Hurts Like Heaven escrita por diário de uma viajante


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

oioiiiiiiiiii. Abaixem os seus arcos/espadas/tridentes/lança-chamas/bestas/espingardas/machados/achas/lanças e qualquer outra coisa que possa machucar porque eu voltei! E com um novo cap comprido pra c***te! ( perdoem o palavrão). Mil desculpas a demora!Mas aproveitem!



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Anne mal se conteve ao ver seu irmão na mesa de jantar, sentado ao lado se Beatriz. Ele parecia incomodado com a presença dela  o que , para Anne , não era novidade. Jerome sempre ficava desconfortável na frente de garotas. Até mesmo para falar com Anne ele gaguejava! Ela imaginou que seria difícil  irmão arranjar uma namorada quando crescessem.

Ao vê-la , Jerome se engasgou com um pedaço de carne. Anne não se surpreendeu com isso. Quando morava com sua mãe , ela sempre estava impecável , vestida como boneca , tendo boa postura e bons modos. Agora ela usava roupas um tanto masculinas e meio sujas, os cabelos presos em um rabo de cavalo completamente despenteado. Além disso , ela havia perdido o habito de falar “ palavras difíceis “ como dizia Alex e vários de seus modos. Ela sorriu ao perceber que duas semanas sem a linha dura da mãe lhe fizera perder quase que completamente sua “ postura de princesa” .

Jerome finalmente consegui engolir a carne.

- Anne? – ele perguntou incrédulo.

- Jerome! – gritou Anne correndo em sua direção e o abraçando.

Alex tinha uma cara de quem tinha perdido algo.

- Quem é ele mesmo ? – perguntou para Amélia em tom baixo.

Amélia deu um tapa na própria cara.

- O irmão dela – disse entre os dentes. – Mas é CLARO que você não esqueceu disso , não é ?

- Nãããão... – disse Alex desviando os olhos.

Amélia rolou os olhos e foi em direção aos dois irmãos.

- Bem você deve ser Jerome- disse – seja bem vindo . Meu nome é Amélia.

- Prazer Jerome. Ouvi falar muito de você. É amiga da minha irmã , não ?

- Sim  - disse Amélia com um largo sorriso no rosto.

Alex se sentou na mesa e começou a comer. Amélia virou-se lentamente para ele.

- Você não vai nem se apresentar? – perguntou de modo acusador.

- Sou o Alex . E ai ? – disse ele de boca cheia.

Jerome percebeu que a irmã segurava o riso. Ele se perguntou se isso acontecia com frequência. A julgar pela cara de tédio de Beatriz sim.

Amélia tomou ar como se fosse dizer algo mais aparentemente desistiu.

-Desisto. – disse ela – você é um caso perdido!

- Já ouvi isso antes. – disse Alex dando de ombros.

- Que por um acaso foi eu  quem disse, não é mesmo filhote de bode ?

Desta vez Anne não conseguiu segurar o riso. O apelido de filhote de bode era novidade para ela. Isso pareceu fazer Alex ficar ainda mais bravo.

- O mesmo de você , rainha do gelo.

Beatriz se levantou da cadeira.

- Se tem amor a sua vida é melhor não repetir isso! – disse.

- Ótimo. – disse Alex se levantando também – eu nunca tive amor a vida mesmo rainha do gelo.

Os dois deram um passo na direção do outro e Amélia entrou no meio.

- Vamos lá gente! – disse ela em tom conciliador- Todos nós temos apelidos! Não vale apena brigar por isso! Não é mesmo milady ? – disse virando-se para Anne.

- Com certeza , rata de biblioteca.

Jerome pensou que ela iriam brigar , mas ao invés disso , elas riram. Beatriz deu um sorriso malicioso.

- Com certeza não vale apena brigar por isso. – disse ela pegando um pedaço de carne e jogando em Alex. – Mas por isso sim.

Alex , então pegou o seu prato enquanto Beatriz ria e tacou tudo na cara dela.

- Espero que goste. – disse ele. – desperdiço de comida.

Para revidar , Beatriz pegou o copo com suco e tentou jogar em Alex , porém o suco pegou em Amélia. Esta , fez uma cara que talvez Anne não conseguisse descrever. Com uma mistura de raiva e nojo estampada na cara ,ela pegou outro copo e jogou em Beatriz. Nesse meio tempo , Anne pegou um pedaço de torta e tacou em Alex. A torta atingi-o bem na cara. Todos ficaram parados se olhando até que Gabe gritou o que todos queriam ouvir :

- GUERRA DE COMIDA!

Depois disso , o caos foi geral. Comida voou por todos os lados , de todos os jeitos e atingindo todos os lugares possíveis. Todos jogavam comida , até mesmo Jerome. Eles só pararam com um berro vindo da porta,  uma voz de mulher conhecida. Estridente e enjoada.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou Lady Melaine. Ela estava parada na porta seguida por Tiffany.

- Não é obvio ? – disse Beatriz – Guerra de comida!

Lady Melaine a fuzilou com os olhos.

- Foi você não foi ? Você começou esse tumulto? Você vai ver menina! Você andou causando muitos problemas! Eu lhe avisei! Mais um fora e seria severamente castigada...- ela continuou falando mas ninguém mais prestou atenção. Beatriz olhava para a dama como se só agora lembrasse do que havia falado, Gabe estava petrificado com uma torta na mão, Jerome olhava para todos os lados tentando entender o que ocorria , Amélia parecia em choque , Alex cerrava os punhos, Tiffany sorria de modo zombeteiro para eles , mas Anne continuava sem demostrar emoção. Ela resolveu tomar uma atitude.

- Não foi ela – disse Anne interrompendo Lady Melaine – Fui eu.

- Muito gentil de sua parte Sra. Martinez , mas eu sei muito bem que...

- Sabe o que ? Já disse que fui eu. – interrompeu Anne novamente.

- Quer dizer que você começou tudo isso sozinha ? – perguntou Lady Melaine incrédula – Perdão , Srtª. Martinez , mas eu não consigo...

- Quem disse que ela fez sozinha? – interrompeu Alex. – Eu ajudei.

- E eu – disse Amélia dando um passo afrente para ficar ao lado dele.

Lady Melaine tinha um brilho de raiva nos olhos. Anne pensou que ela não gostou muito de ser interrompida. Três vezes...

- Está certo então. – disse ela balançando a cabeça como se tivesse tomado uma decisão. – Os três devem copiar todos os livros e mapas da  primeira ala da  biblioteca do castelo antes de irem para as camas.

- De novo ? – queixou –se Anne. – É a terceira vez essa semana que manda nós fazermos isto! Tem que inventar um castigo novo!

Este comentário indelicado serviu apenas para deixar a Lady ainda mais brava.

- Tenha uma boa noite na biblioteca do castelo Srtª Martinez , Sr.  Dillenburg  E Amélia. O restante limpe a bagunça.- disse ela saindo. Mas é claro que a Srtª princesa da ignorância tinha de ficar.

- Ora , ora. A Maria – rapaz defendendo a amiguinha. Que meigo.- disse.

- Isso não é da sua conta garota estupida. – respondeu Beatriz com a sua “delicadeza” de sempre .

- Tsc, tsc , tsc. Não devia falar assim Srtª La Cortez. Principalmente comigo , que posso te colocar pra fora em menos de um minuto. Mas vou ser condolente uma vez. Você deve estar nervosa depois do que aconteceu...

- Não preciso de nenhum favor seu... – murmurou Beatriz.

- Um conselho Beatriz: Não tente ser corajosa. Você sabe que essa não é a sua melhor qualidade. Aliás , você tem qualidades? – perguntou irônica.

- Muitas mais que você. – garantiu Beatriz.

O comentário fez Tiffany dar uma risada desdenhosa.

- Por acaso disse algo engraçado ? – Perguntou Beatriz.

- Ora , mas é claro! Você disse que tinha muitas mais qualidades que eu o que ,cá entre nós, todos sabem que não é verdade. Afinal você não chega nem aos meus pés! Olhe , eu tenho uma casa , uma posição social , dinheiro e família – disse ela falando a ultima palavra como se Beatriz fosse um bebê. – Sem contar no prazeroso passatempo de ficar te torturando . E você ? O que tem? Nada além de uma fama de ser uma bruxa! Você não tem amigos! Eles te respeitam apenas porque você dá medo neles! E sua família , em ? Eles te abandonaram aqui! Nem eles quiseram você! Ninguém gosta de você!...

Talvez Tiffany tivesse continuado, mas algo a fez parar. Esse “algo” se chama faca, e ela partira das mãos de Anne. Sem que ninguém percebesse , ela havia se aproximado da mesa e pegado a faca. Todos , ainda chocados com o que a garotinha fez , estavam parados em um silencio mortal, até que Tiffany resolveu tomar uma atitude.

- O que você pensa ... – ela começou, mas Anne não a deixou continuar.

- Não , Tiffany, eu não pensei. Porque é isso que fazemos pelos amigos. – disse ela dando um passo a cada frase na direção de Tiffany. – Isso prova que o que você disse é uma mentira. Beatriz tem amigos e eles estão todos aqui , na sua frente. Quanto a família , você mentiu novamente . Ela pode não ter pai e mãe como você , mas ela tem a nós. Nós somos a família dela agora. E se tem alguma coisa que eu não tolero é que façam mal a minha família. – Agora as duas estavam cara a cara. – Então Srtª Tiffany Birk   , se você mexer com qualquer um desta sala , vai ter de se ver comigo. E acredite quando digo que você realmente não vai me querer como inimiga.

O olhar de Tiffany , antes completamente raivoso , agora mostrava apenas medo. Ela nunca havia sido enfrentada daquela maneira! Muito menos por uma garota da mesma idade e de um posição social inferior a ela. Mas de qualquer maneira , ela estava  sem ação e sem meios de revidar a jovem westwinder.

- Agora – completou Anne – por que você não volta pra debaixo da saia da sua mãe?

Sem ação , Tiffany foi até a porta. Antes de sair , se virou para Anne e a encarou nos olhos.

- Escreva o que eu digo – disse – você ainda vai pagar caro westwinder ! muito caro!

Dizendo isso saiu. As palmas vieram logo depois, junto com alguns gritos de incentivo. Beatriz ainda estava sem palavras.

- Obrigada por me ajudar – foi apenas isto que ela disse. Anne adivinhou que ela não estava muito acostumada a agradecer.

- Tudo bem – disse Anne – Afinal ,eu não menti em nada que disse.

Os sorrisos de todos se alargaram. Afinal , ela havia dito que eles eram uma família, e isto era algo que não podia se ignorar. De repente , Alex pois um braço em volta do ombro de Anne e o outro n ombro de Amélia.

- O.K. pessoal – disse – mas agora nós temos uma longa noite na biblioteca. E acho que vocês tem que limpar algumas coisas...

Ao som dos protestos dos amigos , os três foram em direção a biblioteca.

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- Acho que nunca mais vou querer ver uma pena pelo resto da minha vida! – queixou –se Alex enquanto eles trancavam a porta da biblioteca.

- A fique quieto seu reclamão! -  disse Amélia- Eu fiz a maior parte!

- Não deixa o trabalho menos chato e dolorido!- retrucou Alex massageando a mão.

Anne terminou de fechar a porta e Amélia percebeu que ela guardou a chave no bolso.

- O que você pensa que está fazendo? – perguntou enquanto Anne começava a andar em direção ao quarto.

- Fazendo o que ? – perguntou Anne distraída.

- A chave! Por que guardou ? Não me diga que você está pensando em ficar com ela? – disse Amélia assustada.

- Calma! Ela pegou a chave? – perguntou Alex.

- Sim Alex eu peguei – disse Anne ainda não parando de andar – E sim Amélia , eu vou ficar com ela.

- E eu tenho que perguntar , por que ?  Anne você simplesmente não acha que Lady Melaine vai dar falta disto ? – perguntou Amélia.

- Não, ela não vai. Ela nunca deu importância a chave mesmo. – disse Anne dando de ombros. – E eu vou ficar com ela porque vi alguns... livros , interessantes na ala 5.

Os pés de Amélia vacilaram por um minuto.

- Ficou doida! – disse pegando Anne pelo braço e a fazendo parar. – A ala 5 é altamente restrita!

- Que tipo de restrição ? – perguntou Alex.

- Do tipo que você nunca vai conseguir permissão para entrar. – respondeu Amélia olhando para ele. Depois voltou-se para Anne – O que você viu? Diga-me!

- Um livro.

Amélia revirou os olhos.

- Disso eu sei , mas um livro do que? – perguntou.

- Não é nada demais- respondeu Anne – É uma antiga lenda genovesa. Fala sobre a criação do mundo e de bruxas e coisa e tal.

Por um momento , Anne pensou ter convencido Amélia. Porém , a garota loira voltou os olhos penetrantes e perguntou :

- Se sabe a história , por que quer o livro?

Anne suspirou.

- Porque eu tenho que achar uma canção. Preciso ver se é verdade.

Amélia e Alex se entreolharam e depois voltaram-se para Anne com as sobrancelhas franzidas. Ela soltou outro suspiro e contou-lhes de seu sonho. Ao final do relato Amélia largou o braço dela. Soltou um suspiro e concordou em ajuda-la a achar a tal musica do menino loiro.

- Eu também ajudo. – disse Alex – embora penso que tenhamos de ficar de castigo de novo.

- Por que ? – indagaram Anne e Amélia ao mesmo tempo.

- Ora , o que mais me arrastaria a uma biblioteca senão vocês duas?

Os três riram e depois seguiram até os quartos. Como esperado, Anne não conseguia dormir. Tinha medo que seus pesadelos pudessem significar algo mais... Atordoada com seus próprios pensamentos, ela abriu a porta e saiu do quarto. Pensou em ir para a cozinha , mas mudou de ideia e começou a subir as escadas em direção ao telhado. Ela já havia ido lá várias vezes e era um ótimo lugar para pensar e era isso que ela precisava: um tempo , sozinha , para pensar. Mas , é claro , que não foi exatamente o que ocorreu.

Anne estava no ultimo andar e a apenas um lance de escada do telhado. Ela olhou para trás para ter certeza de que ninguém a seguia e , então , virou-se novamente o que a fez trombar com outra pessoa.

- Perdão! – ela disse.

- Você sempre fala desse jeito mesmo ? – perguntou uma voz conhecida.

- Alex ? – perguntou Anne.

- Não . o bicho papão. É claro eu sou eu!- disse ele ajudando Anne a se levantar.

- O que você está fazendo aqui?

- O que você está fazendo aqui?

- Perguntei primeiro!- devolveu a garota cruzando os braços.

- Eu sempre venho aqui a noite. É um bom lugar para pensar se você quer saber. Sua vez!

-Eu estava vindo justamente para pensar. Eu queria finalmente entender o que tudo isso quer dizer. Sabe ... o sonho , a mochila, o que aconteceu comigo antes de chegar aqui e tudo isso!

Alex pareceu confuso com a referencia.

- Que mochila ?- perguntou.

- A que você trouxe pra mim no dia em que nos conhecemos.

- Ahh, você já a abriu ?

- Já – disse Anne – Havia algumas roupas, meu arco de caça ,uma adaga reserva , minha antiga caixinha de musica e...

Alex arqueou as sobrancelhas.

-E... – ele disse.

- Minhas sapatilhas. – murmurou Anne.

- Suas o que ? – perguntou Alex arregalando os olhos.

- Minhas sapatilhas , tá? Olha, minha mãe era bailarina. Acha mesmo que ela não me ensinou nada? Além do mais , sei matar um urso com aquelas sapatilhas, então, se você vai...

- Calma! Eu não ia dizer isso!- disse Alex .

Anne ficou com a boca aberta e parada por uns dois segundos.

- Não? – perguntou ela.

- Não! Não ligo que dance! E além do mais , já vi do que você é capaz menina! Não vai ser um par de sapatilhas que vai tirar meu respeito por você!

Anne corou com o elogio e encostou na parede. A pedra em que ela apoiou a mão cedeu e a parede inteira se abriu ( por mais impressionante que isso seja) silenciosamente. Ela caiu no chão , mas desta vez Alex não a ajudou a se levantar. Ele estava de boca aberta e murmurando palavras aleatórias como “ passagem secreta” , “ que legal” , “ escuro” e “ sinistro”.

Anne bufou e se levantou limpando a camisola.

- Muito obrigada – ela murmurou , mas aparentemente Alex não a ouviu.

Anne olhou a passagem. Ela se estendia em um longo corredor , mas estava escuro e ela não conseguia ver muita coisa. Ela esticou a mão em direção a uma tocha na parede , porém se deteve. Depois do incidente em sua antiga casa , Anne havia pegado um pouco de medo de fogo. Mas ela nunca admitiria isso. Diria apenas que era uma certa “ inamizade” , mas medo? Jamais. Se convencendo de que o fogo não saltaria e a atacaria , ela pegou a tocha e iluminou o caminho. Ele era bem mais longo do que ela imaginava. Ela deu um passo para entrar , mas Alex a segurou pelo braço.

- O que você pensa que está fazendo? – perguntou.

Anne revirou os olhos.

- Será que vocês só conhecem essa pergunta? E o que você acha que eu vou fazer? Eu vou entrar! – disse tentando ir enfrente , mas Alex a segurou novamente.

- Pare Anne! – disse Alex com um quê de medo na voz. – Esse é um túnel escuro , que você não conhece e escuro. Nada de bom pode vir de um lugar escuro!

Anne olhou fixamente para ele. Estaria Alex com medo do escuro?

- Você não estaria com medo do escuro , estaria? – perguntou ela o mais gentil que pode.

- O que? Eu... – Ele ia dizer que não , mas algo no rosto dela o impediu de prosseguir. – Talvez.

- Olhe, eu estou segurando uma tocha aqui! E acredite , se tem algo de que eu não gostaria de ficar perto é fogo. Mas eu estou segurando. E se eu posso segurar isso , você pode entrar nesse túnel.

Alex olhou ainda um pouco inseguro, mas quando Anne pegou sua mão ele não mostrou resistência e deixou que ela o guiasse pelo túnel.

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Eles andaram por alguns minutos até chegarem a uma sala enorme. Enquanto Alex acendia outras tochas para iluminar o lugar , Anne o contemplava maravilhada. As paredes eram de pedra lisa, o chão era de mármore branco, no teto pendia algum tipo de engenhoca quebrada que ela pensou que Jerome pudesse concertar, ele era ótimo com invenções. Mas o que impressionava era o tamanho do lugar. Realmente imenso , parecia se estender por boa parte do castelo. Ainda haviam duas espécies de “ portas” de pedras pesadas, uma em cada extremidade da sala, que um dia tiveram belos desenhos , mas hoje já não se enxergava nada. Uma delas estava aberta e dava para ver que dava em outros tuneis. Anne decidiu que não seria inteligente eles perambularem por corredores sinistros a noite. Mas a outra estava fortemente fechada e em uma inscrição mais recente lia-se :

“não abrireis a porta do demônio

Nunca, jamais.”

Anne decidiu não abri-la.

- Pronto- anunciou Alex ao seu lado novamente. Ele comtemplou o lugar por um bom momento.- E então? Quais as ordens? Alguma ideia para isto?

Ela pareceu pensar um pouco, depois seu rosto se iluminou.

- Vá buscar os meninos, eu as meninas e nos encontramos na entrada O.K?

Alex assentiu entendendo o que ela tinha em mente.

- Você é muito danada! – exclamou.

- Não – ela o corrigiu – eu sou muito irresponsável por ter tido uma ideia dessas.

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- Praondequenosestamosindo? – perguntou Beatriz em meio a um bocejo.

- Para um lugar incrível ! Vocês vão ver! – disse Anne visivelmente animada.

- Espero que valha apena eu sair da cama as 3 da madrugada! – queixou-se Bia.

- Vamos logo! Se ela diz que é importante , deve ser! – disse Amélia.

 Eles continuaram até o mesmo lugar onde Alex e Anne trombaram. Os garotos já estavam lá.

- Que demora! – queixou-se Gabe olhando para Amélia.

- Nem vem! – defendeu-se a garota e apontando para Beatriz completou – Foi ela!

Gabe arqueou a sobrancelha para Beatriz, que parecia capaz de estrangular Amélia. Antes que um desastre acontecesse , Anne apertou a pedra novamente e a porta se abriu. Todos olharam de boca aberta.

- Isso vale muito apena! –disse Amélia.

- De verdade! – concordou Gabe.

Anne e Alex foram na frente seguidos por Gabe , Beatriz, Jerome e Amélia. Assim que chegaram a sala e Jerome começou a se empolgar ao ver aquela estrutura de metal no teto. Ele falava tão rápido que até mesmo Anne tinha dificuldade de entende-lo.

- E então? O que exatamente nós faremos aqui? – perguntou Amélia explodindo de curiosidade.

- Vamos ficar aqui embaixo. Aqui vamos poder fazer tudo que quisermos sem reclamarem de nada! E ainda vamos ficar longe de Lady Melaine e Tiffany! Quer mais algum outro motivo para ficar aqui? – disse Alex.

- Amanhã vamos trazer algumas de nossas coisas para cá e arrumar. Depois ,é só curtir! Mas isso vai ficar apenas entre nós certo? – perguntou Anne.

- Certo – disseram todos.

E assim eles ficaram discutindo planos até as 5 da manhã , quando finalmente subiram ao quarto para serem acordados apenas 5 minutos depois.


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Notas finais do capítulo

E ai ? Super longo eu sei...
gostaria de dedicar este cap para as novas leitoras anniejacksons e Aninha , e é claro , a minha fã onipresente Dríada Dias. Queria saber agora onde o rodrigo se enfiou...
mesmo assim, beijos meninas e até o proximo cap .



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