente! – Disse Julie quase gritando.

- Relaxa Julie, a professora ainda nem chegou. – Disse, sorrindo com ternura. – Vem! – Chamou, entrelaçando seus dedos nos dela - Vamos lá na cantina. Tô varado de fome. – Concluiu e eles saíram da sala, de mãos dadas, seguidos pelos olhares invejosos de todos, especialmente de Thalita, que neste momento, já havia voltado para sala.

***************************************************************************

Depois da aula, Nicolas foi, como sempre, deixar Julie em casa. Ele estava a dois quarteirões da casa de Julie, indo para sua casa, quando escutou um grito vindo do outro lado da rua.

- Ei, Nícolas! – Gritou Thalita. – Espere!

Nícolas virou o rosto em direção ao grito, e viu Thalita correndo em sua direção.

- Oi Thalita! – Cumprimetou ele quando ela chegou perto dele – O que tá fazendo aqui?

- Ah, eu fui ali naquela loja de bijús. – Apontou para uma loja que ficava do outro lado da rua – Preciso dar uma renovada nas minhas bijús. – Nícolas havia esquecido o quanto Thalita era patricinha, até aquele momento. Ele odiava isso nela. Como pôde passar tanto tempo com ela? Pensou. – E você?

- Eu? – Acordou de seus devanieos – Ah, eu só vim deixar a Julie em casa e agora tô voltando para casa. – Respondeu de forma natural, e querendo se salvar logo, concluiu dizendo: - Foi muito bom te ver. Mas, agora eu tenho que ir. Tchau! – Despediu-se e já ia embora, se não fosse o fato de ter sido segurado pelo braço.

- Espera Nícolas! – Nícolas parou, encarando-a – Er... Ai que vergonha! Mas, será que eu posso esperar a minha mãe na sua casa? – Nícolas apertou os olhos – É que ela ficou de vim me buscar aqui, mas ela não sabe onde fica essa loja, então, sem querer, acabei dizendo pra ela me buscar na sua casa. Fiz mal? – Perguntou, sorrindo sem graça.

- Não. – Respondeu ele instintivamente, pois sua vontade era dizer que ela fez sim muito mal de ter dito aquilo, afinal que obrigação ele tinha de recebê-la em sua casa. Eles não eram nem mais namorados – Claro que não, mas... Se quiser ligar pra ela, eu posso explicar como chega aqui e...

- Tá fora de área. – Falou, interrompendo-o. – A bateria deve ter acabado. Minha mãe tem essa mania de sair com a bateria quase descarregando. Já até reclamei dela, mas não tem jeito. Sempre acontece.

Nícolas balançou a cabeça, incrédulo – Sei... Bom, se é assim... Vamos, então?!

- Vamos sim! – Respondeu, e os dois começaram a caminhar juntos em direção à casa do Nícolas. – Ai meu Deus! Eu nem sei como te agradecer. Já estava com medo de ficar aqui sozinha. – Nícolas deu um sorriso falso. Foi a deixa para o que Thalita ia falar em seguida – Mas, olha, se você acha que a Julie vai achar ruim, eu fico aqui, não quero que se indisponha com ela por causa de mim. – Disse com cara de inocência.

- Não... Não se preocupe, a Julie não é disso. Ela confia em mim. – Respondeu Nícolas. Cheque mate, pensou Thalita, pois queria mesmo chegar nesse ponto da conversa. Seu plano ia de vento em polpa.

- Confiança... Confiança é mesmo um bom tempero para um ótimo relacionamento que está começando. – Disse Thalita – Fico feliz que isso exista entre vocês dois.

Nícolas sorriu contente por pensar que confiava muito em Julie.

Eles continuaram andando em silêncio até que Thalita puxou outra vez um assunto.

- Nícolas, eu posso te fazer uma pergunta? Bom, não é bem uma pergunta, é mais uma curiosidade, e não é minha, é de uma amiga minha.

- Claro. Pode perguntar.

- Quem são os integrantes da banda da Julie? Ah, e nem vem me dizer que não sabe. A Julie confia muito em você pra ainda não ter te dito.

Pego de surpresa com aquela pergunta, Nícolas parou de andar, abruptamente.

- Nícolas? Eu falei alguma coisa de errado? Nícolas? – Tinha conseguido seu intuito: Colocar uma pulga atrás da orelha de Nícolas. – Na boa, não precisa ficar assim. Eu só perguntei por perguntar, se não quiser me dizer, não tem problema. Ela pediu pra você guardar segredo, né?

Nícolas ficou aéreo – É... É isso... Ela pediu...

- Ah, então desencana!  - Exclamou, balaçando a mão - Deixa isso pra lá! Como eu disse, era só uma curiosidade de uma amiga minha, nada demais. Vamos indo! – Apontou com o polegar por cima do ombro -  Minha mãe já deve tá chegando na sua casa. E ela não vai gostar nenhum um pouco de não me encontrar lá.

Nícolas estava se recuperando do choque, quando respondeu:

- Vamos! Vamos sim.

Thalita sorriu, cínica, e os dois recomeçaram a caminhar, agora em um profundo silêncio. Touchet! Pensou Thalita.

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Mais tarde, na edícula, os fantasmas estavam tocando um som diferente em seus instrumentos, enquanto Julie estava sentada no sofá com caneta e papel na mão tentando, em vão, compor uma música.

- E aí, Julie, conseguiu escrever alguma coisa? – Perguntou Daniel quando parou de tocar sua guitarra.

Julie balançou o papel em branco, sorrindo forçado – Nada ainda. E eu tô começando a ficar preocupada. Nunca passei tanto tempo sem inspiração.

- Calma Julie! – Exclamou Daniel – Até os melhores compositores do mundo passam por isso.

- Mas, é que eu gosto tanto de escrever. A música está na minha alma. Ela é a minha vida e... – Todos olharam para Julie em solidariedade – Vocês não querem tocar de novo? – Pediu Julie em súplica.

Todos riram com a carinha inocente de Julie.

- Seu pedido é uma ordem. – Respondeu Daniel fazendo uma pequena reverência em tom de brincadeira.

Todos voltaram a tocar, mas foram interrompidos com o som da campainha.

- Ué, quem será? – Quis saber Daniel – Tá esperando alguém, Julie?

- Não. – Respondeu ela – A Bia ficou de vir aqui mais tarde, mas ela sempre entra sem tocar a campainha. Será que o papai saiu e trancou a porta? – Perguntou para si mesma -  Vou lá ver. – Levantou-se e andou em direção a porta – Continuem ensaiando, já volto – Disse abrindo a porta da edícula, e saiu fechando a porta atrás de si.

Os fantasmas continuaram ensaiando, enquanto Julie se dirigia até à porta.

- Nícolas??? – Julie disse espantada quando abriu a porta – O que tá fazendo aqui? Pensei que a gente tinha combinado de se encontrar só mais tarde depois do ensaio.

Nícolas deu um selinho nela. Julie ainda atordoada, nem moveu os lábios – E a gente combinou. Mas, é que eu estava lá em casa, tipow, sem fazer nada, e resolvi vim aqui assistir o ensaio de vocês. Fiz mal?

- Não... Claro que não! – Julie ficou nervosa. Não sabia qual seria a reação dos fantasmas com essa inesperada visita – Mas, eu vou ter que falar com os outros, antes de você ir até lá. É que a gente não tá acostumado com ninguém assistindo aos nossos ensaios, então...

- Tudo bem. Eu entendo. Eu fico te esperando aqui.

Julie ficou parada por um instante sem saber ao certo o que fazer. Por fim, deu meia volta e voltou para edícula para enfrentar as feras, ou melhor, a fera.


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Notas finais do capítulo

Como vcs acham que nosso fantasma irá reagir a essa "invasão"?????



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